História A Madrasta - Camren - Summer Afternoon

POV Camila

 

Já era noite quando eu me despedi das meninas. Estava cansada e nós passamos a tarde toda conversando e comendo. Entrei no quarto e já fui direito para o banheiro tomar banho, era hora de desacelerar a mente e ainda por sim era ultima semana de revisão na faculdade e eu tenho de me preparar para as provas. Ainda bem que parte do plano de Dinah inclui dar um gelo em Lauren por um tempo.

Sai do banho enxugando os cabelos com a toalha quando olhei para cama sorri ao ver que Lauren antes de ir embora arrumou a tudo e dobrou o edredom. Porém, algo estava fora do lugar, olhei para todos os cantos e ainda sentia a sensação que algo tinha sumido ou estava no lugar errado.

- Ilhós? Cadê o Ilhós? – puxei o edredom, tirei tudo do lugar e nenhum sinal do unicórnio rosa que Sofi havia me dado – Como sumiu assim se a Lauren estava dormindo abraçada co.... FILHA DE UMA PUTA ROUBOU O ILHÓS.

Sentei-me na cama frustada, como é que a Lauren roubou meu unicórnio e eu não percebi? E pra que ela fez isso? Desde o dia que Sofi o me deu eu não durmo sem ele.

- Idiota – sussurei, só não sei se o xingamento era pra mim ou para Lauren. Acho que serve pra nós duas.

Vesti meu pijama e me deitei, assim que coloquei a cabeça no traviseiro o cheiro de Lauren tomou conta de mim. Eu a queria tanto, por que tinha de ser assim? Queria ter conhecido Lauren em, sei lá, alguma festa da Vero ou algo do tipo. Ter ela como minha namorada, mesmo que seja escondido, tê-la só pra mim. Ninguém precisaria saber, só eu e ela.

Virei-me para a janela, ainda com as luzes do quarto acesa. Eu rezava para que ela aparecesse e dissesse que tudo era só um pesadelo e que pela manhã iria acordar em seus braços e suspirar aliviada. Eu queria chorar, mas senti que já havia chorado demais. O plano da Dinah era bom, mas complicado e tudo iria depender de Diana e ela me parece ser muito esperta. Era inevitável não imagina-la ainda mais depois que Lauren falou que somos parecidas.

No dia seguinte acordei me sentindo completamente descansada e com a certeza que assim que chegasse da faculdade teria de ter uma conversa seria com minha mãe. Fiz uma trança no cabelo e prendi com um laço, havia acordado um pouco mais tarde e não dava tempo de escolher roupa. Desci as escadas correndo e antes de sair deixei um bilhete avisando que estava em casa. Dinah chegou para me buscar e fomos para faculdade, nas aulas a mesma merda de sempre e no intervalo eu e Dinah fomos as primeiras a chegar a nossa mesa, como sempre.

- Cadê a Mani? – perguntei me sentando.

- Está vindo, será que ela conseguiu falar com a tal Diana?

- Tomara que sim – sussurrei – Será que a Mani tem alguma foto dela?

- Por quê? – Dinah pergunta com os olhos arregalados.

- Eu quero ver se ela se parece comigo.

- Oi, bom dia.  – Vero diz se sentando e me fazendo saltar.

- Que merda Veronica! – bufei me concertando na cadeira.

- Calma, – ela pede rindo – Quero falar com você na biblioteca hoje, te espero lá. – ela diz e se levanta indo em direção a suas amigas.

- Eu não vou – sussurrei quando ela já estava longe demais para ouvir.  

- Ficou chateada por ela ter te deixando presa com a Lauren foi? – Dinah pergunta rindo.

- Mais ou menos. Eu só não quero conversar com ela.

- Oi gente – Normani chega se sentando.

- E ai falou com a Diana? – Dinah pergunta e meu coração parecia querer saltar pela boca.

- Não, eu liguei a noite toda para ela e nada.

- Droga! O que a gente vai fazer? – Dinah pergunta.

- Não sei, vou continuar ligando pra ela. E será que a Ally conseguiu alguma coisa?

- Eu espero que sim – respondi sentindo um bolo se formar em minha garganta – Mani você tem alguma foto da Diana?

- Tenho em casa, por quê?

- Eu quero ver.

Normani prometeu me mostrar a noite e não fez nenhum objeção. Na hora da saída fui a primeira a chegar ate o carro em seguida Dinah aparece.

- Ué? Não vai conversar com a Veronica? - ela pergunta destravando o carro.

- Não. - respondi seca e determinada.

Segundos depois Normani aparece e nós saímos, no caminho contei ás meninas que Lauren havia roubado meu unicórnio de pelúcia e tive de aguentar as piadinhas de Dinah ate chegarmos a minha casa. Ao entrar, senti da porta o cheiro da comida de minha mãe, deixei minhas coisas no sofá e fui ate a cozinha.

- Mama?

- Mi hija, que saudade que saudade que estava de você mi pequeña! – ela me abraça forte. Eu também sentia falta dela mais que tudo – Esta tudo bem? Me desculpe não ter avisado que iria viajar não sabia que você iria voltar para casa agora.

- Esta tudo bem Mama. Cadê Sofi?

- Ela esta no colégio. Por falar nisso, preciso que você a busque hoje.

- Porque? Aconteceu alguma coisa?

- Não sei, Allyson me ligou e pediu para que eu fosse na  empresa do seu pai hoje.

- Mama o que vai fazer com o material que está no pen drive que a Lauren te deu?

- Bom, minha intensão era só ter a Sofi de volta, como ele sumiu eu já falei com meu advogado e tudo mais. Não sei o que fazer, inclusive vou aproveitar e conversar sobre isso com a Allyson.

- Certo – confirmei.

- Tem alguma coisa para me contar? – ela pergunta assim que me viro.

- N-Não. – falei agradecendo a Deus por meu telefone tocar no exato momento em que ela iria perguntar mais alguma coisa.  

Atendi era Dinah, subi para o quarto e perguntei a ela se podia me levar para buscar Sofi mais tarde. No quarto analisei minha cama novamente, era incrível como um simples ursinho de pelúcia de tantos outros deixava o ambiente tão vazio. Então voltei a pensar em Lauren, em Diana, em meu pai e em toda a confusão que havia se estabelecido. Era incrível o fato de não sentir a falta dele e nem me preocupar  com seu sumiço, mesmo que não tenha sido um bom pai e um bom marido para minha mãe, ele continua sendo meu pai. Resolvi então me desligar do mundo e começar a estudar.

Duas horas depois Dinah buzinava na porta me levantei e desci. Minha mãe já havia saído, peguei meu celular e sair. No carro Dinah falou que Normani havia tentando ligar para Diana novamente e que dessa vez ela atendeu, porém pediu para que ligasse novamente mais tarde, pois ela estava resolvendo algumas “pendências”.

- Não sei por que, mas eu tenho meio que... sei lá, medo dessa tal ai – Dinah diz.

- Que milagre, pensei que Dinah Jane não tinha medo de nada.

- É muito bom amiga saber que você esta de bom humor. – ela diz irônica me fazendo gargalhar.

Chegamos a escola da Sofi eu saltei do carro e fui até o pátio a buscar. Senti-me meio perdida dentro colégio, pois antes de ir morar com meu pai Sofi estudava em casa.

- Olá posso te ajudar? – uma moça de cabelos cor de mel pergunta ao me ver perdida.

- Ah, sim. Meu nome é Camila eu vim buscar minha irmã a Sofi – falei ainda perdida.

- Meu nome é Hailee, eu trabalho aqui. Você se parece muito com sua irmã – ela diz sorrindo de forma cortês.

- Todo mundo fala – sorri sentindo minhas bochechas queimarem – Onde ela está?

- Ela já foi

- O QUE? – o mundo começou a girar ao meu redor e meu coração acelerou imediatamente.

- A madrasta dela veio a buscar a mais ou menos meia hora atrás – ela diz me olhando desconfiada.

- E PRA ONDE ELA FOI? – praticamente gritei.

- Calma eu só a deixei leva-la por que o Sr. Cabello havia autorizado que...

- EU QUERO SABER PRA ONDE ELA FOI – a interrompi.

- CAMILA! – Dinah surge gritando – Vem comigo.

Dinah me puxa pelo braço e me arrastou para fora do colégio, eu não sentia mais nada além do meu coração batendo como um tambor no peito. Do outro lado da rua havia uma praça com um balanço e alguns brinquedos.

- Olha ali – Dinah diz apontando para a parte sul da praça onde havia uma sorveteria, algumas mesas e brancos de madeira espalhados.

Meus joelhos falharam ao ver Sofi correndo atrás de uma basset preto, Lauren corria logo atrás dos dois e atrás dela uma outra garota de cabelo comprido. Dinah olhava para a cena e se virava para mim a todo o momento de olhos arregalados, eu estava assustada, mas senti o sentimento de fúria tomar conta de mim quando vi a outra garota pular nas costas de Lauren. As duas sorriam e Sofi gargalhava e corria ao mesmo tempo.

- EU NÃO ACREDITO NISSO, VOCÊ TÁ VENDO DINAH? – berrei. Dinah engoliu em seco e balançou a cabeça.

Comecei a andar em passos firmes na direção delas. Dinah falava alguma coisa, mas eu não ouvia.  Minha vontade era de torcer o pescoço de Lauren. “Como assim ela tira minha irmã do colégio e traz ela pra passar a tarde com ela e uma outra piranha qualquer?”

- KAKI! – Sofi grita e corre em minha direção, imediatamente Lauren se vira para mim e coloca a outra garota no chão de forma desajeitada.

- Oi, Sofi – falei ofegante.

- Olha a Malévola trouxe o Sam pra brincar comigo – Sofi diz toda alegre.

- Estou vendo, o apresente para Dinah eu vou falar com a Lauren e já volto.

Meus passos eram pesados e, com certeza, se estivesse de salto já haveria tomado varias quedas.

- Qual o seu problema Lauren? – perguntei sentindo minha garganta arranhar.

- Ca-calma – ela começa e se vira para a garota ao seu lado. Ela me olhava de olhos arregalados.

- Não vou ficar calma, droga. Pra que você fez isso?

- Licença – a outra diz saindo e indo em direção a Sofi e Dinah.

- Eu só estava com saudade da Sofi, me desculpe.

- Você é completamente louca não é Lauren? Como você pega minha irmã assim e ainda por cima fica pegando essas vagabundas na frente dela.

- Ei calma Camila – Lauren diz com as mãos levantadas em sinal de defesa e sorrindo – Ela não é vagabunda... e espera você está com ciúmes é? – seu sorriso aumentava cada vez mais de forma irritante.

- Vá pro inferno idiota – falei me virando. 

- É a minha irmã Camila – ela diz me puxando e eu me virei instantaneamente para ela.

- O que? – meu coração agora não batia mais.

- TAY, VEM CÁ – Lauren grita. Em poucos segundos a garota surge junto com Dinah, Sofi e o Sam – Vamos ás apresentações. Camila essa é a Taylor minha irmãzinha mais nova – ela diz passando o braço envolta do pescoço da outra – TayTay essa é a Camz.

- É um prazer – ela diz sorrindo e estendendo a mão para mim. Eu não consegui responder apenas apertei sua mão de volta e balancei a cabeça.

- E essa... – Lauren se volta para Dinah -... essa é uma pessoa confusa. Uma pessoa confusa essa é minha irmã Taylor – Dinah olhou para Lauren com cara de poucos amigos.

- Meu nome é Dinah querida – Dinah diz cumprimentando Taylor – É D I N A H  J A N E queridinha – ela completa se voltando para Lauren e falando cada silaba de seu nome pausadamente.

- Sofi vamos – intervi antes que caísse dura ali mesmo.

- Espera Kaki, a Lauren pediu sorvete – Sofi diz fazendo bico.

- Own claro é mesmo, vocês querem? Eu pago – Lauren diz sorrindo, nem parecia a mesma Lauren arrogante e irônica de sempre.

- Não a gente nã...

- Eu quero de morango com cobertura de chocolate – Dinah me interrompe. Virei-me para ela louca para arrancar sua cabeça. Ela simplesmente me olhou de canto e deu de ombros.

- E você quer de que? – Lauren me pergunta com um sorriso ainda maior no rosto.

- Não quero.

- Okay, um de morango com cobertura de chocolate e outro só de chocolate. Já volto. – Lauren se virou e saiu antes que eu protestasse novamente. Suspirei irritada.

Eu e Dinah agora estávamos completamente paralisadas olhando para a irmã da Lauren enquanto Sofi fazia carinho em Sam. “Os olhos dela são tipo os de Lauren, não são iguais, mas são... sei lá diferentes”. Após uns dois minutos, Taylor pareceu um pouco desconfortável então quebrou o silêncio:

- Vocês estão olhando pra mim como se eu fosse um e.t. – ela diz sorrindo – Eu não vou abduzir vocês gente. 

- Seria bom se a Lauren tivesse senso de humor também – falei atordoada tampando a boca em seguida. Fazendo Taylor gargalhar.

- A Lauren, apesar de não parecer, é engraçada. Entre uma patada e outra ela conta uma piada – Taylor diz divertida e agora eu e Dinah sorriamos.

- Ela sempre foi assim? – Dinah pergunta.

- Eu acho que sim, é o jeito dela. Todos os anos no halloween quando éramos crianças ela obrigava nossa mãe á fantasiar de bruxa, com direito a batom roxo e tudo.

- Meu Deus, e ela não tirou a fantasia até hoje... – Dinah comenta fingindo surpresa. Nós três explodimos em uma gargalhada. Dinah se apoiava em Taylor e as duas riam feito duas loucas, eu tentava me controlar, mas era inevitável.

- O que é tão engraçado? – Lauren surge com dois sorvetes na mão e um sorriso confuso no rosto.

- Não é nada, – Taylor diz secando as lágrimas – Vem Sofi vamos pegar nossos sovertes. Vamos Dinah. – as três saíram e foram em direção a sorveteria eu ainda continuava rindo.

- O que foi? Espero que não estejam rindo de mim. – Lauren diz me entregando um dos sorvetes que tinha nas mãos.

- É besteira – respondi mordendo o lábio inferior. E logo cair na risada novamente. Era impossível olhar para cara de Lauren e não rir.

- Vamos sentar – pensei em dizer não, mas era tão bom tê-la perto de mim – Não vai mesmo me dizer do que vocês estavam rindo? – ela pergunta assim que sentamos.

- Você gosta mesmo da Sofi? – perguntei seria. O barulho do vento balançando as folhas das arvores me deixava com mais vontade de beijar os lábios gelados de Lauren.

- Sim, gosto muito. Ela me lembra da Taylor quando era menor – ela diz e em seguida toma duas colheres do seu sorvete. Comecei a tomar o meu e ficamos em silêncio alguns minutos, Sofi tomava seu sorvete com Taylor e Dinah á alguns metros de nós. Eu me sentia ansiosa e ao mesmo tempo feliz – Eu sinto falta de quando era criança e ainda estava em casa, depois que minha mãe me botou para estudar no colégio interno minha vida virou um inferno.

- Eu imagino – falei aérea.

- Acho que você vai embora se eu começar a falar de nós né? – eu agora olhava em seus olhos, como eu os amo – Eu acho que nem temos mais o que dizer uma a outra, eu já disse tudo.

- Você roubou o Ilhós – falei tentando fugir do assunto. Lauren pareceu confusa por alguns segundos, mas logo intendeu e sorriu.

- Ah é esse o nome dele? Desculpe-me, eu não tive culpa. Quando eu acordei ele estava nos meus braços.

- Lauren é serio, me devolve. Foi a Sofi quem me deu de presente – pedi me sentindo uma idiota logo em seguida.

- Te devolvo depois, pelo menos assim tenho a certeza que vou ter mais uma vez – suspirei e balançando a cabeça.

- Isso é tão estranho, a gente está a mais de cinco minutos sem dar patada uma na outra. Parece até que estamos nós conhecendo agora – falei sentindo minhas bochechas queimarem. Eu tímida na frente de Lauren? O que é que está acontecendo?

- É por que estamos nós conhecendo agora – ela responde – Eu te amo e você também me ama, fica comigo e me da uma chance – eu queria dizer sim e pular em seu colo, mas não podia. Tanto para mim quanto para ela o melhor é ficarmos separadas por um tempo.

- Dê-me um tempo para... sei lá organizar minha vida, e Ally tem toda razão você está se arriscando.

- Para de dar desculpas Camila, se você gosta de mim fique comigo e pronto a gente resolve o resto juntas – ela coloca a mão sobre a minha e todo meu corpo começa a formigar. Tirei minha mão da dela e me levantei – Okay. Se você não me quer Camila é só falar e eu paro de correr atrás de você – Lauren diz irritada se levantando também.

- Eu não disse isso Lauren, você tá maluca? – respondi sentindo o coração acelerar.

- Só para de me dizer que não dá e diz logo que não me quer – seu rosto começava a ficar vermelho. Eu não sabia o que responder, tinha medo de dizer não e ela acreditar.

Comecei a andar em direção a Sofi e Dinah, eu não sentia o chão sobre meus pés e minha voltava a cabeça girava. 

- Vamos – falei ríspida. Dinah me olhou assustada e Taylor olhou além de mim a procura de Lauren.

- Que foi? – Dinah sussurrou. Revirei os olhos e puxei as chaves do carro de sua mão.

- Espera Kaki nem terminei meu sorvete – Sofi diz.

- Termina no carro – falei dando a volta e indo para o carro, meu coração saltou ao ver que tinha de passar por Lauren e Taylor antes de ir.

- Tchau e obrigado pelo sorvete – Dinah diz sem graça.

- Vamos logo – apresei Dinah e Sofi.

- Espera Kaki. Lauren promete que vai cuidar do Sam e trazer ele pra mim ver?

- Prometo sim Sofi, se sua iirmã deixar é claro – Lauren diz com a voz rouca sem me olhar.

- Tudo bem – respondi. Minha voz saiu tão baixa que nem a reconheci.

- Então tá, eu mando a Taylor trazer ele – Lauren falou agora olhando pra mim, seus olhos estavam marejados e sua voz tinha novamente o tom de ironia e desprezo de sempre.

- Vamos – falei passando a mão no cabelo – Foi um prazer Taylor.

Sai andando sem me importar de estar ou não sendo acompanhada pelas meninas. Quando abri a porta do lado do motorista Dinah surge com o sorvete de morango pela metade na mão.

- Espera ai, você vai dirigir?

- Sim, tá achando ruim vai de pé – falei entrando.

- Mas o carro é meu e outra eu ainda quero viver muito – ela diz com a mão na cintura me encarando.

- DINAH PÕEM A SOFI NO CARRO E ENTRA LOGO NESSA MERDA – berrei.

Dinah colocou Sofi no banco de trás e se encaminhou para o carona, pela janela eu procura por Lauren. A encontrei próxima de seu Mustang Shelby, ela e Taylor pareciam estar discutindo. “Por que a Lauren tem de ser tão grossa e ogra assim?”

- Está tudo bem? – Dinah pergunta

- Sim, droga!

- E por que está gritando e de cara fechada? – Sofi pergunta do banco de trás quando ia me virei para olha-la pelo retrovisor e gritar novamente Dinah me interrompe.

- Sofi ela tá de TPM então não mexa com ela, assim pelo menos chegaremos viva em casa – ela diz fazendo mimica pelo retrovisor e Sofi em seguida finge fecha um zíper imaginário na boca me fazendo rir.

- Odeio vocês – falei dando a partida, ainda sorria, mas me sentia ainda mais angustiada.

Chegando em casa subi direto para meu quarto e me joguei na cama, nem prestei atenção se minha mãe havia chegado ou não.

- Dá pra explicar agora o que aconteceu? – Dinah diz entrando e deixando a porta encostada.

- A Lauren é uma estupida.

- E a novidade?

- Dinah eu falo A pra Lauren ela ouve o alfabeto inteiro entende? Eu falei que precisa de um tempo, mas ela ouviu que eu não a queria mais. Por que tudo tem de ser difícil hein?

- CAMILA? – minha mãe empurra a porta do quarto com tudo, fazendo eu e Dinah saltar imediatamente.

 

 

POV Lauren

 

- Que merda! Taylor eu não consigo. Não consigo esperar – falei sentindo meu rosto queimar de raiva. Camila já havia saído há quinze minutos e Taylor e eu ainda estávamos paradas dentro do carro discutindo.

- Lauren você tem de aprender que as coisas não são sempre como você quer que sejam, deixa a Camila. Você deve isso a ela poxa, não esqueça que a machucou muito. Ela quer ficar com você.

- Como você sabe?

- Não sei Lauren, mas... aff... sei lá. Você vai acabar perdendo ela por essa sua falta de paciência – Taylor diz nervosa.

- Eu não sei o que vou fazer sem ela – falei sentindo uma lágrima molhar meu rosto – Eu preciso dela.

- Então tenha paciência. Dê um tempo e depois volte a procura-la.

- Quanto tempo? – perguntei sentindo um nó se formar em minha garganta.

- Não sei, um mês sei lá.

- ESTÁ LOUCA?

- Lauren para de ser compulsiva e obsessiva. Você... – Taylor parou ao ouvir meu celular tocar. Peguei o aparelho e quando vi o nome de Ally rejeitei a ligação – Por que não vai atender?

- É a Ally. Lembra que te falei dela? Com certeza Camila contou a ela que me viu hoje e ela está ligando pra me dá mais um sermão. Aliás, todo mundo resolveu me dá sermão agora, você, Ally, Vero.

- É por que a gente te ama, estamos cansadas de ver você fazendo as escolhas eradas e sabemos que você não passa de uma criança birrenta que só faz besteira – ela diz e logo em seguida sorri – Você vai ver, vai dar tudo certo. 

- Eu preciso de alguma coisa... – meu celular toca novamente. Allyson e rejeitei novamente – ... como estava dizendo: preciso de alguma coisa para me distrair. E já sei o que fazer.

- O que? – Taylor pergunta franzindo as sobrancelhas.

- Lembra que eu comprei aquela boate que fica perto do condômino da Vero? Então, vou fazer alguma coisa nela, redecorar, arrumar minha sala que fica no andar de se cima, sei lá. Qualquer coisa só pra passar tempo.

- Na boate Lauren? – ela pergunta desconfiada.

- É. O que que tem?

- O que que tem? Vou te falar o que que tem lá, mulheres, bebidas e mulheres. E eu acho que isso ai tudo é igual a “Lauren fazendo besteira” – ela diz fazendo aspas com as mãos.

- Eu sei me controlar – falei meio ofendida e ao mesmo tempo envergonhada.

- É estou percebendo – ela retruca irônica e continua: – Está em suas mãos, e você já está grandinha o suficiente para saber o que deve ou não fazer.

- Você fala como se eu fosse a mais nova – meu celular toca de novo e eu rejeito a ligação de Ally novamente.

- É porque você age como se fosse – ela diz seria me fazendo respirar fundo e soltar o ar devagar.

- Eu amo a Camila – falei baixinho.

- Eu sei, e ela também sabe disso. Então por favor, tenha paciência e pelo amor de Deus não faça besteira.

- Está bem – respondi me dando por vencida.

Quando estava próxima a casa da minha família – onde iria deixar Taylor – o celular avisa uma nova mensagem, resolvi deixar para ler quando chegasse em casa.  Certamente era Ally me dando um sermão por mensagem já que não atendi ás suas dez ligações.