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História A Maldição De Uma Alfa. - "Eu prometo"


Escrita por: __DiAngel

Notas do Autor


Segundo capítulo aí e eu digo que vou ficar mais nessa fic que nas outras. Nos encontramos lá embaixo.

Capítulo 3 - "Eu prometo"


Fanfic / Fanfiction A Maldição De Uma Alfa. - "Eu prometo"

GoldFur

Sunset Ville.

Décima primeira lua de Agosto — Entardecer.

Quase anoitecer.




— S-Sprig?! Por que por Aqua e todos os Elementares você está aqui? — Anne estava surpresa. Seu melhor amigo havia vindo sozinho de Mint Ville até Sunset Ville.


— Por que um pássaro me contou que você e a Marcy vão se casar hoje. — O pequeno delta apontou o indicador para a sua "superior". — E você não consegue se arrumar de forma decente sem que eu ou Sasha estejamos por perto.


— Assim você me envergonha azedinho. — Anne disse em um tom convincente de chateação, porém ao mesmo tempo, irônico.


— Não vem com essas suas ironias extremamente convincentes pra cima de mim Boonchuy. Crescemos juntos, sei exatamente quando você tá ironizando. — O ruivo segurou de forma firme no braço de Anne.


— Maldito o dia que eu te ensinei irônia. Mais uma coisa, como é que deixaram você entrar? 




O ruivinho olhou para a castanha e franziu o rosto. Sério isso? Era realmente aquilo que ele estava ouvindo?

Deltas eram muito respeitados. Logo depois dos alfas Enigmas, os deltas eram os segundos no comando geral.

Parece impossível, mais não é.

Mais pra você meu caro leitor, que deve se perguntar nesse exato momento o que é um delta. Bom, deixa que eu explico.


Existem dois tipos de deltas. Os deltas nascidos de dois alfas e os deltas nascidos de betas e ômegas.

Os deltas nascidos de alfas se igualam a eles em todos os sentidos. A diferença é que eles são um pouco mais teimosos. Eles não se importam de dividir território com alfas, lúpus e Enigmas. Em matéria de defensiva, são muito melhores protegendo sua área do que os alfas.

Também existem os deltas de betas e ômegas. Eles são conhecidos como "alfas fracos/frágeis". Estes deltas são chamados de defeituosos, e sofrem muito mais no cio, sendo até mesmo mais agressivo.


Eles possuem um odor amargo, normalmente uma combinação de vinagre e mais um odor, e isso torna o cheiro azedo. Também podem se reproduzir com qualquer uma das outras classes existentes.

Outro fator importante, é que eles só se apaixonam uma vez na vida, e quando o fazem, são 100% leais a seu parceiro ou parceira.

Mas para aqueles que não possuem um par, podem ser contratados como assassinos e mercenários.


Outra curiosidade importante, é que como os Enigmas, alfas e lúpus, os deltas possuem uma "voz de comando". Era como se fosse um timbre na voz, podendo deixar as outras classes com medo, atordoados e até mesmo persuadi-los.

Com os deltas não é diferente. Classes como sigmas, gammas, alfas e alfas lúpus, betas e ômegas são totalmente submissos a esse comando.


Agora que temos essa classe explicada, podemos voltar ao conflito.




— Não... Não, não, não! Eu me lembro desse terno branco Sprig Plantar. Foi a Sasha que te mandou trazer! — Anne resmungou. Já o plantar, ele tinha um sorriso bobo e maléfico no rosto. Anne tinha duas opções. Correr e se esconder, ou se jogar da janela e se esconder no primeiro lago que visse e rezasse pra que ele passasse reto.


— Anne. — Ele cantarolou. — Se você correr vai ser pior.




Antes que o ruivo terminasse, Boonchuy já havia corrido. Sprig fez uma cara de indignação. Piscou várias vezes antes de começar a caminhar pelos corredores exageradamente decorados de cores quentes. Aquilo feria levemente seu olhos.



Santo Aqua... Por que a GoldFur gosta tanto de cores quentes?



Chacoalhou levemente sua cabeça buscando pelo aroma inconfundível de sua irmã de criação. O cheiro de baunilha, blueberry e um toque mais amargo e fraco de canela.

Por causa da combinação exótica de cheiros, era possível saber exatamente todo o caminho feito por ela, sem errar uma pedra sequer. Sprig sorriu. 



Teimosa. E Hop-Pop dizendo que eu era o teimoso da família.



Riu nasalado e seguiu o cheiro. O sol praticamente havia terminado de se por quando encontrou Anne escondida em um lugar muito óbvio. Na verdade, bem idiota.

Um banheiro. Sprig não ficou surpreso. Existiam trocentos banheiros, e ele com certeza não saberia qual deles seria se não fosse pelo cheiro "dedo-duro".




— Por Aqua e todos os Deuses juntos. Você tá beautiful. — Sprig bateu suas mãos em um ritmo alegre. Seu rosto possuía um sorriso enorme, que ia de orelha a orelha. Ele arrumou brevemente a gravata e se afastou.


— Eu só não te mato por que preciso de seus conselhos. — Ela choramingou feito uma criança.


— E você teria coragem de fazer isso? — Franziu o rosto. Sprig sabia muito bem que, por mais que Anne fosse uma alfa, e que alguns costumavam até mesmo matar, ela não matava nem mesmo formiga. Era boa demais. — Ah, por favor. Você não mata uma mísera formiga Anne.




Ela não argumentou, até por que ele estava completamente certo. Ela virou o rosto pro lado com uma leve chateação por sua fraqueza e coçou levemente sua nuca.

Sprig cantarolou. Ele apertou a mão de Anne e a retirou do quarto. Eles tinham um casamento para ir. E aparentemente, um casamento sem muitos convidados necessários.

O ruivo e a castanha atravessaram os corredores. Eles literalmente brilhavam quando anoitecia. Aquelas cores quentes brilhando irritaram brevemente os olhos de Sprig. O plantar não era acostumado com os tons de laranja, vermelho, amarelo de forma neon. E olha que o cabelo dele era vermelho alaranjado. Mais alaranjado.



Céus... Como brilha. Agora sei por que são chamados de Amantes do Sol.




— Bom, eu vou te levar até o altar. Como lei, você não pode ver a noiva. Não vestida pelo menos. — Ele suspirou. — Eu sei que vocês tavam juntas até pouco tempo. Normalmente, ocorreriam pinturas e— Pera... — Ela se calou. Pinturas. É claro, as pinturas de cerimônia. Cada alcatéia tinha as próprias cores, mas como são óbvias, não terei que cita-las. — Volta pro quarto. Agora. Eu preciso das tintas. — Anne resmungou com raiva.



[...]



Ela estava orgulhosa. Passou o dedo sujo de tinta sobre a testa de sua filha, fazendo um pequeno símbolo.

Marcy estava pronta. Mas por algum motivo, a herdeira não quis utilizar um vestido clássico. Talvez por ironia de um destino muito próximo, ela havia escolhido uma roupa de cerimônia vermelha que ela possuía. Estava linda.

Olivia limpou o dedo no pote de água e sorriu singelamente. 



Respira.




— Vamos Marcy? — Perguntou. Marcy forçou um sorriso e maneou a cabeça em um aceno positivo.


— Claro. — Podia ter jurar ter visto um espírito.



Respira...




Olivia tomou a mão de sua filha. Os corredores tinham apenas as janelas lhe fazendo companhia. Alguns guardas que faziam a vigília cumprimentaram a princesa com uma balanço de cabeça.

A cada passo, mais perto estavam de onde ocorreria o casamento. Cada vez mais tensa Marcy permanecia.



Respire...



Marcy avistou o típico tapete vermelho de seda. Pisou na borda dele e olhou pra frente com um suspiro fundo. Lá estava Anne. Os cachos normalmente rebeldes estavam "mansinhos" e seu olhar estava sobre si. Não de forma maliciosa, mais de forma surpresa.



Respire Marcy...



Olivia a guiou até o altar. A calorosa mão de sua mãe soltou da sua. Ela engoliu seco antes de caminhar até o lado da alfa.

Estava na hora. Aquele era o momento. O tão ansiado casamento da aliança. Marcy queria sumir nessa hora, mais infelizmente, a habilidade de sumir não era concedida a mortais.

Os votos matrimoniais foram feitos. Marcy e Anne agora estavam frente a frente. Cara a cara. Wu sabia o que significava. Só que, por algum livramento, não foi exatamente como ela esperava.

Um beijo sobre sua cabeça acompanhado de um doce sorriso. Os olhos até então amedrontados de Marcy brilharam.



— Não vou fazer nada que seja contra sua vontade. Eu prometo. — Um ato de cavalheirismo. Anne puxou a mão de Marcy suavemente até seus lábios e depositou um beijo demorado ali.


— Tudo bem. Você tem minha confiança.




Uma troca de sorrisos. As histórias diziam que GoldFur fazia ótimas festas, e Anne experimentou de primeira mão.

Mesmo sendo uma pequena comemoração, a festa poderia ser escalada em 10. Músicas comemorativas e de preferência discretas, alimento...

O polegar de Anne então roçou na mão de Marcy. Ela tinha uma proposta. Marcy franziu seu rosto. Estava confusa.




— Por acaso... Por acaso você me daria a honra de uma dança? — Puxou suavemente Wu. Um movimento calmo para não assusta-la.


— Você sabe dançar? — Cantarolou. Suspeitou a princípio do movimento repentino, mais se acalmou. — Permissão concedida, Boonchuy. 



Passos calmos de acordo com a melodia. Alguns giros e poucas trocas de piadas. O medo e tensão estavam deixando o casal.

Era algo belo de se ver. Mas, ainda assim, apesar da festa, Yunan e Bee tinham outras preocupações.


Silver Keepers e SablePaw. As duas alcatéias estiveram vigiando suas fronteiras. E tudo que GoldFur não precisava, era um ataque os representantes de Ventus e de Terra.

Se soubessem da aliança, era capaz de não quererem declarar a paz. Se é que haveria paz. Mas eles estavam seguros. Naquele momento, estavam seguros.




GoldFur.

Sunset Ville.

Primeira lua de setembro — Nascer do sol.





O sol. O doce e amado sol. Ele invadiu as janelas como um intruso e atingiu os olhos de Marcy.

A de cabelos escuros murmurou. Algo parecido com um lamentar e um xingamento. Ela estava vestindo uma camisola. Ela não fazia idéia de que horas havia colocado a peça, mas estava vestida e era aquilo que importava.

Marcy olhou para o seu lado. Lá estava ela. A Alfa Enigma estava dormindo. Parecia um bebê. Porém havia algo... curioso, em suas mãos. Curiosa, ela puxou cuidadosamente a coberta e se espantou.

Sangue. O líquido carmesim estava em seus braços e mãos. Marcy temeu por Anne. Seria um sinal da maldição? A informação dada pelo livro seria falsa?




— Anne! O que houve? Por que está suja de sangue?! — Boonchuy acordou confusa. Seus olhos castanhos caminharam sobre seus braços.


— Eu... Eu não sei. Eu só me lembro de ter vindo deitar e...




Era como se a informação estivesse vazado de sua cabeça. Estava assustada. Marcy presenciou pela primeira vez uma alfa amedrontada. Apavoradissima. E com motivos.



Ah céus... Se as outras alcatéias descobrirem...



Marcy estava certa em se preocupar. Existiam aqueles que, pra tentar impedir a destruição mundial, tentariam acabar com a vida de Anne.

E enquanto ela não se lembrasse do que aconteceu, estavam em sérios problemas.



[...]



— Você tem certeza que isso vai funcionar? Magia é proibido e você sabe.




Marcy revirou os olhos e sorriu. Não era o melhor método, porém era o mais eficaz.

Nos tempos livres, Marcy ficava com uma amiga chamada Maddie. Ela era uma bruxinha e Marcy sua aprendiz.




— Vi a Maddie fazendo esse feitiço várias vezes. — A ômega pôs uma vasilha de água na frente de Anne e uma vela. — Feche os olhos. Imagine-se você ontem a noite um pouco antes de se deitar.


— Eu acho que não vai dar certo.




No meio de sua frase, Anne foi tomada por um silêncio. A ponta dos dedos da Enigma batiam na mesa de madeira.

Os dedos começaram a roçar na madeira, formando pequenas marcas de garras.

Marcy engoliu seco. Aquilo não costumava acontecer.




— Eu me lembro.


Notas Finais


O próximo capítulo será sobre a alcatéia Silver Keepers e provavelmente SablePaw. Espero que gostem. Aliás, esta fic é uma readaptação da Fic do @spid3y. Passem lá pra ver.


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