História A Magia da Promessa - Prólogo

*Liss*
A viagem de volta à Itália é longa e cansativa.

Nem acredito que estou voltando para casa! Depois de passar alguns anos, ok ok... 8 anos, longe do toda a minha família, somente com os mínimos contatos, voltar para casa é a mesma sensação, talvez, de nascer de novo. É uma sensação de liberdade. Sinto-me plena.

Antes do avião decolar, falei com papai... Ele disse que tem uma surpresa pra mim... Até perguntei se ele poderia me antecipar alguma coisa, mas ele só falou que, a princípio, eu posso estranhar, mas com o tempo, vou ser a mulher mais feliz que tem no mundo.

Confesso que estou animada, talvez muito animada, tão exitada que não consigo pregar o olho um segundo sequer durante  todo o voo.

Eu sou a ultima a voltar. Todos os meus oito primos já estão lá faz duas semanas.Mal vejo a hora de abraçar cada um deles, perguntar sobre a Russia, Coréia do Sul, Estados Unidos, Austrália... NEM ACREDITO QUE A FAMÍLIA SERÁ TODA REUNIDA DE NOVO! Nada, mas nada pode estragar esse momento.

Talvez eu devesse dormir... chego às 5 da tarde e às 21h vai ter uma festa, não para comemorar minha volta, claro, mas para fazer algum pronunciamento importante. 

As festas que minha família dá são sempre cheias de luxo, pessoas importantes, família rivais e, às vezes, alguns mafiosos. A imprensa é sempre limitada, muitas vezes barrada na entrada, muito conveniente, já que tem um longo trajeto desde a entrada até a porta da casa principal. 

(...)

Sinto um frio na barriga ao perceber que o jatinho está pousando. 

- Não sinto minhas pernas... -  digo com a voz tremula. Eu só queria poder conversar com alguém... MEUS SAPATOS, ONDE ESTÃO OS MEUS SAPATOS? SE EU DESCER DO AVIÃO DESCALÇA IREI OUVIR O MAIOR SERMÃO DE PAPAI.

A aeromoça passa por mim e pergunto-lhe se viu meus sapatos. Quando achamos, o avião já está perto do chão.

Antes de abrirem a porta, levanto-me e pergunto a ela se eu parecendo apresentável depois de tantas horas de voo.

Visto uma calça boyfriend com um cropped preto e um casaco leve, mas comprido, de trico branco. Este vai até a altura de meus joelhos, um pouco acima. E agora, com um tênis tradicional da Adidas. 

A mulher me examina e me entrega meus óculos de sol, os quais são grandes e redondos.

- Linda, senhorita. Só lhe aconselho a soltar seu cabelo. Ele é realmente muito bonito.

- Obrigada.- Digo à ela.

Meu cabelo está ondulado devido ao coque que eu usava,e os fios ruivos (naturais), ao sol, fazem eu parecer uma criatura quase mistica, como muitos falam.

Quando a porta se abre, escuto o barulho de câmeras... Muitas câmeras, pessoas falando e passos vindo em minha direção.

- A senhorita já pode descer - diz a aeromoça.

-Obrigada... De novo.

Ponho meus óculos, respiro fundo e com o coração à mil caminho em direção à porta do jatinho.

Sinto o bafo quente do verão amenizado pela brisa fria. O sol está forte, o que  dificulta, primeiramente, a minha visão.

Começo a descer os degraus e vou em direção às pessoas que estão mais a frente: minha família.

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