História A Madrasta - Resumption.

Scarlett Bieber

— Scarlett… espere!

Revirei os olhos ao ouvir a voz dele em um tom de desespero e continuei seguindo em frente para sair da praia e pegar o primeiro táxi que aparecesse, só queria ir embora e sair de perto desse filho da puta antes que eu acerte a cara dele com minha mão e não será um tapa que darei nele, e sim um soco.

— Scarlett…

— Vá tomar no cu, Justin!

— Calma, não precisa apelar para palavras de baixo calão. Pode me ouvir, por favor?

— Eu não quero e NÃO vou te ouvir!

Sequei rapidamente a lágrima solitária que vagou por minha face enquanto continuava andando apressadamente até a calçada.

Não chore, Scarlett. Não seja fraca, idiota!

— Sempre apressada, incrível… — ele resmungou, agarrando meu braço. Arfei surpresa quando o loiro puxou-me de encontro ao seu corpo colando-os, e repousei minhas mãos em seu peitoral durinho e definido.

— Me solte!

— Fica calma…

— Para de falar isso. Enfia sua calma no cu, babaca! Você é insuportável com isso, Justin!

— Ah, eu sou insuportável por ser calmo? E você não é insuportável por ser apressada?

— Sou errada por apressada de te querer de novo? Me processa então! — tentei acertar tapas nele porém por ele estar me "imobilizando" era difícil. 

— Não, Scarlett! Você é apressada por tomar atitudes precipitadas, por pensar antecipadamente, por não escutar o outro antes de falar. Tenha calma!

— Justin, eu juro que vou… — ele me interrompeu ao tampar minha boca com a mão e encarar intensamente meus olhos de forma fixa.

— Eu quero você. Te quero muito, Scar… e eu não quero perder mais tempo longe de ti, a partir de hoje quero ficar tão coladinho contigo que é capaz de virarmos um só. Cada milésimo, cada segundo, cada minuto ao teu lado são sagrados e nunca mais, eu disse NUNCA MAIS te quero longe de mim, longe da minha vida! E você tem razão, eu também não aguento mais olhar pra você e não poder te beijar… — o loiro passou a encarar com desejo minha boca, mordi os lábios enquanto dava um meio sorriso.

— Ah… tenho? — fiz charme, ele riu assentindo.

— Infelizmente, tem. — tentei beijá-lo, mas ele rapidamente recuou fugindo da minha boca e deu um sorrisinho vitorioso ao ver minha nítida expressão de frustração por não ter conseguido beijá-lo. — Você tem razão. Pra quê esperar mais, não é? — roçou nossas bocas, misturando nossas respirações quentes. A minha acelerou juntamente com o meu coração com essa aproximação tão perigosa, ficando descompensada e falha. — Eu te amo, Scarlett… — murmurou com a testa colada a minha, acariciando meu rosto com o polegar.

Aquele olhar meigo e apaixonado do loiro, acabou comigo por inteira. Ele é tão lindo... 

— Também te amo muito, meu amor!

Como magia, aparentemente, todos os sentimentos ruins sentidos por ele não importavam mais e não tinham mais nenhuma necessidade de serem sentidos, e sumiram pois já não interessavam.

Justin finalmente cedeu à tudo aquilo que relutou durante tanto tempo e parecia que fogos de artifício estavam explodindo dentro de mim, tamanha é a minha felicidade assim que ele permitiu que meus lábios se grudassem aos dele como um verdadeiro imã, e iniciasse um beijo calmo, completamente apaixonado e que deixava ambos demonstrarem o tamanho da saudade sentida que nos fez sofrer durante esses longos meses.

Nos beijávamos sem pressa alguma, sua língua entrava em contato com a minha diversas vezes em uma dança lenta e agradável, eu procurava explorar sua boca e aproveitá-la ao máximo à todo instante temendo que aquilo fosse um sonho porque se for não quero acordar de jeito nenhum e sujeito que ousar me acordar, não hesitarei antes de dar um tiro no meio da testa. Levei minha mão ao rosto dele, tocando-a carinhosamente com meus dedos enquanto seus lábios praticamente massageavam os meus suavemente.

Justin tem um beijo tão bom que pode ser considerado facilmente com uma morfina, ou com uma mágica porque a sensação que tenho ao beijar esse homem é de que estou flutuando, ou inerte. Consigo facilmente ir para o céu e de lá ao paraíso, ele me faz esquecer o resto do mundo e é como se o tempo tivesse parado quando nossas bocas entraram em contato, é como se só existisse eu e ele, ele e eu no planeta, deixando aquele momento mais do que perfeito. O barulho do mar e até mesmo o cheiro forte da água salgada, a lua estando tão linda, quanta as estrelas, o céu parecia sorrir pra gente por nos abençoar com uma noite tão bela e maravilhosa quanto essa, sem falar do ventinho que abraçava nossos corpos.

Nada poderia ser mais perfeito que isso! Absolutamente nada! 

— Não lembrava que seu beijo era tão bom desse jeito… — murmurei satisfeita ao partimos o beijo e logo lhe dei um selinho demorado.

— Andei perfeiçoando por aí… — descaradamente, o loiro sorriu safado lançando-me uma piscadela sapeca. 

Semicerrei os olhos e lhe estapeei sem dó porém franzi o cenho confusa ao vê-lo retirar às pressas sua camisa e me surpreender ao me pegar no colo, colocar-me em seus ombros e correr para dentro do mar após ter deixado seus pertences em cima da areia fofinha.

Isso mesmo, o louco não me deu nem tempo de me defender e jogou-se comigo na água extremamente gelada, parecia até que haviam jogado gelo dentro da mesma. À princípio minha vontade foi de socar a cara do Bieber, deixá-lo roxo, tamanha era a minha raiva por ele ter feito um absurdo desses, contudo, minha irritação sumiu quando o mais novo voltou a agarrar minha cintura, depois de ter sumido para dar um mergulho, e beijou-me.

Um beijo doce, mas que ao mesmo tinha um gosto salgado por causa da água do mar porém não deixava de ser extremamente agradável, mesmo que a língua dele quase não marcasse presença em minha boca. O jeito como nossas bocas se encaixam com perfeição e louvor como se realmente tivessem sido feitas uma para outra, é tão bom quanto comer sua comida predileta.

— Já te falei que você é uma peste? — perguntei, risonha e pulei em seu colo, abraçando seu quadril com minhas pernas envolta do mesmo. Automaticamente, suas mãos foram parar em minhas pernas segurando-as.

— Quando eu tinha treze anos você costumava dizer isso pra mim… era peste pra lá e peste pra cá. Está vendo? Por mais errado que seja, a senhorita me ama desde sempre! — implicou, revirei os olhos com seu convencimento.

— Está muito convencido pro meu gosto e para o seu próprio bem.

— Que culpa tenho eu, se você me deixou assim? — perguntou, mais uma vez me provocando.

Estalei a língua, aborrecida com suas respostas humoradas e espertinhas, prefiro muito mais o Justin sério, submisso, tímido e centrado, e não esse em minha frente sorrindo ironicamente com respostas na ponta da língua.

— Quando foi que você mudou? — perguntei interessada contudo de certa forma infeliz com sua mudança de comportamento.

Gosto dele me obedecendo, sem me contradizer e sem ser respondão porém obviamente não o quero 100% deste jeito. Só que também não quero que ele se torne uma pessoa insuportável e diferente pois foi exatamente por este jeitinho único e diferenciado dos outros homens que me apaixonei por ele.

— Eu não mudei, Scar…

— Ah, não? E o que são essas respostas?

— São brincadeiras. Ou não posso mais só porque você não gosta? — falou rude e ao perceber o que fez, fechou os olhos balançando a cabeça negativamente e olhou-me arrependido. — Desculpa… — murmurou.

— Se isso não é mudar, então não sei mais nada sobre a vida… — falei sarcástica.

— É impressão sua achar que mudei. Eu não mudei, Scar, continuo o mesmo, só que amadureci um pouco, como você amadureceu. E amadurecer faz bem, certo?

— Uma coisa é melhorar para se tornar uma pessoa melhor, deixar de ser um animal para poder conviver com outros seres humanos. Outra coisa completamente diferente é mudar para se tornar algo ruim!

— E eu me tornei algo pior do que você já está acostumada, Scarlett? —  questionou com uma cara de poucos amigos, sua expressão demonstrava que a impaciência começava a domar seu corpo.

— Está se tornando!

— Digo e repito: Mera impressão sua!

— Não é! - exclamei estressada por ele continuar teimando comigo, algo que antigamente raramente acontecia. — Justin, algo… — ele me cortou.

— Scar, eu não quero brigar contigo. É sério! — disse o loiro, tentando manter a calma. Fiquei sem graça ao notar que realmente estávamos entrando uma discussão e me martirizei por ser tão idiota. — Por enquanto, vamos dar uma trégua nessas briguinhas toscas e infantis, por favor? Acabamos de voltar, quero aproveitar você sem discussão, desentendimentos. É pedir muito? — neguei rapidamente, ele deixou um casto beijo em minha boca e ao afastar-se ficou em absoluto silêncio apenas encarando meu rosto enquanto acariciava o mesmo olhando-me com tamanha admiração, amor e afeto.

Se não fosse uma cisma da minha cabeça, Justin poderia até ter mudado porém tem uma coisa que não mudou nele e provavelmente nunca mudará, assim espero, que é  o fato dele ser completamente apaixonado por mim. E como sei? É nítido pela maneira como seus olhos brilham apenas em me olhar, ouvir minha voz, o jeito doce que o loiro me olha sem eu ter que pedir por sua atenção, ou a maneira como se comporta, como me trata.

Justin ficou sério de repente e eu também, nos beijamos calmamente porém não demorou muito para aquele beijo torna-se algo maior e mais urgente, nos beijávamos com volúpia, era um beijo um lento, que só me deixava ainda mais quente, entretanto, ao mesmo tempo violento deixando nitidamente exposto o desejo sentido e a luxúria nos cercando. Ele mordeu o meu lábio ao finalizar aquele beijo tão gostoso, e para a minha total surpresa começou a tirar minha camiseta do Guns N' Roses que chegava até metade das minhas coxas cobrindo o meu short jeans, e para a mesma não fugir pela água movimentada o loiro amarrou-a no pulso esquerdo.

— O que você está fazendo, Justin Bieber? — o questionei pausadamente, incrédula demais para conseguir acreditar no que ele realmente queria fazer. — Você está muito louco! O que tinha no seu sorvete?

— Você me deixa louco, Scar… e sabe disso mais do que ninguém. — respondeu, abrindo os botões do meu short em uma velocidade incrível e invejada. Quando ele tentou abaixá-lo, segurei suas mãos insegura fitando a praia com receio de que alguém pudesse nos ver, mas ela estava deserta o suficiente para termos um bom sexo naquele mar agitado. Porém não custa nada averiguar. — O que foi?

— Alguém pode nos pegar no flagra e vai ser muito legal irmos parar na delegacia por atentado ao pudor, Justin!

— Logo você preocupada com isso, amor? Vai se fazer de “santa” agora, Scar? — perguntou em um tom humorado, novamente saidinho demais para o meu gosto. Algo que me irritou, pois normalmente eu teria a reação dele e ele teria a minha. — Tsc, tsc... relaxa que não será uma transa em um lugar público que irá barrar sua entrada no céu. Vai te julgar por outras coisas piores que a senhorita já fez por toda vida e eu tenho certeza que eu em todos esses julgamentos eu estarei presente! — ele continuou me provocando e riu roucamente ao pé do meu ouvido após chupar minha orelha. 

Mas que caralho está acontecendo aqui? Eu não sou assim, é o Justin que se faz de difícil pra foder. 

— Não estou me fazendo de santa. Estou morrendo de saudades de você, morrendo de vontade de foder contigo, mas aqui não é seguro e muito menos confortável!

— Mas não é você que adora transar na água? Estou fazendo isso para te agradar… — fechei os olhos quando sua boca entrou em contato com meu pescoço, me provocando e tentando me convencer de que era melhor começarmos a matar nossa saudade ali mesmo. — Não te excita saber que a qualquer momento alguém pode aparecer e pegar a gente no flagra, hmmm? — eu abria e fechava os olhos, ofegante tentando ser coerente e sensata, a cada mordidinha e beijinho provocante recebido no meu pescoço.

Mas quer saber? Foda-se! O tesão e o desejo que domina meu corpo inteiro, não poderia esperar mais um segundo sequer para sentir Justin dentro de mim novamente.

Ele me beijou novamente e apertou a minha bunda deixando-me mais uma vez surpresa com sua ousadia, normalmente era eu que precisava fazê-lo tomar uma atitude, ou geralmente ele pedia permissão para fazer tal coisa e soltei um gemido abafado contra a boca dele. O loiro mordeu meu lábio inferior olhando fixamente em meus olhos, revelando através de suas irís carameladas muito bem iluminadas pela lua, o quanto ele me ama e me deseja. E é uma gostoso demais sentir essa maravilhosa sensação que é ser amada e desejada pelo homem que você ama, e ainda saber disso, ter certeza.

Justin começou a mordiscar o lóbulo da minha orelha, enquanto eu passava minhas mãos pelo peitoral, revezando pelos ombros e costas largas musculosas. Comecei a rir do mais novo ao notar seu desespero para conseguir arrancar meu short do meu corpo, sem deixar que o mesmo flutuasse pela água e fosse embora, então a nossa opção foi abaixá-lo até onde dava sem correr este perigo.

É exatamente por isso que não queria transar aqui, onde está o conforto e a liberdade? Mas esse idiota é teimoso como uma porta e ainda ficou me provocando achando que era o meu medo que estava falando mais alto, quando na verdade era apenas a minha vontade de transar sem roupa e de preferência com conforto aos berros para todos saberem o quão bom é o nosso sexo, nossa química e nosso amor.

Como ele já estava somente de boxer preta, já que assim como a camisa ele também retirou a calça, aproveitei para colocar minha mão dentro da sua boxer e o surpreendi ao levar minhas mãos para parte de trás do seu corpo para apertar aquela bunda maravilhosa e durinha, Justin era bem dotado atrás, sem sombras de dúvida. Porém, bastou que minha mão tomasse um rumo diferente e pegasse em seu pau duro como uma rocha e inchado pelas veias grossas ao redor dele, e o apertasse levemente começando com movimentos fracos e lentos com a intenção de provocá-lo, o loiro soltou um gemido manhoso ao pé do meu ouvido e rapidamente puxou meu cabelo e me beijou com mais vontade do que da última vez. Minhas pernas continuavam cruzadas ao redor do seu corpo, enquanto as mãos dele massageavam meus seios tendo sua boca colada na minha, mas logo ele deixou de me beijar para dar total atenção aquela parte do meu corpo que ele dizia adorar. Justin os sugava com tanta delicadeza que a minha vontade era de pedir para que ele acabasse logo com aquilo e ele aproveitou que eu ainda estava entorpecida de tamanho tesão e com rapidez se livrou da minha calcinha.

O que esperei por tanto tempo, voltou a acontecer. Finalmente, obrigado! 

A minha vontade era de gritar para o mundo inteiro ouvir o quanto estou sendo bem fodida pelo meu e único homem da minha vida. E eu realmente estava prestes a gemer em alto e bom som para quem quisesse nos flagrar, contudo, Justin foi mais rápido ao tampar minha boca com sua mão livre já que a outra estava ocupada demais estimulando deliciosamente meu clitóris enquanto estocava devagar dentro de mim com seu pau que parecia ter sido feito sobre medida e com exclusividade apenas pra mim. Justin continuava nesse movimento tortuoso, ele alternava repetidas vezes entre ir mais rápido e depois ir lentamente, quase parando, seu dedo seguia um ritmo diferente fazendo com meu auto-controle fosse para puta que pariu. Não sabia se o empurrava para fazê-lo parar, ou se pedia para que ele continuasse tamanho era o prazer sentido.

— Oh, meu deus Justin… — gemi jogando minha cabeça em seu ombro enquanto minhas unhas arranhavam suas costas definidas, sentindo o quão fundo ele conseguia ir em minha intimidade, atingindo sem esforço algum o meu ponto mais prazeroso que apenas ele conseguia encontrar.

Esse desgraçado é tão bom nisso, graças á Deus que ele é apenas meu e de mais ninguém. Apenas eu sei o poder que Justin tem com os dedos, língua e seu fabuloso pau, ele sabe brincar e aprendeu direitinho comigo, e não me arrependo de ter dado boas aulas para ele em sua adolescência, virou um bom fodedor graças exclusivamente à mim.

Por me conhecer muito bem, logo tratou de acabar com a tortura e começou a me penetrar da maneira que gosto: Forte e duro com rapidez, sem cansar.

Justin colocava seu pau totalmente para dentro e logo em seguida retirava para colocá-lo novamente com movimentos bruscos, mas que pareciam não ser tanto por estarmos na água e isso facilitava bastante a penetração. Agarrei seu pescoço com meus braços e comecei a rebolar alternando entre quicar contra ele, investindo com intensidade em seu pau nos meus movimentos.

Sempre amei admirar a expressão de prazer dele, era a coisa mais bonitinha e excitante que meus olhos poderiam captar no mundo inteiro. A boca entreaberta, os olhos revirando de prazer á todo instante, a expressão contorcida a cada movimento considerado por ele gostoso, o rosto avermelhado por estar segurando o orgasmo ao ser cavalheiro por querer gozar junto comigo.

Meu orgasmo estava perto de chegar, o de Justin também não estava atrás, ele agarrou com mais força minha cintura praticamente me imobilizando, impedindo-me de me mexer e começou a investir mais rápido, sem parar os movimentos constantes. Eu gemia devido ao prazer e ele também não segurava os urros de prazer que soltava. Logo para o nosso alívio e satisfação, gozamos juntos e segurei em seu rosto raspando minhas unhas em sua bochecha em um gesto carinhoso enquanto lhe dava um beijo carinhoso e apaixonado á medida que deixávamos nossos líquidos se misturarem com nós mesmos, além da água, ele por sua vez retirava o meu cabelo molhado que estava grudado na minha testa, devido as ondas agitadas que bateram em nossos corpos, e o colocava atrás da minha orelha.

— Sexo de reconciliação… realmente é o melhor do mundo! — Justin disse ofegante, sorrindo maliciosamente. Sou obrigada em concordar com ele em número, genero e grau.

— Daqui um tempo a gente briga de novo e fazemos as pazes! — pisquei sorrindo sacana, ele riu concordando.

Nos ajeitamos do jeito que deu e voltamos para a areia após Justin reclamar do frio que começava a sentir. Engraçado pois foi ele que inventou de entrar no mar e ainda por cima não satisfeito de ter feito essa maluquice, ainda quer transar e depois reclama, típico. Já devidamente vestidos porém extremamente molhados, nos deitamos -contra a minha vontade que fique bem claro- na areia fofinha da praia.

— Estou sem palavras pra você…— ele disse após um pequeno silêncio ter se instalado entre nós dois. E estava sorridente, parecia um bobo.

Estávamos deitados mas mantíamos nossas mãos, gélidas e enrugadas pelo frio, entrelaçadas.

— Você? Eu que estou sem palavras... — nós rimos e sem perder tempo o beijei, dando algumas mordidinhas em seus lábios suculentos e deliciosos de beijar.

— Voltamos mesmo não é? — ele perguntou com uma careta engraçado no rosto, assenti rapidamente mordendo os lábios.

Quase não podia conter minha felicidade, eu poderia facilmente sair gritando aos quatro ventos que minha vida voltou ao normal, voltou a ser melhor e mais feliz por poder voltar com o único homem que fui e sou capaz de amar verdadeiramente.

— E você tem alguma dúvida? — falei sarcástica, ele estalou a língua mau humorado. Cutuquei sua costela, ameaçando fazer cócegas nele até que o loiro voltou abrir um sorriso. — É um recomeço...

— É o nosso recomeço. E desta vez seremos muito felizes, Scar...

— Eu não tenho dúvida disso!

— Nem eu... — ele sorriu docemente e beijou carinhosamente minha mão ainda entrelaçada a sua. 

— Tive uma ideia!

— Tenho medo! — falou receoso, tentei estapeá-lo porém o loiro foi capaz de fugir, ao rolar na areia para longe, antes que minha mão pudesse acertá-lo e possivelmente deixá-lo marcado pois eu não seria de jeito algum piedosa.

— Vai me deixar falar, ou vai ficar de palhaçada? — o questionei seriamente.

— Fica tão sexy assim… bravinha. — me provocou, puxando-me para seu colo e fazendo-me sentar ali. Levei minhas ao seu cabelo, puxando-os fracamente ao sentir seus beijinhos molhados ao redor do meu pescoço, claramente me tentando para perder o controle.

— Posso falar? — falei, tentando manter a pose de imbatível e estava sendo difícil.

— Fala, meu amor… — beijou minha testa.

Impossível não sorrir ao ouvi-lo dizer aquelas palavras, impossível não sorrir automaticamente ao ver aquele sorrisinho tão lindo e apaixonado que Justin direcionava pra mim, impossível mais ainda de não sorrir ao notar as bochechas do mais novo corado por ele ter tido coragem em falar tais palavras tão simples e bobas mas que significam tanta coisa.

— Vamos fugir?

— Fugir, Scar? Como assim?

— É, bebê… vamos tirar uns dias só pra a gente, vamos para um lugar onde possamos pensar somente na a gente e sermos felizes sem nos preocuparmos com mais nada além de nós mesmos. Hum, que tal? — propus animada, pulando em seu colo. Justin balançou a cabeça para os lados, demonstrando estar em cima do muro quanto a minha proposta e bufei. — Por que não, Justin? — o questionei.

— Eu não falei não, Scarlett! — defendeu-se.

— Mas também não disse sim! — exclamei irritada, ele suspirou pesadamente. — O que foi? Qual o problema?

— Não podemos simplesmente fugir, Scarlett…

— Não quero fugir pra valer, quero apenas ter uns dias reservados para ficar grudadinha em você… — me aproximei de seu pescoço apenas para cheirá-lo e dei um rápido beijo estalado no local, e voltei e encará-lo fixamente. — Estamos há tanto tempo separados, é pedir muito ter você só pra mim por alguns dias?

— Estou divorciado, mas você não.

— E daí? Sabe muito bem que isso nunca foi problema pra mim!

— O meu pai pode muito bem ligar uma coisa a outra, já que ele ainda está na tua cola pra descobrir teu amante. Ou já esqueceu que ele contou que está procurando incansavelmente?

— Queria saber o motivo… se ele tem uma amante também.

— Sabe muito bem que o coroa é machista, além de egoísta e hipócrita. E você sabe quem é a amante dele, Scar? —  perguntou curioso brincando com nossas mãos entrelaçadas, e dei graças a deus que o mais novo não me encarava quando fez esta pergunta ou notaria o meu desconforto explícito em minha face.

— Não sei, desisti de saber faz um tempo...

— Por quê?

— Por sua causa. Nos separamos, eu não tinha mais motivo para me divorciar do Jeremy ao não ser que fosse por você!

— Entendo… — murmurou pensativo. — Pra onde você quer ir?

— Qualquer lugar, desde que eu tenha você. E de preferência um lugar que você não use muito roupa, o que é bonito é para se amostrar, certo? — dei um sorriso safado enquanto minha unha passeava por seu peitoral e descia lentamente por seu abdômen. Ele se arrepiou e sorri vitoriosa por continuar tendo causando efeitos nele. 

— Faço das minhas palavras as suas, Scar! — nos beijamos calmamente. — E quando você quer ir? Hoje já é sexta…

— Vamos amanhã mesmo!

— O quê? Amanhã?

— Sim, ué. Ou você dá um jeito de comprar passagens, ou pede às pressas um piloto para seu jatinho que sei que o seu pai te deu há uns meses atrás!

— É verdade...

— Quanto ao Jeremy, se ele já não sumiu para ficar com a amante dele, de amanhã não passa. Vou ver se a Kétlyn pode ficar com as crianças no final de semana!

— Ou a gente pode levar eles com a gente, que tal? Assim não fica tão suspeito!

— Primeiro, você só pode estar louco de querer levar Jazmyn e Jaxon. Ela está fazendo muitas perguntas anda muito curiosa para o próprio bem dela! E segundo, falei que quero ficar apenas contigo, então nada de levar o nosso filho e a minha filha!

— Tudo bem, se é assim que você quer… — respondeu dando de ombros. É deste Justin que gosto e admiro, obediente e sem contestar minhas decisões. — Já que você falou que deseja ir para um lugar onde não precisemos usar muita roupa e faça calor, podemos ir para Los Cabos. Que tal? Me deu uma vontade de ir para o México, comer uns nachos, talvez alguns tacos e por que não falar do delicioso cochinita pibil? E claro beber algumas doses de tequila porque não sou de ferro! — o loiro falava entusiasmado com a ideia de irmos ao local tropical com belas paisagens e ótimos lugares para se aventurar, a expressão dele era engraçada e fofa, beirando o infantil, por imaginar cada coisa dita por ele.

— Los Cabos é ótimo, podemos ir sim, bebê! — concordei sem hesitar apenas em pensar de poder desfrutar da bela visão paradisíaca que Justin me proporcionaria todo o tempo que passaríamos por lá ao desfilar pra cima e para baixo sem camisa e de preferência se não for pedir muito e abusar da boa vontade dele, vê-lo de sunga, ou pelado logo de uma vez. — Não quero ficar em um hotel! — avisei, ele franziu o cenho ao estar curioso. 

— E por que não, posso saber?

— Primeiro que vai ficar registro no meu cartão e teu pai com certeza está de olho até nisso para saber o meu paradeiro de vez em quando. E segundo porque quero bastante privacidade com você, para poder te agarrar em qualquer lugar… — sorri satisfeita ao deixá-lo envergonhado, mesmo que ele tentasse disfarçar a timidez consegui perceber.

— Você organiza tudo as pressas, nem pra me dar um tempinho de conseguir um lugar legal.

— Confio em você e sei que achará!

— Caso, eu não ache vamos ficar em um hotel mesmo e dê-se por satisfeita em poder me agarrar na privacidade do nosso quarto! — Justin disse em um tom brincalhão. — E agora o que vamos fazer? — perguntou enquanto nos levantávamos.

— Vamos para um hotel porque ainda não me dei por satisfeita. Ainda estou morrendo de saudades e preciso aproveitar mais um pouquinho de você… — o abracei por trás, beijando sua nuca, enquanto andávamos para fora da praia á procura do carro dele.

— Como sempre insaciável…

— Sempre, amor!