História A Liberdade De Amar - Uma casa para Márcia e Eduardo

Capítulo 5

Joana arrumou a sala de reuniões, como Fernando pediu que fizesse. Depois ele pegou algumas folhas que Lety mandou que ele imprimisse e colocasse em suas respectivas pastas. Conectou na grande tela da sala de reuniões o pendrive que Marta indicou, com uma apresentação do projeto em questão. Além disso, preparou o arquivo com outras imagens além das que estavam nas pastas e no pendrive, caso os clientes quisessem ver mais opções. O casal queria que Letícia realizasse um projeto muito especial. seria a mansão que dariam de presente para sua filha de criação, pois ela se casaria em breve.

    O casal Mendiola chega com Márcia e Eduardo! A recepcionista, Yasmin, os acompanha até o andar da sala de reuniões. Ela bate discretamente na porta e ao abrir, encontra Fernando já de pé:

    — Com licença, Fernando — Pede com jeitinho assanhado, pois já estava mais do que interessada no jovem e lindo assistente — É que acabaram de chegar o senhor e a senhora Mendiola. E como você me pediu, os trouxe direto pra cá.

    — Obrigado, Yasmin.

    Ela sorri e sai rebolando, mas Fernando não dá a mínima. Em seguida Márcia entra com Eduardo e logo depois, Humberto e Teresinha:

    — Bom dia! — Márcia e Eduardo cumprimentam o rapaz.

    — Bom dia — Foi a vez de Humberto estender a mão ao jovem Marquês.

    — Bom dia. É um prazer recebê-los. — Afirmou Fernando finalmente estendendo a mão para Teresinha, que parecia fascinada ao olhar o rapaz.

    Teresinha passou mais tempo que o necessário segurando a mão daquele jovem, que já sem graça, sorria para a senhora que parecia estar em choque. Fernando notou que os olhos dela brilhavam e uma lágrima escapou de seu olhar. Humberto intervém:

    — Está tudo bem, meu amor?

    — Sim! — Soltando a mão de Fernando, e enxugando uma lágrima que correu em seu rosto — Eu estou bem, meu amor.

    — Desculpe, rapaz, mas quem é você? E onde está Letícia? — Humberto perguntou.

    —  Perdão! Eu já ía me apresentar. Sou Fernando Marquês, o novo assistente da senhorita Letícia. Ela está terminando de resolver um assunto, mas me pediu para recebê-los. A dona Letícia está muito feliz que tenham escolhido ela para realizar esse trabalho.

    — Eu não confiaria um trabalho tão especial a nenhuma outra pessoa. Lety é filha de um dos meus melhores amigos, além de ser a profissional mais competente que eu conheço neste ramo. E é claro, é como uma filha para nós. — Afirmou olhando para Teresinha.

    — O senhor tem toda a razão, senhor Mendiola, a senhorita Solis é a melhor.!

    — E desde quando está trabalhando para Letícia, meu rapaz? - Quis saber Teresinha, ainda com voz emocionada.

    — Hoje é o meu primeiro dia na empresa, senhora.

    Lety entra na sala sorrindo:

    — Bom diaa! Que bom que chegaram.

    Fernando notou com admiração a alegria e leveza de Lety ao entrar na sala e encontrar aquelas pessoas. Ele sentiu que ali diante de seus olhos estava a verdadeira Lety. Márcia corre para abraçar a amiga:

    — Amigaa, que saudade! Há dias que não nos vemos.

    — Pois é, dona Márcia, você me trocou por esse loiro gigante aí! Hihihihi.

    De novo aquela risada doce, descontraída e delicada. Fernando sentia que precisava ouvir isso mais vezes. Eduardo se aproxima da presidente e afirma:

    — Não seja boba, sua baixinha indelicada! — Abraçando-a — Eu só a roubei por uns dias, mas agora vou ter que dar uma de noivo comportado e terei que me controlar para não fazer a Márcia viajar comigo de novo antes da lua de mel!

    Humberto pigarreou:

    — Ser um pai tão moderno que escuta essas coisas sem se sentir incomodado é algo com que eu ainda não estou muito acostumado, então, vamos ao que interessa.

     — Hihi claro que sim, tio Humberto. — Concordou Lety, abraçando-o e em seguida abraçando Teresinha:

    — Está tudo bem, tia Teresinha? — Observou que a senhora estava emocionada.

    — Estou bem sim, minha filha. Acho que ando muito sensível, com os preparativos do casamento de nossa Márcia.

    — Eu compreendo. Bom, então vamos iniciar a reunião. Mas antes, deixe-me apresentar meu novo assistente, Fernando…. Fernando de quê mesmo? - Fingiu esquecer.

    — Marquês, senhora! Fernando Marquês. Eu estava me apresentando quando a senhora chegou.

    — Hum, que bom. Então chega de conversa. 

    Lety começa a mostrar alguns de seus projetos mais bonitos, pois queria oferecer o melhor para aquela família que ela tanto ama. Márcia e Eduardo ficaram apaixonados por um dos projetos apresentados por Lety, que além de lindo e confortável, apresenta ampla sustentabilidade.

    Depois que tudo foi definido na reunião, o casal Mendiola, Márcia e Edu se despede de Letícia e Fernando. Mas antes de sair, Márcia cochicha para Lety:

    — Vamos marcar de sair, você, a Carol e eu. Preciso que me atualizem das novidades.

    — Não há grandes novidades.

    —  Não é o que me parece! - Afirmou olhando para Fernando e depois para Lety.

    — Marcia, vai procurar o que fazer, vai! - Falou impaciente.

    — Haha eu também te amo Letyy! - Diz abraçando a amiga. - E não esquece, vamos marcar de sair qualquer dia desses, você, a Carol e eu..

    Márcia finalmente sai.

…..

    Teresinha estava sentada na cama, muito pensativa, quando Humberto se aproxima, senta-se junto dela e pergunta:

    — O que você tem, querida? Está muito quieta desde que estivemos na construtora Solis.

    — Humberto, aquele rapaz….

    — Querida, não me diga que voltou com essas ideias! Teresinha, eu pensei que isso tivesse acabado.

    — Humberto, aquele rapaz…. — Ela se emociona ao dizer — Se parece tanto com você quando tinha aquela idade. 

    — Teresinha, por favor, não comece de novo com essa esperança infundada! Isso já aconteceu outras vezes. Sempre que você vê um rapaz que aparentemente tem a idade que o nosso filho teria e que tem aquelas mesmas características físicas do assistente da Lety, você insiste em dizer que talvez seja o nosso filho, mas entenda que não é.

     — Mas eu senti meu coração se aquecer de  uma maneira muito especial quando o vi, quando toquei a mão dele. Foi como….. Foi como quando segurei a mãozinha do nosso bebê no dia em ele nasceu!

    — Meu amor — Segura gentilmente a mão da esposa e beija — Não vamos alimentar falsas esperanças.

    — Humberto, eu tenho certeza de que dessa vez, se tentarmos saber mai sobre…..

    — Teresinha, aquele bebê está morto!

    — Não! Ele não está! Eu tenho certeza que meu filho está vivo  em algum momento da minha vida, eu vou encontrá-lo, Humberto — Chorava de angústia — Eu vou encontrá-lo, você vai ver, Humberto, eu vou encontrar o meu filho.

Humberto não consegue segurar mais o choro também, e abraça a esposa, numa vã tentativa de consolá-la.