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História A lenda de Wing Chun - Capítulo 1: Os princípios das guerreiras de Kyoshi


Escrita por: beifong121

Notas do Autor


Esta fanfic é baseada no universo de Avatar a lenda de Aang e A lenda de Korra.
Alguns personagens são de autoria dos produtores originais cabendo a eles todos os direitos desses e outros criados por mim.
Esta história se passa após a lenda de Korra.
Conteúdo idealizado e desenvolvido de fã para fã com o único fim de entretenimento.

Capítulo 1 - Capítulo 1: Os princípios das guerreiras de Kyoshi


- Mantenha a postura firme e espere o ataque. Quando seu inimigo te alcançar redirecione a energia do golpe dele de volta e some a sua energia a dele. Wei, tome impulso e me ataque.

Wei correu, pulou e girou em direção a Wing com um chute projetado. Wing assumiu a postura do cavalo, fitou a inimiga e no momento certo segurou-lhe a perna com uma das mãos e com a outra a derrubou mantendo a direção do chute.

- Esforço mínimo e dano máximo. Este é um dos princípios básicos que ofereço a vocês.

Wing falou com olhos precisos em Wei.

- Au… E que dano máximo. Perdi minhas costas.

Resmungou Wei.

Wing deu um sorriso.

- Posição para o cumprimento final.

Perfiladas todas repetiram o juramento do guerreiro.

- Meu corpo é minha fortaleza, meus punhos são as sentinelas. É meu dever proteger a mim e aos meus irmãos mesmo com o sacrifício de minha vida. Sou uma guerreira de Kyoshi e não temo a face do perigo.

Todas inclinaram-se em reverência a imagem da Avatar Kyoshi executando o Kinlay.

- Por hoje é tudo garotas. Guardem os uniformes e os leques. Amanhã ao amanhecer nos encontramos aqui.

Wing estava retirando o uniforme quando ouviu o som do seu parceiro de sempre, Kuan, uma toupeira-texugo encontrada por acaso perdida na ilha de Kyoshi.

Wing se apressou para encontrar o amigo.

Wei já havia terminado de se preparar para voltar a casa e aguardava sua irmã próximo a Kuan.

- Vamos Wing. O jantar já deve estar esfriando!

-Estou chegando!

De um salto Wing estava as redeas de Kuan que pulou ao ver sua amiga chegando fazendo Wei cair de cima dele.

-Até você Kuan?

Ambas riram da queda e após Wei subir novamente o animal abriu um caminho por baixo da terra levando as duas irmãs até em casa.

As toupeiras-texugos se movem mais rapidamente pelo subterrâneo por serem excelentes dominadoras de terra. Embora Wei e Wing tivessem vivido desde pequenas com um toupeira-texugo, nunca desenvolveram a dominação de terra. Eram não dominadoras treinadas para serem guerreiras desde pequenas. Adquiriram conhecimentos de batalha com leque e conhecimentos de bloqueio de chi, herança marcial deixada pela Mestra Ty Lee após juntar-se as guerreiras. A arte de bloqueio de chi acabou sendo proibida em cidade república após a morte de Amon, porém a ilha de Kyoshi manteve o ensinamento somente entre suas guerreiras que estavam proibidas de repassar a técnica. Uma forma de manter o conhecimento delas. A exemplo das guerreiras os cidadãos da ilha de Kyoshi relutaram em modernizar-se. Viram que com a modernização, as desigualdades aumentavam, as indústrias e os satomóveis poluiam o ar, as revoltas e escândalos para se chegar ao poder eram constantes e a honra havia sido esquecida. Com todas as partes do mundo se modernizando a ilha de Kyoshi acabou sendo esquecida e tendo como característica a cultura de subsistência. Os cidadãos produziam seu alimento suas roupas e mantinham as tradições antigas de educação moral e marcial, eram generosos e guardavam o valor da honra. Todos na ilha esperavam que um dia o mundo alcançasse o equilíbrio que um dia existiu quando a era dos Avatares ocorria. Esperavam a volta do Avatar no Reino da Terra, mas com o fim da convergência harmônica temiam que Raava estivesse presa no mundo espiritual junto a Avatar Korra. Esse sentimento preocupava a todos, inclusive aos pais de Wing e Wei.

Chegando em casa, Wing e Wei sentiram o cheiro do jantar. Moravam em uma casa simples feita de madeira reforçada por cunhas e cordas. Apenas três divisões entre os cômodos e um local para higiene pessoal. Todos moravam desta forma em Kyoshi. Os luxos acabaram ficando para o mundo desenvolvido.

- Feijões de terra com carne de javali espinho!

Wei gritou correndo para dentro de casa.

Wing desmontou Kuan e acariciou seu focinho.

- Obrigado pela carona garoto. Vou trazer algumas maçãs do deserto para você.

Wing foi até sua casa e voltou com as maçãs do deserto para Kuan.

- Rrrr…

A toupeira-texugo esfregou o focinho no rosto de Wing e se voltou para seu jantar. Wing voltou para dentro de casa.

- Vamos comer!

- Mais carvão!

O som do metal das pás ecoava nos grandes galpões de alimentação das caldeiras. Um ambiente quente e desagradável, com poeira suspensa do carvão mineral retirado das minas do Reino da Terra e transportado direto para as indústrias Futuro na Nação do Fogo. Nunca se havia visto tanta fumaça na Nação do Fogo.

- Senhorita Sato, Recebemos mais um pedido de quinhentos tetos de satomóveis. Nossa demanda está aumentando muito.

-Precisamos funcionar a todo vapor e vou começar a pensar em expandir mais.

- Mas senhorita, as indústrias não possuem mais um só funcionário com qualificação para gerenciar uma nova unidade. Nos últimos dez anos implantamos seis unidades por toda faixa central do mundo. Nossos líderes estão todos ocupados. A unidade em Zao Fu é a única que consegue melhores resultados pois não dependem de calor para moldar o metal.

Asami Sato parou e pensou um pouco com a mão ao queixo.

- Talvez se conseguissemos tirar alguns dominadores de metal de Zao Fu e trazer para as outras unidades…

- Impossivel senhorita. Os dominadores de metal estão sobre os cuidados da família Bei Fong. Opal não ira ceder seus dominadores assim.

- Tem razão. Ainda mais com toda essa confusão que está o mundo…

Asami suspirou.

- Korra, onde está você?!

- Então? Fecho o pedido?

- Sim. Vou Falar com a Opal. Pedir que dobre a produção em troca de mais recursos de segurança.

O assistente assinou em uma folha e sumiu entre os trabalhadores das caldeiras.

Asami se dirigiu ao seu escritório e lá sentou-se em sua poltrona relaxando um pouco.

Se deixou levar pelo cansaço e de repente estava no mundo espiritual com Korra. Ela via Korra de longe, seu corpo não correspondia as suas vontades. Tudo que podia fazer era falar.

- Onde está Korra? O mundo precisa de você. Volte para nós.

A Avatar sorriu.

- Eu estou voltando Asami. Estou indo, pois já sei que o mundo precisa do Avatar.

-Você precisa voltar agora!

A força não existia em seu corpo. Fala somente.

-Acorde Asami. Acorde Asami…

Korra começou a sumir na distância que estava se pondo entre elas.

-Espere!

Alguém a balançava.

- Acorde Asami.

Ela abriu os olhos e suspirou.

- Ora de irmos a Cidade República. Seu aeroplano está pronto. Eu vou com meu planador.

Jinorah agora era a mestra responsável pelos nômades do ar. Seu pai, Tenzin, havia falecido junto com Mako e Pabu.

- Kula deve estar louca já ou enlouquecendo o Kay.

Asami falou entre risos.

Jinorah riu e saíram para Cidade República.

No meio do caminho elas encontraram Meelo. Vinte anos mais velho, porém cheio de dobras exóticas.

- Estão indo para Cidade República?

Ele planava ao lado de Jinorah.

- Sim. Asami está mais a cima.

Meelo virou o planador para olhar para cima e viu o aeroplano.

- Eu estava na ilha Calda de Baleia e vi você passando. Sabia que conseguiria te alcançar.

Jinorah fez uma cara de reprovação.

- E como tinha tanta certeza.

Meelo riu.

- Com essa técnica de propulsão.

Um jato de pum foi o que sobrou para Jinorah quando Meelo arrancou pelo céu bem na frente dela.

Jinorah contorcia a face com o fedor de pum no ar. Girou com seu planador três vezes e fastou o gás.

- Meelo seu imundo!

Ele somente ria enquanto planava.

Mais a frente eles já avistavam as luzes de Cidade República. A estátua de Aang crescendo a medida que se aproximavam.

- Chegamos.

Um passo, uma defesa, um soco.

- HEI!

Voltar a base inicial.

Era quase dez da noite quando Wei saiu e foi ver o que a irmã estava a fazer.

- HEI!

- O que está fazendo Wing?

- Treinando um movimento simples.

Wei sentou e encostou em Kuan.

-Rrr…

Kuan Lambeu o rosto de Wei.

- No que consiste esse movimento Wing.

Wing parou e explicou a irmã.

- A ideia é ataque e defesa simultâneo. Eu bloqueio o ataque do inimigo ao mesmo tempo que contra-ataco e avanço o que me possibilita realizar novos ataques em curtas distâncias minimizando a movimentação do meu adversário.

Wei levantou e se pôs de frente a irmã.

Após o Kinlay ambas assumiram suas posturas. Wei mais sólida. Postura rígida típica dos guerreiros do Reino da Terra. Wing assumiu uma postura incomum. Quase em pé e relaxada.

Wing avançou e tentou pegar o braço da irmã que saltou rapidamente para trás e girou em um chute circular. Wing defendeu com a palma da mão e empurrou o chute para o lado oposto. Sem exitar, Wei continuou o movimento com outro chute. Wing pendulou para o outro lado e quando o soco de Wei se aproximava Wing avançou levantando um dos braços para defender o soco e simultaneamente atacando com um soco na altura do rosto parado a meio caminho por Wei.

As duas se fastaram em um salto.

- Normalmente esperamos o ataque, defendemos e contra-atacamos. Essa forma de lutar é diferente, mais rápida. Acaba…

-Confundindo o adversário. Exato Wei.

Wei sorriu e cumprimentou a irmã.

Wing respondeu o cumprimento.

- A ideia é se antecipar ao movimento do oponente não permitindo que ele ataque.

- As guerreiras estão mudando. Você está mudando nossa forma de lutar junto com isso. É inspirador.

De repente Kuan levantou a cabeça.

Um mensageiro se aproximava com semblante assustado.

- Garotas corram! Contrabandistas de carvão acabaram de atracar em Kyoshi. Descobriram nossa mina e estão ameaçando a população.

- Kuan!

A toupeira-texugo se pôs pronta. Wing e Wei montaram e foram direto ao povoado.

Um carrancudo branco demais já havia incendiado duas casas.

- Onde estão as minas de carvão em Kyoshi? Se eu perguntar mais uma vez incendiarei mais uma casa.

Os cidadãos estavam amontoados, com medo e as crianças entre as pernas dos adultos.

De repente as guerreiras surgiram por cima das casas e derrubaram dois dos contrabandistas.

- Vão embora. Kyoshi não se envolve com as revoltas nem com o mundo moderno.

Wei falou em tom sério.

- Garotas? Viemos até aqui para enfrentar garotas?

O branquelo deu uma risada e logo completou.

-Quase ia me esquecendo. Fiz mais duas perguntas.

Com um soco simples mais uma casa incendiada.

-Onde estão as minas de carvão.

- Terão de passar por nós para saber.

As guerreiras armaram os escudos e em formação de cunha avançaram rapidamente.

Fora os dois que foram derrubados havia mais cinco homens. Dois armados e três desarmados.

- Garotas, os desarmados devem ser dominadores de algum elemento.

Os dois armados pularam e tentaram investir por trás da formação mas foram surpreendidos pelo bloqueio de escudos rápidos uma das garotas pulou por cima dos escudos redondos e aplicou vários socos bloqueando o chi de um deles mas foi atingida pelo outro com um chute rasteiro. Ouviram-se os leques abrindo e o que restou em pé por trás da formação ganhou um corte no rosto.

Wing lançou o escudo em direção do branquelo e correu logo atrás com seus leques abertos. O branquelo afastou o escudo com um chute e lançou uma rajada de fogo. Ela girou em torno de si mesma paralela ao solo afastando as chamas com os leques e ao cair com os leques fechados lançou um após o outro na direção do inimigo. Atingiu ele no dois pés o que o levou ao chão. Wei correu em direção a um dos desarmados e o encontrou com dois chutes. Ambos bloqueados. A sequência de golpes de Wei continuou com dois golpes cortantes com leque na altura do abdómen. O primeiro com êxito, mas o segundo bloqueado por dominação de terra.

- Sério que um dominador de terra está atacando uma ilha do reino da terra?

Wei falou desacreditada.

O contrabandista deu de ombros e lançou dois ataque rápido de terra, provavelmente era um lutador prodobra.

Um pulo de esquiva de uma pedra, um pulo de impulso na outra e de repente Wei vinha em queda livre. Lançou os dois leques em direção ao inimigo e acertando o corpo e finalizou com um chute duplo na altura do peito.

- Menos quatro.

Um soco de um lado e um chute de outro fez o outro armado cambalear e cair.

- Faltam dois dominadores.

As garotas recuperaram os leques e abriram olhando os dois últimos acoados entre elas e um pequeno rochedo. Aproximando-se lentamente. Esperando a hora de atacar.

Quando os dois iriam se mover.

- Rrrrrrrrrrr!!!

Várias pedras deslizaram sobre eles. Kuan dominou a terra do rochedo sobre os inimigos e os neutralizou.

- O elemento surpresa. Este é um dos princípios básicos que o Kuan oferece a vocês.

As guerreiras riram e logo amarraram os contrabandistas.

A marinha de fogo estava avançando em direção a baia Camaleão. Existiam boatos que o contrabando de carvão estava partindo de lá e o almirante Iroh havia sido encarregado pelo Senhor do Fogo de verificar a situação. Mesmo a baia sendo território do Reino da Terra o contrabando deveria ser combatido. Em um esforço conjunto o Rei da Terra e o Senhor do Fogo Zuko se articularam mandando o exército da terra e a marinha do fogo para atacarem conjuntamente as instalações dos contrabandistas.

- Almirante, Estamos a dois dias do local de ataque.

O almirante franziu a testa e falou.

- Mande uma mensagem ao General Chang. Avise que em dois dias atacaremos os contrabandistas.

-Sim senhor.

O soldado se retirou com pressa.

O falcão mensageiro cruzou o as instalações dos contrabandistas e chegou ao acampamento do exército do reino da terra.

- General, acaba de chegar uma mensagem do almirante Iroh. O ataque será em dois dias.

- Certo. Estaremos prontos para o inimigo.

Um sorriso surgiu no rosto do general.



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