História A Maldição do Amor - Prólogo

Hades mais uma vez se encontrava ansioso pela guerra santa que estava prestes a chegar, e com isso, pensava em diversas formas de se livrar da Deusa da sabedoria e da Guerra, Athena. 

Sua maldade com os pobres humanos não havia limites, o Deus do submundo não era igual a Deusa que tinha misericórdia com os pobres humanos, muito pelo contrário, ele ansiava pela exterminação de ambos e estava disposto a realizar isso. 

Sua maldade não tinha cabimento algum, o que fazia chamar a atenção de alguns deuses, principalmente de Afrodite, a deusa do amor. 

O imperador, como era chamado pelos seus espectros de longos séculos, tinha seus braços direitos, esses eram Hypnos e Thanatos dois Deuses gêmeos com o mesmo pensamento malvado do Deus. 

Sua ambição não tinha limites e estava disposto alcançar o que desejava e ninguém o iria parar, não mesmo. 

Naquele momento, sentado em seu tão belo e majestoso trono e vestido em sua tão chamativa sapuris, ele dialogava em um incrível ar superior com um pobre humano que estava agachado à sua frente, completamente ensanguentado.

– Me poupe de suas lamentações, inseto! – Falou para o pobre rapaz agachado em sua frente que se tremia dos pés à cabeça. 

– P...por favor! Não faça nada comigo! – O pobre rapaz falou com uma voz trêmula. – E...eu não sei de nada. – Falou com um semblante assustado. 

Hades cerrou seus punhos completamente irritado com aquele "inseto" como ele os chamava. 

– Eu sei que você sabe alguma coisa sobre os planos da maldita Athena! Não minta para mim seu insignificante! – O fuzilou com os olhos, lançando mais uma vez um de seus poderes contra o pobre rapaz, o torturando.

O humano se contorceu no chão enquanto revirava os olhos com dor, sentindo aquele imenso poder ser desferido contra seu corpo. 

– Seu inútil! Como vocês humanos são insignificantes e sem importância alguma! – O enforcou com o seu poder. 

Na mente de Hades, o simples humano tinha algum contato com o santuário, principalmente com a deusa Athena, e claro, ele logo imaginou que o mesmo poderia saber de alguns planos da Deusa. 

Mas estava completamente errado. 

– Eu vou te matar! – Cerrou os dentes, apertando mais forte o pescoço do rapaz.

– ARGH! PARE!! – O humano gritou. – Eu não sei de nada sobre isso!! 

Hades naquele momento perdeu a paciência, e estava disposto a colocar um fim na vida daquele ser, porém, uma importante presença invadiu a sua sala naquela hora com um incrível ar imponente e desferindo as seguintes palavras:

– Hades! Solte o humano! – Uma voz feminina ecoou pela sua sala. 

O imperador arregalou os olhos ao ver de quem se tratava, sentindo o enorme cosmo da presença feminina tentar o amedrontar. 

– Afrodite? – Encarou a mulher surpreso, que se tratava da Deusa do amor. 

– Hades, faça o que digo! – Pediu, seriamente. – Se não, eu não irei medir esforços! – Apontou uma de suas mãos delicadas em sua direção pronta para atacá-lo que ainda estava sentado em seu trono com a sua mão apontada na direção do rapaz que estava a beira da morte. 

– Uma simples deusa me dando ordens? – Soltou um riso debochado. – Quem diria, a irmãzinha de Athena viria em pessoa até o submundo… – Cruzou as pernas pouco se importando com a presença daquela mulher. 

Afrodite naquela hora encarou Hades com pena, ela não conseguia entender aquele imenso ódio que ele tinha pelos humanos, então, sem medir esforços, ela lançou um de seus poderes protegendo o pobre rapaz que caiu desmaiado no chão, sangrando intensamente. 

Hades fuzilou Afrodite naquela hora, totalmente com o ego inflado. 

– Hades, vamos conversar! Porquê sente tanto ódio em seu coração? – Perguntou convicta de tentar mudar o pensamento daquele Deus. – Você e minha irmã estão a séculos brigando! Tentem chegar em algum acordo! Mude esse seu pensamento fútil a respeito dos humanos! – Pedia. 

– Isso não é da sua conta, sua vadia! – Xingou a Deusa do amor, e em seguida se levantando do seu trono. – São parecidas até no modo de pensar. O mesmo pensamento mesquinho. – Falava com repulsa. 

Afrodite quando escutou a palavra "vadia" dita pelo Deus fez seu sangue ferver, ela não iria aceitar aquilo, não iria mesmo. 

Então, sem delongas, o atacou. 

Uma incrível energia poderosa emanou naquela sala com o poder de ambos se chocando e com a força absurda de Afrodite que estava com os olhos vermelhos de tanta raiva.

Hades revidou em seguida, tentando se defender de algum modo pois ele sabia muito bem que aquela mulher era muito poderosa, nunca a subestimou, mas ainda assim, ficou surpreso ao ver ela em pessoa no submundo e ainda por cima, o tentando fazer mudar de idéia a respeito dos humanos a quem ele mais odiava com todas as suas forças. 

Ele sentiu os seus espectros tentarem invadir a sala, provavelmente por sentirem o enorme poder da Deusa, mas Afrodite foi mais esperta, trancou a enorme porta rústica e ainda por cima colocou uma barreira protetora, fazendo assim nenhum de seus tão leais espectros invadirem aquela sala onde ambos guerreavam intensamente sem parar. 

Hades não tinha recuperado todas as suas forças, tinha acabado de voltar para o seu verdadeiro corpo, porém, ele não estava completamente curado, ainda estava ferido e necessitava da ajuda dos deuses gêmeos que a essa hora estavam no Campos Elíseos.

 O imperador tentou enviar uma mensagem via cosmo para ambos, mas não conseguiu se concentrar pois Afrodite usou um grande poder contra ele que o fez ter uma pressão em seu corpo, fazendo assim, ir de encontro ao chão gélido de sua sala. 

– Droga! – Tentou fazer sua espada aparecer, porém, não conseguiu, pois foi ainda mais pressionado contra o chão. – Maldita! – Cerrou os dentes. 

A deusa que jazia em um belo vestido cor de rosa claro e cheio de decotes, caminhou até ele, fazendo pequenos barulhos com os seus saltos dourados, o encarando com os olhos sérios rolados para baixo e com a mão na cintura. 

Hades se sentiu humilhado naquela hora, sendo enxergado daquela maneira por aquela deusa mesquinha. 

– Hades, por causa do seu enorme ódio em seu coração de pedra, eu lhe o amaldiçoo, que consiste em se apaixonar por uma humana! – Aponta novamente suas mãos delicadas na direção do Deus que tentava de todos os jeitos se levantar do chão. 

– Desgraçada!! Maldita! – Tentou elevar seu cosmo violento. 

Afrodite deu um sorriso doce ao já ter a humana escolhida para tentar mudar aquele coração de pedra do Deus, e pediu desculpas mentalmente por estar dando aquele dever tão cruel para a tal garota escolhida por ela, pois a mesma iria sofrer muito, mas aquilo na mente da Deusa era a única maneira de fazer Hades ter mais compaixão em seu coração.

– Eu nunca irei me apaixonar por um mortal! – Continuou negando. – Nunca!!! 

– Ah, você vai sim! – A Deusa o respondeu. – Se isso não acontecer, eu irei roubar o seu trono! – O ameaçou. 

Hades arregalou mais ainda os seus olhos azuis claros esverdeados com aquela ameaça, não acreditou no que tinha ouvido, mas soltou uma risada debochada em seguida.

– Impossível! Eu sou um dos três grandes! – Falou não acreditando no que a Deusa disse. – Acha mesmo que iria conseguir roubar o trono de um Deus poderoso feito eu e que ainda por cima foi designado a isso nos tempos mitológicos?! 

Afrodite sabia muito bem disso, porém, não custava nada ameaçar Hades, e também, ela tinha as suas cartas na manga, a sua maldição era super poderosa, para ela aquilo já era o suficiente. 

Ela não era malvada, tinha o coração bom, e o que mais queria era que Hades tivesse mais compaixão e amasse aquela humana a quem ela designou a ele intensamente, e isso iria acontecer de um jeito ou de outro.

– Já está bem avisado Hades, e eu espero não ter que vir aqui outra vez. – Deu de costas mais ainda sim pressionando o corpo de Hades no chão. 

Afrodite olhou de forma gentil para o humano esticado no chão e o teletransportou para o seu mundo dos mortais, em um lugar seguro. 

– Adeus, Hades. – Se despediu, soltando o Deus e desaparecendo da sala em seguida. 

Hades soltou um grito estridente completamente furioso, ele não iria deixar aquilo barato! Não iria mesmo! Afrodite apenas conseguiu aquele feito pois o seu corpo estava ferido, e ela com certeza sabia disso. 

– AFRODITE, DESGRAÇADA! – Gritou.