Kyung estava embolado na cama improvisada pelo maior, ainda dormindo depois de ser “acalmado” pelo alfa. Kai estava voltando com algumas frutas quando vio o barco distante. Correu para a praia, saltando e gritando. E foi visto por eles, que começaram a vir em sua direção. Assim que mudaram de direção, o alfa correu para onde estava o Do adormecido e pegou suas roupas e começou a vesti-lo
— Hm… Kai? O que está fazendo? Está quente… — tentou tirar as mãos do alfa de si.
— O resgate, vamos, você tem que se vestir.
— Eu não quero. — Kai o ergueu no colo e correu para a praia, o bote de resgate já estava chegando. O salva vidas veio correndo já com o kit médico.
— Ele está ferido?
— Não, está entrando no cio.
— Tudo bem, fomos informados. — pegou o supressor no kit e injetou no omega. Ele já estava mole, e ficou inconsciente em instantes. Retornaram ao barco da guarda costeira.
E assim que entraram no barco o omega começou a tremer.
— Ei! O que está acontecendo? — Jongin perguntou assustado
— Está reagindo ao supressor! — o socorrista disse — vamos levá-lo a enfermaria — colocaram o omega na maca e carregaram rápido, o Kim os seguiu assustado.
— Ele tem alguma alergia?
— Não sei — Kai respondeu assustado
— Na ficha dele não tem nada — o enfermeiro disse.
— Vamos por ele no oxigênio. Ligue para o continente e peça uma ambulância.
— Certo! — a sala ficou mais agitada. O médico e o enfermeiro, arrumaram o oxigênio, e o soro, com mais alguns remédios que o castanho não tinha ideia do que era, o socorrista saiu para chamar o continente. Jongin se estranho. Um desespero o corroía por dentro. Kyung podia estar morrendo por sua causa. Talvez não devesse ter o “ajudado” talvez aquilo tivesse o impedindo de descansar. O enfermeiro o encarou, mas ele ignorou apenas olhava para o garoto na maca.
— Você está bem? Está sentindo alguma coisa? — o homem perguntou mas ele não respondeu, não conseguia sequer pensar na resposta.
— Podem ter ingerido alguma vegetação tóxica.
— Não… — a voz saiu tremida — ele vai ficar bem doutor? Ele vai…?
— Nós vamos levá-lo ao hospital e fazer tudo o que for preciso. Agora você precisa descansar.
— Tá… — disse sem vontade, e o maior o levou para uma cabine.
…
A chegada ao continente, foi tumultuada, a ambulância já os aguardava. E o professor, e mais uma escolta policial. Kyung foi na ambulância, e Jongin no carro do professor.
— Jongin o que aconteceu?
— Ele… — disse ainda zonzo — ele estava … antes da tempestade, ele estava passando mal… estava entrando no cio. — respirou fundo
— Sim, ele me disse que estava perto, mas ainda conseguiria fazer a viagem.
— Ele repetiu isso, várias vezes, mas estava com todos os sintomas… ele não estava bem… eu não sei… pode dirigir mais rápido sr. Kang?
— Tudo bem.
Os dois seguiram o restante do caminho em silêncio no carro, e chegaram ao hospital poucos minutos depois do Do. Kai fez alguns exames, mas tinha pego apenas insolação.
— Enfermeira! — a beta veio na direção do alfa.
— Sim?
— O meu colega, ele veio de ambulância, sabe me dizer como ele está?
— Qual é o nome dele?
— Do KyungSoo!
— Ou vou dar uma olhada. — ela seguiu pelo corredor. Kang veio até o castanho
— Jongin, ele vai ficar bem.
— Ele não estava nada bem…
— Aconteceu alguma coisa enquanto estavam sozinhos?
— O que? O que quer saber?
— Não sei, ele passou mal? Comeram algo tóxico na ilha?
— Não… eu presto atenção nas suas aulas, as frutas, as plantas, eu cuidei de tudo, não tinha porque ele estar assim.
— Tudo bem, não se preocupe, logo vão dar notícias dele.
…
As horas se arrastavam, Jongin teve alta, mas não saiu do hospital, estava na sala de espera. Até que finalmente o médico veio falar com ele e o professor.
— Doutor! Como ele está? — o castanho quase saltou no médico
— Estável, está medicado, não vai poder receber visitas por enquanto. Mas eu vou precisar falar com o responsável.
— Eu sou o professor dele, KyungSoo não tem família na cidade.
— Certo — olhou para o Kim — e você é o namorado imagino?
— Não… mas estava com ele na ilha.
— Tudo bem venham até a minha sala. — os três seguiram pelo corredor, e logo estavam sentados a frente do médico que tinha uma expressão séria.
— Por favor doutor, pode nos dizer o que aconteceu?
— Sim. Ele colapsou assim que tomou os supressores. E tiveram algumas complicações, até que conseguíssemos o estabilizar. Fizemos vários exames até encontrar algumas toxinas no organismo dele — Jongin gelou, repassando mentalmente tudo o que tinham feito, onde andaram, o que comeram — Zitratc* — Kang e Kim olharam assustados
— Isso é uma droga, não é? — o professor perguntou confuso
— Sim, é uma droga sintética, comumente usada em baladas. — os olhos do médico se voltaram para o mais novo.
— Ele já estava passando mal no barco — suspirou — KyungSoo não é do tipo que usaria drogas — balançou a cabeça triste, o professor olhou dele para o médico.
— Ele é o representante de turma e meu auxiliar. Tem boa conduta, e nem costuma ir a esses lugares. Ele não usaria nada assim.
— Então existe a possibilidade de alguém o ter drogado?
— Quando embarcamos no barco, ele estava bem, estava orientando os colegas, não parecia ter nada de errado.
— Tudo bem. Vamos ter que esperar ele acordar para saber o que aconteceu então.
— Doutor, eu posso vê-lo? — Jongin disse tenso
— Ele está sedado, mas sim, pode vê-lo.
…
Kai não conseguia imaginar como aquilo aconteceu. Como Kyung usaria seja lá o que fosse. Ou mesmo porque alguém o drogaria. O moreno parecia estar apenas dormindo, sereno na cama de hospital. Mas ele tinha quase morrido a algumas horas.
— Eu vou tentar contato com a família dele — o professor disse interrompendo os pensamentos do mais novo que já tinha esquecido da presença do professor ali.
— Tudo bem, eu vou ficar aqui.
— Kim, você precisa ir para casa.
— Não, eu to bem.
— Precisa tomar um banho e trocar de roupa. — o professor disse sério. Jongin olhou para si mesmo, suas roupas estavam horríveis
— Tudo bem, eu vou fazer isso.
…
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