História A lei do mais forte: Juppongatana, as 10 espadas - Chou, Hennya, Iwambou e Kamatari

Entre os seguidores de Shishio um deles é notável por sua grande coleção de espadas. Seu nome Chou. Chou Sawagejou, o colecionador de espadas. Nativo de Osaka e nascido em uma família de ex-samurais que lutaram do lado dos monarquistas durante o Bakumatsu, Chou possui um fascínio muito grande por espadas, a ponto de ao longo dos últimos três anos ter feito uma coleção de várias delas. As que mais lhe fascinam são as de Shakku Arai, e seu grande sonho é possuir a última espada forjada pelo lendário ferreiro pouco antes de vir a falecer. Chou era um pacato cidadão que vivia em Osaka, até que no dia 28 de março de 1876 o Governo Meiji proibiu por lei o porte de espadas por parte dos cidadãos comuns através do Decreto Haitōrei. Apenas nobres, soldados e policiais podiam portar armas. Como resultado desse decreto, muitos ferreiros de espadas passaram a produzir implementos rurais e talheres para cozinha para sobreviverem, e a arte do kenjutsu sofreu um grande golpe. E Chou, por sua vez, se viu proibido de portar suas amadas espadas. Pouco tempo depois, juntou-se a Makoto Shishio, o qual prometeu a Chou que quando tomar o país relaxará tal proibição, vista por Chou como grotesca e obscena, além de um atentado a identidade e o orgulho nacional japonesa.

De Kyushu (sul do Japão) veio um mais um membro do Juppongatana. Seu nome Kamatari Hojou, alcunhado de a Grande Foice. Kamatari é um transexual. Embora por fora pareça uma mulher, na verdade é homem, e dentro do Juppongatana nutre uma paixão platônica por Shishio e ao mesmo tempo uma grande rivalidade para com Yumi. Assim como Chou, Kamatari também se ressentira com o Decreto Haitōrei. Mas o verdadeiro motivo de se juntar a Shishio não foi esse. Kamatari veio de uma família de ex-samurais que vivia nos arredores da atual Hakata (hoje em dia um dos bairros de Fukuoka). Com a industrialização do Japão promovida pelo Governo Meiji, um grande êxodo do campo para a cidade teve início, tal como ocorrido na Europa. E para isso, o Japão aboliu tanto o velho sistema feudal quanto a classe dos samurais. Muitos ficaram insatisfeitos com isso, e Kamatari é um deles.

Motivo similar levou outro membro do Juppongatana, o anoréxico Kariwa Hennya, alcunhado de o Voador Alado, a se juntar a organização de Shishio. Hennya veio das proximidades de Aizu, e como já mencionado antes tal área fora castigada fortemente por seu posicionamento pró-Shogunato durante o Bakumatsu. E, além disso, decepcionara-se com as políticas de ocidentalização das instituições e da cultura japonesa. Com isso Hennya acreditava que mais cedo ou mais tarde o Japão se transformaria em nada mais que uma cópia malfeita e degenerada da Europa e dos Estados Unidos.

Do lado de Shishio ainda temos o estranho, sorridente e elástico Iwambou, alcunhado de o Demônio Gordo. Mas o que ninguém sabe dentro do grupo de Shishio é que Iwambou na verdade é um boneco extremamente flexível e manipulado por um velho artista de figurino chamado Gein. Gein, um senhor de idade bem avançada, pertence a uma linhagem de artistas que remonta ao século IX, e o maior prazer de sua vida é aperfeiçoar cada vez mais suas criações. Gein acredita que a vanguarda do estado da arte da tecnologia está é nas criações bélicas, e não nas criações civis. Durante o Bakumatsu Gein fora membro do Yaminobu, onde tinha grande amizade com dois outros membros da organização: Murakami e Sumita, ambos mortos por Kenshin. Mas mesmo assim, Gein não nutre nenhum rancor contra o espadachim ruivo. Iwambou/Gein se juntou a Shishio logou após a compra da Fragata Purgatório. E isso por ordens diretas de Enishi Yukishiro. Enishi e Heixing viram que os negócios com Kanryuu fracassaram, assim como quem o derrotou foi ninguém menos que o Kenshin Himura. Gein viu nisso como uma forma perfeita de testar sua invenção, o Iwambou número 1 (o qual é feito de pele, gordura e ossos humanos roubados de cemitérios), além de se envolver com mais uma pessoa envolvidas em batalhas. E Enishi, por sua vez, uma forma de preparar o terreno para sua futura vingança contra Kenshin, de forma que Iwambou fizesse espionagens sobre o Japão e coletasse informações a respeito do paradeiro de Kenshin.