História A Loira que apenas EU posso ver - Efeitos e Condições

Natsu encarou Lucy – Como assim você não sabe o que é?

Lucy – Eu simplesmente não sei... – se sentou na cama com as pernas cruzadas e logo depois voltou a flutuar.

Natsu – Você se lembra de ter morrido? – perguntou um pouco mais calmo.

Lucy – Eu não morri – falou com uma gota na cabeça.

Natsu andou para de baixo da loira, levantou o braço e agarrou a perna da mesma – Vem cá, senta aqui – puxou a mesma para baixo, voltando a surpreende-la – Não consigo ficar calmo com uma loira voando no meu apartamento...

Lucy – Esse apartamento é meu! – se irritou.

Natsu – E desde quando fantasmas tem apartamento? – perguntou no mesmo tom.

Lucy – Eu já disse que não sou um fantasma – voltou a flutuar.

Natsu a puxou para baixo novamente – Se acalme... – respirou fundo e voltou a encarar a loira – Olha, amanhã eu tenho aula e já está bem tarde – falou calmamente – Então, o que te prende nesse mundo? – perguntou gentilmente.

Uma veia saltou na testa da loira.

Natsu – O que te impede de seguir a luz? – perguntou.

Lucy – Vamos ver... – pareceu pensar – Talvez se você correr nu pela casa, eu possa descansar em paz – sorriu.

Natsu riu – Além de comediante você também é uma fantasminha pervertida? – continuou a rir, até ser socado pela loira – Droga, como eu posso sentir dor ao ser socado por um fantasma? – não entendeu.

Após alguns segundos a atenção do rosado foi chamada para outro lugar.

Natsu – Como ela consegue voar com esses peitos enormes? – se perguntou enquanto os encarava.

Lucy – Para onde você está olhando? – perguntou com os olhos estreitos, chamando a atenção do rosado.

Natsu demorou a responder –... Posso pegar neles? – perguntou calmamente.

Lucy – Claro, vai em frente... – sorriu – Você achou mesmo que eu diria algo assim? – se irritou – Ahn? – percebeu as mãos do rosado em seus seios.

Natsu – Mesmo sendo um fantasma, eles são bem macios... – falou normalmente.

Lucy corou – O que você pensa que está fazendo? – gritou, voltando a socar fortemente o rosado.

Natsu – Agora que parei para pensar... – se recompôs – Talvez você seja apenas algo da minha cabeça... Como um amigo imaginário – falou calmamente, chamando a atenção da loira e colocando a mão no queixo – Mas ao invés de um amigo, eu acabei criando uma namorada imaginária...

Lucy – O que? – corou.

Natsu – Não acredito! – levou as mãos à cabeça e se desesperou – Isso tudo está acontecendo só porque eu levei um fora? – se perguntou atordoado, voltando a encarar a loira por alguns segundos – Minha seca está tão grande assim?

Lucy suspirou – Se acalme – segurou o braço do rosado – Além de poder toca-lo, também consigo sentir o calor de seu corpo... – pensou por alguns segundos, mas logo voltou a falar – Eu não sou uma criação sua... – chamou a atenção do rosado – Eu tenho minha própria vida... – viu o rosado segurar a risada ao pronunciar tal palavra – Além do mais, eu me lembro de tudo o que aconteceu, antes de ficar nesse estado – falou calmamente.

Natsu ficou curioso – E o que aconteceu?

Lucy –... Por que eu deveria lhe contar? – desconfiou.

Natsu – Se você realmente estiver viva, o que eu duvido muito, então eu sou o único que pode lhe ajudar... – explicou – Afinal, sou o único que pode lhe ver... – suspirou.

Lucy – Tudo bem... Eu vou contar – falou séria.

Logo a loira começou a contar o que havia acontecido.

(lembranças on)

Virgo – Hime – apareceu no quarto da loira – Seu pai está lhe chamando – falou normalmente.

Lucy – Obrigada Virgo – sorriu – O que ele quer comigo? – se perguntou enquanto andava até onde Jude estava – Antigamente nós conversávamos bastante, mas depois que a mamãe morreu, ele se tornou um homem frio, quase não fala comigo e passa o dia inteiro no trabalho... – suspirou, chegando onde Jude estava – O senhor queria falar comigo? – perguntou normalmente.

Jude – Sim... Lucy, você irá se casar daqui a três meses – falou sério.

Lucy – Oi? – pensou ter ouvido errado.

Jude – Aqui está uma foto de seu noivo – entregou para a loira.

Lucy – Ah! – se surpreendeu com quem era.

Jude – O que foi? Você já o conhece? – viu a loira confirmar com a cabeça – Isso facilita as coisas – falou sério.

Lucy – Mas por que eu tenho que me casar com ele? – perguntou normalmente.

Jude – E por que não? – perguntou friamente – Você o odeia? – viu a loira negar – Tem algo contra ele? – viu a loira negar novamente – Então pare de reclamar! – voltou a falar friamente – Eu e o pai dele já fechamos um negócio e concordamos em casar vocês dois como um símbolo da união de nossas empresas.

Lucy nada disse – Ele está pouco se importando com o que eu penso, com o que eu sinto... – saiu correndo do local.

Jude – Crianças... – viu a loira sumir de suas vistas.

Após alguns minutos, a loira andava lentamente enquanto chorava por uma rua com pouco movimento.

Lucy – Ahn? – enxugou as lágrimas – Está tudo bem com a senhora? – perguntou com um sorriso gentil em seu rosto enquanto estendia a mão para uma velha senhora vestida de preto caída no chão.

Velha – Estou bem, obrigada – sorriu aceitando a mão da loira, que a ajudou a se levantar – O que há com você minha jovem? – perguntou gentilmente ao ver as lágrimas no rosto da loira.

Lucy – São só problemas familiares – sorriu tristemente – Não se preocupe.

Velha – Se você tivesse um desejo nesse momento, qual seria? – perguntou calmamente.

Lucy – Eu gostaria de sumir, para que ninguém me forçasse a mais nada, para que me deixassem em paz, me deixassem fazer o que eu quero – falou séria.

A velha sorriu – Lembre-se, esse foi o seu desejo – tirou algo de seu bolso.

Lucy – Ahn? O que é isso? – tossiu no momento em que a velha soprou um pó em seu rosto.

Velha – Agora eu lhe direi as condições... – foi interrompida.

Lucy – O que a senhora está fazendo? – se irritou – Eu a ajudo e a senhora joga um pó em minha cara? – saiu revoltada do local, deixando a velha senhora para trás.

A velha apenas viu a loira se afastar, suspirando logo depois – Criança impaciente – estralou os dedos.

(lembrança off)

Lucy – Então quando eu voltei para casa, eu fui direto para a cama... Quando acordei, estava desse jeito – explicou completamente chateada.

Natsu – Hummm, pelo o que eu entendi, esse apartamento realmente não é seu – sorriu – Já que você mora com o seu pai.

Lucy se irritou – É claro que ele é meu, eu apenas vou passar as férias com o meu pai!

Natsu suspirou – Isso tudo é meio difícil de acreditar... – falou calmamente – Então a Velha do Desejo não é apenas uma lenda urbana...

Lucy – Mas eu estou falando a verdade – falou séria.

Natsu – Uma coisa está me intrigando... – falou sério.

Lucy – O que? – não entendeu.

Natsu – As “condições” que a velha falou... Elas não seriam condições para que você pudesse voltar ao normal? – perguntou normalmente.

Lucy – Agora que você disse... – falou calmamente, mas logo começou a se desesperar – E-E agora? Eu não ouvi nenhuma das condições... – começou a suar fria – E agora? O que é que eu faço? – começou a chorar – Me ajuda! – abraçou o rosado fortemente.

Natsu – M-Me larga... Para com isso – tentou afastar a loira, mas não conseguiu – Ahn? – viu um papel grudado nas costas da loira – O que é isso? – pegou o papel enquanto a loira o abraçava, virou o papel e leu –... Efeitos e Condições... Ah! – se surpreendeu – No fim, a velha é uma boa pessoa... – pensou com uma gota na cabeça.

Natsu afastou a loira de seu corpo, escondendo o papel da mesma.

Natsu – Não se preocupe, eu vou te ajudar a voltar ao normal – sorriu.

Lucy – De verdade? – perguntou manhosamente, vendo o rosado confirmar com a cabeça – Obrigada – sorriu.

Natsu – No fim das contas, seria ruim uma garota tão linda viver como um fantasma, não é mesmo? – fez a loira corar.

Lucy, ainda corada, estreitou os olhos – Você está zoando com a minha cara? – perguntou seria.

Natsu – Não, por quê? – perguntou inocentemente.

Lucy voltou a corar – S-Só para deixar claro, eu não vou deixar você me tocar de novo – falou envergonhada.

Natsu – Nem quero – suspirou – Eu gosto de outra pessoa... Não vou ficar caindo em tentação só porque você tem peitos grandes – explicou.

Lucy – Como é que é? – se irritou.

Natsu – De qualquer forma... – olhou o relógio – Eu preciso dormir – falou normalmente – Podemos continuar essa conversa mais tarde? – viu a loira confirmar – Então... Boa noite – voltou a se deitar na cama.

Lucy – Boa noite – se deitou ao lado do rosado.

Natsu – O que está fazendo? – perguntou calmamente enquanto encarava a loira.

Lucy – Tentando dormir em minha cama – falou calmamente.

Natsu se levantou e pegou a loira no colo.

Lucy – O-O que está fazendo? – corou ao ver que estava sendo carregada como princesa.

Natsu carregou a loira até a sala e a deitou no sofá – Boa noite – beijou a testa da mesma, deixando-a deitada no sofá enquanto voltava para o quarto.

Lucy – Maldito... – saltou uma veia em sua testa.

Natsu – Finalmente eu posso dormir – suspirou ao trancar a porta.

As horas rapidamente se passaram, trazendo a manhã tranquila e silenciosa.

Natsu – Ahn? – percebeu ainda de olhos fechados – Por que não consigo me mexer? Não sinto nada pesado em cima de mim... – abriu os olhos lentamente, corando violentamente logo depois – O que ela esta fazendo aqui? E por que está deitada em cima de mim? E por que está usando apenas uma camisa? E essa camisa é minha!

Lucy acordou lentamente – Bom dia... – falou sonolenta.

Natsu – P-Por que está vestida assim? – perguntou envergonhado.

A loira saiu de cima do rosado e se sentou na cama.

Lucy – Eu gosto de dormir assim – coçou os olhos, vendo o rosado se sentar na cama – Eu peguei uma camisa sua emprestada, pois levaram todas as minhas roupas embora... – explicou.

Natsu – E desde quando fantasmas se vestem? – perguntou um pouco irritado pela vergonha.

Lucy – Eu já disse que não sou um fantasma – falou calmamente, já acostumada com aquilo.

Natsu – Falando nisso, se você usar minha camisa, as pessoas vão ver uma camisa voando... – foi interrompido.

Lucy – Não se preocupe – falou normalmente – Tudo em que eu consigo tocar completamente, some – deixou o rosado confuso – Se eu pegar coisas pequenas, ou vestimentas, as outras pessoas não poderão vê-las até eu as solta-las novamente – explicou.

Natsu – Entendo – mesmo sendo algo confuso, o rosado acabou entendendo – Você seria uma boa ladra – sorriu, mas logo foi socado fortemente – Garota bruta! – pensou enquanto segurava o nariz – Mudando de assunto, como foi que você veio parar aqui dentro? Eu tranquei a porta – falou sério.

Lucy – Eu atravessei a parede – bocejou.

Natsu apenas ouviu com uma gota na cabeça – Você é o tipo de pessoa que não consegue respeitar a privacidade das pessoas né?

Lucy – Ahn? – não entendeu e logo mudou de assunto – Então, você não vai fazer o café da manhã? – perguntou calmamente.

Natsu – Vai me dizer que você come também? – perguntou com uma gota na cabeça, vendo a loira confirmar – Monstro... – falou baixo ao se levantar da cama e andar em direção à porta.

Lucy – Ahn? – se irritou – Repete isso!

Natsu – Monstro! – falou mais alto.

A loira sabia que o rosado estava falando de brincadeira, por isso não se magoou com o mesmo.

Após terminar o café da manhã, o rosado já estava pronto para ir para a escola.

Natsu – Estou saindo... – viu a loira ainda sentada à mesa, comendo – Quando eu chegar conversamos melhor sobre o seu problema... – deixou o local.

Após alguns minutos andando, o rosado retirou o papel de seu bolso.

Natsu – Estou bem distante do prédio... – olhou para os lados – Agora eu posso saber como irei me livrar daquela louca... – sorriu, passando a ler o papel.

(folha)

Efeitos e Condições!

Efeitos:

1 – Não será mais vista!

2 – Não será mais tocada!

3 – Não será mais ouvida!

4 – Poderá atravessar qualquer coisa!

5 – Roupas e objetos pequenos desaparecerão junto com você caso as carregue consigo!

Condições para voltar ao normal:

1 –...

2 –...

3 –...

4 –...

5 –...

OBS: Os efeitos serão nulos apenas com a pessoa que lhe completa!

OBS 2: Mais efeitos ou condições poderão ser adicionados com o tempo... Então, sempre carregue a folha!

(fim da folha)

Natsu terminou de ler com uma gota na cabeça.

Natsu – Não há nenhuma condição! – respirou fundo – ENTÃO COMO FAREI ELA VOLTAR AO NORMAL? – gritou.

Após alguns segundos andando...

Natsu – Ahn? – se lembrou, e então voltou a ler – “Os efeitos serão nulos apenas com a pessoa que lhe completa” – pensou por alguns segundos – Pessoa que completa a outra... Alma gêmea... Então... – suou frio – Velha maldita... Está dizendo que a minha alma gêmea é um espirito? – chorava por dentro.

Lucy – O que está fazendo? – perguntou normalmente.

Natsu escondeu a folha rapidamente – Ahn? – perguntou surpreso – O que está fazendo aqui?

Lucy – Eu vou para a escola com você? – sorriu.

Natsu viu a loira vestida com suas roupas – Ahn?