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História A luz mais intensa - Pequenos peixes


Escrita por: Cosmoss

Capítulo 1 - Pequenos peixes


Fanfic / Fanfiction A luz mais intensa - Pequenos peixes

─── Ja disse que você não tem  que ir comigo até lá! —novamente falava em protesto por conta da decisão que ele havia tomado.

─── Perda de tempo. Já disse que irei e pronto. —era realmente difícil arrancar de sua mente quando se decidia de algo. Sabia que se ele fosse consigo até aquele local, não poderia comparecer no jantar que sua amiga e tal qual o amava, havia preparado para aquela ocasião tão especial, e isso, a fez se entristecer por um breve momento, fazendo com que o olhasse um tanto aflita, mas logo desviar o olhar pro chão a baixo do assento a sua frente.

─── Sabe muito bem que não iria te deixar sozinha, muito menos onde você não tem a menor noção de localização. —por que tinha ser sempre tão protetor? Já não era mais menor de idade, então não necessitava de tudo aquilo, sabia se virar muito bem sozinha.

─── Ja sou adulta ok?! —protestou. Chegava a ser ridículo ter que novamente o lembrar disso, e pior ainda quando via na face dele, aquela expressão qual ele sabia que lhe tirava do sério, como se nela, ele ainda duvidava dos fatos ou mesmo aquela total ironia de “Nem de longe parece! Já se olhou no espelho?”, e era exatamente assim como via. Mitsuki suspirou pesadamente enquanto cruzava os braços, isso fez aquele ser se questionar sentado ao lado dela, “estaria ela bem?” talvez fosse isso que tivesse pensado, no entanto, apenas não queria discutir ou prolongar aquele assunto, afinal, ele iria certamente.

─── De qualquer forma.. Eu irei! —cessou com aquela conversa. Logo o mesmo deitava sua cabeça sobre o encosto do assento, fechando seus olhos em busca da sonolência. Teriamos uma longa viagem naquele avião até o nosso destino; Japão.

                           (...)

        Nunca em sua vida achou que iria levar tanto tempo para reservar um hotel como naquela pacata cidade. Havia se levado longas horas até achar um que estivesse se quer algum quarto livre para que ambos pudessem passar a noite, e, por justa causa de na manhã seguinte ser uma data tão festiva, diversas pessoas vieram para lá e antecipadamente já registraram os quartos, o que notoriamente fora algo que nem havia passado na mente daqueles dois pra revisar todos afazeres da viagem, e assim veio suas consequências.

─── Você poderia ter me avisado antes, que podia reservar mesmo estando lá no Brasil.. —murmurava ele quando então se jogava no sofá após ter aberto as portas de vidro que levava a sacada.

─── “Não se preocupe, cuidarei de tudo! Sei ser responsável ” —seu timbre de voz sai totalmente alterado, tentando ao máximo imitar a voz do amigo enquanto pronunciava as mesmas falas qual ele mesmo tinha falado quando havia lhe oferecido ajuda.

─── Tsc ... —em troca da fajuta imitação, via o idem fechar os olhos após se expressar dequela forma relevando suas próprias palavras passadas. Inevitavelmente fora de imediago surgir em seu lábios um sorriso vencedor pela provocação, mas que logo se desfez ao se direcionar ao quarto.

        Por ser um dos poucos hotéis que ainda havia vaga e também, pela demora deixada em último caso pra reservar um quarto; não se tratava de um hotel as mil maravilhas. Era um pouco pequeno, mas mesmo assim não deixava de ser aconchegante para ambos. Os móveis visivelmente mantendo certas características únicas do japão, o que agradava muito também os dois, sempre gostaram do estilo japonês e suas demais tradições e outras demais ocasiões próprias. Era bom estar novamente naquele país.

        Em poucos minutos por fim teria finalmente guardado as peças de roupas e outros acessórios no armário em seu quarto, logo em seguida, pegou uma muda de roupa e regressou a sala onde ainda estava seu amigo, o que a princípio pode notar a presença dele pelos pés na ponta do sofá.

─── Irei tomar um banho, vê se vai depois. —anunciava quando seguia rumo em direção ao sofá, e para sua supresa, além de ele ja estar dormindo, estava ali um gato dos pelos negros também dormindo. Como havia entrado? Ah, claro! As portas da varanda. Concluiu ao olhar de relance para elas, contudo, suas pupilas brevemente voltavam aqueles dois. Era de certo modo tão bela aquela imagem... quando será que ele iria a notar?

                         (...)

        Como imaginava, era maravilhoso aquele local, ou melhor dizendo, aquela praia. Podia-se ouvir o som das águas batendo-se e rumando em direção sem fins, indo e voltando, e nesse mesmo ritmo a sentia em seus pés descalços a água debater contra a delicada pele que tinha, tornando-se gélida e úmida. Assim como a borda do kimono que trajava, numa tonalidade azul marinho assim como o céu estrelado naquele momento, também repleto de flores em sua extensão. Estava tudo tão belo, tudo tão incrível e inenarrável, tudo, exceto pela ausência dele, que havia jurado tanto que viria 'custe o que custar', mas, cade ele então?

─── Não esperava que fosse assim... —sua voz soou baixa, calma e tranquila embora que internamente, sua mente em uma árdua luta insistia de que obviamente não era pra ser daquele jeito qual tanto se perdia em pensamentos a tanto tempo. Que não era pra ser como queria. E que sabia que o amar, não era o correto. Ele estava com sua amiga agora, era muito provável. Lhe doía imensamente o peito só de imaginar ele sorrindo graciosamente para ela. Doía em pensar que estaria com outra, sem que fosse ela. ─── Eu odeio te amar!

─── Ah.. Graças a deus cheguei a tempo! —uma voz um tanto exaustiva era anunciada a alguns metros ao seu lado, e Mitsuki, mais que ninguém sabia de quem se tratava, e só de escutar pode sentir o coração bater mais rápido. Ele estava ali! Ele realmente estava ali!

─── Por que você veio?! —indagou virando-se por completa de frente para ele. Era inacreditável o quão belo ele estava. Ele trajava uma kimono esverdeado, o que lhe destacava assim como os fios de seus cabelos do mesmo tom, das sombrancelhas e dos olhos, estava muito belo. E por mais que simplesmente pudesse parecer  simples ao olhar de outros, Mitsuki estava completamente vidrada naquele ser a uns quatro metros a sua frente. Ambos entre olhando intensamente.

─── Eu disse que viria, custe o que custar. —após alguns breves segundos -que mais passaram longos minutos-, ele finalmente a respondia, ainda permanecendo onde estava. Havia notado em sua mão destra um pequeno saquinho cheio d'água com dois pequenos peixes dentro, isso a fez questionar direcionando seu olhar diretamente a eles, e logo após aos olhos do amigo. ─── Me atrasei porque tive que ficar meia hora na fila daquela pescaria... sabia que queria estes peixinhos, lembra? Tinha me falado quando estavamos programando a viagem. —a aproximação que tinham era incrível, nem se quer necessitava em muitos dos casos lhe perguntar o que queria ou ouvir o que necessitava. Tão próximos, porém tão distantes.

─── Realmente.. —sua voz saiu num tom baixo e suave. Ela realmente queria os peixinhos, e chegava a ser esperançoso que tivesse lembrado disso, tinha falado em vão numa brincadeira boba, afinal não pensava que ele fosse levar muito a sério. As batidas no peito se tornavam mais fortes, mais breves e mais dolorosas. ─── Obrigada.. —observava ele.

─── Esta bem?

─── Sim. — “Não”. Sorriu tranquila, quando então desviava o olhar dele para o céu sobre as águas a sua esquerda. Estava tudo tão belo. Tudo incrivelmente fantástico. Tudo, exceto pela ausência dele, a ausência do sentimento dele em seu coração, em sua vida, em ser único e somente seu. Ausente para o amar e receber o mesmo amor em troca. ─── É incrível aqui.

─── Sim, realmente é. —ele pronunciou visando da mesma imagem. Logo, voltou a olha-la. ─── Mitsuki.. —a baixa voz chamando por seu nome lhe chamou atenção, fazendo com voltasse a olhar aquela figura que tanto amava. Amava em segredo. ─── Eu te amo!

        Era ano novo. Um novo começo, novas histórias, novas vidas, novos planos, um novo sentido a vida, um ano novo. Longe dali, em um ponteiro de relógio qualquer marcava exatamente meia noite, e nesse meio tempo que um novo dia iniciava, esse mesmo tempo parecia se parar para aqueles dois sobre areia daquela praia, praticamente deserta por ser um local distante da cidade pacata. E então, uma luz cortava o céu num ruído audível para todos mas parecia inaudível para eles, tão perdidos em seus pensamentos mas tão ligados a presença um do outro.

        “Eu te amo!”, seria um sonho? O estrondo lhe fez crer que não era, lhe chamando a realidade, lhe mostrando o mais belo brilho em sua vida logo a sua frente, a luz mais divina quanto qualquer outra daqueles fogos de artifícios que disperavam sem parar um segundo se quer. Seus olhos brilhavam ao escutar uma última vez aquelas mesmas palavras em sua mente. Ele a amava, ele realmente a amava, aquilo era loucura! Só pode! Mesmo assim, estava amando aquela loucura. Estava o amando ainda mais.

─── Ushijima.. Eu te amo! —Um sorriso emergia em seu lábios, eram belos, ele amou ver aquele sorriso, único e somente para ele. Ele logo então sorria de volta. Era ano novo, um novo casal tendo um começo novo, uma história nova, um plano novo, um novo sentido na vida, uma amor novo no início de um ano novo.



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