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História A Língua do Amor - Capítulo 1


Escrita por: Machene

Notas do Autor


1: Fairy Tail não é de minha autoria.
2: Por proibição do site, as imagens pré-selecionadas da capa e dos capítulos 2 e especial não puderam ser disponibilizadas, então foram substituídas. Para visualizar as anteriormente escolhidas, basta acessar meu blog, § Fãnime §, e procurar pela fic. As imagens usadas nesta fanfic, pré-selecionadas ou substituídas, não me pertencem.
3: Palavras em negrito (letras escuras) são para enfatizar algo no diálogo. Palavras em itálico (letras inclinadas) diferenciam nomes de origem estrangeira. Palavras maiúsculas (A-B-C) servem como grito para os personagens. Palavras entre aspas (") representam uma leitura, conversa por telefone, um pensamento ou referências a coisas já mencionadas. Palavras entre parênteses [( )] são acréscimos para a história, como comentários meus sendo narradora/personagem ou informações relevantes.
4: Esta fanfic só está disponível para tradução em outras línguas. Sua publicação em outras áreas sem os direitos autorais é um caso de plágio.
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Olá pessoal! Bem, esta fanfic que estou publicando já havia sido lançada em março de 2014, mas agora foi revisada e aumentada em quantidade de capítulos, portanto está sendo republicada. Ela, com certeza, é a fic mais descarada que eu já escrevi até agora, então, pervertidos de plantão, espero que gostem! Kkk

Capítulo 1 - Capítulo 1


Fanfic / Fanfiction A Língua do Amor - Capítulo 1

Cap. 1

Pois é, contrariando todas as expectativas aqui estou eu. E o que eu estou fazendo aqui mesmo? Qual a força magnética do universo que me tragou para cá? Quer dizer, só porque a Mira me convidou para a festa de reencontro da turma do colégio, não tinha de aceitar! Ainda mais por hoje ser Dia dos Namorados. Por favor; um encontro às cegas com um cara no Dia dos Namorados?! Ela e suas ideias loucas!

Então, o que exatamente me deixou comovida o suficiente para aceitar o pedido? Ah, é verdade! Eu aceitei vir porque ela me disse que sou perfeita para esse seu amigo, e ele não é completamente desconhecido. É... Natsu Dragneel. Bom, meu nome é Lucy Heartfilia. Eu sou loira, não muito alta e esbelta, como uma modelo. Dei duro por este corpinho com grande comissão de frente. Modéstia à parte, sou ótima escritora também.

Infelizmente, ainda não tive coragem de publicar nenhum dos meus livros. Minha família? A mamãe morreu quando eu tinha sete anos. Ela era muito doce e bonita. Meu pai, por outro lado, sempre se mantinha distante de mim, emocionalmente falando. Ele era sério e muito dedicado ao trabalho, mas a sua empresa acabou falindo e depois disso a gente ficou pobre; contudo, até que começamos a nos dar bem.

Fatalmente, papai também morreu, no ano retrasado. Ainda está um pouco difícil me acostumar a morar sozinha. Não que já não morasse, porque saí cedo de casa, mas agora me sinto mais solitária do que antes. Provavelmente por causa disto a Mira achou bom me convidar pra uma festa na sua casa. Mirajane Strauss é uma das minhas grandes amigas, contando com Erza Scarlet, Levy McGarden e Juvia Loxar.

Nos conhecemos quando me transferi pra Academia das Fadas, e fomos à mesma universidade. Após me formar em letras, decidi dar aula para alunos do fundamental. A Levy me aconselhou uma escola e lá eu o reencontrei, Natsu Dragneel. Ele é professor também, de educação física, mas quando dá suas aulas parece outra criança brincando com a turma. Isto não é ruim. Na verdade, foi o que sempre chamou minha atenção nele.

Eu desejo ter o mesmo magnetismo que ele tem com os pequenos. Isto e aqueles músculos fortes, o sorriso e... Enfim... Onde eu estava? Ah é. O Natsu era o paspalho da nossa sala, o palhaço que toda turma costuma ter, e é um amigo de infância da Erza, da Levy e do namorado da Juvia. Ah sim, falando nisto, eu ainda não comentei sobre os maravilhosos caras com quem elas namoram!

Eles são tudo de bom, em todos os sentidos, mas dois têm lá umas esquisitices, a começar por Gray Fullbuster. Juvia é louca, alucinada, por ele! O cara até que é bonito e simpático. Contudo, Gray tem uma mania estranha de tirar a roupa nos momentos mais inconvenientes, e faz isto sem notar. Uma vez nossa turma estava em uma lanchonete, comendo, bebendo e conversando, e ele reclamou do calor.

Um minuto depois o louco estava com a camisa toda aberta! Acho que ele só não tirou tudo porque a Erza fez vista grossa, mas se fosse pela Juvia a visão seria ótima, é claro! Para ela e todas as garçonetes e clientes babando na hora... O namorado da Levy, Gajeel Redfox, é menos pervertido socialmente, porém mais assustador pessoalmente. Quando ela me mostrou uma foto dele, pensei que estava namorando um gangster.

Felizmente, mesmo sendo um rabugento grosso que tem gosto estranho pela cor preta, ele é bacana. Agora, quem realmente se supera em charme e gentileza é o gato do companheiro da Erza, Jellal Fernandes. O cara adora falar dela e vive fazendo tudo o que ela quer, mas quando está com seus amigos também é fofo e até um pouco tímido. Bom, contei tudo isso para falar da festa na casa da Mira.

Ela convidou todos os seus amigos e mais algumas pessoas para um reencontro de ex-alunos, e no Dia dos Namorados. O problema de uma solteira aceitar ir a uma festa, na casa de uma garota que já era popular na escola, em um dos dias mais românticos do ano, é porque ela precisará de um parceiro de última hora, para não pagar de fracassada. Foi justo o que me aconteceu. A questão é que não arranjei par; arranjaram para mim.

Eu não sei como me deixei convencer, mas meus amigos pularam logo na picape azul metalizado do Jellal e me obrigaram a sair de casa nesta mesma noite. Claro, todos já sabiam que eu tenho uma queda do tamanho de um avião pelo Natsu. Mira tinha dito que nós combinamos e deixou escapar que ele iria à festa, então pensei “ah, não deve ser tão ruim”. Bom, eu talvez precise rever meus conceitos.

Quando cheguei ao casarão que é o lar da Mira, no começo pensei estar no lugar errado. Talvez a festa fosse em outro endereço, em outra casa cheia de bêbados e carros com sons enormes fazendo barulho o suficiente para ouvir do outro lado do quarteirão; mas então eu me lembrei: quem dirigiu não fui eu. E graças a Erza, o Jellal dificilmente esqueceria o caminho, porque ela tem sempre a precaução de registrar os endereços dos lugares que frequentamos no GPS.

No começo da festa, tudo estava um verdadeiro caos, e eu não sou fã de bagunça e multidões, então era previsível que ficasse pouco à vontade. Passada uma hora, quando finalmente a Mira me viu sentada numa cadeira acolchoada no cantinho da sala, ela veio trazendo Natsu pelo pulso até mim. Ele parecia um condenado prestes a dar adeus a este mundo, ou quase, o que me deu a ligeira impressão de que não queria falar comigo.

Agora, enquanto a música ruge e todos dançam, estamos sentados, fitando o nada.

- Ah... Você parece querer se divertir, então pode ir embora se quiser.

- Olha... Eu não vou mentir não, quero sim. Por que você não vem comigo?

- Ah... Bem, eu não sou muito fã de multidões, então fico desconfortável com...

- AÍ, NATSU! – um grito me atrapalha, e do outro lado da sala Gray se aproxima segurando a mão da encantada Juvia – O que está fazendo aí? Sabia que estão servindo caranguejo lá na sala de jantar?

- “Caranguejo”?! – os olhos dele brilham e ele começa a babar; QUE NOJO!

- Ah, e aí? – Gray finalmente me nota e levanta a mão em cumprimento, então eu retribuo o aceno com o mesmo animo quase morto.

- Por que está sozinha aqui Lucy? – Juvia pergunta preocupada e uma veia salta de repente da testa do Natsu.

- Oi, se você não percebeu, eu estou com ela! Ah Gray, será que você pode trazer um caranguejo para mim?

- Foi mal Natsu, mas a Mira proibiu todo mundo de sair da mesa com mais de um prato. Não dá para saber se o pessoal vai servir para os outros ou se vão comer por dois, né?! Eu comeria sem problemas!

- Que saco! Ei Luigi, você se importa se eu for colocar minha comida? Eu volto rapidinho! – ele disse “Luigi”?

- Ah... É Lucy na verdade, mas sim, tudo bem, pode ir. – ele sorri alegremente.

- Valeu! Eu volto já, ok?! – e dito isto, Natsu sai correndo com Gray e Juvia atrás.

Bem, agora já era. Eu estou sozinha numa festa cheia de gente barulhenta no Dia dos Namorados e nem tenho um lenço para enxugar as lágrimas. Acho que passar tanto tempo convivendo com gente rica e esnobe dá nisto: você sempre espera demais de uma reunião chata. É... Ter sido rica teve lá seus luxos, mas a convivência era difícil. Pelo menos todos estão se divertindo. Talvez se eu tivesse trazido algum amigo pra me fazer companhia estaria melhor, mas precisaria arranjar um cara disponível no momento.

- Ah, qual é! – eu rio para mim mesma – Qual a probabilidade de aparecer um cara bonito assim, do nada, e vir falar comigo dentre tantas garotas?

- Oi. – levanto a cabeça e lá está, um cara bonito vindo do além.

- Oi. – respondo pasma, e rindo ele senta na cadeira onde antes estava Natsu.

- Você foi convidada pela Mira? – balanço a cabeça em afirmação – E vocês são amigas? – confirmo de novo, muda, e ele parece achar engraçado – Qual o seu nome?

- Lucy. – sempre me lembro de cortar meu sobrenome durante apresentações com estranhos, para não criar um clima desagradável com os comentários maldosos sobre a falida empresa Heartfilia e a mania estúpida do meu pai lidar com os outros – E você é?

- Loke. Sabe, como o deus nórdico das travessuras?! – o sorriso malicioso dele me diz que essas suas “travessuras” tem duplo sentido, e não estou certa se isto é bom.

- É mesmo? Eu só conheço Loki, o deus nórdico das trapaças.

- Bem, tem isto também. Mas acredite que com você eu só quero as travessuras. – meu rosto adquire mais cor e calor antes que eu perceba, e me sinto idiota por isto.

- Ah tá...! – estou rindo que nem uma idiota – Você também é amigo da Mira?

- Não está me reconhecendo? Eu era o cara mais popular da Academia das Fadas.

- Ah, é verdade, Loke Leoni! Desculpe, eu não te reconheci.

- Eu também não, mas agora que estou vendo melhor acho que nós tivemos umas aulas juntos, né?! – maneio a cabeça.

- Sim. Eu era a loira com óculos fundo de garrafa e espinhas no fundo da sala. – tremo só de lembrar o passado tenebroso.

- É mesmo! – ele ri – Você mudou muito. Eu, por outro lado, estou igual.

- Não é verdade. Seu cabelo mudou, porque eu lembro que era mais curto.

- É, mas ainda uso óculos e sou o cara mais lindo da turma. – pisca o convencido.

- Claro...! – a gente ri para não perder a amizade, se bem que com ele eu não sei se quero algo – Então, todo mundo já está comendo, não é?! Ouvi que começaram a servir caranguejo. Eu vou lá buscar.

- Se quiser eu pego para você. – ele levanta quase em um pulo – Quer uma bebida também? – já que está oferecendo.

- Ah, você não precisa ter trabalho comigo. Eu mesma posso ir até a mesa.

- Não se preocupe, não é trabalho algum. – rio sem jeito e começo a passar a mão no cabelo – Seu cabelo é realmente lindo; alguém já disse isto?

- Não, mas obrigada. A verdade é que eu estava pensando em dar uma aparada.

- Se quiser, eu posso recomendar um amigo meu. – me recomende os números da loteria também, já que é generoso – Ele é excelente cabeleireiro e detesta caranguejo! – rimos de novo – Eu vou lá buscar umas bebidas e aperitivos pra gente e já volto.

- Sem pressa. – ok, eu admito que ele seja bastante gato e gentil, mas todo esse cavalheirismo não rola com a mocinha aqui, porque eu sei bem qual é a dele!

- Oi Luigi! – tomo um susto e quando vejo lá está Natsu de novo, na minha frente, com dois pratos – Eu convenci o noivo da Mira a me deixar pegar um caranguejo para você também. Toma aí! – ele entrega o meu.

- Ah, obrigada. – digo constrangida e o Dragneel senta de novo, apoiando o prato enorme no colo e devorando os salgadinhos – Mas como conseguiu falar com o Laxus?

- Ah, a gente se conhece já tem muito tempo. Ele, eu e a Mira somos amigos de infância afinal. – vivendo e aprendendo.

- Então você é amigo deles também? Pensei que só conhecesse Erza, Levy e Gray.

- Na verdade todo mundo cresceu praticamente junto. – meu acompanhante diz de boca cheia – Magnólia é uma cidade grande, mas nós éramos do mesmo bairro, então acabamos ficando amigos.

- Entendi. E será que dava para engolir antes de falar? Você tá cuspindo em mim.

- Foi mal. – Natsu engole, rindo novamente do jeito que sempre me fez derreter todinha – Não vai comer Luigi? – e a magia se esvai em um segundo.

- Meu nome é Lucy. – sinto uma veia saltar da testa ao quebrar uma pata do meu caranguejo, levando à boca – Nós trabalhamos na mesma escola e até temos os mesmos amigos; como é possível que não se lembre do meu nome? – ele faz uma cara pensativa.

- Ah, você é a professora de artes, certo?! – minha vontade de bater nele aumenta.

- Literatura. A professora de artes é minha prima, Michelle.

- Ah é! – o idiota pausa, voltando a comer, e de repente levanta a cabeça de novo – Lembrei! Nós temos a mesma turma de pestinhas! As crianças falam muito de você!

- Tudo de ruim eu espero. – rio, mas a criatura não parece ter entendido meu senso de humor um tanto sarcástico.

- Sim, alguns reclamam mesmo, mas os garotos dizem que você tem um belo par de seios! – oh, preciso me lembrar de passar uma atividade extra para aqueles pirralhos fazerem – E é verdade mesmo.

- O quê? – coro instantaneamente, tentando em vão tapar os meus seios em uma reação automática – Você é algum pervertido?

- Não sabe aceitar um elogio? Credo! – ele balança a cabeça – Sempre fico perto de garotas estranhas, mas você é a mais estranha de todas que já conheci. – “estranha” eu; ora seu – Você não tem senso de humor.

- Eu não tenho senso de humor? Você é que é muito lerdo para entender as coisas!

- Não pode dizer isto sem nem me conhecer direito! O que sabe sobre mim?

- Muita coisa! Nós temos os mesmos amigos, se esqueceu? Eles vivem falando de você! – suspiro – E até dá inveja às vezes. As crianças também te acham muito legal. – Natsu desvia o olhar e nos calamos um instante; parece que eu o deixei desconcertado.

- Que nada! – ele coloca as mãos atrás da cabeça – Mas sei que sou legal mesmo!

- Idiota. – sussurro, levantando com meu prato quase cheio – Eu preciso ir.

- Aonde você vai? – o crianção coloca seu prato sobre uma mesinha – A festa nem começou direito! – e é para começar quando?

- Já tem três horas que a festa começou e eu não estou muito à vontade.

- Mas você vai perder toda a diversão! Quem vai para casa antes da meia-noite?

- Eu não vou esperar mais uma hora aqui, no meio de um monte de casais!

- Qual o problema? Eu também vim desacompanhado e nem por isto acho ruim.

- Está falando sério? Hoje é Dia dos Namorados! Eu não quero ser a única solteira da festa! – já está sendo humilhante o bastante.

- Você não é a única. Já conheceu a Cana? Ela deve estar bebendo vinho na adega da Mira agora. Preciso dizer mais?

- Ok, mesmo assim eu acho melhor ir embora. Não tenho muito saco para aturar gente bêbada; e digo isto sabendo que sou uma bêbada terrível também.

- Então fica comigo. – olho-o surpresa e rubra, e quando o bobão nota o que falou se corrige – Quer dizer, comigo e com os nossos amigos. Eles estão em pares, mas nós ainda podemos nos divertir.

Começo a pensar a respeito. É... Eu vim para a festa querendo me divertir, e seria uma desfeita com a Mira e os outros sair assim, sem mais nem menos. Todavia, antes de concordar com Natsu, Loke volta com um prato cheio de comida, incluindo mais um caranguejo. Agora vai rolar uma cena tremendamente vergonhosa.

- Lucy! Você... Parece já ter se servido. – sorrio constrangida.

- Pois é. Acontece que o Natsu trouxe caranguejo para mim também. – os dois se entreolham e fazem cara feia – Ah... Gente? Aconteceu alguma coisa?

- Olá Natsu. – ele ergue a cabeça levemente, devolvendo o cumprimento do Loke.

- Espera aí, então vocês já se conhecem também? Minha nossa, só eu não sou da turma popular aqui? – depressão, lá vou eu.

- Não é isto Lucy. Natsu e eu tivemos algumas desavenças na escola.

- Minha namorada me deixou para ficar com você, se lembra? – ah claro, mulher; tinha que ter mulher no meio!

- Eu não tenho culpa se sempre fui o garanhão do colégio, Natsu. – pois agora o garanhão conseguiu irritá-lo – Mas a sua garota não me interessava e eu deixei isto bem claro. Pensei que tivessem voltado a namorar depois.

- Ela não quis mais saber de mim. – opa, cena deprimente e frustrante, e eu não preciso mesmo de mais uma; melhor sair fora.

- Tudo bem garotos, eu já vou indo! – deixo o meu prato na cadeira onde estava e pego a última pata do caranguejo – Foi ótimo rever vocês. Até mais!

- Espera aí Lucy! Eu quero te apresentar aquele meu amigo que é cabeleireiro, o Câncer. – o nome dele é “Câncer”?

- Como vai? – a estranha figura fala e eu sorrio cordialmente; visual interessante e bem louco o dele – Loke falou que você queria cortar seu cabelo. Eu posso ajudar.

- Ah... Ok, eu agradeço muito! Pode me passar seu telefone eu ligo pra marcarmos um horário. – mal termino de sugerir e uma alma voadora se debruça sobre o Natsu.

- Natsu! – diz a manhosa garota que, se meus olhos não me enganam, é a...

- Li... Lisanna? – as minhas mãos tremem e, sem perceber, eu quebro a pata do caranguejo, o que parece causar um ataque cardíaco no Câncer.

- Natsu, vamos dançar! – ela parece estar bêbada e ele corado.

- Agora não Lis, eu estou ocupado. – “Lis”; é claro, ela era a namorada dele!

- Inferno! – Loke olha confuso para mim; parece que eu falei alto – Então, tchau!

Antes que alguém tenha tempo de dizer mais alguma coisa, saio correndo porta afora e deixo a pata quebrada do caranguejo para trás. Sabia que a festa não seria uma boa ideia! Lisanna e Loke no mesmo dia? Um era o “garanhão” das mulheres que riam da minha cara por ser uma nerd, e a outra era uma delas. O Natsu... Ah... O Natsu era o cara de quem eu mais gostava na Academia das Fadas.

Embora estivesse com os meus amigos, estava sempre cercada de idiotas por toda a parte, mas ele não era um deles. Natsu era um palhaço sim, mas as suas brincadeiras nunca fizeram mal a alguém e todos queriam a sua amizade. Eu queria! Ele era o motivo pelo qual eu ia pra escola todos os dias, mesmo sabendo que lá tinha pessoas que riam de mim. Foi pelo Natsu que eu quis mudar.

Comecei a usar lentes de contato, até a minha vista melhorar e eu só precisar dos óculos para ler, pedi a ajuda das meninas com a maquiagem e um creme para espinhas, e ainda hoje tento manter uma dieta fixa, tentando não engordar. Fiquei voluptuosa, mas infelizmente, mesmo com todo o meu esforço, Natsu nunca me notou. Pra ele eu sou só uma simples garota “estranha” que conheceu no colégio.

Nosso único ponto em comum são nossos amigos, então por que eu simplesmente não desisti assim que ele começou a namorar a Lisanna? Por que ainda tive esperanças e me dediquei mais a conquista-lo depois do rompimento dos dois, como uma trouxa? Por que não posso aceitar que ele ainda...?

- LUCY! – a voz dele chega aos meus ouvidos; eu paro depressa, virando devagar para trás, e lá está o Natsu, colocando os bofes para fora – Caramba, você corre muito!

- O que está fazendo aqui? – não consigo deixar de perguntar.

- Como assim? Vim ver se você está bem. Eu te pedi para ficar na festa, mas você saiu correndo sem mais nem menos.

- Eu disse que não estava me sentindo à vontade. – desvio o olhar.

- Bom, neste caso, deixa eu te acompanhar até em casa. – o Dragneel se aproxima – É perigoso andar sozinha na rua a esta hora.

- Eu... Mas e a Lisanna? Ela não vai ficar irritada se você for me levar?

- Lis? O que ela tem a ver com isto? – não devia dizer mais nada, mas dane-se!

- Você ainda gosta dela, certo?! Devia voltar pra festa e tentar reatar seu namoro.

- Com a Lisanna? – para minha surpresa, ele ri tanto que joga a cabeça para trás – Eu não quero mais nada com a Lisanna. Tá, nós fomos namorados, mas isto já passou. Hoje a gente vive como amigo e aquela cena na festa... Bom, ela ficou bêbada por culpa da Cana. Lis também está solteira.

- Então... Cana a convidou para beber porque está solteira?

- Na verdade a Cana não precisa de motivo para beber, mas, pelo que eu soube, estava rolando uma reunião só de solteiras numa parte da festa. – ai meu Deus, me sinto uma idiota, e pior que estou rindo por causa disto e ele está me acompanhando!

- Desculpa. Acho que pensei demais. – quando retomo o controle, respiro fundo, ainda corada – Se quiser me levar pra casa tudo bem, eu agradeço. Onde está seu carro?

- Não tenho carro. Eu não ando nem de ônibus, quanto mais de carro!

- E por que não? – de repente um flashback vem a minha mente – Ah é, lembrei! Você enjoa dentro de veículos em movimento! Na época da escola, você era o primeiro a vomitar nos passeios da turma!

- Não precisava me lembrar disto... E nem precisa rir também!

- Desculpe. – tento me controlar de novo – Agora que recordei, consigo entender o motivo de sempre vir a pé da sua casa pra escola. Pensei que fosse tão duro quanto eu.

- Bom, teve isto também. – nós dois rimos – Então, não se importa de ir andando?

- Não. Minha casa não fica tão longe daqui de qualquer forma. Vamos?

Para minha surpresa, outra vez, Natsu oferece a sua mão para eu segurá-la. Meu coração dá um salto olímpico antes de aceitar. É hoje!

Continua...



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