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História A irmã de Bella Swan - Lembranças ruins


Escrita por: Destinixym

Notas do Autor


Oi gente, aqui estou com mais um capítulo novo. Espero que gostem!

Boa leitura!

✔ Capítulo reescrito

Capítulo 4 - Lembranças ruins


Fanfic / Fanfiction A irmã de Bella Swan - Lembranças ruins

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P.O.V. Sunny Swan

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No dia seguinte, acordei cedo com a porcaria do despertador tocando alto pra caramba. Desligo ele com o intuito de faltar aula, novamente tinha tido o mesmo sonho que o da noite passada, por isso havia dormido super mal. Coloco o travesseiro na cabeça e tento voltar a dormir mas cinco minutos depois o despertador toca de novo. Por que eu coloquei isso para tocar de 5 em 5 minutos? Ah, é verdade, pra não me atrasar. Levanto irritada e jogo o despertador no chão, eu só queria dormir, mas infelizmente ele não quebrou. Pego ele novamente e o taco na parede duas vezes e novamente ele não quebrou:

-Foda-se! -exclamo irritada com aquilo.

Desço as escadas rápido com um plano em mente, já tinha vontade de fazer isso há um tempo. Vejo papai na cozinha sentado enquanto tomava seu café e lia o jornal, me aproximo dele e o abraço:

-Bom dia, pai! Será que pode me emprestar seu martelo? -pergunto com a voz baixa.

-Por que quer ele? -papai me olha confuso.

-É que... -pensa rápido, Sunny- Eu vi um buraquinho na parede do quarto ontem e achei melhor colocar um quadro para tampar, eu comprei o quadro ontem e como não sabia onde ficava sua caixa de ferramentas, preferi esperar você chegar mas acabei esquecendo. Ai acordei e lembrei que tinha que colocar o quadro.

-Sério? Eu não tinha visto buraco nenhum no seu quarto. Mas tudo bem, deixa que eu faço isso mais tarde.

-Não precisa, eu faço agora e vai ser bem rápido. Prometo! E não irei me machucar.

Ele me olha com um olhar meio desconfiado, tento fazer minha melhor cara de anjo até que ele fica convencido e vai até o armário onde sua caixa de ferramentas estava junto de outras coisas. Papai pega o martelo e me dá, agradeço com um sorriso e subo correndo para o meu quarto. Ao chegar lá, fico esperando o despertador tocar de novo e logo isso acontece. Começo a bater com o martelo no despertador até ele quebrar todinho, apenas com quatro marteladas ele se desmonta, mas com uma coisa eu não tinha contado, o fato da porta estar aberta e meu pai e Bella escutarem tudo:

-O que está acontecendo aqui, Sunny! -viro meu olhar e paro em meu pai na porta.

-Pai... Oi! -tento dar meu melhor sorriso.

-Bem que eu suspeitei quando você pediu o martelo. -vejo ele soltar um suspiro- Você definitivamente não bate bem da cabeça.

-Ah paizinho, esse despertador me acorda cedo todo os dia. Eu só quero dormir! Estou tão cansada.

-Claro que ele te acorda cedo, justamente pra você ir para a escola. E falando nisso, vai pro banho, anda! Se fosse dormir mais cedo, teria tido uma boa noite de sono.

Bufo irritada e entrego o martelo para ele. Vou andando para o banheiro emburrada. Qual é, papai? Era apenas um despertador, nada demais. Solto um suspiro enquanto entro de baixo do chuveiro para tomar um banho. Que começo de dia, hein Sunny!

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Mais tarde...

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-Ahhh! Por favor, Susu! Vai, deixa! -olho para o loiro ao meu lado fazendo carinha de cachorro que caiu do caminhão de mudança. Reviro os olhos enquanto massageio minhas têmporas. Que puta dor de cabeça!

-Mas você é chato, Mike! Puta que pariu! Tá bem, tá bem! Comece logo essa sua sessão de perguntas.

-Agora sim! -vejo ele soltar um enorme sorriso- Nome completo? -de acordo com Mike, ele queria me conhecer melhor já que não sabia muita coisa sobre mim.

-Sunny Victoria Swan! -respondo enquanto copio as coisas que estavam no quadro.

-Data de nascimento? -olho pra ele confusa- Quero saber quando devo te presentear.

-13 de setembro de 1987.

-Cor favorita? -vejo pelo canto do olho ele apoiando o rosto na mão enquanto me olhava.

-Roxo, mas adoro preto e rosa. -respondo ainda sem dar muita atenção pra ele.

-Hm... -ele pareceu pensar uns segundos- Maior maluquice já feita? -suspiro e paro de copiar. Ele não ia me deixar em paz mesmo?

-Acho que fugir de casa.

-Como? -ele me pergunta um tanto quanto surpreso. Solto uma leve risada e me encosto na cadeira.

-Bem, antes de virmos para cá, morávamos com a nossa mãe e o marido dela, Phill. Eu odiava morar com a minha mãe, sabe temos muitas desavenças e coisas do tipo mas enfim. Um dia eu queria saber qual era a sensação de fugir de casa e ficar sem minha mãe, então eu fiz isso. Fugi de casa e acabei passando três dias fora de casa e quando voltei minha mãe me deixou de castigo. Eu tinha uns 10 anos.

-Você ficou aonde nesses dias?

-Fiquei na casa de uma colega, no porão da casa dela pra ser mais exata. Pensei em ir para um hotel mas acho que eles não aceitariam crianças de 10 anos sem fazer alguma pergunta e eu ia acabar encrencada demais. De qualquer forma, foi muito bom para relaxar o corpo e a mente. -solto uma risada e pisco pra ele.

Com o tempo, acabei cedendo as graças e perguntas de Mike e ficamos rindo até a aula acabar enquanto eu contava coisas da minha vida pra ele. Assim que o sinal tocou, fomos para o refeitório e Mike se ofereceu para pegar minha comida como nos outros dias, concordei e fui para a mesa onde todos já estavam lá:

-Não vai comer nada, Sunny? -Jessica me perguntou assim que sentei na cadeira.

-Mike foi pegar para mim.

-Por que você não para de tratar ele como um empregado e faça as coisas você mesma? -olho pra ela surpresa com sua fala e seu tom de voz. Ora, ora, parece que a "patricinha da cidade pequena" finalmente mostrou suas garras. Estava esperando por isso.

-Por que você não cala a boca e começa a cuidar da sua vida, Jessica, ao invés de se intrometer na vida dos outros? Ele que se ofereceu e você não tem nada a ver com isso.

-Você só está manipulando ele. - ela retruca com a voz um pouco mais baixa porém firme, com as bochechas vermelhas.

-Eu? Olha só minha querida Jessica, a culpa não é minha se você está interessada nele e ele não olha nem um tiquinho pra você. A culpa não é minha se está com ciúmes da minha amizade com ele. Se você tivesse um pouco de coragem do mesmo jeito que tem disposição e tempo para falar dos outros, já teria falado com ele sobre o que sente e não ficaria enchendo o meu saco.

-Oi gente! -Mike chega com as duas bandejas e se senta do lado de Angela, me passando minha bandeja em seguida- Aqui está, Sunny! Do que estavam falando?

-Obrigada! Estávamos falando do quanto a Jéssica gosta de... -ela me interrompe rapidamente.

-De nachos. -diz ela rapidamente enquanto todos da mesa ficam olhando seus pratos sem graça.

-Sério? Não sabia que gostava de nachos, deveríamos comer qualquer hora dessas. -diz o loiro enquanto dava uma mordida em sua maçã.

-C-claro! -ela fica vermelha como uma pimenta e me olha com um sorriso vencedor.

-Ótimo, podemos marcar um dia que todos estiverem livres. Sei de um restaurante aqui perto que tem ótimos nachos. -vi o sorriso dela murchar mais rápido do que quando surgiu, solto um suspiro e dou os ombros enquanto começava a comer.

Não sei o que é pior: Jessica com seu amor platônico por Mike -e por qualquer cara minimamente descente e bonito- ou Mike com sua lerdeza desenfreada que não repara nas investidas de Jéssica e em meus foras.

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Mais tarde...

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-Sunny! Sunny! -escuto a voz de Mike me chamando enquanto eu andava para fora da escola, já que era hora da saída. Olho para trás e vejo o loiro com suas bochechas vermelhas enquanto corria me chamando.

-Oi!? O-o que houve? -pergunto confusa assim que o mesmo se aproxima. Ele respira fundo várias vezes enquanto recuperava o fôlego.

-Então... E-eu queria saber se você aceita... Sair comigo? -assim que as palavras saem de sua boca, fico parada uns segundos olhando para ele.

-Ahm... Bem, tem que ver o dia para vermos se todos podem ir. -falo apenas para ver se entendi direito o que ele estava pedindo.

-Não, não, não! Eu queria sair com você... Sabe... Eu e você! Sozinhos.

-Ah sim, como um encontro. -vejo as bochechas de Mike ficarem levemente vermelhas enquanto o mesmo concordava com a cabeça- Mike, eu já falei o que sinto. E eu gosto muito de você mas não do jeito que você espera que eu goste.

-Oh! -ele logo fica triste- É, eu sei! Desculpe! É que eu achei que você poderia... Mudar de ideia ou então considerar a opção. -diz ele olhando pro chão e me olhando em seguida.

-Olha, eu que peço desculpas por te dar falsas esperanças, não devia!

-Você não tem culpa, afinal já me falou que está afim daquele outro cara que é seu amigo de infância e estuda na reserva. Eu que interpretei tudo errado... Mas eu achei que com o tempo você poderia...

-Gostar de você. -completo sua frase- E eu gosto... Mas não desse jeito. -suspiro ao ver seu olhar triste- Não fique assim, logo vai achar a garota ideal para você.

-Duvido muito.

-Não duvide, você é um amor e qualquer garota adoraria ficar com você.

-Mas não você!

-Porque eu não sou a garota ideal pra você. -suspiro enquanto pisco pra ele e o abraço- Não fique triste! Sabe, conheço alguém que gosta muito de você.

-Quem?

-Isso eu já não posso falar, você terá que perceber os sinais.

Dou uma risada e me afasto dele, deixando-o parado próximo a porta com um olhar de interrogação e decepção. Saio da escola e vou andando para a picape onde Bella já estava a minha espera. Entro na picape e espero ela começar a dirigir mas noto que o carro não se mexe:

-Não vai dirigir? -olho pra ela confusa.

-Onde estava?

-Falando com Mike lá dentro.

-Hm... Então o que ele disse? -ela me olha com um olhar cheio de expectativas.

-Nada demais! -faço pouco caso do que aconteceu agora pouco.

-Diga! -Bella as vezes sabe ser um pé no saco.

-Ele me chamou para sair, apenas isso.

-O que? Eu sabia! Eu tinha visto vocês conversando daqui e ele parecia triste. O que você disse? Você recusou?

-É, eu não aceitei sair com ele porque não eu sinto nada por ele então eu não quero que ele se iluda com algo que nunca será real. Se eu aceitasse sair com ele... Você já reparou o quão afobado ele é né? Então ele iria interpretar tudo errado e mais cedo ou mais tarde eu iria tacar a real e quebrar o coração dele. Então resolvi apenas tacar a real agora antes que a coisa piore, assim talvez ele desencane.

-Mas Sunny, como sabe que não será real?

-Porque eu me conheço e Mike não é pra mim. Ele é fofo e tudo mais mas... Ele é muito... Colegial. -solto um suspiro- Quer dizer, eu também sou colegial, não quero me colocar como a madura da história mas Mike parece ser muito...

-Criança? -diz Bella me olhando.

-Exato! E eu gosto de outra pessoa. Não seria justo ficar com ele enquanto gosto de outro.

-Jake! Já sei!

-É Bella, o Jake! -bufo me encostando no bando- Começa a dirigir, meu anjo. Já estamos paradas há sei lá quantos minutos. -digo querendo dar um fim na conversa.

Bella liga o carro e começa a dirigir para casa, ficamos em silêncio durante um tempo apenas com a música do rádio soando pelo carro mas Bella parece não se aguentar quieta e tinha que abrir a boca pra falar algo:

-Acho que deveria tentar... Sabe, você está assim desde o que houve com Jeffrey. Sei que sofre com isso até hoje.

-Bella, eu gostaria de não falar dele nunca mais então vou agradecer se você calar a sua boca e apenas dirigir para casa. -mesmo não querendo, acabo sendo grossa com ela. Sabia que ela iria enfiar esse... Cara no meio.

Ela bufa irritada e acelera mais a picape para demonstrar que estava com raiva. Idiota! Criança! Por que ela faz tanta questão de sempre falar do Jeffrey? Ela sabe o quanto eu só quero esquecer isso. Ele faz parte do meu passado, parte do passado que eu não quero lembrar, não me faz bem lembrar dele.

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Flashback...

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Dia 12 de setembro, um dia antes do meu aniversário de 15 anos. Renée e Bella foram no shopping comprar roupas enquanto Phill foi resolver algo do trabalho, ou seja, estou sozinha em casa e isso é a melhor coisa do mundo, com toda certeza é sim. Sempre gostei de ficar sozinha em casa.

Por isso, liguei para Jeff, meu namorado, para vir aqui em casa já que eles só devem chegar à noite. Meia hora após a ligação, escuto a campainha tocar:

-Quem é a pessoa que eu amo que vai fazer aniversário amanhã? -diz ele assim que eu abro a porta.

-Euzinha! -começo a rir e abraço ele.

Jeffrey sempre foi um amor, ele sempre sabe o que falar quando eu estou triste ou então quando acontece algo aqui em casa, é ele quem sempre está comigo e mesmo sendo dois anos mais velho que eu, ele sempre me apoiou em tudo e sempre me ajudou:

-Entre! Eu estava pensando em fazermos uma sessão de filmes com pipoca e bolo.

-Me parece uma boa ideia, querida!

-Pode ir para o meu quarto, escolha os filmes enquanto eu faço a pipoca. Mais tarde fazemos o bolo.

Ele concorda e sobe bem rápido para o quarto enquanto eu vou para a cozinha e pego tudo para fazer um grande balde de pipoca mas quando vou pegar os ingredientes para o bolo, já para deixar separado, acabo percebendo que não tinha mais ovos e nem farinha. Olho em todos os armários e na geladeira. Nada! Era só o que me faltava.

Subo correndo e vejo Jeff digitando no celular muito rápido, tomando um susto com a porta se abrindo:

-Tenho que ir no mercado, não tem mais ovos e nem farinha. -digo indo pegar minhas coisas.

-Tem certeza?

-Já olhei em todos os lugares, não tem. Não vou demorar mas se alguém chegar você se esconde no armário, de baixo da cama, no banheiro, se for preciso pule a janela, mas não deixe ninguém te ver.

-Você é quem manda, chefe! -ele solta uma risada batendo continência.

-Eu sei disso!

Pego minha bolsa com o dinheiro e o celular, descendo as escadas. Vou na cozinha tomar água antes de sair e vejo a lista de compras. Suspiro e pego a lista,  saindo de casa logo em seguida e indo em direção ao mercado para comprar a porcaria do ovo, da farinha e todas as outras coisas. No final, ligo para Jeff avisando que iria demorar bem mais do que o planejado já que acabei me atrasando por causa da lista de compras e também todas as filas dos caixas estavam enormes.

Fiquei no mercado durante bastante tempo, uma hora e meia pra ser mais exata. Meu dia sozinha com Jeff estava indo ralo abaixo, só esperava que ninguém chegasse cedo em casa. No final minha vez na fila chegou e logo consegui sair do mercado com tudo, logo chegando em casa sã e salva.

Chego em casa e grito perguntando se tinha alguém mas ninguém respondeu:

-Jeff? -chamo confusa, ou ele não tinha escutado ou foi embora.

Vou subindo as escadas após colocar as compras na cozinha, noto que não tinha ninguém em casa já que se minha mãe e Bella estivessem em casa, elas estariam falando muito alto enquanto experimentavam as roupas novas. Porém no meio da escada acabo escutando barulhos esquisitos, barulhos que eu só escutava ou quando minha mãe e Phill ficavam no quarto fazendo sexo ou quando eu acabava pegando Jeff no flagra se tocando. Eram barulhos de gemidos. Apreensiva, subo as escadas mais rápido e quando chego na porta do meu quarto noto que os barulhos ficaram mais altos. Respiro fundo e quando abro a porta do meu quarto eu vejo uma garota ruiva em cima de Jeffrey:

-Que... que merda é essa? -pergunto com os olhos pegando fogo e as mãos tremendo.

-S-sunny!? -Jeffrey toma um susto e se levanta assustado, empurrando a ruiva para o lado- E-eu posso explicar!

-Ah claro que pode! -digo olhando os dois, tentando processar tudo aquilo- Eu só fui no mercado por uma hora e meia, fazer as compras, e você conseguiu trazer uma mulherzinha para a MINHA CASA, para o MEU QUARTO, para a MINHA CAMA para transar com ela.

-Não é o que parecem-meu amor!

-AH É? -deixo a raiva falar mais alto e começo a gritar- POIS PARA MIM PARECE EXATAMENTE ISSO. SEU CANALHA, FILHO DA PUTA! SAIA JÁ DA MINHA CASA E NUNCA MAIS APAREÇA NA MINHA FRENTE, JEFFREY. -grito apontando para a porta.

-NÃO VOU SAIR NÃO! -ele acaba gritando- V-você precisa me ouvir. Sunny, amor, vamos conversar.

-Jeffzinho, vamos embora! -a vadia ruiva fala- Sua namorada não nos quer aqui e nem quer se juntar a nós.

-Eu não tenho nada... Pra falar com você! -digo entredentes- E você deveria escutar a sua vadia ai.

-NÃO ME CHAME DE VADIA! -a ruiva grita enquanto se levantava.

-EU CHAMO QUEM EU QUISER DE VADIA, E VOCÊ É UMA SIM JÁ QUE ESTÁ NA CAMA COM UM HOMEM DE MERDA QUE TEM NAMORADA. -grito me aproximando- Na verdade, tinha uma namorada!

-Como "tinha"? -ele me olha em choque.

-É, tinha! Passado! Ou você acha mesmo que eu vou continuar com você depois disso? Você está maluco, só pode! -reviro os olhos- SAI DAQUI! SOME DA MINHA VIDA!

-NÃO VOU SAIR! VOCÊ PRECISA ME ESCUTAR.

-Se não sair por bem então vai sair por mal.

Enquanto segurava minhas lágrimas, peguei as roupas deles dois -que estavam no chão- e puxo aquela garota pelo braço, a arrastando escada abaixo enquanto as lágrimas caíam pelo meu rosto, já que acabei não conseguindo controlar. A ruiva berrava desesperada enquanto Jeffrey descia as escadas correndo e me chamando. Ignoro seus gritos e chamados, abrindo a porta e tacando ela ali fora, do mesmo jeito que ela estava, nua:

-VAZE AQUI! VAI EMBORA!

-Não antes de terminar o que eu estava fazendo com o Jeff-a ruiva ainda tem a audácia de me provocar.

-Então espere só um segundo! -fecho a porta na cara dela e quando me viro vejo Jeffrey atrás de mim.

-E-eu posso explicar, darling! -ele tenta me convencer.

-Já disse que não quero explicações de nada. Não sou burra pra cair mais nas suas ladainhas. -fungo- Sabe o que é pior? É que eu realmente confiei em você e realmente achei que você seria a última pessoa do mundo a me fazer algum mal ou me magoar. Mas você fez pior, você veio com todas as palavras lindas e os discursos prontos e me fez acreditar que me amava para, no final, pegar meu coração e esmagar até não sobrar nada. Você brincou com o que eu sentia.

-Quer saber de uma coisa, Sunny? -ele morde o lábio irritado- Isso só aconteceu porque você não quis me satisfazer. -diz apontando o dedo na minha cara.

-Como?

-Se você tivesse transado comigo, isso não estaria acontecendo.

-AH CLARO! POR FAVOR, JEFFREY, VOCÊ PODE USAR AS SUAS MÃOS COMO JÁ FEZ VÁRIAS VEZES. EU NÃO SOU A MERDA DE UMA ESCRAVA SEXUAL QUE FAZ TUDO O QUE VOCÊ QUER.

-Eu já estava cansado de você me falando "não" toda hora.

-EU SOU VIRGEM, PORRA! EU NÃO ME SINTO PRONTA E NÃO IA PERDER A MINHA VIRGINDADE SÓ PORQUE VOCÊ NÃO CONSEGUE CONTROLAR A MERDA DO SEU PAU. -respiro fundo tentando me controlar, sentia meus olhos pegando fogo- E sabe, o problema não é seu pau mas sim a sua falta de caráter.

-Meu amor...

-MEU AMOR É O CARALHO! VOCÊ NÃO É NADA MEU PARA ME CHAMAR DE AMOR. NÃO TEM MAIS ESSE DIREITO.

-SOU SEU NAMORADO, SWAN!

-EX NAMORADO! NÃO TEM MAIS DIREITO DE NADA NA MINHA VIDA.

-Para de palhaçada, Sunny! Você me ama e vai terminar comigo por causa de uma bobeira como essa? -ele se aproxima mas eu o afasto.

-Bobeira? Engraçado que se fosse eu te traindo, você fica puto, terminaria comigo e sairia por ai falando um monte de besteira sobre mim para todos mas como foi você que me traiu, você quer que eu fique com você, que eu esqueça isso pois é uma bobeira, foi apenas uma fraqueza. Nossa, você é a vítima, o santo! ISSO É NOJENTO! VOCÊ É NOJENTO E UM BABACA COMPLETO. VAZA DAQUI! SOME DA MINHA VIDA!

-Que? Não, EU NÃO VOU SUMIR DA SUA VIDA.

-VAI SIM, SE FICAR TEIMANDO, EU VOU COLOCAR UMA MEDIDA RESTRITIVA CONTRA VOCÊ. SAI DA MINHA CASA! -ameaço ele enquanto gritava- Minha mãe vai chegar a qualquer hora, não quero que minha família veja essa vergonha. Não quero que eles vejam esse seu estado e nem que vejam aquela vadia ali fora daquele jeito. -abro a porta de casa- Sai! Você não é mais bem vindo aqui. -ele respira fundo, parecia se controlar para não fazer merda, e sai de dentro da minha casa, olho para fora e vejo que a ruiva ainda estava ali na porta ouvindo tudo- VÃO SE COMER NA PRAÇA, DE BAIXO NA PONTE, NO CEMITÉRIO, EU NÃO ME IMPORTO! SÓ SAIAM DA MINHA CASA, SAIAM DA MINHA PORTA! Sumam da minha vida!

Bato com a porta na cara deles antes de Jeffrey falasse alguma coisa. Com isso, noto minhas mãos tremendo e logo começo a chorar novamente. Ele era a única coisa que me fazia feliz nessa cidade de merda, a única pessoa que eu confiava e contava todos meus problemas, e mesmo assim ele me faz isso, por causa de sexo. Meu segundo namorado sério e isso acontece, realmente eu não tenho sorte.

Assim que minha mãe, Bella e Phill chegaram algum tempo depois, acabaram me vendo chorando na sala. Eu me sentia um nada. Acabei contando tudo o que tinha acontecido e esse dia foi a primeira vez que me senti parte desta família. Todos os três ficaram com muita raiva de Jeffrey, queriam matar ele.

Minha mãe pela primeira vez me ajudou verdadeiramente com alguma coisa. Ela lavou toda a roupa de cama após eu me acalmar, mas ainda sim não conseguia usar, por isso decidimos doá-las para alguém. Depois desse dia, Jeffrey veio várias vezes atrás de mim na escola, na rua e até em casa mas eu não dava atenção. Ele toda hora ficava me seguindo para falar comigo e conseguiu entrar no meu quarto em uma noite, mas foi expulso aos pontapés e gritos de Renée, Bella e Phill. O mesmo só parou quando acabamos envolvendo a polícia no meio, colocando uma medida restritiva no mesmo para ele parar de me perseguir e me assediar.

No final acabei descobrindo que ele já havia me traído com Deus e o mundo, e desde então nunca mais fui a mesma em relação a amor. Comecei a querer levar as coisas mais calmamente e fiquei mais insegura ainda.

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Flashback...

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-Ei, tudo bem? -escuto a voz de Bella me chamando.

-O que? -olho para ela ao meu lado- Sim, estou sim! Só vamos parar de falar sobre isso, por favor. Não me faz bem, sabe disso.

-Como quiser! -uns minutos depois ela volta a falar- Estava aqui pensando... Lembra do Daniel?

-Como esquecer dele? -sorri olhando ela- Esse sim era um amor. Se ele tivesse ficado lá, nada do que aconteceu teria acontecido.

Daniel foi meu primeiro namorado. Tínhamos 11 anos quando começamos a namorar mas ele gostava de mim desde os 8 anos, que foi a época que ele entrou na escola onde estudávamos, ele se apaixonou por mim -dizia sua mãe que eu era o primeiro amor dele- e sempre ia atrás de mim para me pedir em namoro mas eu sempre negava por ser muito nova para essas coisas. Mas quando fiz 11 anos, finalmente aceitei namorar com ele.

Sem dúvidas ele foi o melhor namorado que já tive -só tive dois-. Não sei como está agora mas não me importo, quero manter a imagem que tenho dele e não possivelmente de decepcionar se ele tiver mudado da água para o vinho. Na época era perfeito, éramos o casal mais fofo da escola e tínhamos tudo para dar certo, e acredito que daríamos, porém ele teve que se mudar por causa do emprego do pai e desde então nunca mais o vi ou ouvi falar dele. As vezes penso que vou encontrá-lo mas sei que não vou. Também fico pensando que se não fosse por isso, nada do que houve com Jeffrey teria acontecido, mas não foi culpa do Daniel, ele apenas teve que ir e eu confiei em quem não deveria.

-Chegamos! -escuto Bella falando assim que o carro para em frente a nossa casa.

-Ótimo!

Saio do carro, pegando minha mochila e vou para dentro de casa, subindo as escadas rapidamente e me trancando no quarto. Fecho os olhos me jogando na casa e tentando esquecer novamente tudo aquilo. Esse assunto definitivamente não me faz bem, relembrar isso tudo não me faz bem por isso deixo isso tudo trancado à sete chaves. Não preciso lembrar de alguém que me fez mal.

Continua...


Notas Finais


O que acharam? Só eu tive vontade de socar ele na parede e esfregar a cara dele no asfalto? Críticas construtivas por favor!

Enfim, pra quem quiser saber, eu imagino o Jeffrey e o Daniel, respectivamente, como Christian Martyn (o Billy de Anne With an E) e Noah Gray-Cabey (o Franklin de Eu, a Patroa e as Crianças. Ainda jovem, é claro). Enfim, apenas se estiverem curiosos.

Beijinhos *3*


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