História A Little Girl - Final feliz não é pra todos, só pra quem merece.

Diana On.

 

Acordei com minhas costas ardendo e meu telefone tocando.

Bela maneira de se acordar num sábado de manhã.

Olhei ao meu redor e vi os estragos que a noite das garotas havia feito na sala. Demi e Eleanor ainda dormiam e eu corri para pegar meu celular, que estava jogado em uma das poltronas da sala.

- Alô – atendi sem nem olhar no visor.

- Oi amiga, atrapalho? – A voz de Sav invadiu meus ouvidos e eu sorri.

- Não, claro que não – falei e peguei meu cobertor envolvendo meus ombros e indo até meu quarto. Abri a janela e fiquei olhando a neve que caía lá fora.

- Estava com saudade – Savannah falou e eu sorri.

- Também estava morrendo de saudade. Era até pra eu ter te ligado ontem, mas a Els e a Demi inventaram uma noite das garotas e eu não pude recusar – falei e ela suspirou.

- Também tivemos uma noite de meninas aqui no meu apartamento – falou parecendo desanimada. – Eu, Lia e minha irmã mais nova, Monique.

- E foi tão ruim assim pra você estar com essa voz de desânimo? – Perguntei e Sav suspirou.

- Você sabe que minha irmã tem catorze anos e adora a One Direction, não é? – Savannah perguntou.

- Sim, você sempre comenta isso sobre ela – fazia pouco tempo que eu havia ficado sabendo que Savannah tinha uma irmã, pois os pais de Sav e sua irmã moravam em Nova York, até que um dia sua irmã quis se mudar pra Paris e foi morar com Savannah. E foi nesse dia que ela me ligou pra contar a novidade, depois disso, Thalia e a irmã de Sav se tornaram inseparáveis, pois Monique estuda no mesmo colégio que Lia e Leo, só que, no primeiro ano.

- Pois então, ela ficou exaltando o relacionamento da Lia com o Liam e bem, Lia acabou ficando mais empolgada do que está. – Suspirei.

- Nós precisamos fazer alguma coisa – passei as mãos em meus cabelos.

- Eu sei, mas eu não tenho mais nenhum tipo de ideia. Já tentei desencorajá-la sobre isso, ou até mesmo apresentar alguns garotos pra ela – a voz de Savannah era triste e pesarosa e eu sabia por que. Savannah se sentia responsável por Lia, por ela ser mais velha, ela sempre quer saber o que dizer ou o que fazer pra nos ajudar.

- Eu também não sei o que fazer. Já pedi até mesmo pro Harry falar com Liam, mas ele está irredutível – bufei.

- E Thalia está apaixonada – a voz de Savannah saiu apertada ao dizer isso e eu soube que ela estava muito mal.

- Ele não está apaixonado. – Falei, pois sabia que se ele estivesse jamais olharia para Chiara – ele vai quebrar o coração dela.

- E eu vou quebrar a cara dele e dessa tal Chiara – Savannah disse brava e eu ri baixinho.

- Queria estar aí pra te ajudar com ela – falei e Sav suspirou.

- Leo tem tentado ajudar – ela disse insegura.

- Tenho certeza que ele tem, ele faz qualquer coisa pra te ver feliz – falei e ela riu.

- Não é assim – sua voz se tornara mais feliz e eu sorri.

- Você sabe que é. – Rebati. – Aliás, faz tempo que não falo com ele, como ele está? Como está a carreira?

- Ah, ele está ótimo. Faz pequenas fotos pra Calvin Klein e alguns desfiles por aqui mesmo. – Sav parecia feliz por isso e eu sorri.

- E, como vocês estão? – Perguntei e ela suspirou pesadamente.

- Está tudo perfeito. Ele é gentil, cavalheiro, amoroso, lindo e ciumento – ela falou e eu ri.

- Só ele né? Eu conversei com Thalia semana passada e ela disse que você foi lá na escola marcar território – falei rindo e quase pude ver Sav vermelha.

- Eu só fui buscar ela, Leo e Monique – tentou se explicar e eu comecei a gargalhar.

- Você sabe que não sabe mentir, né? – Perguntei e ela riu.

- Ok. Eu fui dar uma incerta sim. Mas, que culpa eu tenho, Moni chegou a casa falando de umas garotas que estavam praticamente agarrando o Leo á força. Eu tive que ir lá – Savannah parecia realmente irritada e eu ri.

- Está certinha, se fosse comigo eu não deixava – disse e foi à vez dela rir.

- Claro que não deixava. Eu sei. Conheço a amiga ciumenta que eu tenho – falou ainda rindo.

- Só um pouquinho – brinquei e nós rimos. Ouvi um barulho ao longe, e percebi que Sav começou a andar.

- Hey, Di. Eu só liguei pra saber se você estava bem mesmo, seu tio me contou que iria viajar então achei que você estaria chateada – falou.

- Eu estou só com saudade, mas está tudo bem. – Garanti.

- Que bom. Então, eu tenho que ir, Leo acabou de chegar aqui, nós vamos há um café aqui perto. Depois nos falamos – ela dizia tudo rapidamente e eu ri de seu afobamento.

- Ok. Manda um beijo pra ele – pedi. – Tchau Sav, até depois.

- Tchau Di, beijo. – E então ela desligou o telefone.

 

Fiquei olhando para a janela por mais algum tempo até sentir alguém se postar ao meu lado.

- Estava conversando com alguém? – Els perguntou olhando a paisagem de Londres.

- Savannah – respondi e senti uma lágrima cair de meus olhos. – Lia está cada vez mais apaixonada por Liam.

- Louis comentou que Liam está péssimo por isso – ela disse e eu ri amargurada.

- Não tão péssimo quanto ela ficará – garanti e Els suspirou.

- Isso não é culpa sua. Nem isso, nem as paranoias de Ally e muito menos as brigas de Niall e Demi – ela disse e eu assenti.

- Eu sei, mas não posso evitar me sentir assim. Como se tivesse estragado o final feliz de todos – disse e senti meu peito se apertar.

- Di – Els se virou pra mim e me encarou – você precisa parar de tentar carregar o mundo nas costas. Final feliz só existe nos contos de fadas – ela disse e eu a olhei, perturbada.

- Então por que eu e você estamos tendo nosso final feliz? Ou Savannah e Leo, ou meu tio e Char? Por que não pode simplesmente dar certo pra todos? – Perguntei e ela sorriu ternamente.

- Pode dar certo, se eles lutarem. Nós lutamos por nossos relacionamentos, olha quanto coisa você e Harry passaram? – Ela falou e eu senti. – Ou eu e Louis com essas insinuações de que tudo não passa de Marketing? Você acha que foi fácil pra nós?

- Não, claro que não – disse e ela sorriu.

- Então não será fácil pra eles. – Ela disse e eu a abracei.

- Eu só queria ver meus amigos felizes – falei e ela me apertou.

- Eu sei. E eles vão ser felizes, se lutarem. – Assenti e então ela quebrou e me encarou com seus olhos castanhos esverdeados. – Mas eles têm que lutar sozinhos. Ajudar de vez em quando não faz mal á ninguém, mas colocar todo o peso em suas costas faz.

- Ok. Eu, vou tentar não pensar nisso, é só que, quando vejo Demi e Niall brigando, por um cara que eu apresentei. Só de pensar na tristeza que Demi ficaria se eles rompessem – falei e senti mais lágrimas rolarem de meus olhos.

- A Demi é uma guerreira, e o Niall não é um estúpido, ele pode até estar com ciúme, mas ele a ama, e jamais terminaria com ela por algo assim. Eles vão superar essa, juntos – Els me garantiu e eu sorri.

- Obrigada por isso – agradeci e ela me abraçou apertado.

- Irmãs mais velhas são pra essas coisas – ela disse e eu sorri.

Realmente era isso que Eleanor era pra mim, uma irmã mais velha. A irmã que eu nunca tive.

 

(...)

 

Ouvi a porta do apartamento de Harry se abrir e sorri. Fui até o espelho que havia na sala de jantar e arrumei meus cabelos uma última vez com as mãos.

Ouvi os passos dele ecoando pelo apartamento e prendi minha respiração por alguns minutos. Estava ansiosa pra ver se ele iria gostar da surpresa.

- Uou – ele disse enquanto olhava pra mim de cima abaixo, depois seus olhos correram para a mesa que eu havia preparado e voltaram até mim. – Isso é algum tipo de sonho? Eu acabei dormindo no estúdio? Mas, eu me lembro de ter saído de lá.

- Pare de ser bobo – falei sorrindo enquanto ia até ele, que me olhou sorrindo puxou minha cintura, colando nossos corpos.

- Eu não estou sendo bobo, eu estou sendo realista. Eu saí de uma casa desarrumada, sem nada na geladeira, vazia e sem graça, e agora eu volto e está tudo arrumado, tem comida, a casa cheira ao melhor perfume que eu já senti e você está aqui. Isso é muito perfeito pra ser real – ele dizia isso tudo com sua voz rouca perto de meu ouvido e eu suspirei.

- Quis te fazer uma surpresa, sei que estamos passando pouco tempo juntos e que você anda estressado por culpa do trabalho, então resolvi preparar um jantar pra nós dois – falei e ele sorriu e beijou meu pescoço.

- Você é perfeita – ele sussurrou e então colou nossos lábios, acabando com a sensação de formigamento que eu estava sentindo.

O beijo foi lento, apaixonado e doce. Nossas línguas dançavam em sincronia e ele me apertava contra seu corpo. Minhas mãos faziam carinho em seu cabelo, que agora estava enorme e quando o ar se fez raro, paramos com selinhos.

- Eu te amo – ele disse olhando no fundo dos meus olhos e eu me perdi no verde que era suas íris. A pedra em meu pescoço pareceu pesar e isso me fez suspirar.

- Eu te amo muito, meu amor – falei e ele sorriu largamente, trazendo suas covinhas á mostra. Toquei-as com a ponta de meus dedos e ele fechou os olhos apreciando o toque.

Seus braços se apertaram mais em torno de minha cintura e eu puxei sua nuca, para que nossos lábios se encontrassem. Fechei meus olhos e senti a maciez de sua boca carmesim na minha.

Seu cheiro invadiu meu ser e eu o beijei com vontade. Quando o ar se fez raro, Harry simplesmente começou a beijar meu pescoço, minha mandíbula e assim que ele mordeu o lóbulo de minha orelha, eu pirei.

- Será que nós podemos jantar depois? – Ele perguntou roucamente em meu ouvido e eu me arrepiei.

- Com certeza – falei e então colei nossas bocas novamente. Fomos nos beijando, tropeçando, e ás vezes quase caindo, até as escadas de seu duplex.

Quando chegamos ás escadas nos separamos e Harry me olhou sorrindo travesso. O olhei confusa e no segundo seguinte eu já estava em seu colo, como se fosse uma noiva. Ele começou a me carregar e eu comecei a rir e a gritar que estava com medo de cair.

Harry fazia graça, fingindo que iria me deixar cair e depois voltava seus braços pra cima.

Assim que chegamos ao quarto, eu abri a porta pra ele e ele sorriu me beijando enquanto passávamos pelo portal de madeira.

- Hey, desse jeito eu vou achar que estamos casados – falei sorrindo depois que quebramos o beijo e ele sorriu me colocando na cama.

- Pra mim, nós já estamos mesmo – ele falou e sorriu de canto. Fixei meus olhos nos seus, e percebi que eles pareciam faiscar. Puxei para junto de mim e ele caiu na cama. Começamos a nos beijar e eu me perdi nele.

 

(...)

 

- Sabe, eu imaginei algo bem mais glamoroso que isso – falei enquanto comia a comida que eu havia preparado para Harry sentada no meio de suas pernas, no tapete da sala,  enquanto assistíamos á um programa qualquer. Eu estava vestindo um moletom seu e sua boxer. Harry estava com um conjunto completo de moletom e eu estava com um cobertor pesado em minhas pernas, e minhas pantufas de gatinho azul, pois estava muito frio.

- Está decepcionada? – Ele perguntou comendo um pouco do macarrão de seu prato, que estava apoiado no chão.

- Não, eu gosto das coisas mais simples – falei e ele sorriu me dando um selinho.

- Não Harry! Eu estou comendo – reclamei e ele riu enquanto tomava um pouco da coca cola.

- Eu não ligo – ele disse simplesmente e eu bati em seu peito.

- Mas eu ligo – tomei minha coca e fingi estar emburrada, me virando para a TV.

- Hey, não fica assim minha little girl, prometo não fazer mais isso – ele disse e eu me virei sorrindo enquanto beijava sua bochecha.

- É impossível ficar brava com você – reclamei e ele sorriu, fazendo com que eu me derretesse ainda mais.

Continuamos a assistir ao programa até que acabamos de comer e eu fui até a cozinha pegar a sobremesa que eu havia feito.

- Harry, pega uma calça de moletom pra mim? Está na minha parte do armário – gritei da cozinha, enquanto tremia de frio.

- Pego sim, Amor – ele gritou e então o ouvi correr subindo as escadas. Peguei o bolo que eu havia feito e cortei um generosa fatia, coloquei num prato para Harry que chegou logo em seguida.

- Aqui Amor, a calça – ele me entregou a calça e eu a coloquei, parando de tremer logo em seguida. Vi ele olhando fixamente para o balcão da cozinha e sorri.

- Espero ter acertado o ponto. – Falei e ele me olhou parecendo incrédulo.

- Esse é o... – Sua voz falhou e eu fui até ele.

- O bolo que sua mãe sempre faz quando você vai a Holmes Chapel, visitá-la – completei enquanto abraçava sua cintura e por um momento ele me olhou e vi seus olhos ficarem mais verdes que o normal.

- Como você conseguiu a receita? – Ele perguntou e eu ri de seu espanto.

- Eu liguei pra sua mãe, disse que queria preparar algo especial, que o fizesse sentir que estava em casa, e então ela me contou sobre o bolo de nozes de boas vindas – falei e Harry sorriu como uma criança que acabou de ganhar um presente.

- Você é fantástica – ele disse e seus olhos se iluminaram. Num segundo eu estava de pé o abraçando, e no outro ele já estava me girando no ar. – Fantástica!

- Ok, se eu soubesse que receberia esse tratamento teria feito esse bolo antes – falei rindo e ele me colocou no chão e me beijou.

E então eu parei de rir e só pude me concentrar em seus braços ao meu redor, em seus cabelos enroscados em meus dedos e em sua boca massageando a minha.

Nossas respirações estavam descompassadas quando paramos o beijo e nós dois sorrimos com as testas coladas.

- Vá logo comer seu bolo, antes que eu desista de deixar e te beije de novo – falei e ele sorriu lindamente.

- Eu estou mais inclinado á segunda opção – falou e eu ri enquanto beijava sua bochecha.

- Come logo que eu estou ansiosa pra saber se está bom – falei e ele foi se sentar na cadeira perto do balcão onde estava sua fatia de bolo.

Num instante eu estava agoniada e no outro eu já estava feliz, pois assim que ele mastigou o bolo seus olhos verdes brilharam e ele comeu mais e mais, passando para o segundo, terceiro e quarto pedaço.

- Você gostou mesmo, né? – Zombei terminando meu primeiro e único pedaço do bolo.

- Ficou igualzinho ao que minha mãe faz – falou e eu sorri.

- Ela me confidenciou alguns macetes – confessei e ele sorriu.

- Eu estou tão feliz que vocês estejam se dando bem – ele disse e eu lhe beijei a ponta do nariz.

- Eu também – falei e ele se levantou e me levantou em seu colo.

- Hey, você está maluco? Hoje você quer me carregar pra tudo quanto é lado – falei enquanto ria e me agarrava ao seu pescoço.

- Não é pra tudo quanto é lugar – ele disse quando começou a subir as escadas. – É só pro meu quarto.

 

(...)

 

Ouvi a voz da Demi me acordar e dei um pulo, mas aí me lembrei que meu toque era Made In The USA e que ela não estava ali realmente. Abri um de meus olhos pra ver se localizava o celular, mas a única coisa que consegui fazer foi jogá-lo pra fora da cama.

Bufei e abri meus dois olhos sentindo o fraco Sol de Londres me cegar momentaneamente. Olhei para meu lado e Harry estava ali. Seus cabelos mega cumpridos ao redor de sua cabeça, sua expressão tranqüila e sua boca um pouquinho aberta, me fez tentar me mexer o menos possível para não acordá-lo.

Mas é claro que isso não funcionou, porque no instante que me mexi pra tentar pegar o celular e desligar o alarme ele abriu seus olhos, e esmeraldas me encararam.

- Bom Dia – ele disse com a voz completamente rouca e eu sorri sem graça.

- Eu não queria te acordar, mas meu celular caiu e eu precisava pegar, além do mais, preciso ir para a escola – falei e ele se agarrou á mim.

- Não vai hoje não, fica aqui comigo. Hoje eu tenho que ir pro estúdio apenas depois do almoço – ele falou e fez cara do gatinho do Shrek.

- Não dá Amor, eu juro que eu queria muito ficar, mas hoje tem a prova final e eu não posso perder. – Falei e ele bufou. – Desculpa.

Levantei da cama e quando já me afastava Hazz pulou da cama e ficou á minha frente.

- Pelo menos vem dormir aqui hoje – pediu e eu arqueei minha sobrancelha.

- Mas eu já dormi aqui ontem – falei e ele cravou seus olhos verdes nos meus.

- Mas daqui uma semana, estaremos no Brasil, na casa do seu tio e provavelmente não poderemos dormir no mesmo quarto por um mês inteiro – ele falou e fez biquinho ao qual eu não resisti.

- Ok, você ganhou Styles – falei e ele sorriu.

- Você é a melhor – ele disse enquanto me dava um selinho e eu ri.

- E você é interesseiro – falei e ele riu.

- Só um pouquinho – disse e me abraçou. Senti seu cheiro me inebriar, mas minha parte racional me despertou e eu quebrei o abraço.

- Preciso tomar banho pra ir á escola – falei e ele soltou um muxoxo. Fui em direção ao banheiro do quarto de Harry, tomei banho, me enxuguei, escovei meus dentes, meus cabelos e saí á procura de algo pra vestir.

Assim que encontrei a roupa, os acessórios, os sapatos e a bolsa necessária pra encarar uma prova final, passei apenas rímel e saí do quarto.

Pronta, ou quase, pra passar de ano.

- Como estou? – Perguntei assim que cheguei à cozinha e Harry me olhou de cima abaixo.

- Ótima pra ficar em casa, péssima pra sair – ri. Com o passar do tempo Hazza havia desenvolvido essa forma discreta de dizer que estava com ciúme. – Eu te levo hoje.

- Mas, e depois? Quando eu tiver que voltar? – Perguntei e ele sorriu.

- Eu te busco, já disse que vou ficar em casa até mais tarde hoje – falou e eu assenti. Me sentei em frente ao balcão onde havia cupcakes, torradas, ovos com bacon e suco de laranja.

- Desculpe a falta de opções, mas isso foi a única coisa que consegui preparar hoje – Harry disse parecendo envergonhado e eu sorri.

- Está ótimo. Na verdade, se tivesse só cupcakes já estaria ótimo – falei pegando um e Harry riu enquanto bebia um copo de suco.

(...)

 

Assim que saí da escola vi uma Range Rover preta parada e um lindo garoto de cabelos cumpridos, encaracolados nas pontas e com óculos de sol, recostado na mesma.

- Oi Amor – falei quando cheguei e lhe dei um selinho. – Está aqui há muito tempo?

- Não, acabei de chegar – ele disse sorrindo e foi até o lado da porta do passageiro abrindo-a pra mim.

- Que fofo – zombei, pois ele não tinha esse costume e então ele riu e fechou a porta.

Tomou seu lugar ao volante e só então percebi que ele parecia apreensivo com alguma coisa.

Esperei alguns instantes, pra ver se ele me diria algo, mas ele simplesmente continuou comprimindo seus lábios e batucando no volante, sem dizer nenhuma palavra.

- Harry, aconteceu alguma coisa? – Perguntei a ele quando ele olhou pra mim eu percebi que algo estava errado, pois seus olhos estavam um pouquinho semicerrados. Observei meu namorado abrir a boca várias vezes, mas nada saiu de lá, até que eu perdi a paciência e resolvi pressioná-lo – Styles, pare de tentar achar a melhor maneira de me dar a má notícia que tem que me dar e diga logo.

- OK. – Ele respirou fundo algumas vezes e quando paramos num sinal fechado ele olhou pra mim e falou tudo de uma vez – sua amiga Thalia, está na casa da Calder, Liam acabou de me ligar e disse que deixou-a agora pouco lá. Eles foram tomar um café e...

- Ele terminou com ela – falei e Harry apenas assentiu, mas eu simplesmente não conseguia prestar atenção em mais nada. Eu só pensava em como precisava chegar á casa de Els rápido. - Por favor, me leva pra lá agora – pedi e Harry acelerou tomando o rumo da casa de Els, onde minha amiga Lia estava provavelmente com o coração quebrado.