História A Lua Mágica - Guardiões

A festa continuava fervorosa enquanto eu, Thaís, Gabi e Aninha que chegou depois que chegou depois e estava bêbada e sem a saia, não me pergunte como ela conseguiu perder a saia, porem felizmente Lucas tinha dado seu casaco para ela amarrar na cintura.
- Micaela cala a boca e se concentra! – Thaís gritou. Ela estava nos obrigando a meditar com ela para aprendermos a controlar nossos poderes.
- Não consigo! – Minha mente estava fervendo com a adrenalina de quase ter sido morta por um vampiro – Ele veio pra cima de mim como se quisesse meu sangue! Mas ele se alimenta de energia vital, não entendo mais nada.
- Ele pode se alimentar da sua energia espiritual que é a vitalidade ou pode beber seu sangue que também é vitalidade. As duas coisas funcionam – Gabi respondeu e se levantou – Vou pegar algo sem álcool para a gente – Ela olhou para Aninha que estava olhando para o céu rindo – E principalmente para você. Thais me ajuda a trazer? – Gabi e Thais saíram e me deixaram com uma Aninha anestesiada.
- Porque não existe mágica nem príncipe encantado... Porque tudo é mentira e sem você minha voz se cala – Aninha cantarolava.
- Euem você não está bem não – Eu reconhecia essa musica, era Porque da Floribella. Como alguém completamente bêbada e anestesiada lembrava de uma musica tão antiga?
- Então bruxinha, vamos continuar o que começamos? – Uma voz irradiou atrás de mim e eu conhecia aquela voz. Me levantei rápidamente, cambaleando e vi claramente o rosto de Patrick enquanto seus olhos ficavam vermelhos. Uma pessoa normal pensaria que ele tinha fumado um baseado mas na verdade era o vampirismo.
- Ah qual é Patrick, nós já passamos dessa fase há... Uns 20 minutos? – Falei enquanto olhava rápido o relógio.
- É e aquela gracinha que você fez com minha cabeça não foi legal! – Ele se pôs em posição de ataque.
- V...Você na...Não vai machu...chuchucar minha irmã – Aninha se levantou cambaleante e se jogou pra cima de Patrick que a segurou, olhou no fundo dos olhos dela – Você é tão fofo – Então ela se deitou no chão e dormiu.
- Que? – Perguntei. Não estava entendendo nada mas voltei a olhar para Patrick que ainda estava na minha frente.
- Você está sozinha agora bruxinha! – Ele avançou mas parou segurando a própria cabeça gritando de dor.
- Você já tentou isso – Eu disse. Já tinha entendido tudo. Li em algumas lendas de vampiros que eles se curam rápido então eu estava provocando pontadas em seu cérebro mas como ele se curava sobrenaturalmente rápido eu estava repetindo várias vezes.
- Urgh – Ele urrou e lutou contra esse aneurisma sobrenatural se levantando e avançou contra mim.
Ouvi a voz de Gabi ao fundo quando fechei meus olhos e senti minha bochecha arder.
- O que você está fazendo? – Patrick perguntou.
- Nada – Abri os olhos e vi Patrick parado perto de mim. Duas sombras aladas segurando os punhos do vampiro. Reparei melhor nas asas e na forma espectral das sombras e imaginei anjos. Olhei por trás e vi Thaís e Gabi com copos nas mãos e com olhar de espanto. As duas sombras tocaram na testa de Patrick e uma onda de magia irradiou jogando-o para bem longe rolando desacordado. As sombras se viraram para mim e senti um frio irradiar pela minha espinha – Ai cara eu não fiz nada – Eu disse com medo. As sombras começaram a brilhar e uma delas ficou do tamanho de uma criança de 4 anos e a outra de um adolescente de 12 anos e me deu um sorriso largo e até assustador antes das duas sombras darem as mãos e se dissiparem com a luz.
- Micaela! Você está bem? – Thaís perguntou quando chegou perto de mim e me deu um copo d’água.
- Pra falar a verdade to bem cansada... – Peguei o copo e bebi – Mas o que eram aquelas coisas?
- Eram guardiões... – Gabi falou.
- Você tem certeza? Eu já tinha ouvido falar mas pensei que era um mito – Thaís disse.
- Não é mito.
- Dá para me explicar? Eu não estou entendendo nada – Eu disse.
- Gabizão, senti uma presença poderosa aqui... O que houve? – Um garoto negro com Black surgiu literalmente das sombras dizendo e vi ele se assustar olhando para Aninha, Thaís e Eu. – Uou.
- Robson, dois guardiões apareceram aqui e protegeram Mica. – Gabi disse e apontou para mim.
- Eu to esperando uma explicação até agora – Eu disse sem paciência.
- Olha, todas as pessoas do mundo possuem um guardião... Seja anjo, demônio ou um monstro qualquer, porém, os seres sobrenaturais possuem sete guardiões. Três são destrancados naturalmente – Gabi me explicou – Com um bom treinamento algumas pessoas conseguem desbloquear os sete ou até mais.
- Sim mas poucas pessoas conseguem trazer seus guardiões – Robson começou – Você pode estar se sentido fraca porque eles usam a sua energia. Nós temos atualmente poucas pessoas que conseguem trazer seus guardiões.
- Quem? – Perguntei.
- Você, Thaís, Aninha, Sthefany,Karen,Vicki, Finn... – Gabi contava – Tem mais mas não são novatos como vocês.
- A partir de agora vocês terão umas aulinhas comigo beleza? – Robson perguntou – Só não digam á ninguém. Assim como os guardiões nos deixam mais fortes, eles podem ser nossa fraqueza.
- Entendi. Mas eu só vi dois guardiões, onde está o terceiro?- Perguntei.
- O seu terceiro guardião é um dos mais fortes, ele precisa ser descoberto por você. Amanhã depois das aulas eu ensino á vocês como fazer isso – Ele olhou para o sol que começava a nascer – Amanhã... – Ele disse antes de sumir nas sombras detrás da arvore.
 - Vamos para casa, já está amanhecendo e essa festa já teve muita treta – Gabi disse puxando Aninha. Eu e Thais a seguimos antes de eu ouvir uma voz conhecida me chamar.
- Mica... – Era Patrick que agora estava sóbrio – Posso falar com você um instante?
- Você vai tentar me matar outra vez? – Enfatizei o tentar.
- Não... Por favor – Ele disse e eu senti o sentimento na voz dele. Fiz um sinal para as garotas continuarem e fui até ele – É bom você não tentar nada.
- Não, não, é que... – Ele começou olhando para baixo. Ele era bem mais alto que eu, eu era uma criança perto de um adulto – Me desculpe por tentar te matar...
- Duas vezes – Completei.
- Sim, me desculpe por tentar te matar duas vezes, eu não sei o que deu em mim. Na verdade eu nem lembro direito dessa noite. É sério gata, me perdoa – Suas palavras exalavam arrependimento.
- Claro, claro Patrick. Relaxa, está tudo em paz.
- Valeu cara! – Ele beijou minha testa como um pai – Foi mal mesmo – Ele andou até Suka que estava indo embora da praia. Fiquei sem entender o beijo na testa mas dei de ombros, dei meia volta e fui ao encontro das minhas amigas.
                                                                                *****
Cheguei em casa e me olhei no espelho do banheiro. Eu estava com olheiras, suja, cabelo bagunçado, e um corte que ainda sangrava minha bochecha. Se eu não conhecesse o rosto dos monstros diria que parecia com um.
- Misericórdia – Eu disse em voz alta antes de lavar meu rosto com água e olhar novamente o espelho. Meu corte tinha cicatrizado e eu não tinha nenhuma marca. Fiquei olhando assustada antes de fechar os olhos e ter uma visão.

‘’ - Moleque inútil! Eu pedi para destruir esse garoto de uma vez por todas, mas infelizmente ela é mais poderosa do que eu imaginava...
 Uma sombra estava sentada observando uma câmera em seu notebook disse irritada.
- Parece que meu poder de hipnose nesse Moleque foi inútil... Mas da próxima vez não vai ser tão fácil... ‘’

Meu olhar voltou ao meu banheiro. Dei meia volta para me olhar novamente no espelho ainda sem fôlego pela visão e me assustei mais uma vez. 
Meu espelho estava com um heptagrama de gelo.