1. Spirit Fanfics >
  2. A loucura da alma - HIATOS >
  3. Bem vinda a Arkham.

História A loucura da alma - HIATOS - Bem vinda a Arkham.


Escrita por: TheRotten

Notas do Autor


Ooooi meus puddinzinhos.
Finalmente consegui postar algo pra vocês. Eu acabei de escrever esse capitulo. Acontece que to aqui no trabalho e bem, véspera de feriado não tem muito o que fazer. Então eu resolvi escrever algo e... não é que saiu algo legal?
Obrigado pela paciência e pelo carinho de vocês. Quando der eu respondo os comentários no meu aviso, e aqui também ^^
Vejo vocês nos comentários <3

Capítulo 11 - Bem vinda a Arkham.


Fanfic / Fanfiction A loucura da alma - HIATOS - Bem vinda a Arkham.

Em primeiro momento a luz machucou os olhos da jovem palhaça do crime. Ela estava deitada em uma maca especial para o tipo de paciente que era ela: Havia tiras de couro na lateral que prendiam seus pulsos e tornozelos. Também uma corrente central que prendia seu tronco, impedindo-a de exercer qualquer movimento. A boca também estava amordaçada, e a única parte livre da mulher de cabelos coloridos eram os olhos.

Assim que a luz acendeu, os olhos vermelhos de Harley se abriram com dificuldade. Demorou alguns segundos para que alcançasse o foco na visão. Não se lembrava de nada após o carro mergulhar no lago.

 

A sala onde se encontrava era de um branco de dar náuseas, se ela não fosse louca poderia ter ficado com aquele ambiente perturbador de paredes impecáveis e silêncio absoluto. Espiou dentre os biombos que decoravam as sala, mas não havia nada e nem ninguém. Imaginou se as luzes acendiam sozinhas apenas para o divertimento dos psiquiatras em não deixá-la dormir. Riu em alto e bom som para chamar atenção do guarda que vigiava as câmeras de segurança.

 

— Senhor Gordon… Gostaria de ver isso... —  Murmurou no rádio o jovem responsável pelas câmeras, que trabalhava a poucos dias no lugar, e ainda não tivera a oportunidade de ter um contato com alguém realmente insano.

Gordon ouviu o chamado enquanto tomava um café em sua sala, e suspirou amedrontado com a idéia de vê-la novamente. Ainda não estava preparado para encarar a ex-Doutora Quinzel. Passou levemente a mão direita pela barriga, onde sentiu a cicatriz do tiro que levou naquele dia fatídico.

—  Certo James, estou indo. —  Respondeu por fim Jim, ignorando o suor de suas mãos e a tremedeira no olho esquerdo.
Enquanto caminhava pelos corredores que pareciam não ter fim, Jim sentiu uma mão pousar em seu ombro. Mal se virou para ver quem era e a voz já deixou isso óbvio:

—  Jim… Não sei se é uma boa idéia vê-la —  Batman se mostrou solidário, e Gordon refletiu se realmente o seu manicômio era seguro.

—  Eu preciso fazer isso… Não tenho dormido a espera desse encontro. —  Respondeu simplesmente o homem gordo determinado a ir até a sala da palhacinha. O Batman não disse mais nada, mas o acompanhou de perto, parando na porta da cela.

Jim deu uma última olhada para o morcego, que permaneceu sem expressão, e entrou na sala.

 

Lá estava ela. Olhos azuis, cabelos alternados entre rosa e azul, alguns hematomas no rosto e cicatrizes pelos braços. Estava usando uma das típicas camisolas azul marinho, e o rosto delicado sem maquiagem a deixava com um ar inocente. Se aproximou lentamente de Quinn, que o acompanhou com o olhar até o homem gordo quase encostar na maca.

—  O morcego tá aí fora, não tá? —  Harley perguntou com ar de afirmação, mantendo o sorriso brincalhão nos lábios.

Gordon não respondeu, estava paralisado com o que sua ex-funcionária havia se tornado em menos de dois meses da fuga.

—  Não precisa responder —  Ela lambeu os lábios —  Eu posso sentir o cheiro dele.

Ela desviou o olhar, voltando a ficar perdida em seus pensamentos alucinantes.

Gordon arrumou forças no íntimo de sua alma para conseguir perguntar algo para a mulher louca deitada em sua frente.

—  Harleen… —  Sussurrou ele.

A palhaça nem deu atenção, como se não reconhecesse o nome dito. Jim suspirou e tentou novamente:
—  Harley…

Ela o encarou no mesmo instante.

—  Sim? —  Respondeu com uma voz infantil.

—  Você se lembra de mim? —  Ele arriscou, não sabendo ao certo se queria ouvir um sim ou um não.
—  Claro que eu me lembro de você, bobinho —  Ela piscou para ele —  Fiquei realmente surpresa em saber que sobreviveu.

Ele engoliu seco. Então ela havia visto ele ser atingido, o que levou ele a crer que ela não estava sendo sequestrada e sim indo por livre e espontânea vontade.

— Harleen… Como…

— Não me chama assim — Ela fechou o sorriso,irritada — Esse não é mais meu nome.

Ele não soube como reagir, estava começando a ficar com dor de cabeça. Decidiu tentar se acalmar e deixar com que algum psiquiatra conseguisse informações da palhaça. Saiu da sala sem se despedir, e ao passar por Batman o ignorou. Ordenou que colocasse Harley em uma cela normal, ignorando os pedidos do homem morcego de que ela deveria estar na segurança máxima.

 

Depois de imobiliza-la em uma cadeira de rodas, Rick — O Psiquiatra responsável pela palhacinha  — caminhou lentamente com ela pelos corredores sombrios do manicômio.

— Tá vendo aquela menina ali? — Harley apontou com o queixo, a sua única parte móvel, em direção a cela que acabaram de passar.

— Sim… O que tem ela? — Rick respondeu descontraído.

— O nome dela é Joana. Ela matou os pais e o irmão mais novo — Harley sussurrou como se fosse algum segredo — Só porque eles não a deixaram ver seu programa favorito na TV.

Rick tentou não deixar-se levar pela conversa da palhaça insana, mas se assim fosse, os boatos eram reais.

— Harley… Foi mesmo psiquiatra aqui? — Rick perguntou, já entrando na cela designada para Quinn.

— Oh… Eu fui sim. — Ela respondeu com um sorriso de orelha a orelha — E foi aqui que eu conheci meu pudinzinho.

Rick deixou-a amarrada, mas colocou a cadeira de rodas na frente de uma mesa de metal, e se sentou frente a frente com a mulher.

— Certo… Por que não me fala do Coringa? — Rick posicionou um caderno sobre o colo e a olhou com curiosidade. Harley percebeu o mesmo brilho nos olhos dele… O brilho que ela mesma tinha ao se deparar com seu paciente mais insano.

 

— Ah… Ele é um pouco irritado. As vezes eu nem sei por que ele grita tanto. — Ela estava eufórica por estar falando sobre seu amado.

— Certo… Ele te ameaça ou… Bate? — Rick percebeu que no final da pergunta o olhar sonhador de Harley deu lugar a um brilho sombrio, um azul opaco. A palhaça mergulhou em seu subconsciente perdida nas lembranças de todas as vezes que apanhou do Coringa. Foram poucas, de fato, mas foram horríveis.

— Bom… As vezes eu faço coisas erradas. — Respondeu a mulher justificando para si mesma as surras que levou.

 

“O que queria Harley? Ele disse: Não ataque o Batman. E o que você fez?”
—  Eu ataquei o Batman… É verdade.

“ E da outra vez? O que ele te disse mesmo?”

— Disse para não interromper suas reuniões…

“ E o que você fez? Entrou correndo rindo feito uma hiena na sala de reuniões”
— É mesmo… O senhor C. só quer que eu faça coisas certas…

 

— Harley Quinn? — Rick chamou pela quinta vez, e a palhacinha finalmente olhou em sua direção.

— Você acha que eu consigo comprar uma hiena? — Ela perguntou para o Doutor de cabelos negros a sua frente.

— O que? — Rick franziu a testa, e ficou sem entender o que acabou de acontecer. Primeiro ela começou a conversar sozinha, como se houvesse pessoas ali, e depois lançou uma pergunta que não condiz com nada do que estavam falando.

— Nada… Eu só queria ter bichinhos de estimação. — Ela sorriu.

Rick balançou a cabeça negativamente rindo consigo mesmo. Era louca, isso não sobrava dúvidas, mas não parecia alguém que não tinha sentimentos. Ou talvez não eram sentimentos o que Harley sentia por coringa. Talvez a fonte da loucura fosse a obsessão. E bem… A obsessão sempre terminava homicídio.




 

***

 

Coringa estava sentado em sua poltrona no último andar da boate de vilões. Segurava uma taça de cristal contendo um líquido roxo. Bebia pequenos goles enquanto se deliciava com um charuto.

— Johnny! — Gritou em meio a um trago e outro, e o capanga apareceu no mesmo instante como se estivesse saído de dentro da parede.

— Sim, Senhor C. — Frost respondeu prontamente.

— Já tem informações sobre minha adorável Harley Quinn? — Coringa sustentava um olhar perturbador, cheio de ameaças caso a resposta que ouvisse não fosse a que gostaria.

— Sim, senhor — Johnny exibiu um sorriso de satisfação — Já temos a localização dela lá dentro. Parece que não levaram muito a sério o seu nome…

— Como é? — Coringa encarou os olhos negros de Frost, soltando uma longa fumaça pelos lábios.

— A colocaram nas celas normais… — Ele pareceu amedrontado — Acho que não contavam com o resgate.

Coringa soltou uma gargalhada tão alta capaz de ser escutada pelo ambiente de baixo, mesmo com o som no ultimo volume.
— Do jeito como planejei Johnny… Percebe? — O homem de cabelos verdes se levantou e tocou nos ombros do parceiro — Eles acham que ela é descartável para mim… E acham que ela é só uma louca que canta muito muito mal.  
Johnny concordava com tudo o que o palhaço dizia, ostentando um sorriso.
— Então o senhor vai recuperá-la? — Johnny constatou, mas Coringa tapou a boca dele com a mão onde havia a tatuagem de um sorriso.
— Shhhh… Mas não pense que é porque sinto algo por ela. — Ele estava sério — Não pensou isso, pensou? — A voz do palhaço ficou alterada.
— Claro que não, Senhor C. — Johnny se desculpou, se afastando do criminoso.

— Eu preciso dela Johnny Johnny… — Coringa voltou a sorrir — E ela não vive sem mim.

E mais uma gargalhada preencheu o ambiente.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, de verdade.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...