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História A Luz de Khiva - Os Despertos


Escrita por: Spotplay

Notas do Autor


Por ser apenas uma cutscene, esse cap será mais curto do que os outros, porém uma grande aventura se aproxima e estou ansiosa para dividir essa experiência com vocês!

Capítulo 15 - Os Despertos


    Com o passar dos dias, desde quando renasci, descobri muitas coisas. Na verdade era como nascer pela primeira vez, nesse universo estranho. Os Decaídos, a Colmeia, e agora os Vex. Muitas das coisas que aprendi foram em momentos de muita tensão, onde não havia tempo para perguntas, eu teria que atirar primeiro. Fantasma era meu consultor, eu perguntava tudo, sobre. Ele me disse ser uma característica dos Arcanos, serem curiosos, estudiosos. Muitos eventos já ocorreram, dos quais não faço ideia, e outros ainda iriam acontecer e eu deveria estar pronta. Conhecer as coisas era algo que eu considerava me deixar pronta.

    Hoje nós iríamos para o limite entre Luz e Treva, para conhecer os misteriosos Despertos. Penso se todos eles são como Ashra. A primeira vez que nos vimos achei que ela iria matar todos na sala. Multiplicar isso por vinte não seria nada bom, ainda mais que eu estaria sozinha. Zavala achou melhor, pois três naves não convidadas de uma só vez poderia ter um significado oposto do que precisamos.

    Adentrar no Cinturão de Asteróides requer o mínimo de coragem. Era como outro universo, tomado por uma cor violeta tão intensa que me hipnotizava, e o que pareciam destroços de naves espalhados por todo canto.

    — De onde veio tudo isto? — perguntei, e não sabia pra onde olhar.

    — Todas as naves capazes escaparam da Terra durante o Colapso. Elas chegaram até aqui. Acho que morreram aqui.

    — Pode me falar mais sobre o Colapso?

    — Há muito para se saber, Guardiã. Não poderia falar sobre o Colapso sem antes lhe contar sobre a Era Dourada, ou ainda sobre o passado antigo antes mesmo da Terra conhecer o Viajante. Não se preocupe, posso contar um pouco quando… voltarmos. — isso era um “se”?

    — Isso aqui é um cemitério. — Nossa nave passava desviando a poucos metros de partes irreconhecíveis, que se entregavam para sua própria órbita. — Como os Despertos sobreviveram?

    — Ninguém sabe.

    De repente, duas naves intactas nos seguiam, e alguém nos contatou.

    — Intruso em 127, você adentrou o território dos Despertos. Declare seu motivo, ou seja executado em nome da Rainha.

    Meu corpo gelou. Fantasma?

    — Não olhe pra mim. É melhor dizer algo.

    — Somos da Terra. Buscamos o conselho dos Despertos. — foi o melhor que pude fazer.

    As naves agora estavam ao nosso lado. Eram iguais, como se pertencessem a uma grande frota.

    — Sigam a minha trajetória. Desvios serão interpretados como um ato de agressão.

    — Parece que estamos no lugar certo. — comentei, feliz por não iniciar um confronto, ainda.

    — Por que o lugar certo é sempre tão assustador?

    Fomos guiados, e depois escoltados por guardas, em direção a… não sei exatamente aonde. O lugar era sinistro, com fiações e tecidos violeta com símbolos por toda parte. Uma plataforma suspensa de alguma forma, um corredor aberto, iluminado por suportes com bastões de luz em cor laranja, criando um padrão até chegar a um tipo de trono, onde estava nosso anfitrião.

    — Então esses são os invasores que querem uma audiência? — perguntou ele. O Desperto, obviamente, tinha um cabelo lambido com uma franja lateral, olhos amarelos, uma armadura semelhante a de um Caçador e uma pose arrogante. Não gostei dele.

    — Invadir não foi a nossa intenção.

    — A Rainha é quem julga quem pode ou não entrar no reino. Por mim, não vejo razão para ela estar disponível a qualquer um que aparece no Arrecife… — ele desceu os degraus e ficou bem na minha frente —… Mas aqui estamos.

    — Viemos pedir ajuda. — expliquei.

    E neste momento, dois Decaídos saíram de trás do trono, cada um com uma espécie de lança. Pareciam pouco maiores que Vândalos, porém com partes azuis.

    — Decaídos! — Fantasma avisou assustado e eu instintivamente saquei a arma de uma das guardas. Quando avancei, o Desperto me impediu segurando meu braço e colocando uma das facas no meu rosto.

    — Tem medo dos Decaídos. — Pude ver por trás daquele ser repugnante, uma Desperta, entre os Decaídos. Tão segura de si que pareciam que eles eram seus mascotes. — Não compreende que esses são meus. — Ela sentou em seu trono, e os Decaídos saíram de sua postura de combate. A guarda pegou a arma dela de volta, e o Desperto me soltou. Acho bom mesmo. 

    — Vossa majestade. Perdão. — ele se afastou e abriu espaço pra ela me encarar, ou eu a encarar, não sei. O que sei, é que ela era idêntica à Ashra. Devia ser mais um motivo pra ela não querer vir. Isso quase podia ser visto como um insulto. O cabelo loiro repicado dava o tom de rebeldia. Não sei como uma rainha se veste mas com certeza não era como ela. Uma blusa de manga comprida com uma jaqueta curta por cima, calça e bota de salto baixo. Ainda que simples, não lhe tirava poder sobre o que quer que tenha ali.

    — Sou uma Guardiã, da Terra. — iniciei a conversa. Fantasma parecia meio, travado. — Buscamos o Jardim Sombrio.

    O Desperto voltou em nossa direção com um olhar surpreso, quase chocado.

— Por quê?

— Queremos destruir a Treva no seu coração.

— Quer transformá-lo num campo de batalha. Que falta de imaginação. — um soco na sua cara agora seria falta de imaginação? Ai, Tyler.

— Sabe onde fica? — eu estava engrossando.

— Todos sabem onde fica. O difícil é entrar. — ele começou a nos rodear.

— Pode nos ajudar? — vamos direto ao assunto.

— E por quê nós faríamos isso?

— A Rainha solicita o conselho do seu irmão. — disse a Rainha. Irmão? Entendo agora a arrogância.

Ele se afastou, seguiu pelo tapete vermelho que subia ao trono e colocou um dos joelhos no chão para ouvi-la. Infelizmente, não ouvi nada, de nenhum dos dois.

— Isso é bom… — ele dizia, voltando o olhar a mim. — Muito bom. Por que não? Vamos fazer uma chave! Que tal? Precisamos da cabeça de um Senhor do Portal Vex.

— Um Senhor do Portal… Hmmm… — Fantasma repetia, refletindo no meu ouvido.

— Por que quer uma cabeça de Vex? — tenho direito de perguntar, não tenho?

— Ah, não queremos. E duvido que obtenhamos, mas é sua única esperança de entrar no Jardim Sombrio.

— Nós voltaremos.

— Ou morrerão em Vênus. Como for. — isso, eu “adoro” ser subestimada. Nada como um incentivo a mais para voltar com essa cabeça ridícula. A Rainha só observava. Sem motivo para dizer qualquer outra coisa, eu me retirei, escoltada pelas guardas.

De volta a nave, Fantasma estava mais tranquilo, o que significava que eu poderia fazer perguntas.

— Então, como faremos isso?

— Precisamos estudar melhor os Vex. Obter informações sobre o seu sistema, etc. Aconselho que devamos ir para a Cooperativa Ishtar. Reativar a estação de pesquisa pode nos revelar alguns segredos cruciais para encontrar o Senhor do Portal.

— Certo, vamos nos reunir com Ashra e Tyler, e cortar logo a cabeça desse Vex.



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