Em tempos de felicidade o tempo voa, 1 mês se passa desde o casamento de Erza e Jellal. Lucy acordou bem cedo quando o Sol ainda não se fazia presente. Sentindo a respiração de Natsu em sua nuca, a loira sorria. Ambos estavam dormindo de conchinha e Lucy ficava admirada ao ver Natsu dormindo de forma tão serena, nem parecia que ele é explosivo quando está acordado e até mesmo o jeito de Natsu dormir mudou em alguns dias, normalmente o rosado se espalhava muito na cama, quase não deixando espaço na cama para Lucy, mas agora ele se comportava, sempre evitava em se espalhar, embora estivesse dormindo, era como sua própria consciência sinalizasse para que o rosado não fizesse movimentos bruscos. Apesar de que Lucy já levou vários socos e chutes leves por causa do sono profundo do rosado, mas era algo que podia perdoar e nem mesmo a deixava machucada. Sem contar as noites em que Natsu não a deixava dormir, porque tinha o costume de falar enquanto dorme, na maioria das vezes era ele sonhando que estava brigando com Gray, fazendo Lucy ri muito durante as madrugadas. Mas naquele dia o rosado estava quieto e sereno, a loira se virou de frente para ele e passou a admirar os traços do seu rosto. Lucy levou a mão até os cabelos róseos e os acariciou de forma leve, mas que satisfizesse o seu desejo. Natsu estava bem cheiroso, cheiro do sabonete da própria Lucy, pois na noite anterior, o rosado terminou tomando banho com ela e aí já sabe o que aconteceu... Lucy aproxima seu rosto e dá um selinho na testa de Natsu.
Lucy: Eu já volto... - Sussurrou em seu ouvido. Natsu apenas se remexeu, mas não acordou. Lucy olha o rosado mais uma vez, mas uma vontade imensa de falar algo te invadiu e sem hesitar ela disse. -... Eu te amo... - Mas logo depois se sentiu arrependida por ter dito isso, não que não amasse Natsu, mas porque isso soou como despedida. Sacudindo a cabeça e espantou esses pensamentos ruins, porque seria uma despedida, afinal? Estava em um dos melhores momentos de sua vida, não tinha porque ficar pensando esse tipo de besteira.
Lucy se levanta cuidadosamente da cama para não acordar Natsu. Caminhou até a poltrona próxima a sua cama e onde Happy se encontrava dormindo, acariciou o gato e depois foi para o banheiro fazer sua higiene matinal. Após tomar seu café da manhã, feito com máximo de silêncio possível, Lucy pega suas chaves, mas logo sente seu estômago enrolar. A loira anda depressa até o banheiro e se ajoelha em frente ao vaso sanitário, colocando o café da manhã que acabara de tomar para fora. A loira voltou a ter esses enjoos há 3 dias atrás. Desconfiava que estivesse engravidado novamente, no fundo queria realmente que estivesse, por isso decidiu ir cedo para a casa de Porlyusica sem ninguém saber, pois não queria animar Natsu antes da hora, poderia ser apenas uma virose ou algo do tipo, e não queria deixar Natsu frustrado novamente. Após terminar de vomitar, a loira se levanta e lava sua boca. Sempre olhando para a cama ou poltrona, com receio que Natsu ou Happy acorde e estrague seus planos, por sorte o sono de ambos era tão pesado que nem se quer ouviram algum barulho. Lucy se alivia e sai do seu apartamento. A loira anda depressa, pois também estava muito ansiosa e não podia negar. Chega à frente da casa de Porlyusica quando o Sol já dava seus primeiros sinais de vida. Receosa devido o comportamento da velha, Lucy bate na porta várias vezes, mas não obtém resposta. Ninguém respondeu ao chamado da loira que deduziu que a velha não estivesse em casa, Lucy decidiu esperar pelo retorno de Porlyusica, se sentando em uma grande raiz.
Lucy: Será que estou grávida mesmo? - Comentou. Colocando as mãos em seu ventre. Lucy sorrir feliz. O que a loira não percebeu, era que olhos verdes a observava entre os arbustos da floresta.
...
Casa da Família Fernandes
A ruiva agora com seus 3 meses de gravidez, assim como Lisanna, estava aproveitando sua vida junto com Jellal, recompensando todo tempo em que passaram separados. Se existia algo maior do que felicidade era isso que Erza sentia nesse momento. A ruiva acorda, se espreguiça e levanta da cama. Para em frente ao espelho que havia no quarto do casal, admirando sua barriga que já estava um pouco maior do que antes. Se Erza usasse roupas mais folgadas, com certeza daria para disfarçar sua gravidez, mas não era a intenção da ruiva esconder isso, muito pelo contrário, queria mesmo era exibir sua barriga, mas como agora era "dona de casa", Erza achava que deveria usar roupas mais compostas. Acariciava sua barriga, ainda vestida com sua camisola.
Erza: Ele será um ótimo garoto... - Disse ao perceber que Jellal havia acordado e passou longos segundos admirando Erza pelas costas, mas a Titânia percebeu olhando através do reflexo do espelho e gostou de ser observada.
Jellal: Ele quem? - Perguntou confuso, sendo tirado dos devaneios.
Erza: Thierry... Nosso filho... - Ainda com sorriso bobo no rosto, Erza se vira para Jellal e senta ao seu lado na cama.
Jellal: Você só está grávida há 3 meses, como já descobriu o sexo do bebê?
Erza: Eu sinto que será menino... E ele se chamará Thierry! - Disse firme. Uma gota de suor escorre pela nuca de Jellal.
Jellal: "Ela já definiu o nome e o sexo do bebê sem nem consultar... Se fosse assim, não seria a Erza..." - Pensou e riu internamente. - Mas porque Thierry?
Erza: Thierry significa "Dádiva de Deus"... De certo modo ele é uma dádiva entregue para nós... Concorda? - Jellal concorda e dá um selinho nos lábios de sua amada.
Jellal: "Só espero que ela não tente colar um pênis na criança, caso venha uma menina..." - Se preocupou, pois vindo de Erza, era até capaz que ela fizesse isso.
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Casa do Gray
Os dias para os outros membros da guilda se passaram normalmente sem nada diferente. Com exceção das vezes que Natsu e Gajeel terminavam brigando porque um reclamava do "mau cheiro" da namorada do outro. Gray e Juvia também continuavam com a mesma relação, com a azulada sempre correndo atrás do moreno, porém, Juvia percebeu que Gray estava um pouco "sensível" e não estava sendo grosso com ela, como ele costumava ser. O mago de gelo acorda com certa preguiça de se levantar. Se espreguiçou e voltou a deitar na cama, ficando com o peito para cima e olhando o teto, não sabia direito o que sentia, só não estava afim de se levantar naquela hora. Aqueles dias que você está com vontade de não fazer nada...
Gray: "Daria tudo por um café na cama agora..." - Fechou os olhos e fez o seu desejo. Mas logo os abre e perceber que alguém entra no seu quarto. Uma azulada bem conhecida, carregando uma bandeja com inúmeras frutas, pães e suco. - Juvia?! - Pergunta confuso. Como ela consegue entrar ali escondida? Provavelmente deve ter até a chave da casa dele.
Juvia: Juvia decidiu preparar um café da manhã saboroso para meu Gray-sama! - Esticando as pequenas pernas da bandeja e formando uma espécie da mesinha onde Juvia apoiou na cama em frente ao moreno. Gray encara aquilo por uns segundos, mas logo pensa que não seria uma má ideia experimentar a comida da azulada, aliás, sabia que ela é boa na cozinha. Um pensamento pervertido passou pela cabeça de Gray, fazendo com que o mago pensasse: "Será que ela é boa em outras coisas também?". O mago balança a cabeça para espantar aqueles pensamentos, nunca viu Juvia dessa forma, para ele, a garota é apenas uma Nakama, mas de alguns meses para cá, começou a sentir um estranho interesse e vontade de ficar ao lado dela. O que era isso que estava sentindo? - Experimenta Gray-sama! - Juvia havia cortado um pão ao meio e passado manteiga dentro do mesmo, além de acrescentar queijo e presunto. O alimento e o encara por alguns segundos, devolvendo logo depois para a azulada.
Gray: Não posso comer isso... - A expressão de felicidade de Juvia alterna rapidamente para uma expressão de tristeza. Por que ele sempre é assim? - Não sem antes de escovar os dentes e lavar o rosto... - O moreno sorrir, assim como a azulada sorrir em alívio. Gray se levanta da cama e vai até o banheiro da sua casa, fazendo sua higiene matinal. Não demora muito para que Gray retorne e volte a se sentar na cama, ao lado de Juvia dessa vez. - Agora sim já posso comer... - Pegando o pão novamente e levando até a boca, Juvia aproveita para servir o suco de frutas cítricas. Gray a observa enquanto degusta o alimento - "Ela até que é bonita..." - Pensou enquanto a admirava. Gray se toca que Juvia ainda não havia comido nada e decide ser educado. - Você não vai comer?
Juvia: Não precisa...
Gray: Claro que precisa... Experimente... - Oferecendo do seu próprio pão para a azulada. Juvia hesita um pouco por vergonha, mas logo tira um pedaço, com uma morrida um tanto quanto sensual na visão de Gray.
Juvia: Está uma delícia... - Sorrindo. Logo a azulada já começa a preparar um sanduíche para ela mesmo. Iria acompanhar Gray em seu café da manhã.
Gray: Depois daqui iremos passar na guilda, Ok? - A azulada assentiu com um grande sorriso no rosto. E assim passaram aquele início de manhã, um desfrutando da companhia do outro. Pelo menos como amigos... Ainda...
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Casa de Mirajane
Durante 1 mês inteiro a albina ficou completamente ansiosa pela volta de sua amiga Samaya. A velha prometeu que voltaria em menos de um mês, só iria à sua terra natal e voltava com a flor necessária para fazer a poção do amor. Antes Lisanna realmente havia perdido as esperanças de ter Natsu, mas agora que a esperança deu o ar da graça, não podia desperdiçar essa chance. Era algo muito confuso na cabeça da albina, pois às vezes ela sentia remorso por estar forçando o amor de Natsu. Mas será que essa poção daria certo? Samaya é experiente em poções, como a mesma havia dito, mas será que ela não sabia que poções do amor não funcionam quando a pessoa já encontrou o verdadeiro amor da sua vida? Como estava acontecendo durante todos esses dias, a albina acordou bem cedo, porém, na verdade, a Lisanna não dormia direito de devido sua ansiedade ser tão grande. Rolava de um lado para o outro na cama e não conseguia. Apenas cochilava por 30 minutos, mas logo acordava. Como consequência, ganhou olheiras bastante escuras, o que denunciava que a mesma não dormia direito há dias. Dessa vez acordou mais alegre do que o normal e estava sentido que aquele dia seria diferente, se bem que, especialmente nesse dia, aconteceria algo importante para vários membros da Fairy Tail. Em três meses a aparência de Lisanna mudou um pouco, seus cabelos cresceram um pouco mais e era perceptível que a albina estava desnutrida, devido a não se alimentar direito. Mas porque se alimentar, se tudo que ela coloca na boca põe para fora minutos depois? Era o pensamento de Lisanna. Seu rosto ficava com uma aparência frágil e já eram visíveis os ossos da face se destacarem, principalmente seu osso zigomático, onde se localiza as bochechas. Somando suas olheiras de várias noites sem dormir, além da ansiedade pela volta de Samaya, a albina também sentia desconforto com qualquer posição na cama, por isso não conseguia descansar plenamente. Normalmente Lisanna era vista de mau humor e tristonha. Porém, naquele dia acordou diferente, acordou mais alegre que o normal e isso foi facilmente percebido por Mirajane e Bickslow, esse último sempre fazia favores para albina, indo até a casa de Samaya para conferir se a idosa havia retornado. Nesse dia, Lisanna pediu para que o mago fosse novamente até a casa de Samaya, logo pela bem cedo, quando seu amigo ia te visitar assim que o Sol nascia, mas já estava impaciente demais, pois Bickslow estava demorando um pouco mais, talvez a notícia que ele traga seja ótima para recompensar...
A albina estava deitada em sua cama, como de costume, era raro as vezes que a mesma se levantava, somente para visitar Samaya e mesmo assim, Bickslow a ajudava. Suas mãos não paravam quietas brincando com o lençol, talvez assim pudesse se acalmar mais rápido. A janela do seu quarto estava entreaberta, a mesma já sabia que o mago da Raijinshuu entraria por ali quando voltasse e depois de várias olhadas para a janela e meia hora desde a partida do mago, eis que ele finalmente surge adentrando pela janela.
Bickslow: Voltei Baby! - Disse com seu ar sorridente e colocando sua língua para fora logo em seguida, sua mania típica.
Lisanna: Então Bickslow? Qual a notícia? Ela já voltou? - Logo foi bombardeando o mago de perguntas.
Bickslow: Calma, calma Branquinha! - Disse fazendo gesto para que a albina não se levantasse, pois durante as perguntas era o que Lisanna estava fazendo. "Branquinha" era o apelido que ele batizou Lisanna fazendo referência ao tom de pele da albina, no começo ela não gostava muito, mas terminou se acostumando e até gostava de ser chamada assim, pois para ela como se fosse um apelido de algum amante, Lisanna desejou muito que fosse Natsu o dono da voz que a chamava de "Branquinha", mas Bickslow também servia.
Lisanna: Me diz logo Bicks! - Implorando e juntando as mãos como se fosse rezar. Bickslow sorriu mais ainda por ela ter o chamado pelo seu apelido.
Bickslow: Antes eu ia lá e a casa estava completamente fechada, mas hoje, parecia que tinha alguém lá dentro, pois estava com a porta entreaberta e as luzes de dentro acesas...
Lisanna: Ela voltou! - Rapidamente Lisanna pega uma bengala ao lado da cama. Essa bengala a albina passou a usar há poucos dias para se locomover. Lisanna se levanta da cama como se não estivesse doente ou fraca, mas logo uma tontura lhe invade e a mesma volta a se sentar. Ao perceber, Bickslow vai até ela e se ajoelha em sua frente.
Bickslow: Você está bem?
Lisanna: Sim... Só fiquei um pouco tonta...
Bickslow: Não seria melhor eu pedir para que ela viesse até aqui ou eu mesmo posso passar o recado se você quiser... - Sugeriu. Mas Lisanna se espanta, não queria apresentar a senhora para outras pessoas da guilda e não queria falar sobre seus planos.
Lisanna: Não! - Fala assustada. Assustando Bickslow também. Ao perceber o tom de voz que usou, Lisanna volta a se acalmar. - Não precisa... Eu preciso falar com ela sozinha...
Bickslow: Por que você só quer falar com ela? Você nem conhece essa senhora direito! - Por fim, o mago levanta o tom de voz em uma repreensão. Bickslow ficava indignado de como Samaya conseguiu a confiança da albina mais rápido que ele, ambos ficaram mais presente na vida da albina no mesmo período, mas ele era um membro de sua guilda e já a conhecia a muito mais tempo, mas porque a Samaya que era "A Confiável" dessa história? Lisanna não gosta do tom de voz de Bickslow e responde à altura.
Lisanna: Eu confio nela! É só isso...
Bickslow: Ah é?! E não confia nos membros da sua guilda? - Ficando em pé em frente à albina. Lisanna olha desafiador para Bickslow, provando que não ficaria submissa nela discussão.
Lisanna: Quando pensei em confiar em um membro, fui apunhalada pelas costas! - Se referindo a Lucy, apesar da loira não ter culpa alguma.
Bickslow: A culpa não é dela!
Lisanna: Você está de que lado?! - Se exaltando e se levantando, encarando Bickslow, esse por sua vez suspira ao perceber que a discursão estava indo longe.
Bickslow: Eu estou do seu lado... - Diz em tom calmo.
Lisanna: Confio na Samaya porque ela me entende, além de cuidar de mim! - Bickslow volta a se irritar. Como assim ela que cuida da Lisanna? E os esforços dele, de Mira e até mesmo de Natsu? O mago percebe o quão egoísta foi essa afirmação da albina e volta a se exaltar.
Bickslow: Então eu e a Mira não cuidamos de você?!
Lisanna: Mira é minha irmã, é obrigação dela cuidar de mim e a Samaya não faz por obrigação! Ela faz porque gosta de mim e não porque tem segundas intenções!
Bickslow: O que você está querendo dizer com isso? - Pergunta confuso.
Lisanna: Qual seu interesse em mim? Por que perde seu tempo cuidando de mim? - Lisanna já responde utilizando outra pergunta. Bickslow nunca confessou que tinha interesse na albina, depois de um tempo, percebeu que estava mesmo apaixonado e passou a ser ainda mais presente para albina, fazendo tudo que ela pedisse. Mas agora era o momento de falar sua verdadeira intenção.
Bickslow: Será possível que você não percebe? - Segurando Lisanna por cada braço e fazendo com que a albina o encarasse os olhos cobertos pela máscara. - Eu... Eu estou apaixonado por você... - Diz calmo. O coração de Lisanna dispara quando percebe Bickslow aproximando o rosto do seu. Ambos fecham os olhos, mas Bickslow para quando não sente os lábios da albina nos seus, algo que sempre sonhou. Abre os olhos assustado e ver Lisanna olhando para o lado com lágrimas nos seus azulados.
Lisanna: Não posso... Você sabe que amo ele, sempre foi ele e sempre será ele... Você não tem chances comigo... Nunca teve...- Foi duro para albina dizer aquilo, por mais que fingisse que não estava sofrendo. Bickslow engole seco e se afasta de Lisanna.
Bickslow: Ok... - Foi tudo o que disse, antes de dá de ombros e sair pela janela. Lisanna derrama lágrimas, de fato, gostava da companhia do mago e não queria ter que dizer aquelas coisas para ele. Mas também não podia lhe dá uma chance se ainda é apaixonada por outro rapaz. No fundo, a albina só queria evitar que Bickslow sofresse futuramente.
Lisanna: "Por que me fala isso logo hoje? Se fosse há um mês eu poderia até te dá uma chance, pois não tinha esperanças que tivesse o Natsu para mim, mas agora tudo mudou! Eu posso ter o Natsu! Hoje é o dia em que o terei para sempre...” - Pensava enquanto chorava, mas precisava ser forte. Lisanna enxuga as lágrimas, faz sua higiene matinal, come algo e parte ao encontro de Samaya.
...
A albina estava com dificuldade de locomoção e agora não tinha Bickslow para ajudá-la, mesmo assim não desistiu. Demorou um pouco para que chegasse até a casa de Samaya e confirmou o que Bickslow havia dito, já tinha alguém em casa. Lisanna sorrir feliz e anda até a frente da casa, batendo na porta logo em seguida, mas como a mesma já estava entre aberta, à albina se sentiu na liberdade de ir entrando bem devagar.
Lisanna: Samaya-sama? A senhora já chegou? - A albina foi entrando devagar, não porque estava com medo ou queria pegar alguém em flagrante, mas porque seu corpo não permitia que ela se movimentasse de maneira mais rápida. Foi entrando mais ainda e encontrou a velhinha na cozinha, a mesma estava acabando de tirar uma pequena panela do fogão, estava terminando de cozinhar algo. - Samaya-sama! O que está fazendo? - Perguntou curiosa. A velha já havia percebido a presença de Lisanna, mas só agora se virou para vê-la.
Samaya: Estou fazendo sua poção... Já derreti a flor nesse líquido e ela já está pronta... Só preciso de um fio de cabelo seu... - Apontando para albina com suas mãos enrugadas e unhas imensas. Lisanna nunca teve medo de Samaya, mas ela sempre teve receio das unhas da velhinha, eram enormes e bem limpas. Nunca teve oportunidade de perguntar onde ela cuidava dessas unhas. Ainda incerta se era isso mesmo que queria, Lisanna recua o passo.
Lisanna: Não sei se isso está certo... - Ficando confusa. - Eu quero um amor verdadeiro... - Samaya olha com desdém para Lisanna.
Samaya: Isso é uma poção de desejo, quando ele tomar irá desejar apenas você, então é nessa hora que você faz sua função para fazer ele se apaixonar por você... - A albina pensa mais um pouco se isso vale a pena. - Fique tranquila Lisanna, vai dar tudo certo... Até porque, você merece ser amada antes de partir desse mundo! - Lisanna olha para o chão, ainda estava confusa, mas as palavras de Samaya estavam quase a convencendo em seguir a diante com o plano. - É você que o merece! Ele é seu e você não pode desistir fácil dele! Não cometa o mesmo erro que eu e fique encalhada pelo resto da vida, pois você não terá interesse em nenhum outro homem e esse sentimento por esse mago irá te destruir aos poucos... - Lisanna olha novamente para Samaya. - Você não me fez ter uma viagem de quatro horas por nada, não é? - Apelando para o favor que a albina lhe pediu. Lisanna agora é convencida, não queria que todo o esforço de Samaya fosse em vão. A albina leva a mão até a cabeça e retira um fio de cabelo prateado, entregando para Samaya ainda de forma temerosa. Não sabia por que, mas naquele momento estava começando a sentir medo das consequências que viriam a seguir. - Isso... Boa menina... - A velha pega o fio de cabelo, sem desgrudar o olhar do prateado. Com um sorriso bizarro no rosto, no qual Lisanna nunca viu desde que se conheceram, Samaya joga o fio dentro da panela com a poção. A coloração do líquido era roxa, após alguns segundos que o fio de cabelo cai, a coloração passa a ser rosa claro. - Você não deve ter dúvidas sobre seus sentimentos... Você o ama?
Lisanna: S-Sim... Mas...
Samaya: Isso é tudo! Ele irá te corresponder! - Disse firme. Lisanna estende a mão para que Samaya lhe entregasse a poção, mas a velha recua a panela. - Eu te entrego essa poção se fizermos um acordo...
Lisanna: Que acordo? - A albina fica confusa. Samaya não havia comentado de acordo nenhum com ela. E se fosse dinheiro, como Lisanna arranjaria qualquer quantia para pagar Samaya?
Samaya: Faremos um acordo... Traga a loira rival sua até mim que darei um jeito nela e em troca em te darei a poção - Disse despejando o líquido na panela em uma garrafa.
Lisanna: Mas por que a Lucy? - Não entendi porque Samaya precisaria da loira.
Samaya: Porque se ela continuar próxima dele, a poção não irá funcionar... Você tem que ser a primeira e única mulher que ele deve enxergar durante 30 minutos. - Explicou a Lisanna entendeu. - Apenas diga para loira que irá apresentá-la a uma amiga sua e leve ela para a floresta Leste de Magnolia... Será lá que irei distrair a loira enquanto você vai até ele e o faz beber a poção, irei te entregar a poção lá... Aceita esse acordo?
Lisanna: Bem... Não é bem um acordo, pois você não irá ganhar nada em troca - A albina riu. - Mas sendo assim... Eu aceito! - Firmando o acordo com um aperto de mão.
Samaya: "Você que pensa que não ganharei algo em troca..." - Pensou maliciosa. - Eu sei onde essa loira está! Quanto mais rápido, melhor! Faça o seguinte...
...
Casa de Porlyusica
Porlyusica: O que faz aqui? - Já havia perdido as esperanças de falar com a velha, mas finalmente ela decidiu voltar. Já era umas 09:45 da manhã quando Porlyusica decidiu voltar para sua casa. Lucy se vira surpresa e ver Porlyusica com duas sacolas de palha, uma com várias maçãs e outra cheia de folhas bem verde, era notável que a velha havia acordado cedo para colher maçãs e plantas. A senhora não fez nem questão de desejar "bom dia" para a loira.
Lucy: Desculpe incomodar senhora, eu queria te pedir um favor... - Se aproxima da velha, mas essa recua.
Porlyusica: Saia daqui! Odeio o cheiro de humanos!
Lucy: É algo importante... Preciso saber se estou grávida... - A senhora analisa Lucy por alguns segundos.
Porlyusica: Você mal perdeu um filho e já quer ter outro? Espero que dessa vez seja mais cuidadosa... - Lucy não contou para ninguém que Lisanna a empurrou da escada, sendo assim, pessoas como a Porlyusica logo acharam que a loira fosse muito desastrada.
Lucy: Por favor, senhora... Eu estou me sentindo do mesmo jeito que a primeira vez... Preciso saber se espero um filho do Natsu... - Implorando.
Porlyusica: Se você não estiver mesmo grávida, vai terminar se frustrando e eu não faço questão alguma de te consolar... Ou pior, possa ser que dessa vez seja uma gravidez de risco... - Alertou. Lucy pensou nessa possibilidade, mas uma hora teria que saber se estava grávida ou não. Para Lucy, essa era a hora certa.
Lucy: Não importa... Eu preciso saber! Sou forte para superar isso... - Porlyusica pensou por alguns segundos e caminhou em direção a sua casa. Para ajudá-la, Lucy se ofereceu para carregar suas sacolas enquanto a velha abria a porta da sua casa. Porlyusica entrou e deu espaço para Lucy entrar com suas sacolas, a loira colocou as sacolas em uma mesa que Porlyusica apontou. Logo a velha foi até uma de suas estantes pegar os seus ingredientes necessários, não demorou muito para que a senhora rosada voltasse com um pote de água e um frasco. Porlyusica derramou a substância do frasco no pote de água e balançou o porte para que ambas as substância se misturassem. Entregando o pote para Lucy. A loira já havia feito isso antes, então já sabia o que tinha que fazer, Lucy não tardou a cuspir dentro do pote, não demorou muito para que a cor do líquido mudasse de cor para vermelho. Deixando brilho nos olhos da loira, pois ela sabia o que significava. - Eu estou...
Porlyusica: Grávida de novo... - Completa a rosada.
CONTINUA...
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