1. Spirit Fanfics >
  2. A Irmã Perdida De Caspian >
  3. Capítulo 6 - Saindo de Cair Paravel

História A Irmã Perdida De Caspian - Capítulo 6 - Saindo de Cair Paravel


Escrita por: Shimizu_Mayumi

Notas do Autor


Outro capitulo especialmente para vocês. Bjs e boa leituraa.

Capítulo 6 - Capítulo 6 - Saindo de Cair Paravel


Fanfic / Fanfiction A Irmã Perdida De Caspian - Capítulo 6 - Saindo de Cair Paravel

Levantei e olhei para Pedro que estava na minha frente ao lado de Caspian. Eles me encaram meio que espantados. Sorri de canto e voltei para a janela. Subindo em cima do ogro. Olhei para fora da janela tomando cuidado com o resto dos cacos de vidro. Lucia descia temerosa. Ela chegou até a janela e a ajudei a entrar entre os cacos para que não se cortasse. Quando vi um pequeno grupo de ogros vinha em nossa, cinco ogros vindos para cima da gente. Estendi a mão com o machado e Lucia logo entendeu, trocando o machado pelo lançador de flecha. Atirei na cabeça de quatro deles sem hesitar e o quinto cai no chão com uma flecha na parte de trás da cabeça. Susana com o arco estendido e Pedro e Eustáquio com as espadas na mão. Andei até lá firme, senti Lucia atrás de mim firme também. Olhei para trás rápido e vi que finalmente Caspian e Pedro haviam se recuperado do choque. Tirei as cinco flechas das cabeças de cada ogro. E entreguei a de Susana a ela.

–- Quem te deu esta espada Lucia? – Perguntaram Pedro e Edmundo ao mesmo tempo, realmente preocupados.

–- Vocês tem que parar de tratar Lucia como criança ela é muito bem capaz de se defender sozinha. E respondendo a pergunta de vocês. Eu. Eu dei essa espada para Lucia. – Sorri de canto olhando para Pedro e Edmundo alternadamente.

–- Você está ficando louca? – Perguntando Edmundo dando um passo a frente, que poderia parecer ameaçador se eu não estivesse tão louca.

–- Nunca estive mais sã em toda minha vida Edmundo. – Menti, dando um passo a frente o desafiando. – Temos que sair daqui e rápido. – Falei olhando para Caspian.

–- Ela tem razão não vamos conseguir tomar o castelo de volta a esta altura. – Dizia Susana. Olhei em volta já tinha alguns soldados em nossa volta, esperando algum consentimento para fugir.

–- Vamos. – Disse Caspian firme. Segurei com firmeza a lança e botei Lucia em minha frente. Sabia que qualquer um que ficasse atrás dela tentaria pegar a espada de sua cintura. Ela me olhou confusa.

–- Confie em mim Lu. Eles vão tentar tirar esta espada de você alguma hora, mas não vai ser agora. – Ela assentiu e voltou a andar para frente.

Conseguimos sair pela porta da cozinha que ia em direção á floresta. Eu estava realmente cansada. Já estávamos andando a algumas horas. Começava a nascer o sol atrás de algumas colinas. Seria muito lindo se eu não estivesse quase desabando por quase duas noites sem dormir, mas não ia me pronunciar e nem dormir. Apenas precisava parar beber um pouco de água e ficar deitada um pouco. Lucia finalmente falou depois de horas em silencio absoluto. O que me assustava, ela nunca ficava muito tempo sem falar.

–- Caspian. – Caspian se virou e fitou-a. – Estou cansada. Acha que podemos parar pelo menos por umas duas horas para descansar.

–- Tudo bem. Acho que podemos parar um pouco. Já estamos bem longe. – Ele parou fazendo com que todos nós parássemos e vi que Ripchip estava no ombro de Lucia. Lucia se sentou em uma rocha e tirou a mochila das costas. Sentei-me ao seu lado. Peguei a mochila e as garrafas d’agua que tinha. Olhei para todos ali e vi uma pessoa que me alegrou muito. Rose. Pelo menos ela tinha se salvado. Observei-a por um tempo. Ela estava com o vestido da festa, mais sujo por causa da terra, principalmente na barra. O coque totalmente desfeito com o cabelo liso caído nas costas. Ela carregava uma mochila. Quando ela finalmente me viu, sorriu e caminhou até mim segurando o vestido. Levantei. Minhas pernas pesavam como pedras e doíam com se tivessem sido espancadas. Sorri e a abracei sendo retribuída. Fechei os olhos levemente. Minha cabeça estava a mil e eu realmente estava cansada. Afastei-me e voltei a sentar ao lado de Lucia na rocha.

–- Como conseguiu escapar do ataque? – Perguntei realmente curiosa.

–- Quando o ataque aconteceu, eu estava na cozinha ajudando a servir e organizar as coisas. Fiquei na cozinha escondida, com medo. Sabia que não conseguiriam e logo precisariam sair do castelo e peguei alguns mantimentos, colocando-os em uma bolsa de tecido. Quando vi vocês saindo, Trumpkin me puxou para seu lado e chegamos até aqui. – Disse apontando para o anão ranzinza que eu havia me esquecido o nome.

–- Melhor voltar antes que acabem com tudo o que tem na bolsa. – Disse apontando e vendo Trumpkin já abrindo a bolsa com vários soldados ao redor. Ela sai correndo em direção à bolsa. Voltei a me sentar ao lado de Lucia e vi seu rosto, com os olhos um pouco tristes, mas ainda sim empolgados pela agitação da batalha. – Lu, está tudo bem?

–- Sim, mas aposto que Pedro e Edmundo vão brigar comigo por causa de eu estar carregando uma espada. – Ela suspirou no final da frase.

–- Eles não vão brigar com você. Estou aqui para te defender. Fui eu que lhe dei a espada, eles devem brigar comigo não com você. E você, Lu, não é mais uma criancinha que precisa ser defendida o tempo todo, sabe muito bem se virar.

–- Queria que eles vissem isso também. – Olhei para Pedro, Edmundo e Caspian. Estavam conversando. Os olhos de Pedro se desviaram um momento para mim. E vi que ele apenas queria me proteger e que eu e Lucia não entrássemos nessa batalha, mas eu sabia muito bem me defender sozinha. Levantei e Lu olhou para mim meio alarmada.

–- Você vem? – Perguntei. Ela apenas assentiu se levantou e ia botando a mochila nas costas cansadas. – Deixe isso comigo. Você já a carregou por tanto tempo, deve estar cansada. – Ela olhou pra mim ainda pesarosa. “Droga você acabou de chama-la de fraca! Liah sua anta!” – Vamos dividir o tempo que ficamos com ela assim nenhuma das duas fica com as costas doloridas no final. – Ela sorriu. Peguei a mochila e o lança flechas.

Eu precisava arrumar um nome pra esse treco, Lança-flechas e Treco não eram dos melhores. Olhei novamente para os três. Ótimo estava caminhando para a minha possível morte. No mínimo uma puxada na orelha pela parte de Caspian, mas sabia que seria bem pior que isso. Cheguei com Lucia quase me usando como escudo. Caspian me deu um olhar esquisito, eu não soube reconhecer o que era ou minha mente só não queria saber. Recusei-me a olhar para Pedro ou Edmundo, não queria ver o olhar meio desaprovador dos dois.

–- Caspian, o que vamos fazer? – Perguntei olhando diretamente para ele. Mostrando que não me importava se ele achava perigoso ou não.

–- Acho melhor ficarmos por aqui, treinar e saber o que estão planejando e quem está por trás desse ataque. – Suspirei baixo e voltei para a rocha, puxando Lucia comigo. Quando me sentei lembrei-me de uma coisa que tinha dentro da mochila. Tirei-a de minhas costas e abri, pegando um dos pergaminhos.

–- Lu, poderia se sentar na grama, preciso verificar uma coisa. – Ela assentiu e nos duas nos levantamos e sentamos na grama baixa, com as folhas secas. Coloquei o pergaminho em cima da rocha, um pouco plana. Abri o pergaminho com o mapa de uma vasta região de Narnia e localizava onde estávamos. Vi que a direita, a alguns quilômetros daqui, talvez três a cinco horas de viajem, havia colinas. Colinas que pareciam ter grande vegetação, cavernas e um boa vista do território, podendo ver um ataque vindo a quilômetros. Olhei para a direita, o local que indicava onde estavam às colinas e as vi. – Lu chame Caspian e Pedro para mim, sim? – Ela me olhou meio desconfiada. – Confie em mim, sei o que estou fazendo.

Ela se levantou e bateu na roupa tirando o restinho de folhas secas que haviam sobrado em sua saia. Continuei olhando o mapa. Se fossemos agora chegaríamos antes de escurecer. Olhei para trás e vi Pedro, Lucia e Caspian lado a lado vindo até mim.

–- Sentem-se. – Pronunciei quando chegaram ao local. Pedro e Caspian se sentaram cada um de um lado e Lucia ao lado de Caspian.

–- Queria falar conosco Liah? – Perguntou Caspian gentilmente. Ele nunca seria rude com uma garota nem mesmo sua irmã que o desobedecera.

–- Veem aqui. – Apontei para as colinas no mapa.

–- Onde pegou esse mapa? – Perguntou Pedro surpreso pelo mapa.

–- Na biblioteca, mas isso não importa muito agora. Veem aqui? – Perguntei mais uma vez. Eles assentiram e eu continuei. – Melhor irmos para lá. – Disse olhando as colinas.

–- Qual o motivo disso Liah? – Perguntou Caspian.

–- Vejam bem, aquelas colinas tem uma vasta vegetação, o que nos alimentaria também há cavernas e uma boa vista por lá, onde podemos descansar revezando turnos de vigia durante a noite e podendo ver a quilômetros à frente, prevenindo um ataque surpresa. – Disse surpreendendo a Caspian e a Pedro.

–- Como sabe de tudo isso? – Perguntou Ripchip, que estava bem no ombro de Pedro e eu não notara.

–- Aprendi a ler mapas quando era mais nova, o meu pai adotivo havia me ensinado. Adorávamos acampar e escalar. – Dei de ombros. – As colinas estão logo ali – Apontei para as colinas a minha direita. – Dá para ver uma vegetação ali. O mapa me indica que a cavernas por lá e também fala da altitude dela, que dá para calcular á quantos quilômetros de distancia é possível ver. E pelos meus cálculos há uma boa vista do território. – Continuei olhando para Edmundo. – E é melhor irmos logo assim chegaremos lá antes do final da tarde e evitando ataques noturnos. – Completei olhando para Caspian. Recolhi o mapa e o botei na mochila que estava no meu colo.

Caspian se levantou e pronunciou a todos:

–- Partimos daqui a dez minutos.

****************

Estávamos andando a cinco horas seguidas. Minha barriga se comprimindo de fome. Estávamos chegando disso eu sabia. “Só mais meia hora Liah aguente firme, só mais meia hora” pensei. Percebi que todos estavam muito cansados e com fome. Já tínhamos saído faz tempo e ainda não paramos para parar ou comer. Eu começava a ficar mal-humorada, odiava ficar com fome. Lucia andava ao meu lado, sem falar nada. Estranho ela não era de ficar quieta assim. Ela era sempre tão alegre. Iria falar com ela assim que chegássemos. Vi Pedro olhar para trás e me observar, depois observar algo além de mim. Olhei para trás. Edmundo é claro. Ele estava vindo até nós. Senti-o em poucos segundos ao meu lado. Olhei para ele e sorri de canto.

–- Olá Edmundo. – Disse assim que ele sorri de volta.

–- Olá Liah. Hum... Como você está? – Perguntou meio sem jeito.

–- Cansada, mas bem. – Suspirei baixo. – E você como está?

–- Estou bem! Você foi muito corajosa em enfrentar as ordens de Caspian daquele jeito. Não está machucada? Quero dizer, por causa da janela que você quebrou. – Eu ri com a menção de Caspian na conversa.

–- Realmente, ele ficou um pouco bravo comigo. – Disse olhando para Caspian e não o vendo Pedro mais por perto dele. – E não, não estou machucada, já fiz coisas piores quando menor. – Eu ri comigo mesmo da lembrança de rolar uma enorme escada com uma cadeirinha de plástico, me fazendo ir ao medico arranjar 10 pontos do lado da testa onde o cabelo escondia.

–- Como? – Me surpreendi vendo Pedro ao meu lado e Lucia em seu lugar ao lado de Caspian, conversando.

–- Com quatro anos rolei de uma escada com uma cadeirinha, levando dez pontos aqui. – Mostrei a cicatriz aos dois. – Eu ria enquanto minha testa sangrava. – Balancei a cabeça, sorrindo com a lembrança. – E como dizem, parece que com a idade foi piorando.

–- Não devia ter feito aquilo. – Pedro disse um pouco serio.

–- Mas fiz e não á volta em uma decisão Pedro. E eu não voltaria nem que pudesse. Não me arrependo do que fiz. – Olhei diretamente para ele enquanto falava.

–- Ele tem razão Liah, foi perigoso. – Disse Edmundo também protetor. Urgh, como aquela proteção toda só porque eu era uma garota me dava raiva.

–- Vocês são tão... Tão... Protetores. Urgh. – Adiantei o passo. Ouvi Pedro e Edmundo discutirem por alguns segundos e um deles vir atrás de mim. Ignorei meu nome sendo chamado e continuei a andar. Senti meu pulso sendo puxado, me virando e dando de cara com os olhos azuis que me confortava desde o começo. Apenas alguns centímetros dos meus castanhos. Lembrei-me da superproteção dele e disse com a voz paciente. – O que quer Pedro?

–- Conversar. – Ele disse calmo.

–- Conversar ou brigar? Porque é isso que temos feito ultimamente. – Disse afrontando ele.

–- Me desculpe. – Ele simplesmente pediu, fechando os olhos. Sorri com a lembrança do baile.

–- Não feche os olhos para mim Pedro. – Disse botando a mão do braço que ele segurava em sua bochecha. Ele sorriu e abriu os olhos.

–- Isso foi um ‘tudo bem’? – Perguntou ele.

–- Foi, mas você tem que entender que nem eu, nem a Lu somos menininhas que precisam de proteção o tempo todo, sabemos muito bem nos defender Pedro. – Botei minha mão em seu ombro e deitei a cabeça ali mesmo, e ri.

–- Qual a graça? – Perguntou ele no meu ouvido.

–- Estou morta de cansaço e de fome. Por favor, me diga que já estamos chegando!

–- Parados aqui é que nunca vamos chegar. – Ele disse sorrindo. Ele deslizou sua mão do meu pulso até a minha mão entrelaçando nossas mãos. – Melhor irmos. – Levantei a cabeça contragosto.

–- É vamos. – O puxei para perto de Caspian e Lucia. – Estamos atrapalhando? – Perguntei olhando para Lu.

–- Não. – Ela respondeu.

–- Caspian. – Chamei-o.

–- Sim? – Ele perguntou com um sorriso.

–- Prometo ser boazinha se você fizer o que eu pedir. – Disse com um sorriso brincalhão no rosto.

–- O que está pretendendo Liah? – Perguntou ele desconfiado.

–- Confie em mim. Feche os olhos e continue andando. – Ele fez o que eu pedi. Pisquei para Lu e soltei minha mão da de Pedro. Distanciei um pouco deles e pulei nas costas de Caspian me prendendo ali, rindo e Lucia me acompanhando. – Não foi tão ruim assim. Foi? – Perguntei ainda rindo. Ele me olhava com um sorriso no rosto.

–- Sinceramente, esperava coisa pior. Agora desça.

–- De jeito nenhum, estou morta de cansaço e você – Disse apontando para ele. – vai me carregar até nosso destino. E não reclame. – Eu ri. Lu e Pedro em acompanharam logo depois Caspian.

Passamos o restante da viajem assim. Caspian me carregando nas costas e nós quatro conversando até chegar as grandes colinas, onde tivemos uma surpresa.


Notas Finais


Oq que acharam? Qual será a surpresa?? HaHa só no proximo capitulo.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...