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História A Indomada - Reencontros


Escrita por: RoMillsSwan

Notas do Autor


Olá Swens!
Voltei com mais um capítulo para vocês. Fiquei imensamente feliz com a quantidade de comentários nesse capítulo e com o aumento de favoritos!
Obrigada à todas, isso encheu meu coração de felicidades.
Vocês foram f....:()
Enjoy!

Capítulo 12 - Reencontros


Fanfic / Fanfiction A Indomada - Reencontros

Quando finalmente  o avião parou no pequeno pátio de manobras de cimento, ela se reuniu aos outros passageiros que desembarcaram, de pé no corredor. Estavam em abril, e o sol da manhã era agradavelmente cálido, enquanto ela descia os degraus da rampa.

Ao entrar no terminal do aeroporto Regina olhou à sua volta, sem reconhecer ninguém no minúsculo aeroporto. Será que o sr. Mills estava tão aborrecido que nem mandara alguém vir buscá-la? Regina ergueu um pouco o queixo, um mecanismo de defesa contra a dor da ideia de ser esquecida pelo próprio pai. Há mais de dois anos não aparecia em casa, dois anos querendo vir, mas Robin sempre não deixando-a vir por causa de seus ciúmes infundados. E ela sempre com a esperanças das coisas melhorarem entre eles ela aceitava em silêncio.

- Regina!!!

Fitou o rapaz que parecia conhecê-la. Alto e esbelto, tinha o cabelo da cor da areia do deserto, e os olhos verdes-claros que adiantou-se vestindo uma calça de brim nova e uma camisa xadrez limpa.

- Bem-vinda ao lar.- disse em voz baixa, rouca de emoção.

Regina fitou a boca sensível de lábios finos e o cabelo levemente desmanchado, as mechas rebeldes domadas pelo peso e pelo comprimento da cabeleira. A incredulidade tomou conta dela. Ele era o verdadeiro reflexo da mãe agora mais ainda que cresceu. Parecia que ela estava vendo Emma Swan em sua frente.

- Roland? - identificou-o, hesitante depois riu com gosto pela primeira vez em muitos meses, ao perceber que estava certa. - Roland! Nem posso acreditar que seja você mesmo! Cresceu tanto! Ficou muito bonito. Está parecendo muito com...- não conseguiu terminar a frase pois seu rosto ficou avermelhado com uma certa vergonha.

- Você não mudou nada!

Roland agarrou-lhe ambas as mãos com força, com o mesmo olhar de adoração de sempre.

O comentário deixou-a séria de repente.

- Mudei, sim, Roland. - Regina corrigiu-o em voz baixa.

- Como vai? - indagou, com o olhar preocupado, prescrutando-lhe o rosto, notando a tensão e a angústia através da máscara transparente de serenidade.

- Apesar de tudo estou bem- mentiu Regina. Sentia-se destruída, o seu mundo disperso com as peças de um quebra-cabeça. Ela tinha certeza que o quadro ia ser o mesmo, quando ela juntasse todas as peças de novo. - Nunca esperei que meu pai mandasse você vir me buscar. - disse mudando de assunto.

- E quem mais viria? Não fui sempre seu escravo? - brincou Roland, mais no fundo havia algo de verdade em suas palavras.

- É, acho que foi. - Sorriu, e também fingiu que era brincadeira. - Onde estacionou o jipe?

- Bem aí fora. Podemos apanhar sua bagagem na saída.

- Não se preocupe, já deve está lá.

Regina olhou ao seu redor, mas não viu nenhum dos passageiros que haviam vindo com ela no avião. Além do agente de viagens e do guardo de segurança, as únicas outras pessoa que estavam pareciam estar esperando para tomar o próximo avião.

- Acho que sim. - concordou Roland, dando-se conta também de quem eram os últimos a sair. Do lado de fora, apenas as duas malas esperavam sob o toldo.- É só isso que trouxe?

- É. O resto das minhas coisas chegará pelo avião de carga, daqui a um ou dois dias.

Enquanto ele levava a bagagem para o carro, Regina o examinava. Havia nele pouca coisa que lembrasse o garotinho pálido e magro que chegara à fazenda há quase dez anos atrás. Não o vira da última vez que estivera em casa, nem ele e nem Swan, os dois estavam ausentes, como será que ela estaria agora? - Regina se praguejava em pensar em Swan, ela continuava a detestá-la, ou será que no fundo aquela raiva já tinha amenizado com o tempo? Havia algo de limpo e puro em Roland e ao contrário de Swan pois tudo nela a fazia pensar em poder e sexo, e Regina sentiu-se envergonhada com o pensamento.

- O que foi? - perguntou Roland, franzindo a testa, e Regina percebeu que ele notara que ele estava muito calada.

- Estava pensando na grande burrice que fiz da minha vida. - replicou, com um suspiro baixo e amargo, ao entrar na caminhonete.

Roland fechou a porta da lado dela e ficou ali parado.

- Todos cometem erros Regina. Ainda dá tempo de encontrar alguém e ser feliz.

Era mais do que um erro. Falhara completamente, mas gostou da tentativa dele de consolá-la.

- Alguns erros são maiores do que os outros. Um sorriso tenso curvou-lhe os lábios. -Você tem razão ainda dá tempo de ser feliz! - e deu um sorriso contente.

- Quer parar na cidade para comer alguma coisa?

Regina sacudiu a cabeça.

- Não quero ir direto para a fazenda.

- Quem bom que você voltou para casa!

- Também acho. Nunca deveria ter saído de lá, mas nada se ganharia pensando nisso. - Como vai indo tudo?

- Bem.

Regina lançou-lhe um olhar desacreditado. O perfil lembrava-lhe muito a mãe.

- Como você e Emma estão se dando? - indagou finalmente, sua curiosidade foi maior. lembrando-se da rixa entre eles, que ela ajudara muitas vezes a aumentar.

- Estamos nos dando melhor. - Torceu a boca num ar de auto-escarnio. - Acho que se pode dizer que aprendemos a nos tolerar mutuamente. Swan é uma pessoa difícil de se lhe dar. Ela prefere os cavalos aos humanos. Anda não consegui descobrir o que se passa com ela. Complexo de culpa talvez.

Regia teve dificuldade em imaginar Emma Swan sentindo-se culpada por qualquer coisa. De repente ela perdeu a vontade de falar sobre Swan.

- E como vai meu pai? - mudou de assunto rapidamente.

- Melhorando acho.

- Como assim melhorando? - indagou, franzindo a testa.

- Não sabia Regina? - perguntou com ar de surpresa. - O sr. Mills teve outro ataque faz dois m-eses.

Ela sentiu um arrepio frio na espinha. Fitou a estrada à frente, sem vê-la.

- Não, não sabia. Nem sequer insinuou que não estava passando bem, nem quando falei com ele por telefone. Por que ninguém me contou? Era obrigação de Swan. Por que não o fez?

- Talvez avisou ao seu ex-marido Ele não te falou?

Roland não estava tentando defender a mãe, simplesmente sugerindo uma possibilidade.

- Há dois meses! Foi quando finalmente contei ao meu pai que eu e Robin estávamos tendo problemas no casamento. - recordou Regina, falando em voz alta e nervosamente.

- Ele deve ter pensado que você sabia. Pois o Robin já sabia, mas infelizmente não te avisou. - Roland parecia acompanhar-lhe os pensamentos.

Regina deixou-se convencer que seu ex-marido era mesmo uma idiota, como pode ter se casado com um crápula desses, que não teve a compaixão de avisar que o pai teve um infarto?

- Como ele reagiu quando soube de Robin e de mim?

- Aceitou tudo, teoricamente. É claro que ficou chateado por sua causa, mas.... - Roland hesitou. - Por que causou com ele, Regina?

- Não sei. - Deu de ombros e espiou pela janela. - Acho que pensei que o amava. Robin era bonito, inteligente e bem-sucedido. Queria casar comigo e meu pai gostava dele. Não sei por que me casei com ele. - repetiu e suspirou triste. - Talvez estivesse apenas querendo alguém que me amasse.

Depois disso, rodaram em silêncio por muitos quilômetros. A auto-estrada atravessava a garganta de uma montanha, em meio a uma floresta de pinheiros do deserto, e descia para um vale de salva de grama. Quando voltaram a falar, foi coisas sem importância; ambos evitavam cuidadosamente os assuntos dolorosos.

No final da viagem de quase uma hora, Roland entrou no pátio da fazenda e parou diante da casa grande. Regina fitou o lar de sua infância. Quase esperava ver seu pai  e Emma aparecerem na varanda para recebê-la, ao ouvir o carro chegar, mas a varanda estava vazia.

- Regina, não vai entrar?

Roland segurava  a porta aberta, esperando que ela saísse da caminhonete. Ela o fez, passando a mão nervosa pelos cabelos agora curtos.

- Vá entrando. - falou ele, vendo-a hesitar ao seu lado. - Eu levo suas malas para dentro.

Estava a poucos passos atrás dela, quando Regina entrou na casa. Tudo parecia exatamente igual à época em que ela vivera ali. Nem mesmo os móveis haviam sido mudados de lugar. Sentiu um bolo na garganta ao olhar à sua volta. A governanta Granny apareceu no corredor que vinha da cozinha.

- Olá, Granny! Quanto tempo!

Aos olhos de Regina, a mulher não envelhecera um dia.

- Dona Regina que bom que voltou! Essa fazenda não era a mesma sem a senhora aqui! O senhor Mills está no quarto descansado.

- Como vai ele?

- Bem, mas o médico insiste em que ele fique deitado duas horas de manhã e de tarde, diariamente. - explicou a mulher. - Vá lá até o quarto.

Agora que o momento havia chegado, Regina se dava conta de que estava apreensiva por ter de enfrentar o pai. Sentia como a filha pródiga que voltava que voltava sem saber como seria recebida. A porta estava fechada, e ela bateu uma vez, esperando até ouvir a voz masculina vigorosa dar-lhe permissão para entrar. O sr. Mills estava deitado sobre o edredom que cobria a cama completamente vestido.

- Regina minha filha! - sorriu. - pensei ter ouvido o furgão lá fora, e imaginei se seria você.

Ele não fez nenhum esforço para se levantar da cama, quando ela se aproximou.

- Olá papai. - Impulsivamente, Regina inclinou para beijar-lhe a face. - Como o senhor está?

- Bem. Desculpe em não está no aeroporto para esperá-la. - Deu uma palmadinha na mão que apoiava no seu braço. Porém, Regina podia ver que a doença desgastara aquele homem, tão vigoroso no passado. O cabelo, antes escuros, agora estava totalmente grisalho. Perdera peso e sua cor não era muito boa, estava pálido. Ela sentiu os músculos da garganta se apertarem.- O médico disse que preciso descansar.- disse ele fazendo uma careta.- Mas o que estou querendo saber é como está se sentindo.

- Estou bem papai. - mentiu Regina, não pela primeira vez, e afastou-se da cama abraçando o próprio corpo. Seus olhos brilhavam com lágrimas não derramadas, enquanto fitava o teto. - Desapontei você não foi?

- Regina não fale isso. -reprovou ele.- não diga tanta bobagem.

- Não é bobagem. Tenho um diploma de curso superior que não tensiono usar. Meu casamento acabou. Nem sequer lhe dei um neto.

Regina enumerava os seus fracassos como se necessitasse confessar sua culpa.

- Um diploma de faculdade nunca é desperdiçado, e muitos casamentos fracassam. Quanto ao neto, ainda bem que você e Robin não tiveram filhos, já que não deu certo. É difícil para um dois pais criar um filho sozinho. Eu sei muito bem disso.- lembrou-lhe o sr. Mills. - Não quero que fique sentindo pena de si mesma. Você tentou. Um pai não pode pedir mais do que isso à filha. Com o tempo, terá outra chance, e as coisas serão melhores para você.

- Não quero outra chance.  - Regina para afastar as lágrimas ante a repreensão. - Vim para casa para ficar, papai. Aqui é o meu lugar. Dessa vez não pode me mandar embora.

Olhando para ele, deitado na cama, uma sombra do que fora, Regina sentiu que realmente ele precisava dela.

- Nunca a mandei embora minha filha. Queria apenas que estudasse e se formasse para ser alguém na vida, e não ficasse só sendo Cawgirl aqui da fazenda.

Ela não quis discutir com o pai.

- Bem, de qualquer maneira, estou de volta para ficar! - ergueu os ombros, num gesto descuidado. - Está com uma filha de vinte e oito anos nas mão...quer queira, quer não.

- Acho que não tenho muita escolha, não é? - comentou o sr. Henry sorrindo pela primeira vez.

- De agora em diante vou cuidar do senhor!

O sorriso alegre que lhe lançou não combinava com a expressão dos olhos castanhos, pungentes na súplica de que ele não fizesse objeções.

- Já lhe disse que você é a melhor filha que um pai pode ter? - disse ele com a voz meiga.

- Não ultimamente. -admitiu Regina sorrindo também.Mas pode dizer mais tarde, depois de ter descansado um pouco.

- Vejo você na hora do almoço filha.

Ao fechar a porta do quarto, o sorriso dela se desvaneceu. Caminhou devagarinho para o seu antigo quarto, onde suas malas estavam pousadas no chão. Ali nada podia ameaçá-la. Naquela casa, naquela fazenda, estava a salvo de qualquer perigo. Fora um erro tê-la deixado.

Regina desfez as malas rapidamente e vestiu os únicos jeans que ainda possuía, subitamente ficou ansiosa para explorar a fazenda e retomar a antiga vida. As suas botas velhas estavam ainda no armário, e calçou-as.

Do lado de fora Regina caminhou até os pequenos cercados onde ficavam os cavalos. Seu rosto irradiava contentamento, enquanto ela esfregava o focinho encanecido de Rocinante que veio cumprimentá-la. Bem ao longe, podia ver formas escuras pastando na relva farta das montanhas. Regina sabia que deviam ser os potrinhos, de um e dois anos.

Dando uma última palmadinha no pescoço lustroso de seu cavalo, Regina se afastou, indo na direção dos estábulos, que brilhavam recém-pintados de branco. A porta estava aberta, e ela entrou. Seus olhos não conseguiram ajustar-se imediatamente à penumbra, depois da luz do sol brilhante que fazia na fazenda.

Um cavalo relinchou no escuro, mexendo os cascos sobre o feno que cobria o chão de sua baia. Os cheiros familiares de fenos e cavalos, couros e cera de sela trouxeram-lhe um sorriso de felicidade à boca. Estava com muita saudades daquilo ali.

Regina ouviu o som de passos que se aproximavam da porta do estábulos, acompanhados pelo barulho de estribos que balançavam, pendendo de uma sela carregada. Regina virou-se para cumprimentar o empregado da fazenda que vinha entrando, imaginando que fosse George Spencer que voltara a trabalhar na fazenda depois da demissão de Graham ou um dos vários cowboys que trabalhavam para seu pai.

Era nada mais nada menos que Emma Swan. Seu olhar a tocou, e como sempre ficaram paradas como bobas. Os olhos verdes se encontraram com os castanhos e o mundo para elas parou. Naquele breve segundo que pareceram uma eternidade, Regina teve a sensação de que os olhos verdes-águas podiam ler sua mente. E como da primeira vez, uma onda de calor e fogo arrepiou-lhe a pele.

 

 


Notas Finais


Então meninas esse encontro foi massa!
Agora é com vocês....
Até a próxima semana.
Um beijo de nossa Queen.


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