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História A maldição de Chihiro - Acredite em mim


Escrita por: maryMariin

Notas do Autor


Boa leitura ❤

Capítulo 5 - Acredite em mim


Fanfic / Fanfiction A maldição de Chihiro - Acredite em mim

Depois de limpar todos os cômodos do andar de baixo e ser praticamente humilhada na frente da nossa mais nova dor de cabeça chamada Dione, fui convocada para cantar para Zuzhó, ele parecia relaxar muito com a minha voz, o que eu não entendia, pois ela era simples e desafinava vez ou outra, ele quase parecia uma pessoa boa naqueles momentos, fechando os olhos e relaxando a expressão em um quase sorriso em quanto caía na armadilha dos sonhos, me retirei assim que ele entrou em sono profundo e estava indo para a cozinha encontrar com Lin quando trombei com Chitose, uma senhora calva e de pele avermelhada, ela tinha alguns panos e vasilha de água morna com algumas ervas.


- Me perdoe, Senhora Chitose. - Pedi e ela negou com um aceno.


- Não se preocupe com isso, pelo menos a água mágica ainda está intacta. - Concordei, curiosa, talvez aquilo fosse pra Haku?


- Como desculpas deixe que eu levo para a senhora, aquelas escadas não parecem ser um inimigo fácil. - Ela riu e concordou para meu total alívio.


- Certo mocinha, é a primeira porta no final da escada. 


A escada era velha e não combinava com o designer do restante do castelo, lembrei-me de não ter explorado aquela região ainda e pouco a pouco e com as pernas já doloridas de cansaço bati na porta.


- Com licença, vim trazer algumas... - olhei para a água em mãos. - coisas, que a senhora Chitose pediu.


Sem resposta.


Girei a maçaneta e tensa abri a porta, era um quarto belíssimo a luz da lua entrava pela janela deixando a cor azulada da cama e das cortinas esvoaçantes ainda mais mágicas.

 No meio do quarto havia uma banheira de água quente preparada, vapor saia de seu interior e imediatamente me aproximei, meu corpo estava tão dolorido e fazia semanas que eu não tinha um banho quente decente. 


Toquei a água pensativa.


Seria falta de educação da minha parte.


Mordi os lábios, e olhei em volta, não havia ninguém no quarto, retirei as roupas mais pesadas e estava prestes a tirar meu vestido fino quando ouvi um barulho de madeira.


- Quem está aí? - Perguntei e senti minha coluna se arrepiar, minha mente fervendo em quanto tentava desesperadamente arranjar uma saída daquele momento constrangedor.


Me virei pra a janela, de onde o som vinha, coragem e vergonha logo foram substituídas por surpresa.


- Kohaku... 


- Chihiro. - Ele não parecia tenso nem triste parado no parapeito da janela.


Os olhos levemente surpresos.


- Eu vim trazer alguns remédios. - Expliquei sem jeito.


- Não esperava você aqui. - Disse genuinamente.


- Ah- haha...


Tomando coragem de o encarar ele não parecia envergonhado, nenhum rubor subiu ao seu rosto e cogitei a hipótese de nudez não ser algo impressionável para ele, tampei meus seios com o braço.


- Aqui, no mundo dos sonhos roupas são apenas formalidades. - Falou gentilmente como se tivesse lido minha mente se aproximou, pegou minha capa do chão e gentilmente a envolveu em meus ombros.


- Comparamos os corpos como belas paisagens, sem nenhum pudor sobre isso, mais isso não é comum no mundo humano, certo?
- Bem eu certamente não gostaria de ver todos pelados. - Sussurrei e ele riu.


- Bom então o que a trás aqui vestida assim?
- Ah bom eu... Sabe como os deveres de uma serva são árduos não é mesmo? Acabei trombando com a senhora Chitose em quanto ia me banhar e ela me pediu para trazer essas coisas. - Menti desviando de sua pergunta, ergui a vasilha cheia de remédio e panos para ele ver.

Notei que sua pele estava pálida além do comum e os machucados eram um horrível contraste, ressaltados gola acima da camisa.


- Obrigado, pode deixar na mesa. - Me aproximei da mesa e após deixar tudo lá, não pude deixar de espiar pelo canto do olho o olhar distante que Haku lançava ao céu, sentado na janela.


Segurei a maçaneta da porta, mais não a girei.


- Haku?


— Sou todo ouvidos — disse ele.


– Me permita ajudar com seus machucados? - Perguntei e ele concordou abaixando a fina camisa branca de botões que usava.


Eram cortes profundos que apesar de não sagrarem mais, pareciam extremamente feios e um pouco abertos, toquei delicadamente a borda de um, como alguém poderia fazer isso com ele? Parte minha se culpava pelo acontecido e outra mais egoísta ficava com raiva de tudo isso.


Coloquei o pano úmido e com o máximo de cuidado higienizei cada corte, ele, vez ou outra, se contraia mais em momento algum reclamou.


Coloquei o pano ao terminar de limpar suas feridas na água avermelhada e sequei minhas mãos no avental.


- Porque você serve a Zuzhó afinal? Ele não faz bem a você. - soltei minha língua não me impedindo, ele suspirou como se já espera-se essa pergunta.


- Eu não tenho escolha, é um trato que eu estou pagando. - Sua voz soava tensa.


- Mais mesmo assim eu não me arrependo, a pessoa que eu libertei na época era muito importante para mim. - Senti um tristeza súbita, de quem ele estaria falando? 


- Podemos dar um jeito de sair daqui Haku. - Murmurei e derrepente Arfei quando ele se virou de frente para mim, seu poder era suficiente para fazer meu coração latejar e o rosto virar vermelho brasa, dei alguns passos para trás sutilmente.


- Você está bem? Quer que eu te acompanhe até seu quarto? 


- Não precisa! - Coloquei minha mão em seu ombro, o impedindo de sair.


Ele me fitou, curiosidade sobre suas feições delicadas, ele tocou meu rosto.


- Você está vermelha Chihiro, se sente bem? - Perguntou, voltando aos meus olhos.


- C- Claro que estou, é apenas minha cor natural. - Quis me bater após soltar a frase, soava totalmente falso, ele tocou meus dedos com ambas as mãos.


- Seus braços estavam feridos. Você tem sofrido, talvez até mais que eu. - Então ele calmamente pegou o pano úmido de medicamento e limpou um a um meus machucados.


- Está doendo? - Perguntou, neguei.


- Ótimo. - soube que aquela cena ficaria gravada para sempre em minha memória, seus olhos intensos olhando para o meu rosto, a delicadeza com que ele cuidou das minhas mãos e braços, o toque suave da luz da lua sob sua pele.


Ele era quase majestoso de mais, seus olhos tinham uma intensidade que me deixava inebriada, que parecia ver meus pensamentos mais íntimos.


- Os olhos não estão nos vendo? - Perguntei olhando em volta, ele negou.


- Exigi um feitiço que os mantivessem longe do meu quarto quando vim trabalhar aqui, eles são olhos amaldiçoados Chihiro, muitos reis antes de Zuzhó enlouqueceram com as mentiras e as verdades que cada olho vê. - Explicou e concordei pensativa.


- Seu passado deve ser um pouco complicado. - Comentei. - Eu quero ajudar você, ajudá-lo a sair daqui, quem garante que ele realmente está ou não louco? Você pode vir comigo.- Sussurrei a última parte, desviando o olhar.


— Honestamente, do que você tem medo, o que você gosta daqui? — perguntei finalizando minha questão com um interesse genuíno, me sentando na borda da janela ao seu lado, ele demorou alguns instantes para responder, seu rosto relaxado ficando um pouco inexpressivo.


— Às vezes é melhor parar de tentar entender o sentido das coisas Chihiro, eu vivi muitos anos para saber que a vida não é totalmente nítida e que a coisas e planos que você não deve saber sobre mim.


— Minha vida é nítida — disse, um pouco desconfortável com sua resposta.


Um sorriso mínimo surgiu em seu rosto, provavelmente aliviado com minha reação.


- Talvez para as pessoas que te conhecem, mais para você mesma? 


— Não — disse com um suspiro.


— Meu mundo é confuso. Fica cansativo às vezes.


Ele enlaçou sua mão na minha.


- Talvez eu deva mudar o seu mundo? - Perguntou calmamente, ali ele parecia totalmente diferente, eu sabia que ele estava brincando, mais mal contive minha resposta.


- Eu gostaria muito disso. - Murmurei sabendo que estava o provocando, isso não era muito do meu feitio, me aproximei dele abotoando sua camisa.


- Por que não começa me contando sobre minhas memórias? - Pedi e me ignorando me impediu de abotoar o último botão, sua mão esquerda cobrindo a minha, o encarei, seus olhos foram descendo gradualmente para meus labios entre abertos e quando ele aproximou seu rosto fechei os olhos, seus dedos subiram pela minha pele tocando meu pescoço de maneira provocativa, já sentia sua respiração fresca sob meus lábios quando alguém bateu na porta.


- Senhorita Chihiro? Senhor Haku? - Era Chitose.
Me afastei rapidamente. Derrubando um pouco da água cheia de ervas no chão.


- A-ah, eu acho que tenho que ir, nos vemos amanhã Haku. - Acenei e antes que ele dissesse algo corri para fora fechado a porta atrás de mim, Chitose me encarou confusa.


- Está tudo bem criança? - Me olhou com preocupação.


- S-sim só estou cansada, é apenas cansaço já entreguei tudo a ele não se preocupe. - Desci as escadas apressada e corri para o meu quarto, toquei meu rosto com as duas mãos.


Eu estava quente, meu coração parecia que ia explodir.


Lin entrou no quarto e inclinou a cabeça confusa ao me ver acordada ainda, ela se abaixou ao meu lado.


- Qual é a dessa cor vermelha? -Tocou meu rosto. 


- Está se sentindo mal? - Então ela me encarou como se junta -se os pontos.


- Ahhh, você estava com o Haku? - Perguntou me dando cotoveladas de leve.


- Sim e eu não sei o que está havendo, eu nunca me senti assim próxima de alguém. - Aquela era a mais pura verdade, a única pessoa que eu havia gostado era Hiroshi no fundamental, mais aqueles sentimentos não chegavam nem perto do que sentia por Haku.


- Ora sua bobinha, não está na cara? Você está apaixonada. - Ela sorriu de modo doce.


- Apaixonada... - Murmurei, um milhão de sentimentos desabrochando dentro de mim. Concordei.


- Sim eu... Não é estranho isso? Quero dizer, eu nao o conheço muito, será... Será que ele gosta de mim também? - Perguntei e ela deu risada, seus olhos cansados percorrendo o quarto antes de começar a se despir e substituir as roupas de trabalho por uma camisola.


- Claro que sim, não vê o modo como ele trata você? Haku não tem amigos Chihiro, as vezes já cheguei a acreditar que ele não tinha um cérebro, mais com você é diferente, aposto que ele deve estar sonhando acordado nesse exato instante. - Sorri com a imagem dele e concordei. 

Ela vestiu um pijama e se deitou na cama, apesar da felicidade, no entanto nos dias que se seguiram eu mal conseguia me manter próxima a ele, quando notei estava o evitando ao máximo possível, até Dione, que era tratada como hóspede mimada por seus serviços noturnos na cama do Zuzhó, conversava mais com ele, estava indo retirar as vasilhas da mesa na hora do almoço, quando houvi a voz de ambos, ela estava claramente me provocando.


- Ora, mais você deve ter muitas habilidades de luta, para ser um servo tão dedicado e único para Zuzhó. - Senti os olhos de Haku em mim.


- Não faço nada além do meus deveres, senhorita. 


- Claro que sim. - Ela sorriu. - Se quiser ir ao meu quarto mais tarde, poderíamos dar uma volta no jardim juntos.


Quase derrubei uma xícara naquele momento, mais logo me recompôs e estava saindo quando ouvi a cadeira ser arrastada.


- Com licença por favor. - Era Haku, saindo da sala em minha direção, baixei o olhar.


- Chihiro...


- Oi. - Cumprimentei.


- Peço desculpas por ontem a noite, minha intenção nunca foi constrange-la. - surpreendentemente ele parecia ruborizado.


Eu sabia que dependendo da minha reação eu o machucaria, mais as dúvidas voavam sobre minha cabeça como corvos atrevidos, eu poderia realmente me dar ao luxo de me apegar mais ainda a ele? Zuzhó iria continuar o importunado, eu realmente queria isso?


- Como pedido de desculpas por meu mal comportamento, deixe-me ajudá-la com isso. - antes que eu pudesse protestar ele pegou as louças da minha mão e o segui até a cozinha, Uy vôo para fora do bolso do meu vestido e pousou no ombro de Haku, ele parou na porta da cozinha a boca aberta com a pilha enorme de louça que o esperava, ele engoliu em seco.


- Quer deixar isso comigo? 

 
- De modo algum, fique despreocupada, acabarei em instantes. - Arregaçou as mangas diante da pia e se pôs a lavar os pratos, peguei um pano para secar as louças divertida com aquela cena.


- Ó, é mesmo? - perguntou a Uy e parei um pouco surpresa.


- Consegue falar com ele?


- Esse é uma flecha d'água, um passarinho raro das águas daqui desse mundo, me surpreende que ele tenha escolhido você como protetora dele, geralmente eles permanecem escondidos a vida toda, longe de contato humano.


O passarinho piou, como se confirmando suas palavras.


Toquei Uy, não contendo um sorriso.


- Parece que eu não sou apenas uma humana comum por aqui uh? - Empurrei Haku de leve com o ombro e ele sorriu, mais seu sorriso não chegou aos olhos.


- Não você não é. - Murmurou. 


- Onde está Zuzhó? - Perguntei sentindo minhas têmporas suarem ao acabar de guardar todas as louças.


- Ele sai a cada última semana do mês, então o castelo fica sob meus cuidados e supervisão. - Explicou, era uma tarde ensolarada cujos raios de sol pareciam esquentar Aínda mais a cozinha, me inclinei sobre Haku retirando alguns fios de cabelo de seu rosto, seus olhos se arregalaram e então ele sorriu minimamente quando toquei sua bochecha.


- Obrigada Haku, por tudo, acho que nunca tive a oportunidade de te agradecer como se deve. - Expliquei, ele inclinou levemente a cabeça em minha mão e seus dedos gelados a tocaram.


- Eu prometi a mim mesmo que nada iria te machucar em quanto eu estivesse por perto. Então não à o que agradecer. - Eu senti meu coração bater rapidamente quando ele depositou um beijo casto na palma da minha mão, ficamos nós encarando por algum tempo, tempo esse que pareceu parar, seus olhos pareciam analisar cada detalhe do meu rosto então, derrepente uma sombra quebrou o momento, olhei para a janela e vi o sem rosto, o mesmo que estava na cela comigo.


- Sem rosto! - Murmurei, uma mistura de culpa e admiração, como ele tinha me encontrado?.


- Conhece ele? - Perguntou Haku, suas feições frias derrepente.


- Sim, é o sem rosto, ele estava na mesma cela comigo quando fomos enviados para cá, não é mesmo Sem?


- Ah. - Acenou, sua máscara branca para cima e para baixo.


Corri para sair de casa mais Kohaku segurou minha mão, me impedindo.


- Não saia. Acho preferível que você descanse, deixe que eu cuido do nosso convidado. - Algo parecia errado, tão errado que ele nem mesmo parecia me ver quando falava essas palavras, seu aperto de mão era um pouco firme de mais e resolvi acenar, senti seu olhar me seguir até fora da cozinha, já no corredor escuro alguns olhos me olhavam com curiosidade, um deles notei com espanto que era vermelho, ele sinalizava para frente, várias vezes e resolvi segui-lo.

 Hoje o castelo, por mais pessoas que sempre tinha andando para todos os lugares estava estranhamente mórbido, quase como se a ida de Zuzhó tivesse levado a alma do lugar, após descer algumas escadas notei que o olho brilhava em direção às masmorras, lugar no qual eu nunca antes havia descido.


Alguns lances de escada em espiral depois peguei uma tocha no final da escada, o cheiro podre de coisas estragadas era de embrulhar o estômago e levei a mão ao nariz.


O porão de celas era maior do que eu imaginava, havia algumas caveiras nas primeiras celas que, para meu espanto se mexiam e gesticulavam umas para as outras então notei uma senhora, cujas feições me lembravam alguém.


- Yubaba? - Perguntei antes mesmo de pensar em algo, tampei a boca com as mãos, as palavras tinha simplesmente escapado!

El como se tivesse visto useuentidade arregalou os olhos.

- Chihiro?!


- Nós conhecemos? Você é a mulher da casa de banhos? 


- Ó minha criança... - Ela se aproximou das grades da cela e logo uma outra yubaba surgiu, na cela ao lado, cocei os olhos confusa.


- Você tem uma gêmea... - Murmurei. - Zeniba? - Levei a mão aos lábios novamente, como eu conhecia ambas ainda era um mistério pra mim.


- Olá Chihiro. - Ela Comprimentou, eram tão parecidas que temia não saber qual era qual.


- Não sabia que estavam aqui. - Murmurei.


- Claro que não, menina. Estamos aqui a muito tempo. 


- O que vocês fazem aqui... Não, na verdade, o que você faz aqui vovó zeniba. - Perguntei.


- Ah minha menininha, eu fui totalmente injustiçada. - Choramingou e me aproximei para pegar sua mão.


- Não escute o que ela diz Chihiro, ela está fingindo. - Falou Yubaba.


O rosto de Zeniba se enfureceu.


- Velha estraga prazeres. - Rosnou. - Venha aqui Chihiro, vejo que retiraram uma coisa importante de você. - Ela levou a mão no bolso e algo brilhante surgiu na palma da sua mão.


- Abra a boca. Ates que entre pelo seu nariz. - Pediu e antes que eu pudesse aceitar a luz entrou em minha boca, tossi, cambaleando para trás, uma explosão de memórias surgindo em minha mente.


Arfei com os olhos arregalados. 


- Se lembra agora? - Perguntou e concordei.


- Que barulheira é essa, um velho não pode mais dormir? - Derrepente kamashi surgiu das sombras, fiquei boqui-aberta.


- Chihiro?! O que faz aqui?


- Kamaji! - Corri até sua cela.


Ele estava mais magro e pálido do que eu me lembrava.


- Já se passaram 100 anos, como você cresceu, está belíssima. - Elogiou gentilmente.

Sorri.

- Não entendo. - Murmurei. - Porque Zuzhó fez isso? - Perguntei o olhando, de todos ali, kamashi era o que eu mais confiava.


- Não foi Zuzhó que decidiu isso, foi Haku. - Ele respondeu um pouco exitante. 


- Zuzhó é realmente quem tem poder sobre o mundo, mais Haku tem grande influência sob suas decisões, ele fez uma escolha horrível no passado, há muita escuridão em seu coração agora.


Senti meu coração batendo de forma ansiosa.


- Não, Haku não faria isso. Não sem algum motivo. - Sussurrei. Kamaji me olhou com pena.
- Sei que ama ele, minha criança, mais ele não é mais o menino que você conheceu anos atrás.


- Como pode ter passado 100 anos?! Eu tenho apenas 18 anos! 


- Não estamos mentindo, sei que você gostaria que fosse mentira, porém, o tempo no seu mundo passa mais devagar do que o nosso, por isso que quando você chegou, a anos atrás, você pode voltar normalmente para sua vida cotidiana.


- Eu realmente não entendo... - me encostei na cela, baixando o olhar.


- Isso que você carrega no peito. - Começou Yubaba. - É o pergaminho perdido, e Kohaku sabe disso. Tome muito cuidado daqui pra frente. - Eu tinha tantas perguntas, 100 anos era muito, não sabia o que perguntar primeiro, mais antes que eu pudesse falar alguma coisa, senti uma presença atrás de mim.


Kamaji e os outros se afastaram um pouco e não precisei me virar para saber quem era.


- Haku...


- Sen. - Murmurou no meu ouvido, meu antigo nome. 

Um arrepio estranho me percorreu.


- O que faz aqui? - Perguntou e me virei, seu rosto estava calmo, em quanto me observava, esperando uma resposta.


- Bom eu... - Tentei desesperadamente inventar alguma desculpa, não podia simplesmente dizer que fui atraída por um olho mágico, ou yubaba e os outros estariam em perigo.


Ele segurou meu braço com um pouco de força.


- Eu nunca tinha descido até aqui, fiquei curiosa. - Respondi em um fôlego só.


- A culpa foi minha, eu fiz alguns barulhos creio que a menina deve ter escutado. - Resmungou Kamaji. 


Haku continuava me encarando, como se a qualquer momento algum tipo de anomalia fosse surgir no meu rosto.


- Venha comigo. - Começou a me puxar.


- Você não poderá ficar com ela pra sempre seu dragão dos infernos!. - Zeniba rosnou derrepente.


- Não rosne, você não é um cachorro. - A voz de Haku era calma, mais tão fria que vi zeniba se calar, apesar do rosto estar vermelho de raiva.


Ao sairmos do porão ele me soltou, a marca dos seus dedos impressas no meu pulso.


Mantive uma certa distância em quanto ele me guiava até meu quarto.


- O que te disseram? - Perguntou parando e me impedindo de passar pela porta do quarto.


Me vi encurrulada e sem saída no corredor escuro.


- Nada.


- Você não sabe mentir, querida. - Seu dedo tocou meu rosto, um gesto quase ameaçador.


Havia um toque de maldade em seus olhos, coisa que eu nunca tinha visto antes, mas por algum motivo eu não conseguia me afastar, com a lembrança antiga de nossos momentos juntos meus sentimentos só se fortaleceram.


Eu estava enfeitiçada, qualquer coisa que ele fizesse não me faria ter medo dele.


- Não acredite no que dizem Chihiro. - Murmurou. 


Seus olhos seguindo seus dedos que tocava meu pescoço.


- Você se lembra agora não se lembra? - Perguntou, concordei segurando o fôlego, ele estava muito perto.


- Sinto seu coração batendo Chihiro, está com medo?


- Eu não tenho medo de você. - Murmurei quase automaticamente e um sorriso mínimo surgiu em seu rosto, ele não acreditou em mim por completo, mais pareceu ser o bastante.


- Bom. - Se endireitou, parecendo mais relaxado. 

- Não quero que desça lá de novo e isso não é um pedido, você me entendeu?. - Acenei com a cabeça, será que ele não entendia que meu nervoso vinha por outro motivo?


ele beijou minha testa carinhosamente antes de se afastar, não esperei ele sumir para entrar no meu quarto, por mais que eu estivesse apaixonada por ele, eu precisaria voltar para o porão, precisava entender o que estava acontecendo, custe o que custar.


Notas Finais


Espero que tenham gostado e mil desculpas pela demora u.u
O capítulo foi um pouco cumprido pra compensar minha demora de postar ^.^
Até o próximo capítulo 🖤


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