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História A Impossible Dream - Fuja para longe


Escrita por: Diamondwhit

Notas do Autor


Esse capitulo esta bem dramático, meio poético, onde esta meio voltado a menta da Jozer mas esta bem legal

Capítulo 69 - Fuja para longe


P.O.V Jozer 

Mesmo que ele estivesse com um sorriso no rosto eu sentia que por dentro ele se corroia inteiro, era como se não quisesse transparecer a sua raiva por algum motivo que eu não compreendia, ele aos poucos foi se aproximando e eu apenas continuei parada olhando para seu rosto 

— O que você esta fazendo ? - eu pergunto arqueando uma das sobrancelhas 

— Ahh querida, deveria perguntar o que você fez - ele responde com o rosto de lado olhando seu próprio ombro 

Eu  apenas olhava para seu rosto que continuava virado deixando seu rosto de perfil, no momento que ele percebeu que eu não iria sair correndo ele abre um sorriso de canto e segue seu olhar ate o meu, a sensação era como se ele sugasse a minha alma, derrubasse ela mais e mais para a parte escura da vida, no mesmo momento que eu correspondi seu olhar e encarei fundo aqueles olhos azuis brilhantes e ao mesmo tempo opacos pela maldade e todo o seu passado sombrio eu senti, eu senti como de alguma forma eu ja tivesse visto aquele olhar em algum lugar 

​fuja jozer

​fuja para longe dele 

fuja, fuja, fuja 

CORRE 

ele vai te matar 

não fique parada 

faça alguma coisa 

As vozes gritavam em meus ouvidos, mas a curiosidade era mais forte que a razão, e sempre foi, eu inclinava meu rosto para mais perto do dele, que mesmo longe minha visão melhorava ao me inclinar, mas mesmo assim eu não consegui reconhecer aquele olhar  que tanto me intrigava 

​você conhece esse olhar 

é o olhar da morte 

e ele esta sobre você 

​movimente seus músculos 

movimente sua mente 

movimente sua alma 

movimente,movimente,movimente,movimente ...

Pisco fortemente voltando a realidade, mas antes mesmo de alguma ideia passar pela minha cabeça seus braços ja estavam em volta da minha cabeça me encurralando, eu olhava para seu rosto próximo do meu, minha vista se acumulava em sua expressão, não havia, culpa,remorso,amor,compaixão,humor só havia um sentimento vazio, era como se ele não tivesse alma, como se ele fosse uma maquina de matar apenas isso, eu nunca o provoquei o bastante para ver esse lado cruel dele, então eu não sabia do que ele era capaz de fazer, se eu estava com medo? não eu não chamaria o que eu estou sentindo de medo, era outro sentimento mais eu não sei descrever. 

Eu sabia que no estado em que ele se encontrava tudo poderia ser feito a partir da pessoa dele, mas eu não esperaria para ver o que poderia ser feito, eu não era forte, eu não sabia lutar, eu não tinha técnica, lutar com ele seria perda de tempo, seria como se eu quisesse morrer, eu tinha que pensar em algo rápido antes que ele me jogasse em uma queda sem volta  

​lembre-se da arma no bolso do seu casaco

a arma dele, atire no peito dele 

Seria minha unica chance, eu não queria atirar nele, ver seu sangue espalhado pelo chão não era algo que me agradava, se eu gosto dele? talvez, eu via nele o meu reflexo, se ele se quebrasse uma parte de mim se quebraria também, mas minha vida sempre vem em primeiro lugar, ele quer me matar ou pelo menos e isso que eu acho, nas condições que eu me encontrava essa era minha saida. 

atire

atire

atire 

atire 

veja o sangue se espalhar 

No momento em que eu encostei na arma eu senti a mão dele sobre meu braço, aos poucos o calor da sua mão foi se espalhando por meu corpo inteiro, e nesse momento de deslize, ele pegou em meu braço delicadamente e retirou com a outra mão a arma de meus dedos jogando a minha esperança longe o bastante para um sorriso triste surgir nos meus lábios 

​Idiota, você é uma fraca 

deixou ele te manipular com um toque 

— Você não teria coragem de atirar em mim, não é mesmo ?- ele perguntou levantando meu queixo com seus dedos cobertos por aneis 

— Claro que não, eu nunca teria coragem, me desculpe - sim eu estava pedindo desculpas a ele, mas isso foi apenas um truque, uma forma de escapar 

— Como ? - ele pergunta retirando sua mão do meu rosto e s afastando de mim buscando entender algo 

Eu olho para ele e me aproximo ate ficar junto dele, e abraço seu tronco, minha intenção era confundir a mente dele, ou apenas distrai-lo o suficiente para que eu conseguisse fugir, senti seu olhar de desaprovação sobre minha pessoa mas ignorei continuando abraçada ao seu tronco, que por sinal era  frio, diferente de sua mão que era quente.

No momento em que suas mãos tocaram meus ombros para afastar meu corpo do dele chutei seu peito com força, jogando ele contra o chão, subi as escadas o mais rápido que consegui, ouvia seus passos pesados atras de mim fazendo minhas pernas se movimentarem mais rápido chegando rapidamente na frente do meu quarto, olhei pro corredor vendo a figura branca e tatuada no final do corredor me encarando com um sorriso, meu coração se acelerou mais ainda e acabei me atrapalhando para fechar a porta, mas consegui, e aliviada me deixei meu corpo deslizar pela porta e cair contra o chão duro e frio 

— Querida é melhor abrir essa porta - escuto sua voz abafada por trás da porta que me protegia de suas atrocidades 

— Eu não vou abrir - eu digo em um sussurro ofegante cobrindo meus olhos com a palma das minhas mãos buscando por conselho 

Silencio era tudo que ouvi depois de responder ao coringa, me levantei colocando o ouvido na porta para ver se eu ouvia algum barulho, nada tudo que eu ouvia era um completo silencio que acelerava mais ainda meu batimento cardíaco, silencio de mais significa que algo de ruim esta por vir, algo muito ruim 

Olho em volta vendo a janela aberta e o vento batendo na cortina, corro rapidamente ate a fechadura da mesma e tranco ela com cadeado, de repente as luzes voltam deixando o quarto iluminado novamente fazendo a minha vista doer pela claridade, ando ate a cama com os olhos entre abertos e me sento na mesma buscando pensar 

Eu não podia fugir dele, de qualquer forma ele me encontraria, te qualquer forma ele me machucaria, te qualquer forma ele me aterrorizaria, ate em meus sonhos, ate em meus pensamentos, pensar não adiantaria em nada, se eu ao menos soubesse lutar contra ele, eu poderia ter alguma chance, mesmo sabendo que sua força era o triplo da minha, mas ele tinha a sua fraqueza e o nome dela e Harley, ja eu não tenho, ele só pode me machucar mas não a alguém que eu goste, por que simplesmente não existe ninguém que eu goste esse é meu ponto positivo, mas agora do que isso adiantaria, meus pensamentos só estão se voltando a coisas inúteis...

Com a as mãos em meus cabelos e as memórias sendo reviradas, levando meu olhar ao escutar o barulho de um metal pesado sendo arrastado pelo chão, talvez uma espada, talvez um pedaço de ferro, não saberia descrever, só sei que o som se aproximava cada vez mais junto com passos sincronizados, meus músculos contraídos e meus olhos arregalados, uma respiração rouca e pesada atras da parede e um segundo de silencio, o ferro atravessa a madeira da porta do meu quarto deixando uma fresta de luz entrar no local, e novamente outra, e outra, ate eu distinguir que o ferro era na verdade um machado afiado que ao poucos ia formando um enorme buraco na porta, me levanto da cama e corro ate a janela destrancando a mesma, pensando se pulava ou não  

— Onde você esta ? - a voz rouca e arrastada do coringa adentra meus ouvidos 

Vejo seu olho azul pelo buraco do machado, seu olhar vaga pelo meu quarto ate parar em mim, ele levanta seu rosto deixando aparente apenas sua boca que não continham um sorriso como eu previa 

— Achei - seus labios se movimentam de um jeito devastador e logo depois nasce ali um par de dentes cobertos por metais 

Logo depois escuto um estrondo enorme e a madeira caindo no chão, fecho meus olhos com força juntando meus braços junto ao meus corpo esperando pelo pior, mas nada acontece, abro meus olhos lentamente e a unica coisa que vejo e a porta destroçada no chão e meus quarto vazio, ando ate a porta e coloco minha cabeça para fora olhando o corredor que estava vazio sem rastro de uma alma viva se quer, ando um pouco para fora para ter certeza que não tinha ninguém, confirmado minha hipótese corro para dentro do quarto passando pela porta caida e indo ate a janela que estava aberta, eu só havia destrancado ela e não aberto a mesma, eu ia virar meu corpo para ver se alguém estava no quarto, mas sou impedida pela escuridão que toma meus olhos, as luzes estavam apagadas novamente dificultando minha visão, o quarto só estava iluminado pelas luzes que entravam pela janela, fora isso tudo estava um breu 

pule, pule, pule 

se machuque pela queda

mas não pelas mãos dele

Concordando com as vozes coloco minhas mãos na janela pronta para pular, mas antes que pudesse reproduzir a ação sinto braços fortes me agarrarem por trás e uma respiração fria em meus ouvidos

— Vamos começar a brincadeira querida...



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