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História A irmã de Renesmee - 1 e 2 temp. - fanfic sendo repostada - Aparição surpresa pt 2 (E)


Escrita por: KarinaMiranda98

Capítulo 40 - Aparição surpresa pt 2 (E)


Apertei a mão de Seth sem nunca tirar os olhos daquele vampiro traiçoeiro. Nunca consegui digerir o fato de que ele planejara aquele esbarrão nela. Como conseguiu driblar suas emoções do meu tio tempo suficiente para o deixar de mãos atadas ao que o sol atingiu um ponto da rua que tornou impossível meu tio chegar até mim. Claro que se o vampiro me atacasse, tio Jazz não deixaria e usaria sua velocidade, mesmo com os humanos presentes. Eu sabia que sua cautela era bem pensada.

Seth me olhou confuso. Ele estava em Forks quando fui sequestrada por esse vampiro. Não sabia do seu cheiro. Não sabia de sua aparência porque nunca mostrei. O assunto pareceu não ter mais tanta importância, já que “esclarecemos” tudo lá em Volterra.

-Vamos dar o fora daqui. – sussurrei engasgada.

Sem explicar mais nada, peguei meu capacete, a chave da minha moto, só esperei Seth colocar o seu, o carro de Ness dar a partida e também arranquei dali com o meu namorado na garupa. Eu sabia que ir a 110km não diminuiria as minhas chances de um “acidente” se Adrian quisesse que eu o sofresse. Todavia não resisti ao que fui mais fundo no acelerador, passando o carro de minha irmã. Pelo retrovisor, assisti por um momento o Porsche ficar para trás.

Seth não se atreveu a dizer uma única palavra. Só se agarrou firme em minha silhueta e me deixou dirigir.

Eu me amaldiçoei por minha inteligência. Quis um pouco de ignorância naquele minuto. Quis não ter que saber que ele estava ali por mim. Para me vigiar. Por causa de Tifanny? Aro?

Para “quem” era o de menos.

Tinha um vampiro na nossa cola.

E tínhamos humanos para proteger. Mendy, Claire, e até Nick. No minuto que tia Alice soubesse, ela surtaria. E ela não podia prever o futuro de sua filha, já que envolvia Ness e eu.

Ao avistar o terreno de casa ao longe, diminui consideravelmente a velocidade e estacionei.

Ignorei a chamada pelo meu nome. Tirei o capacete, puxei a chave da ignição e adentrei a casa. Corri para o meu quarto e bati a porta. Ao chegar ao banheiro, tirei minha roupa, ficando apenas com a camiseta social branca. Abri a torneira e joguei água no rosto e nuca, procurando focar na situação. Eu sentia meu batimento cardíaco que estava longe de ser saudável para um humano, mas para mim ainda assim estava num nível preocupante de estresse.

-Carlie!

Suspirei. Sabia que teria que enfrenta-lo logo.

-Queria nos matar? – Seth adentrou ali como um furacão, e parou ao me analisar por um momento. – Wow! Eu-eu sinto muito, não sabia...

-Está tudo bem. – o tranquilizei. Apesar de toda aquela situação, gostei de seu olhar para as minhas pernas nuas. Parou por um momento me observando, seu rosto vermelho de quente.

Passei por ele com a intenção de ir para o meu closet, entretanto sua mão segurou o meu braço, me virando em sua direção.

-Sério, Carlie. Você não é de dirigir de forma irresponsável. O que te levou a isso?

Seu coração também estava acelerado, eu só não sabia se era devido a adrenalina de cinco minutos atrás ou o ar ali de me ver seminua.

Tentei ignorar sua respiração perto de mim, apesar da distância segura para uma conversa.

Eu tentava ignorar pelos últimos dias que eu o queria. Além de beijos. A voz do meu pai aconselhando esperar sempre aparecia e me desencorajava a arrancar minha própria roupa, desde que estávamos dormindo na mesma cama. Por conta disso, eu sempre tinha que trocar a roupa íntima antes de dormir.

A porta foi aberta num impasse outra vez, revelando Jake e Ness.

-A gente estava apostando corrida? – ele rosnou, insatisfeito com minha atitude. Seth se postou a minha frente, me escondendo.

Ignorei isso. Jake era como um irmão, e só tinha olhos para Renesmee. Se eu aparecesse nua em sua frente, ele com certeza só me cobriria.

-Carlie. – respirou fundo antes de prosseguir. – O bando captou um cheiro diferente aos arredores. Não é nosso território, ou melhor; nem sabemos se aqui é o território de alguém. Sei que o fedor é de um sanguessuga, e sua reação só provou que você o conhece. – fiquei surpresa com a sua atitude. Era sempre tão irritantemente exigente quando queria algo e ficava sem paciência. Mas ali estava Jacob Black, se mostrando calmo.

Suspirei, rendida.

-Posso ao menos trocar de roupa? – indaguei, e fui sem esperar por uma resposta.

Vesti um short e uma regata, ansiosa para me sentir livre mesmo estando tão próximo a chegada da neve. Minha família prometeu que aqui eu poderia ser eu mesma, mas dentro de casa. Lá fora somente quando Will não estivesse por perto.

-Adrian. – falei entrando no quarto. Jacob andava de um lado para o outro, Seth batia o pé, impaciente. Mesmo que não demonstrasse tanto quanto o amigo, eu sabia que esperava logo uma resposta minha. Minha irmã estava jogada em minha cama, já sabia a resposta que eu lhes daria.

Lancei um olhar curioso em sua direção. Ela fora sequestrada comigo, sabia quem era o vampiro. Por que não contou a Jake?

-Você explica melhor. – ela sorriu amarelo ao notar meu olhar.

Jacob parou de andar ao que pisei ali.

-Um Volturi. – acrescentei.

-O que? – eles dois exclamaram ao mesmo tempo.

-Como?

-Quando?

-Por quê?

-Nos sequestrou. Não foi a primeira vez que o vi. Quando papai me proibiu de ver Seth, eu saí um dia para comprar sorvete com tio Jazz. Ele afirmou que esbarrou em mim sem querer. Algo impossível considerando que se tratava de um frio.

Os dois lobos ali estremeceram, tanto pelo fato de ter um vampiro espião, quanto pelo fato de ter estado tão próximo de mim que poderia ter me matado simplesmente.

-Isso tem a ver com Tiffany. – afirmei, minha voz tremeu. – Ela me quer morta.

-Só por cima do meu cadáver. – Seth rosnou.

-Ela não vai passar por nós. – garantiu Jake.

-Como vocês podem garantir a minha segurança? – perguntei alterada. – Ela tem o poder de mover as pessoas.

-Nós já lidamos com sanguessugas difíceis antes. – Jake cruzou os braços, confiante.

-Esses dias eu também me senti vigiada. No dia que eu caí da escada.

-Não falou nada de novo. – Jacob revirou os olhos.

-Por que não me contou quando te achei? – perguntou Seth delicado.

-Achei que era coisa da minha cabeça. – suspirei, chateada comigo mesma. – Temos que mandar Claire de volta. – sussurrei. – Ela estará mais segura em La Push. Tifanny quer a mim, não tem motivo de ir para Forks comigo aqui.

-Vou conversar com eles, e cuidar das passagens. – Nessie se prontificou, vendo como eu estava sem reação.

Talvez o nosso tempo em Nova York seria mais curto do que eu pensei. De início eu não estive realmente empolgada porque eu sentia falta de Seth, e era para ele ter vindo comigo. O fato de eu ter o deixado apenas abriu um buraco em meu peito.

Agora era diferente. Eu gostava de sair com ele após a escola, conhecer os lugares, ter jantares românticos. O fato de ter um Volturi à espreita cancelava tudo isso. Tínhamos que nos unir e ficar todos juntos para caso haja um ataque surpresa.

-Precisamos checar a área. – Jacob sugeriu, interrompendo meus pensamentos. Seth assentiu.

Ele se virou para mim e segurou minhas mãos.

-Eu volto o mais rápido possível. – prometeu.

-Se cuida. Por favor. – pedi num sussurro. Não conseguia falar mais alto que isso. Seus lábios selaram sua promessa com um beijo em minha testa.

Encostei-me a parede, me sentindo em choque. Sem forças, escorreguei até o chão. Nunca tive tanto medo na minha vida depois da vinda dos Volturi quando éramos pequenas. E eu odiava a sensação de déjà vu passando em mim.

 

PDV Jacob.

 

-Eu nunca vou me perdoar se algo acontecer com ela. – Seth murmurou conforme descíamos as escadas.

-Relaxa, cara. – tentei o confortar. Mas não tem muito o que passar para ele, sendo que nem mesmo eu me sentia confiante. – Vamos protegê-las.

Me olhou, concordando com minha afirmação.

Não era uma opção. A vida de Renesmee valia mais do que a minha.

-Collin, Brady, Embry, vamos fazer uma checagem pelo perímetro novamente. Quil, Leah, vocês ficam caso haja algum imprevisto.

-Ok. – a voz de Brady tremeu. Eu sabia que ele ainda tinha medo de Seth se tornar instável e acabar com a sua raça.

Eu não fazia tanta objeção. Talvez isso o ensinasse a não mexer com uma garota alvo do imprinting de um lobo. De um irmão. Ou melhor, de seu melhor amigo.

-Levamos Leah. – Seth discordou, sua voz ácida.

Nunca o vira daquele jeito. Era algo que eu jamais diria em voz alta, porém Seth me assustou. Algo raro de se ver: o garoto irritado daquela forma.

-Não podemos. – discordei a contragosto. Me solidarizava com o sentimento dele, entretanto Leah era uma das mais implacáveis dos bandos. Eu a queria ali para proteger Renesmee. – Precisamos dela aqui com as meninas.

Ele revirou os olhos, e não disse nada. Era um claro sinal de que sabia o que ocorria, e mesmo assim não gostava da ideia. Sobretudo proteção de nossas imprintings era mais importante que a raiva dele.

-Já consegui as passagens. – Renesmee falou aparecendo no alto da escada. – Comprei as passagens para Collin, Brady, Leah, Quil, Claire, Embry e Mendy. Vocês partirão muito em breve.

-Eu não vou voltar para Forks. – a loira apareceu logo atrás da minha ruiva, indignada. Embry ao seu lado não parecia nada feliz. Eu podia apostar um milhão de dólares que ele tentou a persuadir a ir embora, e a mesma se negou. – Eu faço parte dessa família e eu quero ficar.

-Mendy, tente entender. – insisti. – Se trata de sua segurança. Apenas por isso estamos mandando os outros de volta a La Push. Você precisa ir também. Até a Leah que sabe se cuidar está voltando.

A mesma balançou a cabeça, afirmando a minha falsa versão. Não mencionei que ela queria ir apenas para proteger Jayden.

-Eu não vou a lugar nenhum. – ela cerrou seus dentes.

-Tudo bem. – inclinei a cabeça para o lado fingindo não me importar. – Fique aqui para os vampiros virem aqui e te sequestrarem para a Itália.

-Sempre quis ir à Itália.

-Não vai ser um passeio muito divertido.

-Pelo menos vou ter o prazer de conhecê-la.

Suspirei. Ela até parecia parte da família de verdade. Sua teimosia a fazia parecer Bella.

-Tudo bem. Mendy e Embry ficam.

Eu sabia que por ela ficar, Embry também ficaria. Não era algo que precisava de uma confirmação verbal.

Ela sorriu satisfeita.

-Vamos logo. – Seth falou. – Estou ficando muito aflito.

Concordei, e após checar que o empregado estava muito ocupado no estábulo, corremos para a floresta.

 

PDV Carlie.

 

Ainda eram seis e meia quanto eles voltaram. Não pude deixar de soltar um suspiro de alívio ao ver meu namorado inteiro.

-Ei, eu não tive muitas oportunidades de experimentar suas delícias culinárias. – ele sugeriu, com os braços em minha volta.

Os outros estavam arrumando seus pertences, já que partiriam ainda naquele dia. Com isso, Seth e eu tínhamos a privacidade da cozinha, uma vez que eu era a única que preparava refeições decentes para todos.

-Irei preparar uma refeição. – ri de sua frase sugestiva. – Estou pensando em fazer chochoyotes.

-Não faço ideia do que é, mas só de sair dos seus lábios já imagino o quão delicioso é.

Eu percebi o flerte num leve tom descontraído que ele usou, portanto não deixou de causar outro efeito em mim. Eu podia jurar que minhas bochechas esquentaram de tanta vergonha.

-Você é bobo. – murmurei sem jeito.

-Ahh, Cullen, só você me deixa assim. – sussurrou, me inebriando com seu hálito quente. Fechei os olhos, cada célula dentro do meu corpo queria seus lábios em mim. Queriam suas mãos em meu corpo, nós dois colados um no outro.

Sua boca devorava a minha, faminta. Parecia que não nos beijávamos há muito tempo. Enroscou sua mão em minha cintura, me trazendo para si. Arfei ao sentir sua definição, me fazendo sentir vontade de tirar sua roupa apenas para acariciar aquela região.

“Arrãn”

Nos separamos abruptamente, surpresos. Eu não tinha ouvido ninguém, e Seth pelo visto também não. Depois realizei que estávamos tão absortos um no outro que nossos sentidos aguçados estavam desligados.

-Will? – indaguei, surpresa. Ele nunca entrava na casa.

-Desculpe, não quis atrapalhar. – falou de uma forma formal, e eu odiei aquilo. Odiei também perceber que aquela postura era para mascarar o quão o machucou presenciar aquela cena.

-Imagina. Aconteceu alguma coisa?

-Hã... – piscou, se recordando de algo. – Seu cavalo. Ele está estranho.

Dei um passo a frente, ansiosa por ouvir mais.

-Eu já chamei alguém, mas podem não chegar a tempo.

Não o esperei falar mais nada. Corri para o estábulo. Ao ver minha intenção de ir até lá, me acompanhou.

 

 

 

 



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