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História A Liberdade De Amar - Por medo de perdê-la!


Escrita por: JuFanficsafmb

Notas do Autor


O Fernando está com medo de perder a Lety, mesmo sabendo q se ela se casar mesmo com Aldo, ele vai perdê-la de qualquer maneira. No entanto, ele quer aproveitar ao máximo isso que está vivendo com ela. Mas será mesmo que o Fernando está tomando a decisão certa ao tentar esconder coisas de Letícia? Bom, vamos à leitura, gente.

Capítulo 17 - Por medo de perdê-la!


Fanfic / Fanfiction A Liberdade De Amar - Por medo de perdê-la!

Era um local bem movimentado,as luzes coloridas brilhavam por todos os lados, na pista de dança, muita gente arriscava passos aleatórios, e a música alta fazia Lety praticamente gritar ao conversar com os amigos que a arrastaram para lá:

— Por que me trouxeram pra cá?

Perguntou depois de saborear um pouco do seu coquetel de morango com whisky. Márcia, que estava abraçada ao noivo, responde:

— Por que é um ótimo lugar para se divertir, Lety.

Carolina concorda:

— Com toda a certeza. O lugar é ótimo.

— E cadê o Omar, que não veio com você Carolina?

— A Márcia fez o favor de mandar o meu homem para a Alemanha! — Comentou ressentida.

— Amiga — Márcia tenta se defender — O Omar conseguiu conquistar a confiança e o apoio dos Mendiola e se tornou vice-presidente da empresa. E eu precisei mandar o vice-presidente para lá.

— Claro, e o mandou com aquele metido do Luigi Lombardi, que por sinal, arrasta um bonde pelo meu namorado.

Eduardo e Lety começam a rir e Márcia provoca:

— Olha, amiga, tanto o Luigi quanto o Omar tinham que ir. Agora, se o Omar resolver provar da fruta, isso já não é problema meu.

Márcia ri junto com Lety e Edu, Carolina faz careta para os três. Lety olha o relógio e fica preocupada. Assim que chegou de Cuernavaca, teve que atender aos pedidos incessantes de Carolina, Márcia e Edu para sair:

— Eu devia estar em casa, descansando, para ir trabalhar amanhã.

— Letyy, você passou o final de semana inteiro fora, teve uma reunião em pleno domingo, e ainda está falando em trabalho?!! —  Carolina reclama — Você precisa se divertir mais. Isso é importante Humanos fazem isso, sabia?

— Acontece, Carol, que eu sou a presidente de uma empresa. Não tenho tempo para diversão. Eu tenho muitas responsabilidades. —  Enfatizou a palavra.

— Ai Lety, que mau humor! O que foi? — Carolina retruca.

Eduardo afirma:

— Essa baixinha indelicada é muito bruta mesmo. Liga pra ela não, Carol.

Márcia intervém:

— A Lety tem razão, gente. Ser presidente não é nada fácil. Digo isso por experiência própria.Desde que assumi a presidência da Conceitos, o tempo para diversão foi se tornando cada vez menor. 

— Eu sou um homem muito orgulhoso da minha noiva presidente —  Risos  — Mas estou de acordo com a Carolina quanto a importância de se divertir.

Lety revirou os olhos, mexeu em seu canudo e bebeu mais um pouco de coquetel. Carolina comenta sugestiva:

— Bom... Talvez a Lety tenha se divertido durante a viagem já que ela foi com o assistente gostosão dela.

Lety meio que se engasgou, e ao se recuperar, diz:

— Carol, vai ver se eu estou na esquina.

Carolina e Márcia começam a rir enquanto Eduardo fica intrigado:

— Uou! Tem algo aqui que eu ainda não estou sabendo? 

— Ai amor, é que a Carolina cismou que a Lety gosta do assistente dela. 

— Ahh, o que vimos outro dia? Ahh, ele me parece um rapaz bacana. Aquele sim é homem para você, Letícia.

Eduardo não gostava do relacionamento de Letícia com Aldo. A jovem era como uma irmã para ele, já que se conheciam desde criança. O amor de infância de Márcia era também um dos melhores amigos de Letícia:

— Era só o que me faltava! Já não bastava essas duas loucas pegando no meu pé, agora me vem também você, Edu?! Gente, quantas vezes eu vou ter que dizer que eu não estou apaixonada pelo Fernando e nem ele por mim.

— Ahhr Lety —  Diz Márcia — Só você e ele que não percebem ainda.

— Você está apaixonada sim —  Afirmou Eduardo com firmeza —  Eu consigo ver isso no seu olhar quando começa a falar dele. O seu jeito, sua reação, tudo te entrega! Mas conhecendo você como eu conheço, sei muito bem que você jamais vai admitir isso sem que ele admita primeiro.

 

……….


 

Na casa de Marta, Fernando abraça a jovem delgada, de longos cabelos negros e cacheados. Ele a levanta do chão e quando finalmente a solta, diz:

— O que faz aqui na capital, fedelha?! — Sorrindo.

— Para de me chamar assim, seu chatonildo! — Fazendo a ofendida.

— Ela chegou ontem a tarde, Fernando. Eu tentei te ligar várias vezes, mas não consegui falar com você. — Explica Marta.

Verônica, Fernando e Marta se sentam no sofá:

— Fernando, as coisas lá em casa não andam nada bem. O quadro da mamãe está se complicando cada vez mais. Além disso, ela vai ter que passar por uma cirurgia. Os gastos estão aumentando, as dívidas também. Farmácia, mercado, contas e mais contas... E agora essa história de cirurgia! Nós não sabemos mais o que fazer. O que você tem mandado não está sendo o suficiente, maninho.

— Mas eu tenho mandado quase todo o meu salário. E a dona Lety paga muito bem. Eu estou recebendo até mais do que um assistente receberia em qualquer outra empresa!

— Ai, irmão, eu sei. Realmente o dinheiro que você nos mandou foi de grande ajuda. Mas você sabe que temos contas muito antigas, aí se juntam com as noves, e agora as coisas estão se complicando ainda mais lá em casa.

— E por que não me falaram nada da vez que estiveram aqui?

— Por que a mamãe não queria te preocupar. Sabe como ela é.

— É, eu sei. E onde ela está?

— Foi ficar uns dias na casa da tia Glória, para não ficar sozinha, já que eu vim pra cá.

— Mas por que você veio pra cá? Por que não me disse tudo por telefone? Bastava conversar comigo. Não precisava se dar ao trabalho de vir, irmãzinha.

— Eu precisava vir! Eu sei que se eu te pedisse, você certamente não deixaria que eu viesse. Mas eu precisava vir, porque eu tomei uma decisão.

— Decisão? Que decisão?

— Bom, é que, como você sabe, eu acabei de ficar maior de idade, e…. Fernando, eu quero trabalhar!

— O quê?!!!!

— Trabalhar, Fernando. Trabalhar. 

— Mas Verônica!

— Fernando, por favor, não seja contra. Eu sei que você não tem nada contra uma mulher querer trabalhar. Você não é assim.

— Verônica, claro que não tenho nada contra. Mas você….. Você é uma menina! Eu quero que você faça faculdade, que tenha um bom emprego.

— Fazer faculdade como Fernando? Com que dinheiro? Se mal estamos conseguindo nos manter! 

— Verônica, você precisa de tempo para estudar! E eu não quero que você se exponha, tendo que trabalhar agora. Entenda isso, minha irmã.

— Para de querer me proteger o tempo todo, Fernando. Eu quero trabalhar. Você não tem que assumir tudo sozinho. Por favor, deixa eu te ajudar.

Observando a aflição dos dois irmãos que conversavam, Marta diz:

— Fernando, segundo o que a Verônica me disse, o que você ganha não vai cobrir as despesas dos remédios, da cirurgia e das contas. Acho melhor você deixar ela trabalhar, mesmo que seja só meio período. Olha, você pode falar com a dona Lety. Ela não vai se negar a te ajudar. A dona Lety é uma pessoa de bom coração, além disso, ela gosta muito de você, do seu trabalho. Com certeza ela não vai se negar a te dar um aumento, ou fazer um empréstimo, não sei. Uma vez, a Joana precisou de um dinheiro e a dona Lety ajudou a…...

Enquanto Marta falava, um temor se apoderou de Fernando! Começou a pensar em como pediria a ajuda de Lety em algo tão complicado. Um aumento em tão pouco tempo trabalhando para ela?! Um empréstimo tão alto? Em quanto tempo pagaria? E o que ela pensaria? Que ele estava se envolvendo com ela em troca de seus favores? Que era só mais um interesseiro? Mais um homem aproveitando-se de suas carências e medos? Estavam vivendo momentos tão bonitos. Não queria estragar tudo isso. Ter que pedir favores a Letícia era a última coisa que queria naquele momento, pois tinha medo de que ela chegasse a pensar que ele só está se envolvendo com ela para se aproveitar de sua boa vontade. Não! Jamais poderia deixar que Lety pensasse isso. Finalmente saiu do transe e voltou a ouvir Marta:

— A dona Lety já me ajudou também. Aliás, já ajudou várias pessoas da empresa. Ela tem aquele jeito de durona, mas é um amor de pessoa. Os funcionários reclamam, mas todos ali sabem que não há uma chefe tão incrível quanto ela. Talvez ela até arrume um emprego pra Verônica!

Verônica se anima com a ideia, mas Fernando fica aterrorizado com a possibilidade de Lety pensar que ele só quer se aproveitar dela de alguma forma:

— Não!!!! A dona Lety não! — A voz saiu mais áspera do que ele gostaria, de forma que Marta se surpreendeu e Verônica parou de sorrir no mesmo instante — Eu não posso falar disso com a dona Lety. Imagina! Faz tão pouco tempo que eu estou trabalhando lá. Não, Marta. Eu me viro. Eu vou falar com o Omar, vou ver como faço. Ele certamente vai me ajudar a encontrar um emprego para a Verônica. Mas deixa a dona Lety fora disso.

— Mas Fernando?!

Ele se levanta e pede:

— Não, Marta. E por favor, não fala nada sobre isso com ela.

Marta não entendeu a reação do rapaz. Verônica perguntou tímida, mas ainda com um rastro de animação:

— Então quer dizer que você vai me deixar trabalhar?

— Eu vou ver o que a gente pode encontrar, Verônica. 

— Aahh Imãzinho, — Pula nos braços dele — Eu te amo.

 

………


 

O dia amanheceu, Fernando dormia no sofá da sala, pois cedeu a cama para a irmã. Ele acordou um pouco atordoado com o som do despertador. Não dormiu bem a noite depois de tudo o que conversou com Marta. O fim de semana com sua chefe foi tão incrível, apesar da chegada indesejada de Aldo. Mas ainda precisava entender muitas coisas dentro daquele relacionamento de Lety com aquele homem. 

Queria tanto poder fazer com que Letícia jogasse aquele noivado para o alto. Mas sua situação financeira o fazia pensar que jamais poderia pedir algo assim a ela. Além disso, a frágil relação de Letícia com o pai parecia depender daquele compromisso dela com aquele homem que Fernando não suportava. Ele preferia deixá-la livre para decidir o que fazer. E embora soubesse que cedo ou tarde, ela poderia dar um fim ao que passou a existir entre os dois, preferia aproveitar cada segundo em que podia em seu íntimo, de alguma maneira, chamá-la de sua:

— Ela não me ama. Ela praticamente esfregou isso na minha cara lá no hotel. — Disse lembrando de quando Lety falou que nunca  esteve apaixonada. — Mas mesmo que ela não sinta nada por mim, eu não quero que ela pense que eu só estou com ela para tirar proveito, ou para ganhar qualquer tipo de vantagem. Eu quero que a dona Lety sinta que pode confiar em mim e que se eu estou com ela é  porque gosto de estar com ela, e não porque ela pode me dar algo em troca. Eu não quero nada dela, porque tudo o que eu queria, ela jamais vai me dar....  O amor! O amor da minha Lety é algo impossível para mim.

Com esse pensamento deprimente, Fernando se levantou para ir se preparar para ir trabalhar.

 


Notas Finais


Beijos e até a próxima, se Deus quiser.


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