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História A irmã de Renesmee - 1 e 2 temp. - fanfic sendo repostada - Se tornando mais sério? (E)


Escrita por: KarinaMiranda98

Capítulo 32 - Se tornando mais sério? (E)


Voltamos a cavalgar e logo chegamos em sua casa. William amarrou Employee em uma árvore em frente à casa dele. Uma casa humilde, mas que não deixava de ser grande. Era um pequeno terreno com mato a sua volta, assim como minha casa. Entretanto o tamanho não se comparava.

Meu corpo ficou em alerta ao ouvir vozes masculinas vindo lá de dentro. Segurei meu impulso de perguntar se havia alguém a mais em sua casa.

-Você mora com quem mesmo? – tentei soar casual, com um medo repentino de ali ter sido invadido.

-Minha mãe, minha irmã e eu. Por quê?

-Nada. – sorri, as vozes ficando mais claras. Eram dois homens. Pareciam ter intimidade um com o outro.

-Aquela fazenda que o Will trabalha fica aonde mesmo? – perguntou uma voz firme.

-Não lembro direito.­ – disse um que soou mais suave.

Will pegou a chave e girou a maçaneta.

-Ahhh, não morre mais! – o da voz firme falou alto, e correu para dar um abraço nele que o tirou do chão. Tinha uma aparência de jovem quase tanto quanto William. Era loiro, a pele quase pálida, os olhos azuis e os lábios rosados. Seu sorriso mostrava seus dentes brancos e alinhados.

-Tá lega, tá legal, já chega, Stefan. – resmungou ele, entretanto o outro homem apenas riu.

-Estávamos falando de você. – disse o outro, e entretanto me deu uma boa olhada. Apesar da semelhança, seus cabelos escuros com cachos abertos até o ombro era o destaque nele, dividido para o lado. Tinha uma barba tipo balbo, sobrancelha grossa e um olhar mais sério sedutor. – Você é...?

-Carlie. Carlie Cullen. – sorri, tentando manter distância. Não sabia que iria encontrar outros humanos, então não usava luvas. Will me disse que seria sua irmã, não disse nada sobre outras pessoas. Tenho um motivo, mas sempre melhor não arriscar.

-Esses são Stefan e Joseph. – ele apresentou respectivamente. – São meus irmãos.

-Ah, e mencionou somente Anne? – indaguei, lançando um olhar para o meu ficante.

-Ah, ele não gosta muito de mencionar a gente. – Joseph explicou, dando de ombros. – Não desde que saímos de casa.

-Prazer em conhecê-la, senhorita. – Stefan o ignorou, segurou minha mão antes que eu pudesse fazer algo, e deixou um singelo beijo ali.

-O prazer é todo meu. – senti-me corar.

-Joseph é o mais velho, Stefan vem atrás, depois eu e Anne. – Will ia dizendo, constrangido com a situação. – Cadê ela?

-Ela está lendo livro na sala. Nem deve ter te ouvido chegar. – dizia Stefan.

-O que fazem aqui? – perguntou William, me olhando de canto.

Não sei se estava com vergonha de me apresentar, ou só não os esperava ali.

-Viemos ver Anne, idiota. – o mais velho parecia já estar sem paciência para a atitude do mais novo.

-Estou ouvindo o Will? – uma voz delicada foi ouvida de outro cômodo. E logo seus passos se fizeram até nós. – Achei mesmo que tinha ouvido você. Saiu mais cedo do serviço?

-Decidimos vir te dar uma boa notícia. – me pronunciei ao que seus olhinhos se prenderam em mim, com curiosidade. – Sou Carlie, aliás.

-Ah, já ouvi falar muito de você. – sorriu travessa para seu irmão mais novo. – Muito, aliás.

-Espero que bem. – falei, entrando em sua brincadeira.

-Espera aí. – Stefan disse, com a boca cheia de pão. – Você é a Carlie? Carlie Cullen?

-Cullen? – repetiu o outro, pasmo.  – Sério, Will? Está pegando a sua patroa?

Ouvi o mesmo se engasgar ao meu lado.

-Tecnicamente, quem o paga é minha família, então não sou a empregadora. – ressaltei, com os lábios distendidos para os lados.

-Ela é gata. – Joseph me elogiou, impressionado.

-Muito gata. – concordou o irmão, dobrando o lábio inferior para baixo.

-Ok, vocês podem parar de deixar minha visita constrangida? – Will rosnou, mandando um olhar mortal para os dois, que apenas riram. – Anne, viemos dizer que sua festa vai acontecer. Conseguimos o local.

Seus olhos se arregalaram, e ela correu para ele em um abraço apertado.

-Obrigado, obrigado, obrigado, obrigado, obrigado! – dizia enquanto o mesmo ria de sua felicidade.

-Com que dinheiro, Will? – Joseph questionou desconfiado. – Mal consegue manter a escola dela.

-Na verdade, Carlie se disponibilizou para ajudar. – ele esclareceu. – A festa vai ser na casa dela.

-Falando nisso, tenho que voltar logo. – falei para William, me lembrando de algo. – Tenho que ir ao centro para ver a melhor equipe de decoração e buffet. Anne, qual decoração você gostaria?

-Na verdade eu tenho tudo salvo no meu celular. – ela sorriu abertamente. Correu para algum lugar fora de nossas vistas, e logo voltou com o aparelho em suas mãos.

-Certo. Vou procurar no meu celular e salvar para fazer exatamente o que você quer.

Enquanto fazíamos as pesquisas, ouvi os três irmãos conversando. Claro que não era para eu ouvir.

-Vocês não podem aparecer do nada. – William disse, parecendo bravo.

-Só podemos visitar Anne com hora marcada? – ironizou Joseph. – A mãe disse que ela não teve aula hoje. Sério, Li? Namorando a patroa?

-Ela não é minha patroa. – rosnou baixinho. – Fui contratado há dois meses para substituir o senhor Lockwood que faleceu. Conheci Carlie só quando ela chegou aqui.

-Sério, ela é muito gostosa. Demais para o seu bico. – o outro irmão lamentou, e eu arregalei os olhos com isso. – Deixe essa para mim, eu te arranjo qualquer outra que quiser. Quer dizer, olhe esse cabelo e esses olhos. Ela parece um anjo.

-Ela não é uma moeda de troca, babaca. – enfureceu-se William, tentando conter sua voz. Me senti lisonjeada por ser defendida. – Eu gosto dela. Não estou com ela por coisas fúteis.

Sorri nessa parte, satisfeita de isso ser bem camuflado com Anne me mostrando outra foto.

-Ok, ok, não está mais aqui quem falou. – se rendeu, parecendo o levar mais a sério.

-Mas que ela é linda, ela é.

-A família dela toda é linda. Ela tem uma irmã e outra parente, todas parecem herdar uma beleza de outro mundo.

-E você pegou as duas?

-Eu já falei, estou com Carlie porque gosto dela. Mas eu reparei na irmã e nessa menina. Não quer dizer que me senti atraído.

-E falou sobre a pequena, mas não sobre nós? – Joseph fingiu mágoa. – Pare de ser infantil, cara.

-Vocês nos deixaram aqui depois que nosso pai se foi. É muito difícil lidar com Anne e a mãe. Ela mal liga para nós dois. Mesmo que não sobre nada para mim, vou deixar ela nessa escola porque lá ela ocupa a mente. Não quero que ela perceba o afastamento da nossa mãe.

-E esse é o último. – Anne finalizou as fotos, mostrando inclusive a roupa que ela queria.

-Certo. – falei alto, anunciando que terminamos. Toquei seu nariz de leve com a ponta do meu dedo, e ela sorriu com isso. – Convide quem quiser, minha casa é bem grande para uma festa.

-Então, quer que eu te mostre o resto da casa? – William perguntou.

-Eu ficarei feliz em fazer essa parte. – Stefan se prontificou, mordendo o lábio ao me olhar. – Te mostrarei o aposento mais importante dessa casa: o meu quarto.

-Você quer dizer aquele cheio de livros? – riu Will. – A mãe o transformou numa biblioteca semana passada.

-O que? – indagou espantado. – Não acredito que ela fez isso!

-Queria o que? – revirou os olhos. – Você se mudou, e tinha um quarto sobrando. Vamos, Carlie.

-Tem certeza? – hesitei, olhando para os três.

-Eles sabem se divertir sem mim. – garantiu, dando um beijo na testa de Anne e me guiou pelo corredor.

Foi me mostrando tudo, e parou na varanda de trás.

-Então você sofreu amnésia hoje. – Provoquei, me encostando de costas na sacada.

-Me desculpe. Não quis mentir. – murmurou, olhando para a frente fria enquanto se apoiava em seus braços no mesmo local que eu estava. – É que é difícil sem o apoio deles. Eu fiquei com raiva quando eles se foram.

-Eu entendo. – lhe dei apoio, colocando minha mão sobre a sua.

-Anne adorou seu colar.

-Nem a vi olhando. – comentei sincera.

-Ela é educada o suficiente para ser discreta. – riu. – E esse anel? Tenho curiosidade desde a primeira vez que o vi.

-É um brasão de família. – olhei para o meu dedo do meio, onde repousava o anel robusto. – Todos temos um. É de gerações.

-É muito bonito. – disse distraído o observando enquanto segurava minha mão. – E o colar, também de família?

-Hm... não, esse foi presente. – falei incerta.

William não era bobo. Ele deduziu pelo eu tom.

-Foi seu ex que te deu?

Assenti, sem coragem de encontrar seu olhar. Seus dedos seguraram meu pingente por alguns segundos, olhando com atenção. Não sei porque, mas esperei que ele fosse puxar dali.

-Ele tem bom gosto. – murmurou, o soltando.

Sorri forçada. Não queria me lembrar dele. Não agora.

Peguei o elástico e o puxei, a dor momentânea fazendo o efeito que eu quis.

-Machucou? – Will franziu a testa ao perceber o que eu quis.

-Foi sem querer. – tentei disfarçar. – Está tudo bem. É de uma embalagem de doce. Achei fofo e decidi ficar.

Não sei quanto tempo mais essa desculpa iria colar. O único diferencial era sua cor prateada. Era um elástico forte, já que ainda não arrebentou nenhuma vez.

 

PDV Seth.

 

Como tenho saudade da Carlie. Eu daria tudo para ter uma segunda chance. Para poder me explicar. Para dizer que a amo mais que tudo. Que tudo foi um mal entendido. Desfazer a minha burrice.

 

-Eu amo você. – ela me disse olhando em meus olhos e me beijou com carinho.

Sua presença me fazia ficar em êxtase.

-Muito, muito. – continuou sem descolar seus lábios dos meus.

-Eu também te amo. – sussurrei contra seus lábios e senti seu coração acelerar. – mais do que você imagina.

Ela colocou seu braço em meu pescoço e com a outra mão, agarrou o meu cabelo, me puxando mais para ela. Nunca imaginei que ficaria tão feliz e tão distante a beijando.

 

Suspirei e acordei do transe. Ficar imaginando nos imaginando juntos só fazia ser ainda pior.

-Seth? – Charlie me chamou.

Levantei o olhar, surpreso. Restou apenas nós na mesa. Minha mãe havia terminado sua janta e saiu.

-Oi.

-Deve estar sendo difícil para você. – ele disse, suspirando. – Ela também não me disse adeus. Nenhuma das duas.

-É, Carlie faz muita falta. – concordei, sem ligar em dizer só sobre ela. Apenas ela me importava.

-Muita. – ele concordou. – Meu coração dói ao ficar longe das minhas netinhas e da minha filha... apesar da natureza delas. – ele estremeceu ao dizer as palavras.

Eu ri com isso.

-Bella contou a você o que ela era quando as filhas eram pequenas. – me lembrei.

Charlie ficou pálido, e fez hora extra no serviço por três dias antes de se render a explicação de Bella. Ficou chocado quando percebeu que os assassinatos que ocorreram quando Bella se mudou para Forks foi de origem vampiresca. “Era tudo muito estranho, um animal não poderia fazer aquilo.” Comentou, de mãos atadas.

Bella lhe explicou do porque não poder contar nada a ele, e que isso só seria seguro porque ele estava numa família de lobisomens. Sabia das lendas e era casado com um membro do conselho da tribo indígena.

-Ela mudou muito.

-Pelo menos ela não envelhece. – apontei.

-Nem você.

-É. – respondi rindo. – Nem a Carlie. – falei em meio ao suspiro. – Sinto sua falta.

-Eu também, Seth, eu também. – falou baixinho.

-Charlie? – a voz da minha mãe flutuou pelo corredor.

-Acho que vou lá. – ele falou se levantando e levando sua louça consigo. – Prometi a ajudar a organizar o quarto. Boa noite. – e saiu.

Me levantei, jogando o resto da comida no triturador e deixando a louça ali. Me direcionei para o meu quarto, e deitei-me na cama com uma dor no peito.

-Por que você fez isso, Carlie? – perguntei para mim mesmo sentindo as lágrimas caírem, e desta vez as deixei. – Por quê? Por quê? Por quê? Por quê? – sussurrei de olhos fechados.

Eu estava dilacerado por dentro. Eu queria desesperadamente voltar para ela. Eu precisava voltar para ela para poder ser feliz novamente.

“Flash Back on”.

 

A encarei, sentindo o choque percorrer meu corpo. Eu podia sentir meus olhos inchados, e os seus lindos esverdeados também estavam com as pálpebras vermelhas.

-O que você quer dizer?

Na minha cabeça aquilo não fazia sentido. Eu não queria que fizesse sentido.

-O óbvio. – deu de ombros, seu olhar sem humor. – Não posso ficar com você.

O baque me atingiu com força naquele momento. Ela chegou perto de mim, e fez carinho em seu rosto. Aquele toque era o meu refúgio. Seu olhar era minha paz, onde eu me sentia em casa. Entretanto a expressão que estava nele fazia meu coração se apertar de dor. Ela havia tomado sua decisão.

-Não posso ficar com você sabendo que outra garota beijou esses lábios, enquanto você me pediu em namoro, e nem se deu o trabalho de ser honesto comigo. – fungou, passando a mão calorosa em minha cabeça, penteando meu cabelo para trás.

Ela tinha toda razão. Eu fui tudo o que não deveria ter sido por medo de a perder. Mas a perdi justamente porque escondi.

Engoliu em seco e se afastou, na mesma hora senti uma parte de mim ir embora.

-Não faz isso... – implorei.

-Tchau, Seth.

E me deu as costas. Não! Eu não podia a deixar ir assim. Eu tinha que tentar algo.

-Espera, Carlie. – segurei seu braço, a virando.

-Set...

A interrompi esmagando meus lábios nos seus. Coloquei uma mão em sua nuca, tentando a manter ali, e outra em sua cintura, juntando nossos corpos. Ela bateu duas vezes em meu peito numa boba tentativa de sair, e logo seus braços amoleceram. A maciez de seu cabelo foi tão tentador que o segurei, me deliciando com a textura. Tornei o beijo mais suave, dessa vez não tentando mais ser persuasivo, apenas aproveitando se fosse nosso último beijo.

Tudo fugiu da minha mente. Nosso término, das fotos, da Tifanny, meu nome. Parecia tudo de uma outra vida no momento em que nossas bocas dançavam entre elas. Sentir seu corpo em mim era demais, e minhas mãos não resistiram ao descer sua silhueta e segurar seu quadril proeminente. Logo senti um prazer quando suas mãos foram para o meu cabelo e pescoço.

Seu gosto... não havia descrição que dissesse o quão bom era. Mordi seu lábio, a sentindo estremecer em meus braços, e com isso agarrou mais forte meu cabelo.

Separamo-nos do beijo ofegante. Seus olhos continuavam fechados, e eu me apeguei a esse momento a memorizando. Seus lábios levemente inchados da ferocidade do beijo, os tornando mais desejáveis, o que eu achava impossível até o momento.

Segurei seu rosto, dando um beijo delicado em sua boca. Mantive minha mão ali ao quebrar o beijo, sentindo sua pele de seda.

Ela abriu os olhos, tomada pelo momento. Seu olhar estava totalmente passional.

-Fica comigo, por favor. – sussurrei, escorregando meus dedos em sua bochecha, esperando de forma egoísta ouvir um “sim”.

-Seth, eu...

-Por favor, – a interrompi. – é só o que eu te peço!

 

“Flash Back off”.

 

Não me permiti prosseguir na lembrança. Pensar nela era muito dolorido.

Talvez eu pudesse ir atrás dela e lhe implorar por uma explicação. Eu não precisava da minha dignidade se isso a fizesse voltar. Eu poderia passar cem dias implorando se isso a fizesse feliz.

Ou... ela poderia estar com outra pessoa. Isso cortaria meu coração em mil pedaços. Minha vida se apaixonando por outro cara. Seria um tapa bem dado na minha cara. Lágrimas desceram pelo meu rosto ao pensar na possibilidade.

Nunca pensei que aquele seria o nosso último beijo. Ainda restava um restante de esperança dentro de mim.

Mas eu ia dar esse espaço para ela. Ia respeitar sua decisão e a esperar me encontrar... Um dia.

 

PDV Carlie.

 

-Fala sério, você é horrível nesse jogo! – gritei para Joseph enchendo seu saco. Estávamos jogando um Battle Royale no videogame, e eu estava no seu time adversário. Já tinha o matado sete vezes, e ele somente uma.

-Eu mal toco nesse troço. – revirou os olhos, sempre sorrindo. – Você deve ser uma viciada.

-Ah, eu gosto de jogar em família. – dei de ombros, Stefan adorando que eu acabei com todos eles no jogo de tiro. Anne ainda empatou comigo. Ela era muito boa. – Mas sério, eu preciso ir. Não quero ir ao centro muito tarde.

-E eu tenho que voltar ao trabalho. – Will se levantou e deu um beijo em Anne.

-Namoro com benefícios. – Joseph provocou, recebendo um tapa na cabeça de William.

-Calado. – falou entredentes. – Cuidem de Anne, e qualquer coisa me mandem mensagem.

Saímos de sua casa quentinha para o vento congelante de fora. Para mim não era incomodo, mas o senti estremecer com a mudança repentina de temperatura. Abracei sua cintura, e ele imediatamente passou os braços ao meu redor enquanto íamos para o cavalo.

 



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