História A Irmã Perdida De Caspian - Capítulo 4 - O Baile Part II

Descemos as escadas com muito cuidado e leveza, com certeza Caspian estava cooperando para que eu não caísse com o meu jeito desajeitado e o salto. Eu realmente deveria ter usado uma sapatilha, mas Lu havia insistido tanto. Ela com certeza fazia qualquer pessoa ir a loucura com sua cara de cachorrinho abandonado. Sentei-me ao lado de Caspian em um verdadeiro trono real. Certo eu nunca pensei que isso aconteceria algum dia. Sonhara como qualquer menina que um dia eu seria coroada uma rainha, mas nunca pensei que seria assim. Eu estava pronta para viajar conhecer o mundo e de repente estou aqui sendo coroada princesa de uma terra encantada. Um anão, ele era extremamente fofo tirando a cara rancorosa. Urgh, ele não tinha outra cara não? Desde a primeira vez que Lu me apresentou para ele, sempre estava com essa cara meio tediosa e desafiadora. Sorria apenas para Lu e muito raramente. Vinha com seis coroas em almofadas vermelhas, Caspian já estava com a sua. Rose tinha sido encarregada de colocar as coroas a pedido meu. O primeiro foi Pedro sua coroa de ouro era extremamente linda e ao mesmo tempo simples. Logo após foi Suzana uma coroa de ouro também, mas detalhada e menor que a de Pedro, flores era esse o desenho que se tinha na coroa. Logo após Edmundo com sua coroa em prata ao em vez de ouro, mais simples que a de Pedro também sem detalhes grandes. Depois veio a vez de Lucia, também em prata, mais detalhada que a de qualquer um, pareciam pequenos flocos de neve um maiores outros menores. Eustáquio recebeu um coroa que me parecia de bronze, não entendi muito bem o porquê de ser bronze. Era tão menos detalhada quanto a de Edmundo. Logo depois Rose e o anão chegaram a minha frente. Ele me olhava com a mesma cara de sempre, me segurei para não parecer uma criança e dar língua pra ele para ver se ele mudava a expressão, já Rose sorria explandescente para mim. Ela pegou a coroa prata com vários diamantes pequenos. “Lucia” pensei, só ela pensaria nisso para mim. Abaixei-me levemente como uma reverencia e a coroa é colocada sobre minha cabeça. Levanto a cabeça sorrindo. Olho de canto para Caspian ao meu lado. Ele sorria para mim, também me olhando de canto e então ele pronuncia:

–- Uma vez dito por Aslam e agora por mim. Uma vez Rei ou Rainha de Narnia sempre será Rei ou Rainha de Narnia. – Ele aponta para Pedro com a mão. – Rei Pedro, o Magnifico. – Ele aponta para Suzana. – Rainha Suzana, a Gentil. – Ele aponta para Edmundo. – Rei Edmundo, o Justo. – Ele aponta para Lucia. – Rainha Lucia, a Destemida. – Ele aponta para Eustáquio. – Príncipe Eustáquio, o Honesto. – E ele finalmente aponta para mim com certo orgulho. – Princesa Lianah, a Próspera. – Ele termina e Pedro se pronuncia.

–- E Rei Caspian, o Navegador. – Dando um largo sorriso para Caspian.

Todos aplaudem e gritão “Viva o Rei Caspian. Viva o Rei Pedro. Viva a Rainha Suzana. Viva o Rei Edmundo. Viva a Rainha Lucia. Viva o Príncipe Eustáquio e viva a Princesa Lianah.” Eu sorri e olhei para Lucia. Os olhos brilhavam com as lagrimas de emoção por estarem de volta. Ela amava aquele lugar, ninguém poderia contestar isso. Ali ela se sentia segura e poderosa. Ninguém a via da forma que ela queria que vissem. Corajosa e que não precisa de proteção. Ela não é tão frágil quanto aparenta e quer demonstrar. Um dos meus pontos positivos era que eu era muito observadora, conseguia ver facilmente os pontos fortes e pontos fracos de uma pessoa, tanto físicos quanto psicológicos. E era isso que eu via em Lucia, mas acima de tudo isso felicidade por estar de volta. De volta a sua casa.

O baile rolava tranquilamente, a musica soava com perfeição, apesar de eu não saber quem estava tocando. Eu dançava com Caspian. A musica acabou e paramos rindo um para o outro. Ele olhava para o canto, segui seu olhar. Lá estavam Lucia, Suzana e Eustáquio. Mas ele olhava diretamente para Lucia. Ele gostava dela disso eu tinha certeza. Só não entendia o motivo dele não contar logo para ela. Com certeza havia mais coisa nessa historia do que eu sabia. Mas eu iria descobrir. Botei a mão em seu ombro e ele olhou pra mim sorrindo sem graça.

–- Porque não a chama para dançar? – Disse olhando e apontando discretamente para Lucia.

–- Você acha que devo? – Ele perguntou inseguro. Como uma criancinha com medo de pedir algo idiota ao pai rigoroso.

–- Absoluta. Vamos lá, estarei com você. – Puxei ele pela mão e o levei até lá. Olhei para Suzana ela tinha um leve olhar de esperança. – Oi Lu, oi Susana, oi Eustáquio. – Disse dando um aceno de cabeça. Cutuquei com o cotovelo a costela de Caspian, discretamente.

–- Lucia. – Lucia olha para ele surpresa por ouvir seu nome na voz de Caspian. -- Quer dançar comigo? – Surpresa passou por seus olhos amendoados. E um sorriso brotou de seus lábios rosados. Ela corou levemente. E assentiu. Caspian pegou a mão dela e começou a leva-la até o centro do salão. Quando passou por mim, olhou desconfiada e com certeza eu teria um interrogatório mais tarde. Eu apenas sorri. Olhei para Susana agora sozinha, já que Eustáquio havia saído de perto, ela parecia mordida de ciúme. Parecia não ela estava mordida de ciúmes. Comecei a andar pelo salão, eu é que não ficaria ali para receber as patadas da fera. Logo encontrei Rose. Ela estava perto de uma mesa com algumas bebidas distintas. Ela pegou um suco e me deu quase que ordenando para mim bebe-lo.

–- Rose, não estou com fome. – Disse empurrando o copo para longe de mim, contra o peito dela.

–- Senhorita, precisa comer algo, não come desde a hora do almoço. – Fiz uma careta quando ela botou o cálice de prata com um suco que parecia ser de manga.

–- Tudo bem, tudo bem. – Me dei por vencida não conseguia competir com a teimosa de Rose era maior que a minha e olha que eu era muito teimosa. Virei o copo de uma vez só. Não tinha vontade de comer. Algo se agitava no meu estomago desde cedo. Estava evitando comer. Tinha medo de passar mal. Entreguei o cálice de volta a ela e vi o anão me olhando descrente. Eu ri e voltei a andar pelo salão antes que ela me desse mais alguma coisa. Parei olhando Lucia e Caspian dançarem e conversarem rindo. Senti alguém se aproximando de mim, mas não desvie a atenção dos dois. Eles ficavam lindos juntos.

–- Poderia me conceder essa dança? – Aquela voz, seria a única que me tiraria à atenção de Lu e Caspian. Olhei para o loiro de olhos azuis ao meu lado com uma mão estendida. Ele realmente estava encantador. Em uma roupa azul escuro e dourado. Olhei para ele. Os olhos azuis tão intensos que eu me perdia neles. “Porque não?” Pensei.

–- Ora, porque não? – Sorri e coloquei minha mão esquerda não mão direita estendida dele. Ele sorri e beijou minha mão por cima da luva dourada e me conduziu até o centro do salão onde estavam Lu e Caspian ainda dançando. Os olhos voltados para nós. Alguns cochichos por ai e por ali, mas agora a minha atenção era totalmente voltada para Pedro.

A musica começava a tocar, era uma bela musica. Ele me puxou levemente para ficar de frente a ele. Ele entrelaçou as mãos que já estavam juntas. Ele me olhou nos olhos, como se pedisse permissão para passar o braço em minha cintura e começar a dança. Passei minha mão pela dele deslizando sobre seu braço até chegar a seu ombro, senti ele se arrepiar ao toque. Ele passa a mão por minha cintura e me puxar para mais perto de si. Sorri sem jeito, quando o rapaz começa a cantar. Ele tinha uma voz melodiosa e cantava como se estivesse descrevendo tudo o que via naquele exato momento. Nós dançávamos de acordo com a musica. Nós nos olhávamos a cada verso da musica. Coloquei o meu rosto ao lado do seu. Com o nariz atrás de sua orelha. Quase em seu pescoço. O cheiro dele era bom, natural. Era de menta, maravilhoso, e também tinha um toque um toque diferente que eu não soube dizer o que era talvez canela, mas chegava um pouco longe disso. Ele me afastou, me girando. De acordo com a dança. Mas me puxou tão rápido quanto me afastou. Eu entendi o que ele queria que eu soubesse. Ele não queria tirar aquela à proximidade, mas a dança fluía com a musica, como se não pudesse evitar, como um feitiço. Quando ele me puxou de volta nossos rostos estavam a centímetros um do outro. Os nossos olhos hipnotizados um pelo outro. O meu coração palpitava alto ou talvez o dele, não sabia dizer. Eu não conseguia ver nada além daqueles olhos azuis, quando olhava para Pedro. Eu queria saber mais sobre ele tanto quanto eu sabia de Lucia, Edmundo, Susana, Eustáquio até mesmo Caspian, só por observar. Mas quando eu olhava para Pedro era sempre a mesma coisa um mar azul sem fim e a cabeleira loira que caia sobre os olhos. O rosto perfeito, nada mais que isso. A musica diminuía o ritmo. Deslizei minha mão do ombro dele, passei para seu pescoço e depois para sua bochecha macia. Acariciei com o dedo, passando de leve o dedão em sua pele macia e ao mesmo tempo áspera com uma barbinha começando a nascer. Ele fechou os olhos. Eu gostava dos seus olhos, eles me tiravam a atenção de todo o resto e era disso que eu precisava nos últimos dias, desconectar, então apenas sussurrei:

–- Não feche os olhos para mim Pedro. – Ele instantaneamente abriu os olhos sorrindo eu sorri de volta.

A musica estava no fim. Ele aproxima os nossos rostos cada vez mais. Até que nossos narizes e nossas testas já estivessem colados faltando apenas nossas bocas. A musica acaba e um estrondo ecoa pelo salão. Olho para o lado. A porta tinha sido arrebentada e ogros foram invadindo o castelo de Cair Parável.