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História A lenda do Coelho Lunar - Aquele que mora na lua


Escrita por: DarkLieutnight

Notas do Autor


Inazuma Eleven pertence a Level-5 e foi escrito por Tenya Yabuno.

Mais um saindo do forninho :3
Eu realmente me confundi na hora de escrever o sobrenome do Fey, porque os japoneses não falam a letra L, na verdade pronunciam como R. Sendo assim, eu acredito que Fey Lune seja a escrita e Fey Rune, a pronúncia japonesa. Se não for me avisem para corrigir ^^'
Neste eu NÃO me baseei na lenda do coelho lunar original, eu apenas tive a ideia a partir desse título, mas o enredo eu inventei totalmente, ah outro detalhe: também me baseei no filme Aladdin da disney, se assistiram provavelmente entenderão a referência no melhor momento.
Aproveitem ^.~

Capítulo 1 - Aquele que mora na lua


Reza a lenda, que existe um garoto de cabelos verdes, qual parecem mais duas orelhas de coelho e olhos da mesma cor; pele pálida. Ele mora na lua e pode até ser visto na fase crescente dela. Se uma pessoa disser o seu nome olhando para o céu, ele surge e atende um desejo. Porém, para isto ocorrer, é preciso realizar um pedido dele. Além disso, o garoto só aparece para pessoas muito solitárias. Ele só pode ser visto uma vez na vida de cada pessoa e após o desejo ser realizado, as pessoas se esquecem completamente do coelho depois de uma semana.

No entanto, aqueles que afirmaram ter conhecido, descrevem o garoto como alguém alegre e otimista. Com expressões meio infantis e travessas, além de um sorriso amável e sem fim.

Porém... Sua existência e quem ele realmente é, eram apenas um mistério de contos de fadas, que ninguém se importava em tentar resolver.

O que as pessoas nem sonhavam em saber, é que aquele garoto residente da lua, não é mais do que uma criança como qualquer outra. Ele trazia felicidade para muita gente e amava isso, mas era apenas um pobre infeliz. Sentado à toa no único satélite natural da Terra, ele observava encantado as maravilhas daquele lugar. Por outro lado, o que impressionava o jovem, não era os gigantescos arranha-céus, as construções incomuns ou a tecnologia avançada. Seu maior objeto de admiração é os humanos em si.

Para alguém como ele, que vivia literalmente no meio do céu majestoso, sua vida é bastante solitária. O garoto podia ser o dono das nuvens. Todavia de que adianta ter tudo aquilo para si e desfrutar junto da solidão? Seria mais divertido sem dúvida, compartilhar com alguém. Mesmo que este o odiasse.

Os humanos tinham seres em comum que nomeavam de família, e amigos. E a relação deles parecia suficientemente tentadora para o garoto coelho da lua, cujo nome é Fey Lune. Nome este que só era dito por curiosidade ou até pelo desespero causado pela ambição de querer muito alguma coisa.

Fey não tinha absolutamente ninguém do seu lado. Mesmo que os terráqueos reclamem por estarem sozinhos, eles ainda tinham desconhecidos por perto. E um dia, algum deles pode se tornar futuramente importante para o solitário. Com o verdinho não, ele estava sozinho de verdade, apenas com sua própria mente cheia de sonhos considerados pequenos e infantis.

Ele não se recorda de como despertou tanto interesse nessas criaturas. Só que após descoberto isso, Fey passou a pedir somente uma coisa sempre que tinha a chance de se aventurar vivamente naquele planeta.

"Seja meu amigo."

E para saciar seu pedido singelo, o jovem prometia um desejo como uma troca equivalente. Fey tardou muito a compreender que ao pronunciar a promessa, os olhos das pessoas não brilhavam por afeto a ele e sim, pela chance de terem o que quiser. Melancólico se tornava quando seu requerimento era aceito, mas com puro interesse envolvido.

Depois de ambas as partes cumprirem o acordo, tudo voltava a mesma rotina monótona. Lágrimas de desabafo esgorjavam ao sentir o peso desses pensamentos lúgubres, junto do fardo de sua tarefa. Porque mesmo que encontrasse humanos possuindo o dom da humildade e da compaixão, uma semana depois, todos os traços de Fey eram apagados de suas mentes.

Ele chegou a rejeitar seu propósito. Não queria mais ser usado ou ter amizades falsas. Nem experimentar mais o prazer da companhia e logo ser capturado pelas trevas da solidão. Não importava quantas vezes fosse chamado, negligenciava qualquer um. Mas de nada adiantou, ele era obrigado a ir contra sua vontade. Queria espernear, gritar. Aquela é sua sina, a maldição da lenda.

Com isso, o coelho desatava em tristeza. Contudo, conseguia manter a doce e cruel esperança de um dia, poder escapar desta solitária.

Fey Lune...

De repente seu nome fora pronunciado. Aquele chamado, tão peculiar aos outros, tão... Estranho. A voz não tinha resquício de curiosidade, melancolia nem desespero. Era um tom que disse o nome do garoto à toa, como se não ligasse e só fez aquilo por pura falta do que fazer. Fey teve seu interesse cutucado e decidiu surpreender o dito cujo.

Saltou da lua, por alguma razão ansioso. E como mágica, a força de sua lenda o teleportou automaticamente até a tal pessoa. Qual não foi o susto duplo, quando ambos se viram cara a cara? Olhos nos olhos?

— Olá, meu nome é Fey, Fey Lune. E o seu?

O garoto estendeu a mão amigavelmente num sorriso aberto. As orbes verdes claras entusiasmadas escondiam qualquer resquício de revolta. O humano que é no caso, uma garota, se recompõe e o cumprimenta num misto de receio e dúvida. Em seguida apresenta o nome.

— Bem, estou aqui porque me chamou, certo? — A garota afirma recuada. — Por acreditar na minha existência, te concedo um desejo! — Fey observa os olhos da humana se arregalarem. — Mas... Há um porém. Você terá que realizar um pedido meu, que é... Ser meu amigo!

Ele encerra a costumeira introdução. Toda vez é a mesma e nem se lembrava de quantas vezes a dizia por noite. Sem falar que é desanimador sempre fazer isso alegre. Cinco minutos foi o tempo aproximado que a garota permaneceu reflexiva.

— E então? Por que pensar muito? Numa oportunidade dessa, as pessoas têm a resposta na ponta da língua. — Fey ressalta a informação enquanto flutua sossegadamente.

— Até agora eu estou tentando descobrir se você é real ou se eu acabei fumando drogas. — A garota comenta, fazendo Fey desatar a rir.

De repente, ele pega suas mãos com delicadeza e começa a apertá-las de leve. Fazia isso com um rubor de timidez nas maçãs do rosto, como se nunca tivesse uma intimidade assim com uma garota.

— Pareço de verdade? — Ela afirma recolhendo as mãos. — E qual sua resposta.

— Por que... Me escolheu? — Fey esbanja uma careta confusa.

— Eu... Não sei ao certo. Só me despertou atenção.

— E por que uma oferta tão grande por algo tão simples como amizade?

— Porque pra mim, ter alguém que eu possa realmente chamar de amigo, é o meu maior desejo. — Fey responde com um pouco de amargura, desfazendo o sorriso. — Eu sei que é simples, mas isso é uma coisa que eu não posso dispor a toda hora e isso me faz ser solitário.

A partir daquele momento em diante, os dois passaram a desfrutar da companhia um do outro. E que melhor decisão que o garoto coelho tomou ao atender o chamado daquela garota especial. Quantas coisas diversas ela o ensinava. Jamais imaginou que conseguiria escrever o próprio nome, nem aprender a contar as estrelas que os rodeavam. Mas sem dúvida, o que ele mais gostou, foi observar a tela gigante do cinema. Sentiu-se como uma criança recebendo um brinquedo.

E ele retribuía os "presentes". Vez ou outra a pegava pela cintura e a levava para um passeio aéreo, avistando a cidade de cima. Fazendo manobras e bailando pelos céus, como parceiros de dança. Os sorrisos graciosos e amáveis dela, só denotavam que estava feliz em tê-lo ali, assim como ele. Pela primeira vez, Fey tinha um amigo de verdade.

Neste pouco período de tempo, aquela humana o fez desfrutar de coisas simples, mas muito significativas. Despertou nele, sentimentos que desconhecia. Talvez o amor, por exemplo. Não tinha certeza, Fey nunca amou alguém romanticamente. Apenas entendia o que assistia nos filmes ou lia nos livros. A sensação que sentia em torno da amiga, é de sempre querê-la perto de si, pois quando se separavam, tudo ficava monótono.

Todavia, o coelho da lua guardava seus sentimentos secretos só para ele. Ter algo a mais do que amizade é demais para Fey. Proibido e impossível. Portanto ele tratava de se contentar mesmo que seu desejo fosse experimentar o que existe além do permitido. Infelizmente o tempo corria mais nos melhores momentos e acelerava o fim da estadia do garoto. Uma semana era seu tempo máximo com cada pessoa. A garota, que não tinha feito seu desejo, deixou para fazê-lo na indesejada despedida de ambos.

— Você... — Fey pega as mãos dela como o primeiro dia em que se viram. Sua expressão no momento era um misto de tudo, mas principalmente aflição. — Me apresentou a um mundo que nunca imaginei ver. Me ensinou muitas coisas... Me fez abrir minha caixa de sentimentos esquecidos.

Uma pequena pausa dramática se estabeleceu ali, no meio dos dois jovens que se encaravam com turbilhões de sensações dentro de si mesmos. Fey deixara escapar umas lágrimas atrevidas pelas orbes marejadas. A garota, por sua vez, não hesitou em abraçar o coelho carinhosamente. Também aprendera muito com ele e não podia deixá-lo sofre mais com esta lenda. Não depois de descobrir o quanto era doloroso se cobrir com uma máscara alegre, quando na verdade queria que as pessoas se importassem um olhar por debaixo dela.

Iria mudar aquilo para sempre.

— Obrigado. — Ela ouve a voz infantil do jovem repleta de gratidão.

— Eu que agradeço. Você é muito importante para mim, Fey. — O garoto cora dos pés a cabeça, mas se alivia pelo abraço esconder isso. — Se não for pedir muito... Eu gostaria de fazer meu desejo.

— Mas é claro! — Ele exibe seu melhor e mais terno sorriso. — Depois de tudo o que fez por mim... Vou realizar qualquer coisa que você quiser.

A garota deu uma risadinha singela. Mal sabia o garoto dos desejos o que estava guardado para ele. Ficaria com toda certeza, estonteante de felicidade.

— Sendo assim então... — Desta vez, ela pega as mãos do jovem. — Fey Lune, quero que seja livre.

O verdinho perdeu o sorriso, formou e expressão mais chocada que tinha, enquanto alguns fios de luz prateada o rodearam. Agora a garota se assustou um pouco achando que fizera algo ruim, porém não houve tempo, uma estranha energia colorida abandonou o corpo de Fey, desaparecendo num segundo.

— Você está bem? — Ela questiona aflita por ter causado algum tipo de dano no garoto, mas ele só afirma em resposta.

— Você... Usou seu único desejo... Para mim? — Fey dizia num timbre desacreditado e emocionado. A jovem sorri confirmando. — N-ninguém nunca fez isso. Ainda mais um desejo que me...

Ele não pôde concluir a fala. Lágrimas de gratidão rolavam pelo seu rosto,

— Fey, você está livre!

A jovem exclama tentando dar ânimo ao garoto, mas foi pega de surpresa pelos lábios quentinhos e macios dele, que procuravam beijá-la apaixonadamente.

...

— Então eles ficaram juntos... Eu sabia que isso ia acontecer. — A criança diz com ar de sabida.

— Ah é? Por que diz isso? — Você indaga curiosa.

— A maioria das histórias de contos de fadas acaba assim.

— Mas esta aqui não é uma historinha qualquer. — Você informa e a criança se confunde. — É algo que aconteceu de verdade, pois é a história de como eu e seu pai nos conhecemos.

— Muito engraçado, mamãe. — Um bocejo é proferido pela criança, que coça os olhos de sono, mas o pai entra no quarto.

O homem de pele clara, cabelos de um tom suave de verde e olhos de mesma cor, se aproxima da cama da criança e dá um beijo carinhoso na testa dela.

— Papai, a mamãe está dizendo que o conto do coelho lunar é a história de vocês... — A voz embargada do pequeno humano denotava seu sono.

— Mas é verdade. Você não acha que me pareço com o protagonista? — O pai retruca.

— Mentiroso... — A criança diz antes de enfim, dormir de vez.

Você observa a cena feliz. Aquela criança jamais acreditaria na história, o que é irônico, visto que os pequenos costumam ser iludidos facilmente. Entretanto a sua cria era inteligente. Fey, a chama para sair do quarto. E uma vez fora, ele sorri gentilmente.

— Obrigado.

— Pelo quê? — Indaga confusa.

— Por aquele desejo, ou melhor, por acreditar em mim.

— Fey, eu já disse. Não precisa agradecer.

— Eu agradecerei para sempre. Obrigado por entrar na minha vida.


Notas Finais


Bom gente, eu realmente não pretendia postar dois capítulos hoje, mas um dos motivos é que eu tenho um aviso :/
Eu vou dar um tempinho das minhas fanfics. O dia da minha prova está chegando e para me focar melhor nos estudos vou dar uma pausa e pegar pesado. Vez ou outra eu possa estar surgindo pra postar algo ou comentar e favoritar fics, mas esse mês de outubro vcs não me verão mais tão ativa. E... se eu não comentar nas histórias que acompanho é pelos estudos. Okay pessoal? Então, não fiquem tristes xD Quando eu voltar, estarei mais tranquila e recheada de novidades! Só aguardem ^.~
''Dark se retira e volta para as profundezas do espaço sideral, numa viagem para estudar as estrelas e galáxias de suas origens...''
(Chip: Um dia vcs vão entender essa frase maluca -.-').
Beijos e Abraços S2


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