Num clima de tensão no ar, Natsu era encarado por todos da mesa de ping-pong.
Lucy – Ele esta bem? – olhou para o rosado atentamente, vendo que ele não fazia nenhum ruído.
Natsu – Então, meu pai é Poseidon? – levantou seu rosto, olhando nós olhos do ruivo ao seu lado.
Gildarts assentiu.
Natsu – Mas porque eu não sabia? – fechou seus punhos – E porque nem ele nem minha mãe me contaram? Porque nunca conheci meu pai? Se ele é o tão poderoso deus dos mares, porque nunca me disse quem era?
Gildarts suspirou – Lamento dizer-lhe Natsu. Mas os deuses têm coisas muito importantes para fazer... – olhou seriamente para o rosado – Por isso sua mãe não disse para você de quem você era filho.
Natsu – Hã? – ficou confuso.
Gildarts – Seu pai, Natsu, como um dos três grandes, tem muitas responsabilidades... – explicou calmamente – E, por isso, não pode passar muito tempo com você.
Natsu – Mas eu nunca o conheci... – estreitou os olhos – E como assim não pode ficar muito tempo comigo?
Gildarts – Ate seus dois anos, seu pai, Poseidon, ficou ao seu lado, Natsu – explicou calmamente – Mas depois disso não pode mais continuar com você.
Natsu – Por quê? – perguntou com os olhos opacos.
Gildarts – Como disse Natsu: os deuses têm coisas importantes para fazer... – foi interrompido.
Erza – Por acaso você acha que seu pai se importa com você? Claro que não idiota! Ele não se importa com você! – riu com escórnia – A mesma coisa é com sua mãe! – sorriu friamente.
Lucy – ERZA! – exclamou, batendo suas mãos sobre a mesa.
Erza – O que Lucy? Vai voltar a defender seu namoradinho?
A loira corou, mais era difícil diferenciar se era de raiva ou de vergonha.
Natsu abaixou seu rosto, cerrando os punhos sobre mesa – Não me importo com meu pai... – falou baixinho – Mas não tolero falarem da minha mãe assim... – levantou seu rosto, mostrando que seus olhos estavam verde-mar, brilhando intensamente.
A loira se assustou ao sentir o chão dar um solavanco, como se algo quisesse sair dali – Ele esta fazendo isso?
O chão tremia com força, ate derrubava alguns quadros das paredes no chão. Como um terremoto, as paredes do casarão começaram a rachar, assustando a todos.
Enquanto era encarado por espanto por todos, Natsu sentia seu sangue ferve de ódio. Tinha relevado tudo que a ruiva tinha dito, mas, ao falar de sua mãe, perdeu a cabeça.
Erza sentiu a água que estava sobre o seu corpo secar completamente – O que? – se assustou. Sua respiração ficou irregular, sentindo todo o ar de seus pulmões se esvaziarem completamente.
Gildarts – Já chega! – bateu na cabeça do rosado, fazendo os olhos de Natsu voltarem ao ônix normal.
Natsu – Hã? – olhou ao seu redor, vendo que todos estavam completamente secos e com as respirações desreguladas – O que aconteceu? – questionou confuso, olhando atentamente para todos.
Lucy – Ele não se lembra? – respirou com dificuldade – Que estranho. Ele secou completamente as roupas de todos e quase nos deixou sem ar... – olhava para o rosado seriamente, vendo que ele olhava para o rosto de todos, totalmente confuso – Impressionante, não a duvida que a profecia seja sobre ele...
Alguns minutos depois, Gildarts explicava calmamente para o rosado o que tinha ocorrido.
Natsu – Então eu retirei a agua do corpo de vocês? – enrugou a testa – E fiz vocês pararem de respirar durante algum tempo?
Todos assentiram.
Natsu – Eu posso fazer isso? – encarou Gildarts – Tipo, eu sou filho de Poseidon e tal, mas consigo fazer as pessoas pararem de respirar?
Gildarts enrugou a testa para o rosado – Não, você não deveria fazer isso – suspirou – Mas como você é filho de Virgo, e, respectivamente, você é neto de Zeus, talvez tenha alguns dons.
Natsu – Tipo? – perguntou confuso.
Gildarts – Seu sangue Natsu é muito antigo. Talvez você não tenha apenas alguns dons, e sim muitos.
Natsu – Como assim?
Loke – Digamos assim, Natsu – chamou a atenção do rosado – Os Dragneel meio que são uma família antiga. E que, talvez, você seja descendente de outros deuses – sorriu – Mas não sabemos quais, por isso fica complicado de saber que tipo de dons você pode ter.
Natsu assentiu pensativo – Mas como minha família é antiga?
Gildarts – Digamos que você, Natsu, é herdeiro de muitos deuses e semideuses. Com isso, você adquiriu dons incríveis. Você pode ser a pessoa mais poderosa dessa geração...
O rosado encarou seu professor, sorrindo sem graça – Mais forte? Eu? Nunca... – riu.
Brandish – Porque acha isso? – questionou confusa.
Natsu – Apenas controlei água mais sedo por pura sorte ou instinto de me defender... – explicou – E quando sequei todos vocês agora a pouco e fiz ficarem sem ar, foi irritação pelo que a Erza disse da minha mãe. Eu não sinto poder nenhum que eu possa utilizar – suspirou – Então não adiantaria dizerem que eu tenho poderes...
Lucy –... Ele é “o cara”, eu tenho certeza... – olhou seriamente para o rosado, mas, ao descer seu olhar para os lábios do mesmo, corou – E se aquele beijo tivesse acontecido? – perguntou-se – Será que seria bom? Perder meu primeiro beijo com ele... Seria bom? – corou violentamente – O que eu estou pensando? – balançou a cabeça negativamente, fazendo a cor de seu rosto voltar ao normal – Eu não posso estar pensando nisso... Não com ele! – olhou para Loke, voltando a ficar corada – Porque mesmo que serio ele é tão legal? – sorriu minimamente.
Gildarts –... LUCY! – tirou à loira de seus pensamentos.
Lucy – Hã? – olhou para Gildarts, confusa – O-O que foi? – gaguejou ao perceber que todas as pessoas da mesa a encarava.
Gildarts – Estávamos perguntando o que você acha?
Lucy piscou algumas vezes, confusa – O que acho? Para o que? – questionou confusa.
Gildarts suspirou – De Natsu ficar em seu time nos jogos da sexta à noite... – explicou.
Lucy – Ah! Entendi... – sorriu sem graça.
Mirajane – Ora, ora Lucy, no que você tanto pensava? – sorriu maliciosamente – Por acaso é algum namoradinho que não estou sabendo?
Lucy corou – Claro que não! – exclamou – Apenas estava bolando um plano para os jogos da sexta-feira à noite – mentiu.
Mirajane – Hummmm... – seu sorriso malicioso aumentou – Sei...
Lucy desviou o olhar – Acredite se quiser... – suspirou – Mas voltando ao assusto: você quer que Natsu entre em meu time? – olhou para Gildarts, vendo-o confirmar com a cabeça – Ta legal. Ele pode ficar no meu time – olhou seriamente para o rosado – Mas lembre-se: eu dou as ordens e você as segue. Entendeu?
Natsu assentiu rapidamente, intimidado pelo que a loira tinha dito – Ela é muito assustadora! – suou frio. Mas sua atenção foi desviada para algo que tinha se esquecido – Jogos? – olhou para Gildarts – Que jogos?
Gildarts – Os jogos do acampamento – sorriu, como se aquilo explicasse tudo.
Natsu encarou o ruivo com uma veia pulsando em sua testa – Você quer parar de tentar esconder as coisas de min? – questionou aborrecido.
Gildarts suspirou – Claro. Você esta certo. Não esconderei nada de você, a não ser uma única coisa... – chamou a atenção do rosado.
Natsu – Você ainda pretende esconder algo de min? – perguntou com seus olhos opacos, vendo o centauro confirmar – Que coisa? – estreitou seus olhos.
Gildarts suspirou – Algo relacionado ao seu futuro, Natsu...
Natsu –... Meu futuro? – arqueou uma sobrancelha.
Gildarts –... Algo que eu tenho medo só de pensar... Imagina se realmente acontecer... – terminou de falar, suspirando logo depois.
Natsu – Que seria? – questionou perdido no que ele dizia – Não estou conseguindo entender muito bem.
Gildarts olhou seriamente para o rosado – Algo que ate mesmo os deuses teme Natsu...
Os olhos de Natsu ficaram opacos – Já disse: não estou entendendo o que você está dizendo...
Gildarts – Você lembra-se de como seu pai, Poseidon, Hades e Zeus subiram ao trono? – perguntou, ouvindo o céu estrondar em relâmpagos uivantes.
Natsu assentiu positivamente, confirmando – Destronando Cronos, o senhor do tempo... – com o que disse, o rosado escutou um trovão muito mais grave e forte ressuar no céu – Mas o que isso tem haver com o meu futuro?
Gildarts –... Uma profecia...
Natsu – Profecia?
Gildarts – Essa profecia é muito perigosa, e pelo que pode acontecer nela decidira o futuro do mundo...
Natsu – E você poderia me dizer essa profecia? – viu Gildarts negar – Por quê? – questionou, sentindo a veia em sua testa pulsar com mais força.
Gildarts – Para o seu bem e sua sanidade...
Natsu arregalou seus olhos – Para meu bem e minha sanidade? – engoliu em seco – Não entendi... – olhou ao seu redor, vendo que todos estavam calados e escutando o que Gildarts dizia para o rosado.
Gildarts suspirou – Não irei recitar a profecia Natsu... – olhou seriamente para o rosado – Apenas irei dizer algumas coisas que você precisa saber... Irei resumir uma parte para você entender: uma criança dos três grandes iras nascer, e com ela a salvação, ou a destruição, do olimpo causaria.
Natsu – Então, essa criança... – sua respiração ficou irregular – Sou eu? – questionou.
Gildarts moveu a cabeça, assentindo – Você, Natsume Dragneel, é a esperança do olimpo, ou a destruição...
Algumas horas depois, Natsu andava calmamente com Lucy ao seu lado, e do outro Gray. O rosado segurava com força a caixa em sua mão direita, lembrando que ali tinha a ultima memoria de sua mãe.
Natsu –... Salvação ou destruição... Esperança... – suspirou, pensando no que tinha conversado com Gildarts – Não é possível... – sussurrou.
Lucy – O que não é possível? – moveu o pirulito em sua boca para o outro lado, sentindo o gosto doce que era solto em sua boca.
Natsu – Por que eu? – murmurou – Eu, o garoto lerdo e idiota que tem TDAH, sou filho de um dos três grandes deuses, neto do senhor do céu, e descendente de vários outros deuses! – falou tudo sem respirar por um único segundo – Eu me esqueci de algo? – olhou para a loira.
Lucy – Bem... – pós a mão sobre o queixo, pensativa – Você também é filho da maior heroína dessa geração... – sorriu.
Natsu – Obrigado por me lembrar... – sorriu friamente, com uma veia pulsando em sua testa, mas logo se lembrou – Maior heroína dessa geração?
Gray – Bem... – mordeu a latinha de alumínio que estava em sua mão – Digamos que sua mãe, Natsu, negligenciou um direito que lhe foi concedido...
Natsu – Negligenciou? – sussurrou – O que ela negligenciou?
Lucy suspirou, sentindo suas bochechas ficarem rubras – Como posso dizer? – sorriu – Ela é a maior heroína que já existiu. Forte, decidida e com um forte senso de justiça...
Natsu – Isso esta soando meio estranho...
Lucy –... Com um caráter gigante. Ela foi à heroína que salvou o olimpo, e, mesmo que tenha negado o privilegio de ser uma deusa, preferiu ser uma mortal...
Natsu – Privilegio de ser uma deusa? – murmurou confuso.
Gray olhou para o rosado com um sorriso zombeteiro nos lábios – Sim. Uma deusa. Virgo Dragneel poderia ter se tornado uma deusa. Uma ajudante de Zeus. Só que preferiu continuar como uma meio-sangue.
Natsu – Ela iria se tornar uma deusa? – olhou surpreso para os dois – Tipo: uma deusa, com poderes sobre-humanos e tudo mais?
Lucy – Sim. Mas como eu disse: ela negligenciou esse direito que lhe foi dado – suspirou.
Natsu – Mas por que ela faria isso? – murmurou pensativo.
Lucy – Muitos dizem que ela já estava gravida de você... – chamou a atenção do rosado – Outros acham que ela quis humilhar os deuses dizendo que ser uma mera mortal é melhor.
Natsu – Hum... – murmurou – Ela desistiu de ser uma deusa? Por min? – apertou a caixa – Mãe... Eu não sei por que você negou um presente desses... Mas ainda irei lhe perguntar o porquê você fez isso...
Gray – Chegamos! – anunciou, tirando o rosado de seus devaneios.
Natsu – Hã? – enrugou a testa – Chegamos? Era nesse chalé que vocês queriam me trazer? – questionou com uma gota na cabeça.
Lucy – É o chalé de Poseidon – comunicou, deixando o rosado surpreso.
Natsu – O do meu pai? – piscou algumas vezes, ainda mais surpreso –... Eu o chamei de pai... – voltou a olhar para o chalé a sua frente – Mas não é feio... – sorriu, olhando atentamente para a casa a sua frente: não muito grande, mas larga e espaçosa. Pintada em um azul escuro, dava para ver que as pedras vinham diretamente do fundo do oceano, já que muito delas ainda tinham musgos secos – Realmente linda...
Gray – O chalé de Poseidon é considerado um dos chalés mais bonito... – sorriu para o rosado – Vamos. Você precisa conhecer por dentro.
Ao adentrar o chalé de Poseidon, Natsu se surpreendeu completamente ao ver como era por dentro: muito espaçoso, o chão totalmente polido, brilhando em um preto/azul, três sofás negros no centro da sala, todos de frente para uma lareira. Logo ao lado da lareira, uma escada para o segundo andar e, bem ao lado, varias portas, ao qual deveria ser outros cômodos.
Natsu – Uau! É realmente bonito... – olhou ao redor, embasbacado com tudo que via – É um ótimo lugar para morar... – sorriu, lembrando logo depois – Hã? Onde esta os outros que deveriam estar aqui? – olhou para o moreno e a loira, vendo-os desviarem o olhar – Gray? Lucy?
Lucy suspirou – Já não esta na hora de dizer de uma vez? – questionou, para o moreno – Ele descobrira de todo jeito.
Gray assentiu –... Esta certa... – olhou para o rosado – Natsu. Você não tem irmãos – foi direto.
Natsu – Oi? – enrugou a testa – Não entendi.
Gray – Você não tem irmãos repetiu novamente.
Natsu – Como assim? – encarou o moreno com uma veia pulsando em sua testa – Eu não tenho meio irmãos?
Lucy – Natsu, você é o único filho de Poseidon... – explicou.
Natsu arregalou minimamente seus olhos – Como assim? – piscou os olhos, múltiplas vezes, surpreso pelo que ouviu – Eu sou o “único” filho de Poseidon?
A loira suspirou – Não quero ficar em pé, então vamos nos sentar – andou ate um dos sofás, acomodando-se no do lado direito – Vamos vocês dois, sentem-se – sorriu soberbamente, como se fosse dona da casa.
Natsu encarou a loira com uma veia pulsando em sua testa –... Obrigado... – rosnou, sorrindo forçado – Mas que garota folgada! – sentou-se no sofá do meio – Então, fale.
Gray suspirou – Lembra que na mitologia os deuses tinham muitos filhos?
Natsu confirmou – Sim. Os deuses sempre tinham muitos filhos. E, muitos deles, ficavam famosos pelos seus atos heroicos.
Lucy – Sim... – suspirou – Mas há quase setenta anos, durante a Segunda Guerra Mundial, uma profecia foi recitada.
O rosado enrugou a testa – A tal profecia que Gildarts não quis me falar? – questionou, vendo a loira assentir – Mas ainda não entende muito bem. Como ela é sobre min?
Lucy – Como Gildarts disse: uma criança dos três grandes iras nascer, e com ela a salvação, ou a destruição, do olimpo causaria – repetiu o que Gildarts tinha dito – Há algum tempo eu consegui ler essa profecia. Na verdade, todos os conselheiros-chefes sabem a profecia completa... – suspirou.
Natsu – Então por que eu sou o único que não pode saber sobre essa profecia?
Lucy encarou o rosado com uma veia pulsando na testa – Você ainda não entendeu idiota? – resmungou.
Natsu – Porque você não explica muito bem? – rebateu com uma pergunta.
Lucy – Quem manda você ser lerdo e burro? – gritou totalmente enraivecida.
Natsu – Quem é lerdo e burro? Em loira de farmácia! – rosnou.
Lucy – Loira de farmácia... – sussurrou – Dragneel, como ousa! Sua pantera cor de rosa! – levantou-se, pronta para bate no rosado, mas foi segurada pelo moreno.
Gray – Lucy! Se acalme! – segurou a loira pelos ombros – Vocês dois não deveriam brigar, então parem!
Lucy – Tá legal Gray... – sentou-se no sofá – Mas da próxima vez que ele falar assim comigo, eu juro, não terei piedade.
O rosado encarou a loira friamente.
Gray suspirou – Não acham que deveriam parar? – negou com a cabeça –... Natsu... – olhou seriamente para o rosado – Irei explicar rápido e direto – viu o rosado assentir – Você, Natsu, é filho de Poseidon e de Virgo Dragneel. E, como sua mãe era filha de Zeus, faz de você neto do Senhor dos Céus – suspirou – Após a Segunda Guerra Mundial, o Oráculo recitou uma profecia: uma criança dos três grandes iras nascer, e com ela a salvação, ou a destruição, do olimpo causaria...
Natsu – Mais e a parte de eu não poder saber sobre a profecia? – questionou confuso.
Lucy – Essa parte que o Gildarts disse você pode saber – explicou – O que você não pode saber é todo o resto da profecia.
Natsu assentiu, confirmando.
Natsu – Eu posso salvar o olimpo, não é? – perguntou, olhando nos olhos do moreno – Mas porque eu posso salvar o olimpo? Não existe nenhum filho de Poseidon? E se a profecia era sobre uma criança dos três grandes, não quer dizer que pode ser outra criança?
Gray – Já estou chegando nessa parte – suspirou – Como a Segunda Guerra Mundial era praticamente uma briga entre os filhos de Zeus e Poseidon de um lado, contra os de Hades que participavam do outro. Essa guerra foi considerada uma catástrofe para os semideuses... Mais quando terminou...
Lucy –... Zeus e Poseidon fizeram Hades jurar pelo Rio Estige que não teriam mais filhos por causa da profecia, já que os filhos deles venceram.
Gray – E como um juramento pelo Rio Estige vale mais que tudo, eles não poderiam quebrar tal jura... – suspirou – Mais ouve alguns incidentes...
Natsu – Quais? – estranhou.
Lucy suspirou – Zeus e Poseidon não cumpriram com suas palavras – explicou, deixando o rosado ainda mais confuso – Quando se faz um juramento pelo Rio Estige, deve seguir esse juramento ate o final... – olhou seriamente para o rosado – Mas, como Zeus e Poseidon não cumpriram com suas palavras, e tiveram filhos...
Natsu –... Então o pacto foi feito de nada – completou – Mais por quê? Se eles tinham feito o pacto, então porque tiveram filhos com mortais? – não entendeu.
Gray – O primeiro foi Zeus – chamou a atenção do rosado – Tendo um caso com uma semideusa, filha de Demeter, e entre essa união de Zeus e essa semideusa nasceu uma garotinha: Virgo Dragneel...
Natsu –... Minha mãe... – encarou surpreso o moreno.
Lucy –... Hades e Poseidon ficaram zangados. Mesmo que Zeus tenha tido a ideia de não terem mais filhos, ele teve outro filho – suspirou – E, como punição, Hades e Poseidon perseguiram aquela criança cada vez mais. Tentando de todas as formas matá-la...
Gray suspirou – Mais alguns anos depois, aquela garotinha tinha se transformada em uma bela mulher, forte e decidida – sorriu – E com isso, seu pai, Zeus, decidiu dar-lhe uma missão: buscar algo que pertence de direito aos deuses. Mais uma coisa deu errado: ela acabou ficando presa em alto mar. A beira da morte, Poseidon decidiu não matá-la, levando-a para uma ilha. Lá, ele acabou se apaixonando por sua mãe.
Natsu deu uma leve ruborizada.
Lucy – Ao completar a missão dada por Zeus com sucesso, Virgo voltou. Zeus decidiu dar um presente para sua filha, e, como ela mostrou sua coragem, decidiu fazer ela uma deusa... – foi interrompida.
Natsu – Mais ela negou esse presento divino... – cerrou seus punhos – Tudo por minha causa.
Gray suspirou – Não fique se culpando, Natsu.
Natsu – Mas... – foi interrompido.
Lucy – Gray já disse: não fique se culpando, idiota – arrebitou o nariz para cima, sorrindo zombeteira – Saiba que um dos motivos de Virgo não ter aceitado esse presente foi... – se calou, arregalando os olhos minimamente.
Natsu – Foi...? – arqueou uma sobrancelha, confuso.
Lucy – Esquece – sorriu sem graça – Vamos, Gray. Deixe-o explorar a casa nova.
Gray – Certo – sorriu – Ate de noite Natsu. E lembre-se: assim que ouvir o toque do jantar, vá imediatamente, já que Gildarts não gosta muito de atrasos.
Natsu – Esta bem – concordou, vendo o moreno e a loira irem embora – Agora que estou sozinho, o que irei fazer? – questionou, em pensamento – Vamos lá! Explorar essa casa! – sorriu, começando a explorar a casa.
Horas depois, Natsu encarava a lareira acesa a sua frente, pensando em tudo que tinha acontecido ate agora.
De repente, um som de concha do mar suou pela casa, tirando o rosado de seus devaneios – Esse deve ser o toque do jantar... – suspirou, levantando-se do sofá – Vamos lá – andou ate a porta, abrindo-a logo depois. O rosado começou a andar para fora de seu chalé, mas, ao olhar para o lado, viu que filas saiam dos outros chalés, mas Natsu estranhou ao ver que ninguém saiu de dois chalés a sua direita, e que o terceiro chalé da esquerda, que brilhava em uma luz pálida, também não sairá ninguém – Quem estranho... – pensou, enrugando a testa – Porque ninguém saiu desses chalés? – suspirou, dando de ombros, passando a andar em direção ao pavilhão.
Ao chegar ao pavilhão a céu aberto, Natsu se sentiu desconfortável ao ver que todos os semideuses, sátiros e, o que o rosado achou estranho, garotas que brilhavam em uma cor de verde musgo, o encarava – Estão todos me encarando... – sentiu um arrepio ao ver o olhar que a loira lhe lançava – Porque diabos ela esta me encarando assim? – questionou-se, sorrindo sem graça.
Gildarts – Natsu! – chamou a atenção do rosado – Vamos, venha ate aqui.
Natsu piscou algumas vezes, confuso – Há certo – andou ate seu professor, percebendo que ele não estava em sua cadeira de rodas, e sim com seu tronco de cavalo.
Gildarts – Como todos sabem... – chamou a atenção de todos – Esse é Natsu Dragneel. Filho de Poseidon e de Virgo Dragneel. Vamos Natsu, apresente-se.
Natsu ruborizou ao ver que todo lhe encarava – Bem... – sorriu sem graça – ELA NÃO VAI PARA DE ME ENCARAR ASSIM? – percebeu que a loira lhe encava friamente – Meu nome é Natsu Dragneel. Tenho doze anos. Estudava as academia Yand. Curso o sétimo ano. E... – desviou o olhar, corando ainda mais – Sou solteiro... – murmurou, ouvindo as garotas soltarem gritinhos.
Garota 1 – Ouviu? Ele solteiro! – soltou um gritinho – Talvez tenhamos chance!
Garota 2 – Sim, sim! – também soltou um gritinho – Uma de nos, filhas de Afrodite, conquistara o coração dele!
Natsu apenas encarou todas as garotas com uma gota na cabeça – O que é que esta acontecendo? – questionou-se, em pensamento.
Gildarts –... Natsu – tirou o rosado de seus devaneios – Sente-se naquela mesa – apontou para uma mesa vazia – Aquela mesa pertence ao chalé de Poseidon.
Natsu assentiu. Andou ate a mesa, sentando-se logo depois – Sozinho... – sussurrou, olhando para extensa mesa que tinha sentado sozinho.
Lucy – Você é o único filho de Poseidon, por isso senta sozinho – explicou, chamando a atenção do rosado.
Natsu – Você estava ai? – questionou surpreso, virando-se, vendo que a loira estava sentada na mesa atrás da sua – Né, porque você estava me encarando daquela forma? – sussurrou.
A loira corou – Calado! Não é da sua conta! – exclamou, chamando a atenção de todos.
Natsu sorriu sem graça – Tudo bem. Esquece...
O rosado corou ao ouvir os comentários que as garotas da mesa ao lado da sua falavam:
Garota 3 – Droga! A Heartphillia já esta jogando pelo coração do Natsu?
Garota 5 – Não sei. Mais ela pode ser uma concorrente complicada.
Garota 7 – Devemos eliminar ela! Ela é muito perigosa!
Natsu encarou as garotas que falaram aquilo com uma gota na cabeça – Isso não vai prestar... – pensou, calmamente.
Lucy – CALADAS! – exclamou, levantando subitamente – Eu nunca ficaria com esse ser! – apontou para o rosado.
Natsu – Er, Lucy? – sorriu sem graça – Sabe, é meu primeiro dia e tudo mais, então poderia não me fazer passar vergonha?
Mirajane – Que isso Lucy. Não precisa mentir – sorriu maliciosamente – Wendy me disse que vocês quase se beijaram.
Lucy virou seu rosto roboticamente na direção da albina – O que disse? – sorriu friamente – A Wendy ainda esta delirando pelo tombo que levou. Não se deixe levar pelo que ela diz...
Gildarts – Certo – intrometeu-se – As ninfas irão por as comidas nas mesas. Então comam e bebam! – bateu seu casco no chão.
Natsu se surpreendeu ao ver garotas flutuantes levando pratos e pratos de comidas para as mesas – Bem melhor do que esperar fila... – pensou calmamente. Quando uma ninfa passou por ele e deixou um prato a sua frente, o rosado viu que no prato tinha umas coisas estranhas: um copo com uma coloração avermelhada, ao qual o rosado pensou ser a mesma coisa que tinha bebido quando acordou, um prato com uma coisa pastosa que paresia chantilly, outro prato com comida e carnes, e outro copo com um liquido azul.
Gildarts – Coma – chamou a atenção do rosado ao aparecer do nada – Você precisa se recuperar. A ambrosia e o néctar dos deuses ira ajudar a melhorar.
Natsu assentiu roboticamente, confuso. Mas se surpreendeu ao dar uma colherada no prato de chantilly – Parece... Com as comidas da minha mãe... – sentia o gosto adocicado dos doces de sua mãe – Também sinto o gosto dos salgados que ela fazia... – sorriu, também sentiu o gosto dos lanches que sua mãe fazia – Droga, de novo? – sentiu seus olhos lacrimejarem.
Gildarts sorriu ao ver como o rosado tinha ficado. Virou e saiu dali, deixando o rosado sozinho em sua mesa.
Enquanto comia, Natsu via que os garotos e garotas se levantavam e iam em direção a uma lareira, jogando parte de sua comida lá dentro – O que eles estão fazendo? – sussurrou.
Lucy – Dando parte de suas refeições para seus pais divinos – explicou.
Natsu – Hã? – não entendeu o que ela tinha dito.
Lucy suspirou – Estão dando parte de sua comida em oferenda aos deuses. É um meio de falar com seu parentesco divino. Por isso eles estão o fazendo – explicou – Minha vez – levantou com seu prato em mãos, andando ate a lareira e jogando parte lá dentro.
Natsu encarou seu prato – Será? – se perguntou esperançoso – Talvez ele me responda... – sorriu minimamente – Vamos lá – levantou-se, andando em direção à lareira.
Garota 4 – Oi, oi. Olhem. Ele vai dar uma oferenda.
Garota 7 – Demais! Será que ele me deixa conversar com meu futuro sogrinho?
Garota 9 – Deixa de ser idiota! Eu que serei a namorada dele!
Natsu apenas passou direto, totalmente ruborizado com os comentários – Mas que garotas estranhas... – pensou, com uma gota na cabeça – Vamos lá... – sussurrou, ficando de pé de frente para a lareira. Levantando seu prato, Natsu jogou tudo sem dó dentro da lareira –... Pai... – pensou – Se você tiver escutando isso, por favor... Responda... – respirou profundamente – Se minha mãe estiver viva me der um sinal... Por favor... Se você realmente a amou, e sim importa comigo, responda-me, por favor... – soltou o ar que nem mesmo percebera que estava segurando – Me de um sinal... É tudo que peço... E uma forma de salvar minha mãe... – virou-se, andando em direção a sua mesa – Apenas precisa que me de um sinal... – sussurrou, suspirando logo depois.
Gildarts – Terminem de comer! Amanha de manha teremos treino com arco e flecha! E os conselheiros-chefes irão avaliar todos os campistas! – sorriu – Então bebam, comam e se divirtam! – levantou um copo para o alto, sendo acompanhado por todos os outros campistas.
Natsu sorriu com entusiasmo de todos – Sei que irei ser feliz... – suspirou – Mas porque sinto que falta algo? – questionou para se próprio – Há, sim... Minha mãe... – olhou para cima, vendo a lua brilhando – O que o futuro min aguarda?
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