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História A m y a h - Justin Mccann


Escrita por: barbaraIbiebs

Notas do Autor


JUSTIIIIN finalmente <3

Capítulo 10 - Justin Mccann


Fanfic / Fanfiction A m y a h - Justin Mccann

- Vais esmurrar-me se te tocar?

A pergunta dele fez-me franzir as sobrancelhas. Porém, não encontrei qualquer humor nas suas palavras, apesar do sorriso fechado no rosto dele. Desisti de tentar andar sozinha e aceitei a ajuda dele. A diferença de tamanhos entre nós, levou-o a pegar-me ao colo e a caminhar comigo nos braços, como se fosse uma criança.

Fiquei um bocado surpreendida com o que ele fez. Levantou-me com a maior facilidade e sem qualquer problemas.

Numa outra ocasião, estava a questioná-lo sobre a confiança que nunca lhe havia dado e a reclamar por me estar a agarrar de tal maneira. No entanto, as dores estavam fortes e o facto de ter treino hoje e provavelmente não conseguir, desanimava-me.

McCann segurava-me nos braços pelos corredores da escola, o que captou algumas atenções, inclusive uma professora de idade que nos olhou incrédula.

- Aquela mulher é hilariante. – Comentou, quando a senhora já não era capaz de o ouvir.

Ignorei as palavras dele. No meu pensamento, apenas a possibilidade de perder um treino.

O rapaz batucou na porta da enfermaria e não ouviu qualquer resposta. Isso não o impediu de adentrar na divisão, pousando-me sob a maca. Foi até ao pequeno frigorífico que havia na enfermaria, pegando num saco com gelo e enrolando-o numa toalha que encontrou no armário.

Voltou a aproximar-se de mim, entregando-me a toalha com o gelo. Tirei o ténis com imenso esforço, visto que o meu tornozelo estava o dobro. Arrastei a meia para baixo e pousei a toalha sob o tornozelo magoado.

- Vou chamar a enfermeira. Não saias dai. – Piscou o olho e abandonou a divisão.

Não havia qualquer humor naquele rapaz. Bem que tentava, mas não conseguia, simplesmente. Suspirei, encarando o inchaço que se havia criado no meu pé.

Definitivamente, não iria treinar hoje.

Minutos mais tarde, uma senhora baixa com um ar simpático entrou na divisão a falar com o rapaz. Chamou-lhe Justin. Justin, sentou-se numa cadeira perto da maca onde eu estava, encarando-me depois.

- O teu colega já me explicou o que aconteceu. – Deslizou luvas de latéx pelas mãos, pousando-as no meu pé. – Amyah, não é? Achas que consegues mexer os dedos do pé? – Tentei e consegui. – E rodar o pé? – Com dificuldade e algumas dores, mas também consegui. – Felizmente, partido não está.

Miss. Bella aconselhou-me que colocasse gelo de três em três horas, receitou-me uma pomada que iria diminuir as dores e ajudar com o inchaço e por fim, exigiu o máximo de repouso possível. Suspirei uma e outra vez. Para além de faltar ao treino de hoje, não iria estar no do dia seguinte.

- Tens quem te venha buscar à escola?

- Vou contatar a minha mãe. Obrigada. – Estava pronta para me levantar da maca, apesar de Bella me ter impedido. Arqueei a sobrancelha e ela murmurou que não podia fazer esforços. – Preciso de ir buscar as minhas coisas aos balneários.

O seu olhar pousou em Justin, que revirou os olhos e se levantou de imediato. O mesmo mencionou que também iria precisar das suas coisas e que não se importava de trazer as minhas.

Quando saiu da enfermaria, Bella mostrou um pequeno sorriso, sentando-se na sua secretária a preparar a receita.

- Quanto tempo vou ter que estar se repouso?

- No mínimo três dias. Sem contar com hoje. – Assenti e ela continuou. – Se o inchaço não diminuir até Domingo, talvez seja melhor ires ao hospital.

- A minha mãe é médica.

Após uns vinte minutos, Justin apareceu na enfermaria. Desculpou-se pelo tempo demorado, mas ficou retido a responder ás perguntas do professor.

- Não precisas de ligar à tua mãe, o diretor já a chamou. – Arregalei os olhos e ele pousou as malas ao pé da maca, voltando a sentar-se. – Não lhe partiste o nariz, mas ela ficou com um rasgão.

- E achas que isso me importa?

Justin encolheu os ombros. Levantei-me lentamente da maca, tentando pousar o pé no chão. Custou-me um pouco, mas consegui por meros segundos. Bella pegou na toalha com o gelo, pousando-a na maca. Entregou-me a receita com o pomada e ajudou-me a colocar a mala ás costas.

Pediu ao Justin que me acompanhasse até à sala do diretor e ele aproximou-se de mim. Apercebi-me que tencionava levantar-me novamente, o que me fez recuar e fechar os olhos, devido à dor repentina que senti.

Ele balançou a cabeça, mostrando um sorriso divertido e eu revirei-lhe os olhos. O braço dele rodeou as minhas costas e a sua mão ficou na zona lateral da minha barriga.

Voltei a agradecer pelos conselhos de Bella e sai da enfermaria.

- Se as coisas já não estavam mal para o teu lado, agora vão estar pior. – Olhei para ele, sem perceber as suas palavras. Murmurou o nome da Ashley e, mais uma vez, revirei os olhos.

- Depois do que viste, achas que as coisas estão mal para mim? – Gargalhei, embora sem qualquer vontade.

- Verdade. Lembra-me de nunca cruzar o teu caminho. – Soltou uma breve risada.

Perto da sala do diretor, ele ajudou-me a sentar no banco. Antes que ele se sentasse, disse-lhe que podia ir à sua vida. Agradeci por me ter ajudado e ele desejou-me as melhores. O mesmo lhe disse, referindo-me à Ashley.

Esperei alguns minutos pela minha mãe, até que ela saiu da sala do diretor. Não parecia animada, muito pelo contrário. No entanto, não me repreendeu quando me viu, apenas pegou na minha mala e ajudou-me a caminhar pelo corredor. Estranhei a sua simpatia, depois de ter sabido que esmurrei uma rapariga.

Já dentro do carro, a minha mãe manteve-se em silêncio. Porque raio não estava a reclamar comigo ou a ameaçar-me com os treinos?

- O que se passa? – Interrompi todo o silêncio constrangedor, captando as suas atenções. – Não vais reclamar?

- Se isso não te vai mudar, não adianta. – Manteve o olhar na estrada. Uma expressão desanimada e mordiscava os lábios constantemente. Nervos, talvez. – Eu sei que a culpa não foi tua. Mas podias medir os teus atos, são excessivos Amyah. – Assenti, mantendo-me calada. Não queria puxar uma discussão, pois era tudo o que não precisava. – Tiveste sorte de não teres sido suspensa.

- A Bella receitou-me esta pomada e exigiu repouso. – Murmurei num tom calmo e baixo, mostrando-lhe a receita quando paramos num sinal vermelho.

- Temos lá em casa. Queres que ligue para o ginásio a avisar que não podes ir?

Assenti e ela voltou a concentrar-se na estrada.

 

(…)

 

A minha mãe passou a tarde em casa, a trabalhar pelo computador. Preenchia as fichas médicas, atualizava outras e fazia o inventário. Estava sentada ao lado dela no sofá, com o pé sob uma almofada, esta pousada numa cadeira. Um pano com gelo estava sob o meu tornozelo, enquanto as dores pareciam piorar.

Após uns minutos, a minha mãe levantou-se, levando o pano com gelo para a cozinha e voltando com a pomada. Esfregou-a no meu tornozelo e apalpou-o.

- O murro foi merecido.

- Mãe? – Ela encarou-me chocada com as próprias palavras, o que me fez começar a rir. Logo, as suas gargalhadas se juntaram ás minhas.

- Amyah… - Suspirou, sentando-se ao meu lado. – Eu percebo que os teus primeiros impulsos sejam esses, mas não podes estar constantemente a esmurrar as pessoas. O que vão pensar de ti? Recordas aquilo que diziam de ti na antiga secundária? Tu não és o monstro que pintam.

- Não me interessa o que dizem de mim. – Interrompi as suas palavras. – Se pensas que vai ficar por aqui, então estás errada. Aquela miúda só vai parar, quando perceber que não é melhor que ninguém.

- E és tu que vais fazer com que perceba isso? Porque és melhor que ela?

- Qual é a tua ideia? – Ri-me num tom sarcástico. A tranquilidade que sentia, evaporou-se entretanto. – Eu não preciso dos teus conselhos. Nunca precisei.

Levantei-me com alguma dificuldade, caminhando até ás escadas. A minha mãe elevou o tom quando me aproximei das mesmas, visto que precisava de repousar. Ignorei as suas palavras, assim como as dores e subi as escadas, fechando-me no quarto.

Qual era a ideia dela?

Compreendo a sua frustração, mas não o facto de me querer mudar. Preferia que a sua filha fosse humilhada e simplesmente desse as costas ou choramingasse pelos cantos da escola? Se calhar, preferia que levantassem a mão à própria filha e a mesma encolher-se de medo, mostrando fraqueza e submissão perante a outra pessoa?

Algo que nunca fez parte de mim. Nunca irá fazer. Mesmo conseguindo evitar grandes confusões ao longo do ensino médio, nunca me deixei submeter a ninguém.

Na secundária, as coisas complicaram-se mais. Brandon era a minha sombra, algo que não me agradava. Portanto, quando o mesmo terminou a escola, precisei de fazer mais por mim.

Tal como por Evelyn, que tantas vezes foi humilhada. Ou chorava nas casas de banho da escola.



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