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História A maldição do reino. - A batalha perdida.


Escrita por: pyromanic

Notas do Autor


Oii meus amores. Como vocês estão? Espero que bem!!

Eu preciso dizer que sábado passado vocês me deixaram MUITO surpresa... Eu não fazia ideia que ele se tornaria o capítulo favorito de tanta gente ou que vocês iam gostar tanto como gostaram e eu estou muitoooo feliz com isso e por isso que vocês estão sempre me surpreendendo!

Quem pegou spoiler acho que está se coçando por esse capítulo. Mas vamos lá.

Obrigada larinha por sempre beta, além de ser uma ótima amiga.♡

Boa leitura.♡

Personagens:
Príncipe Charles Park - Chanyeol.
Princesa Aya Park - Joohyun.
Guarda Oh Philipe - Sehun
Stylesocial Kim Jonathan (Joah) - Jongin.
Aldeão Cédric Byun - Baekhyun.
Partipante Joshua Kim - Jongdae.
Os outros personagens são originais

Capítulo 20 - A batalha perdida.


Fanfic / Fanfiction A maldição do reino. - A batalha perdida.

A maldição do Reino.

Vigésimo Capítulo. — A batalha perdida.

Reino de Angelia, Castelo de Cordeles.

Em seu peito havia uma sensação muito boa que estava se apoderando de seu corpo, sentia-se verdadeiramente bem consigo e com as pessoas ao seu redor. Uma felicidade genuína que crescia a cada segundo, elevando seu humor, aumentando a sua gratidão e o deixando aproveitar finalmente os bons momentos do qual estava perdendo dentro do castelo.

Não havia razão específica para aquele sentimento ou pelo menos ainda desconhecia a fonte de sua felicidade, mas desde a noite anterior quando pisou no gramado do castelo passou alguns minutos de sua noite observando o monumento, apenas feliz por ter retornado do lugar que agora não desejava sair mais.

Depois do café, estava caminhando alegremente pelos corredores do castelo, aproveitando que eles estavam vazios e sentiu uma paz estranha. Era um pouco esquisito, apenas encontrar criados andando pelos corredores, faltando aquelas pessoas com roupas tão chamativas, mas não era ruim. Era o castelo em seus dias sem evento ou sem visita dos nobres, apenas com os a monarquia dentro da residência e os serviçais cumprindo seus deveres.

O silêncio cobria todas as paredes e quase não se escutava nada, até mesmo o canto dos pássaros parecia ter ficado mais alto e Cédric estava apreciando o momento tomando Sol que vinha dos poucos raios da janela, era bom aquela tranquilidade, sentia-se em paz. Sabia que era possível se acostumar com aquela vida tão sossegada, longe de sua vida corrida de aldeão, parecia que seria bom viver tranquilamente dentro do castelo.

— Cédric! — Philipe disse surgindo de um corredor e passando a seguir o caminho ao seu lado. — O que está fazendo aqui?

— Decidi retornar antes. — explicou um tanto envergonhado, afinal havia motivos implícitos para o seu retorno agora.

— Por que?

— Não sei. — Deu de ombros, não preparado ainda para revelar a conversa que havia tido com sua irmã. — Eu sentia saudades desse lugar. E é muito bom ter o castelo vazio desse modo.

— Realmente. Eu estava ansiando pelo retorno desses dias. — comentou verdadeiramente incomodado. Imaginava como deveria ser para ele ter que cuidar de tantas pessoas e ainda prover a segurança do castelo naquelas circunstâncias.

— Ah, mas você nunca mais vai ter dias de paz agora que está com Joah. — brincou, conseguindo uma risada alta vindo de seu amigo.

— Eu tenho que concordar. Meus dias estão condenados.

— E como vocês estão? — perguntou com uma curiosidade evidente. Estava perdido dentro das próprias tramas que nunca mais conversou com nenhum de seus amigos para saber sobre seu relacionamento desde o dia em que ele e o príncipe tramaram aquele encontro.

— Bem, nós saímos quase todas as noites. Já fomos para bailes, teatros, musicais, óperas. O Joah gosta desse tipo de entretenimento e está sendo bom.

— Mas você deseja um momento a sós com ele. — concluiu sem que seu amigo precisasse dizer qualquer outra palavra. Conhecia Philipe o suficiente para saber que o garoto preferia a privacidade de uma casa do que um ambiente recheado de pessoas. — Vá a casa dele e planeje um encontro caseiro e romântico.

— Ir à casa do Joah? — perguntou com um receio muito grande e depois suspirou fundo. — Ninguém vai à casa dele, principalmente sem ser convidado. É muito pessoal para ele.

— Mas você é o namorado dele. Não vejo como poderia ser mais pessoal do que isto. — incentivou o amigo, tentando ajudar o relacionamento dos dois. — Eu adoraria saber como é a casa dele.

— Provavelmente um mar de objetos cor de rosa. — respondeu conseguindo uma risada de Cédric, também era como imaginava a casa de seu amigo, rodeado de objetos com cores vibrantes.

Continuaram andando pelos corredores, tentando alcançar aquele segundo salão onde se tornou ponto de encontro entre eles, poderiam passar a tarde inteira fazendo o que desejassem, aproveitando o dia sem ninguém para incomodá-los.

Porém ao chegarem, encontraram duas figuras conhecidas já ocupando o espaço, estavam aproveitando o momento a sós e sem obrigações alguma, enquanto eram iluminados pelos singelos raios de Sol que atravessavam a janela.

Logo que Aya o avistou, levantou-se de seu assento e correu para abraçá-lo, ficou um tanto confuso com o carinho repentino, mas não recusou o contato e rodeou o corpo da garota devolvendo o contato que era terrivelmente bom.

— Você voltou! — Ela comentou parecendo eufórica quando se separaram, a garota o puxou para caminharem até os estofados vermelhos onde gastavam todo o seus tempos.

— Pensou que eu não voltaria? — Insultado pergunto, mas os três acompanhantes deram risadas. Ficou ainda mais incomodado por não ter entendido o motivo que se tornou piada naqueles minutos de conversa.

— Você sempre foi tão devoto da sua aldeia, viveu por ela durante tanto tempo e ama tanto a sua família. — explicou, fazendo carinho em seu rosto daquele modo que Cédric permitia apenas que ela fizesse. E sentiu seu coração doer um pouco, Aya tinha listado todos os motivos pelo qual vivia e batalhava todos os dias de sua vida, mas nenhum tinha sido forte o suficiente para fazê-lo ficar. Mais uma prova que não era mais o homem que entrou para a competição. — Mas você voltou precocemente e eu estou muito feliz por tê-lo de volta.

— Eu jamais pensei que fosse dizer isso, mas eu senti falta desse lugar. — admitiu olhando para o salão onde passava a maior parte de seus dias. As cores brancas, as decorações em dourado, os objetos ricos e o estofado vermelho, era o seu lugar.

— Mais do que de sua casa?

— Sim. — concluiu assentido, era uma afirmação para si mesmo e não para seus amigos. Sua mãe sempre dizia que sua casa era onde seu coração estava e naquele momento, Cordeles era quem preenchia o seu peito.

— Isso é ótimo! Eu quero comemorar, precisamos fazer algo! — disse empolgada batendo uma mão na outra.

— Como o que?

— Que tal um piquenique no almoço? Com muita comida gostosa, enquanto temos o Sol queimando sobre a gente e aproveitamos esse clima maravilhoso do dia de hoje.

— A sua mãe não vai gostar de nós bagunçando o jardim. — Duncan respondeu pensando nas possibilidades.

— Não será aqui. Vou levá-los para um dos meus lugares favoritos. — Novamente a empolgação disse mais alto e ela deu um pulinho de alegria, fazendo com que seu noivo desse risada.

— Pensei que não deveríamos sair do castelo. — Cédric disse dando de ombros, realmente não era permitida a saída de ninguém, mas dentro da competição tantas exceções já foram abertas que agora não sabia mais quais eram as regras.

— Só tem você como participante, não acho que meus pais irão se importar. Vai ser bem divertido. — garantiu para todos que aceitaram de prontidão embarcar na aventura da princesa, afinal realmente o dia estava lindo para aproveitarem.

Reino de Angelia, Colina dos Ventos.

A rainha não aprovou a sua ideia, mas a princesa tinha um enorme poder de persuasão e conseguiu convencer a sua mãe de que todos precisavam de um pouco de ar livre, principalmente ela que sofria indiretamente com o evento dedicado ao irmão. Suas palavras foram o suficiente para serem liberados e dois carros com dois grupos diferentes e alguns guardas os direcionaram até o lugar onde apenas Aya possuía conhecimento.

Foi um caminho turbulento, visto que tiveram que atravessar toda a floresta intensa que cobria grande parte do reino e mesmo sendo pelo dia, não deixava seus corações tranquilos, muitos acidentes aconteciam por entre aquelas árvores altas e dava para notar a apreensão das pessoas dentro do carro, principalmente Joah que passou a reclamar o caminho inteiro. Ainda houve um momento, onde o carro não conseguia subir uma enorme colina e tiveram que fazer o percurso a pé, carregando tudo que Aya fez questão que todos trouxessem e ninguém estava feliz em gastar tanta energia, quando poderiam ter feito a refeição dentro do jardim do castelo sem nenhum esforço.

— Chegamos! — Aya, a única pessoa animada disse em alto som e foi naquele instante que todos estenderam a sua escolha.

Estavam no topo de uma montanha que não era tão alta à ponto de ser perigosa, mas o suficiente para conseguirem enxergar Angelia como um todo, as casinhas pequenas ao fundo de toda aquela imensidão, os palácios nobres próximos da região central e o Castelo em toda à sua virtude no ponto mais alto do Reino, tudo junto se transformando em uma tela verdadeiramente linda. Além de que o lugar era repleto de gramado, como um jardim muito bem cuidado, apenas pela natureza e uma parte cheia de flores plantadas das mais diversificadas espécies. Com o Sol ardente sobre eles daquela forma, o dia não poderia ficar mais perfeito.

Antes de comerem, todos resolveram aproveitar o dia um pouco mais como desejavam. Aya corria pelo gramado sem seus sapatos, igual uma criança indo a uma praça pela primeira vez em vida. Duncan estava afastado de todos colhendo flores, perdido em seus próprios devaneios. Charles também estava longe, limpando sua espada, relaxando sobre a sombra de uma árvore, desejando um pouco permanecer a sós. Não conversaram nada desde que ele deixou a sua casa, até mesmo durante o percurso da noite anterior, o silêncio prevaleceu. Mas Cédric sabia que as atitudes não tinham a ver com ele e sim sobre aquela pressão que não parecia abandoná-lo e compreendê-lo, não foi procurá-lo para não gerar mais nenhum conflito.

Enquanto ele ficou treinando golpes com Philipe que estava o fazendo de bobo apenas pela diversão, e ao lado os dois ouviam Joah reclamar que deveriam estar fazendo algo mais produtivo do que treinando igual dois homens da cavernas.

Depois de algum tempo, Aya os chamou para prepararem-se para comer, todos ajudaram a estender a toalha xadrez sobre o gramado, assim como retirar a farta comida da cesta e quando tudo se formou à frente deles, ficou muito bonito. As comidas tão brilhantes a luz do Sol, era uma ótima combinação e todos ficaram bem contentes pela ideia maravilhosa da princesa. Mesmo que antes, praticamente todos reclamaram do trabalho que tiveram de chegar até o lugar.

Quando se sentaram para começarem a se servir, Duncan estendeu um buquê para Aya com as mais diversas flores que ele recolheu durante seu tempo à sós. A princesa recolheu o presente, lhe devolvendo um olhar apaixonado e ganhou um suspiro de Joah que acabou com a cena que estavam presenciando.

— Gosta de flores? — Duncan perguntou ao estilista, enquanto passava a preencher seu sanduíche com os mais variados tipos de carne.

— Eu adoro! Acho elas lindas, principalmente as vibrantes que possuem altas variações de cores. — comentou animado, seguindo seus passos enquanto fazia o próprio lanche. — Mas infelizmente eu estou com um amante de guerra que não sabe apreciar o romance.

— Eu sou um romântico, mas sou contido. — Philipe se defendeu parecendo ofendido com as palavras de seu companheiro. — Prefiro gestos não escandalosos.

— Ele é péssimo. — comentou mais uma vez para o príncipe loiro ignorando totalmente as palavras do guarda que mais uma vez se sentiu ameaçado. — Não consegue nem dizer palavras bonitas.

— Eu nunca fui muito em me expressar.

— Isso não é novidade para ninguém.

— O colar que ele te deu é romântico. — Cédric comentou, atraindo todos os olhares da conversa para ele. — É uma joia em rosa-vermelho rubi em formato de coração. É algo que reflete a sua personalidade, acima do valor que eu nem imagino o quão deve ser caro. É um gesto muito bonito.

Suas palavras surtiram efeito porque Joah olhou para Philipe daquele modo que acontecia em rara ocasiões, seus olhos cor de rosa cintilavam, enquanto um sorriso curto surgia em seus lábios.

— É, isso é verdade. — disse deixando um beijo na bochecha de seu companheiro que ficou vermelho no segundo posterior. — Foi bem romântico.

— E você, Cédric? Aprecia gestos românticos? — Aya perguntou para ele, conseguindo mais uma vez ser o assunto da conversa.

— Eu nunca pensei muito a respeito. — Um pouco tímido respondeu porque foi justamente o momento em seus olhos encontraram com os de Charles que pareciam atentos. — Mas eu acho que todos nós gostamos de nos sentir amados, seja com gestos grandes ou pequenos.

Todos concordaram e por fim mudaram de assunto quando começaram a comer com discussões mais banais e menos pensamentos profundos. Estava adorando o momento com aquelas cinco pessoas e um novo sentimento se apossou dentro de seu peito, algo que ainda não tinha se sentido a respeito de outras pessoas, além de sua família.

Sentia-se em casa.

Ouvir a voz calma de Duncan conversando sobre como era seu país natal, enquanto Aya lhe lançava aquele olhar apaziguador que apenas lhe pertencia, os comentários curtos e paciente que Philipe soltava durante a conversa, a risada alta de Joah que reverberou pelo ambiente aberto e as palavras sarcásticas e engraçadas que via de Charles. Todos aqueles momentos significavam: lar.

Sorriu sem motivo algum percebendo o quanto sua irmã estava certa e como ela percebeu tantas coisas em poucas horas, quando ele não notou em meses. Louise o conhecia como ninguém e havia notado que Cédric se encontrava em outro lugar e mesmo sentindo por perder o seu irmão, ela demonstrou o que seu peito sofria para que ele entendesse. Estava em sua casa e a desejava pelo restante de seus dias.

— Infelizmente iremos perder esses dias de Sol. — Aya expressou jogando seu corpo sobre a grama e fechando seus olhos, podendo absorver os raios solares. — Logo mais a neve cairá sobre o solo de Angelia.

— Os dias frios, piores que a chuva. — Philipe comentou parecendo entristecido com a futura falta de Sol. — E logo algum tempo depois, fará um ano da competição.

— Meu tempo está acabando. — Charles respondeu bastante temeroso pela sua posição. Houve um suspiro lento antes de conseguir prosseguir com a sua fala.— Passou tão rápido e eu tive que me concentrar em tanta coisa, eu tenho medo de tomar a decisão errada.

— Você parece bem decidido. — Joah comentou pegando um cacho de uva e comendo seus frutos.

— Eu tenho duas opções. — explicou para todos que pareciam bem atentos na conversa. — Lorena, ela é linda. Delica, jovem e eu acho que ela seria uma boa rainha, mesmo ela não tendo uma personalidade exuberante, eu sei que os nobres adorariam ter uma rainha que não atrapalhasse.

Lorena era uma jovem com a mesma idade que a sua, possuía cabelos longos de um castanho claro e seus olhos eram verdes escuros. Olhos pequenos, nariz pequeno e boca carnuda que formavam o rosto perfeito de uma boneca. Ela era tão linda e tão gentil que se assemelhava a Aya em sua pureza, mas ela não aparecia tanto na mídia e nem conversava tanto com a  corte, sua coroação não seria aprovada pelo público, mas realmente os nobres adorariam tê-la como rainha.

— Ela é ótima. — Philipe comentou, apreciando que ela fosse uma das escolhidas.

— Sem graça. — Joah deu de ombros. — Você iria morrer de tédio casado com uma pessoa como ela, Charles. Nunca teria diversão em seus dias.

— Eu pensei bastante nessa razão. Por isso, eu tenho duas opções. A outra pessoa com quem penso em casar, é Joshua.— explicou novamente um tanto cansado, o assunto parecia sugar todas as suas energias. — Ele é muito gentil, tem uma ótima relação com os outros concorrentes e com o público. Mas não acho que os nobres o aprovariam por ser tão aclamado e por não ter uma beleza exuberante.

— É a melhor opção. — Aya disse e todos pareciam concordar, deixando Cédric incomodado com a conversa. — Acho que ele conseguiria agradar os nobres com o passar dos anos, não é uma pessoa complicada de se lidar.

— Realmente. — Charles concordou. — É difícil encontrar alguém que não goste dele e ele gosta muito de mim.

— O Joshua, é um ótimo manipulador. — disse não conseguindo segurar as palavras em sua boca e todos mundo virou para olhar em seu rosto, mas não se intimidou e prosseguiu com a frase. — Ele conseguiu ganhar a imagem de bom moço e conquistou todos com seus discursos apaziguadores, mas isso foi uma estratégia para conseguir quebrar a rivalidade dos outros concorrentes e fazer com que você não tivesse mais opções a não ser ele.

— Não tinha visto por esse ponto. — Ficou pensativo enquanto olhava para todos os seus amigos, à procura de alguma ajuda. Mas Cédric se encarregaria de ajudá-lo em sua decisão.

— Claro que não. Você também foi conquistado por aquele sorriso fácil que ele adora dar. Mas por quanto tempo será que Joshua se manterá tão amigável durante os anos de casamento? Principalmente com tanto poder, em algum momento ele desejará ter controle, como obteve durante todo o programa.

— E você tem alguma opção melhor? Estou aberto a sugestões.

— Eu também faço parte da competição.

— Sim, Cédric. Mas o vencedor é alguém para ser meu companheiro durante o restante da minha vida e não sobre quem teve a melhor colônia de férias.

— E por isso não me considera digno? — Ofendido perguntou olhando diretamente em seus olhos.

— Digno para o que? — Sua fala saiu exausta e odiava quando Charles começava a responder daquele modo, não gostava de sentir que causava exaustão nele durante suas conversas.

— Para se casar com você.

— Mas nunca foi uma opção para você.

— Houve diversas mudanças durante esses meses, Charles. — explicou-se suspirando fundo para reunir coragem de continuar a conversa que estava sendo tão difícil. — Você mesmo disse isso diversas vezes, você me fez querer mudar e me mostrou que a minha mudança estava sendo maravilhosa… De um modo que eu jamais poderia enxergar.

— E o que está querendo dizer?

— Eu estou querendo dizer que eu gostaria que você me considerasse uma das opções para se casar com você no fim do programa! — disse de uma vez sentindo as palavras saltarem de sua boca e quando finalmente disse tudo que gostaria seu coração se acelerou dentro de seu peito e sua respiração ficou descompassada, nunca em toda sua vida sentiu que disse palavras com um peso tão grande quanto aquelas.

Joah soltou um gritinho enquanto pronunciava e isso fez Aya o advertir e mesmo que atrapalhasse todo o ensejo, deixou o clima mais leve e descontraído. Sentia vergonha de estar tão aberto com Charles diante de todas pessoas, mas eles eram o apoio que precisava em um dos momentos mais difíceis de toda a sua vida.

— Está sendo sincero?

— Claro que sim. — concluiu firme, sentindo a respiração falhar uma segunda vez. Mas prosseguiu, agora não havia mais como voltar atrás. — Eu também fiquei surpreso comigo mesmo por esta conclusão, mas estou sendo verdadeiro.

— Isso muda tudo...

— Mesmo? — A esperança invadiu o seu coração no mesmo instante e não conseguiu evitar a empolgação.

— Claro que sim, Cédric. É você! — Seus olhos cintilavam daquele modo que Cedric descobriu que gostava tanto. Sentiu um enorme desejo de passar por todas as pessoas e alcançar seus lábios por sentir que o momento pedia um contato daquele, mas se manteve firme em seu lugar, tentando devolver o sentimento pelas orbes.

— O Cédric conseguiu ser aclamado pelo público. — Joah comentou porque não conseguia se manter por muito tempo em silêncio e precisava dizer algo principalmente porque algumas lágrimas escorriam de seu rosto.

— E os nobres também. — Philipe completou com um sorriso simples parecendo bem feliz pelos seus amigos. — Pelo visto, eles veem potencial em Cédric. Assim como todos nós.

— Até mesmo a minha família apoiaria. — Duncan acrescentou a conversa. — A minha irmã que agora é rainha, ela te adora.

— E você conquistou todos, sendo você mesmo. — Aya por fim disse, ela parecia emocionada também durante sua fala. — Com seu espírito de líder.

Suspirou fundo olhando para seus amigos, sentindo vontade de chorar devido a emoção do momento. Era bom finalmente estar em casa.

— Você disse que precisava do Joshua. — comentou após um tempo se lembrando da conversa difícil que tiveram há dias atrás.

— E eu preciso. — disse, novamente olhando da mesma forma. — Mas eu abriria mão do que eu preciso para o que eu desejo.

Sua fala causou uma comoção silenciosa, mas era notável como todos presentes ficaram surpresos e emocionados com o que lhe foi dito. Mas nenhum deles comparava-se com o que Cédric sentiu no momento. Uma euforia cresceu dentro do seu peito, fazendo seu coração acelerar, junto com um frio gostoso que tomou conta de sua barriga e com emoção dentro do seu corpo, a única coisa que conseguiu fazer novamente foi sorrir, porque estava feliz com tais palavras, uma felicidade puramente genuína.

Retornaram ao castelo quando já era fim de tarde, afinal nenhum deles gostaria de abandonar o momento.

Quando voltaram, se despediram porque cada um tomou um rumo diferente. Joah foi o único que não voltou com eles indo até seu atelie para resolver seus próprios problemas, assim como Philipe que foi cumprir com suas obrigações como um guarda real. Aya decidiu que por aquela noite iria ficar pintando, segundo ela estava rodeada de amor e precisava liberar sua criatividade, Duncan e Charles se perderam em meio aos corredores indo procurar algo para ser feito.

Sem opções, Cédric foi para seu quarto relaxar um pouco e aproveitar aquela sensação boa que o dominava. Sentia-se exatamente do mesmo modo

Sorriu entrando no ambiente.

Quando entraram, podiam redecorar o quarto como desejasse, afinal eram para se sentirem o mais confortáveis possíveis e não haveria problema, pois a monarquia os remontaria quando tudo voltasse ao usual. Devido a isso, escolheu um marrom claro para suas paredes serem pintadas, assim como pendurou diversas fotografias de sua família em cima da cabeceira de sua cama. Também havia uma bagunça considerável, visto que nunca foi uma pessoa muito organizada e sentia que era mais fácil de se encontrar seus objetos assim.

Deitou-se em sua cama, ainda sentindo a mesma emoção de quando estava conversando com seus amigos. Sabia que tudo ainda era apenas um talvez, Charles parecia ter muitas questões envolvendo seu futuro casamento e ele estava certo em ponderar sobre a escolha certa para ele e para Angelia, era uma demonstração enorme de seu amadurecimento. Mas mesmo assim, a esperança era forte em seu peito. Principalmente pelo o que ele havia dito, ele seria capaz de abrir mão de algo muito necessário, apenas para ficar com Cédric e isso valia mais do que qualquer outra coisa. Era um gesto romântico, da forma distorcida que os dois tinham de demonstrar os sentimentos, mas era. E estava feliz por aquela demonstração que era muito positiva, depois de sua atitude, porque poderia ter dado errado.

Enquanto divagava sobre os acontecimentos, a porta de seu quarto foi aberta, justamente pelos motivos de seus pensamentos, automaticamente sentou-se na cama um tanto nervoso pela sua entrada repentina, mas Charles andava calmamente, observando os detalhes.

— Sempre quis saber como era seu quarto. — comentou, enquanto caminhava em sua direção. Passando por ele e indo olhar para as fotos de sua família que tinha deixado como decoração.

— Não há muitas coisas. Eu não quis fazer grandes decorações, eu pensava que ia embora nas primeiras semanas.

— Mas você ainda está aqui.

— Eu ainda estou aqui. — disse para si mesmo como uma afirmação, realmente passou-se meses e continuava no mesmo lugar e agora seu desejo era não sair mais de Cordeles.

— Hoje à tarde, você estava sendo sincero?

— Sim. Eu te disse que sim.

— Eu precisava de outra confirmação. — Sentou-se ao seu lado na cama, em um curto espaço de distância entre os dois, algo altamente perigoso para a fraca sanidade de Cédric. — Você entende porque é difícil de eu acreditar, não entende?

— Eu te odiava, Charles. E jamais fiz questão de esconder. Eu nunca te tratei com o respeito que seu título pedia. — Apontou os próprios erros, sem ser necessário que o outro fizesse isso. Tinha consciência de seus atos e não precisava que ninguém lhe dissesse onde havia errado. — E agora eu estou aqui, antes de qualquer outro participante, apenas porque eu prefiro ficar dentro do castelo do que em minha Aldeia.

— Você sabe o que esse casamento significa, Cédric? Sabe das obrigações que terá pelo restante da vida? E o peso que irá carregar, caso a gente conclua com isso?

— Eu sei, você é o futuro rei de um reino muito poderoso e ser seu marido é arcar com todas as suas obrigações. E diversas outras coisas, além da pressão da população, da mídia, dos nobres. E eu jamais quis nada disso. — concluiu por fim, vendo Charles suspirar fundo, mas antes que ele dissesse qualquer coisa prosseguiu. — E mesmo assim, não há nada que me faça desistir de batalhar para ficar ao seu lado.

— Por que? O que você ganha com isso?

— Eu ganho você. Existe algum prêmio melhor do que este? — disse, não podendo crer em suas próprias palavras. Não sabia da onde tinha surgido a coragem, mas elas saíram como se não fosse nada. Ainda mais sendo algo que pensou que jamais diria em toda a sua vida.

— Ah não. Com certeza não.

Charles sorriu satisfeito com a sua resposta, afinal qualquer palavra que elevasse seu ego o deixaria imensamente contente.

Aproximou-se do outro rapaz que não ousou se mover, levando a mão até seu rosto e a virando de modo sutil, apenas para começar a distribuir beijos quentes pela região, sendo aprovado pelo outro que suspirou ao sentir os lábios tocando a sua pele.

A mão de Charles foi até a sua blusa passando os dedos por ela, enquanto desabotoava os botões, até encontrar a sua pele, onde sem demora alguma continuou a percorrer os seus dedos por lá, contornando toda a barriga seca de Cédric, até chegar no cós de sua calça. Passou a mão para puxá-la para baixo e antes de Cédric conseguir protestar sobre o que ele estava fazendo, foi em direção ao seus lábios o tomando para si.

Era um beijo desesperado e agitado, mas daquela vez era muito mais luxuoso, carregado por um desejo sucumbido dos dois e que finalmente ia ser morto naquela noite.

Charles usou o gesto para distraí-lo e conseguiu o efeito, porque quando menos Cédric percebeu já tinha perdido a suas vestes de baixo e com sua camisa aberta estava quase sem roupas em um curto período de tempo.

A vergonha tomou conta de sua pessoa e logo separou-se de Charles um tanto assustado por tudo ter acontecido tão rapidamente. Em toda a sua vida jamais tinha ficado despido na frente de uma pessoa que não fosse de sua família e era um tanto inocente nos prazeres da vida, jamais tinha feito nada, nem mesmo beijado uma pessoa, antes de entrar dentro do castelo.

Mas Charles em toda sua sabedoria, sabia de suas inseguranças, afinal não era a primeira pessoa inexperiente com quem ficava. E ele sabia que para não lhe causar pensamentos piores, ele precisava fazê-lo não pensar em absolutamente nada e apenas se concentrar no que ambos estavam prestes a fazer.

Por isto voltou e beijá-lo com todo vigor usando a sua mão agora em sua cintura para deitá-lo sobre o colchão e Cédric entorpecido pelos efeitos que seu beijo causava deitou-se na cama, focando apenas no prazer que estava prestes a receber do homem que o levava a loucura com tão pouco.

Quando se separaram de novo, Charles subiu em cima da cama ficando agora entre as suas pernas e dando uma visão nova dele para si. Pela primeira vez, sentiu-se terrivelmente submisso ao poder que ele exalava, mas de um modo estranho não sentia-se mal devido a isso, estava gostando de como ele estava o tratando com cuidador e zelando por si, mesmo que mais uma vez isso significasse estar perdendo.

— O que você vai fazer comigo? — perguntou em um sussurro com uma mistura de curiosidade e receio.

— Algo que você vai gostar muito. — Abaixou-se novamente, deixando seus rostos rente um ao outro e Cédric suspirou fundo. — Mas se você não gostar, basta dizer que eu paro.

Apenas assentiu, depois Charles direcionou seu corpo até a beirada da cama e em um movimento muito rápido tirou as suas vestes íntimas e quando notou restava apenas o pouco de pano da blusa que cobria partes inúteis de seu corpo. Charles forçou o corpo para trás, indo em direção a sua intimidade e antes que pudesse pensar em qualquer coisa, ele colocou seu membro por completo dentro da boca.

Um grito alto saiu de sua boca, por experimentar aquela sensação pela primeira vez em toda sua vida, era uma novidade e uma terrivelmente boa.

Vendo que possuía a aprovação de Cédric, Charles passou a se movimentar. Primeiro afastou a boca, para conseguir passar a língua por toda a extensão, até chegar no ponto alvo do topo, onde novamente colocou tudo para dentro da boca, começando a movimentar sua cabeça em um vai e vem, inebriando o outro corpo com todo aquele prazer. Cédric gritou novamente, quando pela segunda vez ele repetiu as ações, enquanto segurava com força a sua bunda, para auxiliá-lo, gemidos altos passaram a escapar de sua boca, mas não conseguia se segurar, não quando aquela sensação boa passava diante todo o seu corpo. 

Sentia que sua alma estava sendo sugada pelo demônio mais luxuoso de toda existência, mas não conseguia evitar que sua alma fosse levado por ele, não quando sentia-se tocando o inferno daquela forma, enquanto aquelas esmeraldas brilhavam em sua direção, consumindo o resto de sanidade que ainda possuía.

Charles continuou daquela forma por minutos, era habilidoso no que estava fazendo e com certeza não era a primeira vez que cometia o ato, não com toda a sua experiência. Ficou daquele modo usando sua boca para subir e descer pela sua intimidade, enquanto a sua língua fazia o trabalho de massagear a cabeça, até Cedric atingir o máximo de prazer e acabar gozando, usando todo o resto de sua energia para isso.

Ficou alguns segundos deitado na cama, apenas tentando se recompor de tudo que tinha acabado de acontecer, enquanto Charles se levantava passando a mão na boca e limpando os resquícios de seu prazer que ficaram por ali.

Olhando para ele não sabia o quanto tudo parecia injusto. Cédric, encontrava-se acabado, com o corpo latejante, os cabelos grudados em sua testa, praticamente sem vestes. Enquanto Charles continuava perfeito. Não havia resquício de suor sobre a sua face, ainda estava com suas roupas intactas e nem mesmo seu cabelo estava desalinhado, não parecia que tinha acontecido nada com ele. Pensou quantas vezes Charles cometeu atos pecaminosos e ninguém percebeu devido a perfeição no qual os deuses haviam o abençoado.

Mas o modo como ele o olhava despertava calafrios gostosos pelo seu corpo, como se a qualquer segundo Charles fosse o dominar por completo. Suas orbes estavam escuras e ele queria avançar para cima de Cédric e terminar o que havia começado, e Cédric desejava o mesmo, como queria sentir mais aquela sensação. Mas Charles possuía mais consciência e apenas se despediu com um aceno singelo, caminhando para fora do quarto.

Cédric suspirou fundo, ainda sem forças alguma em seu corpo. Precisava de um banho.

 


Notas Finais


MANO ACHO QUE FUI MEGA ARRISCADA NESSE CAPÍTULO AQUI E POSSO DIZER QUE É UM DOS QUE EU MAIS QUERO SABER A OPNIÃO DE VOCÊS!!! Estou muito ansiosa... O que acham que irá acontecer agora? Finalmente as coisas estão se acertando para o nosso casal não é??? Beiramos o fim?

Gostaram desse pequeno hot??? eu tentei fazer algo totalmente diferente das outras fwnric porque queria algo que combinasse com a proposta da fanfic.

Vocês concordam com Cédric? Acham que Joshua é manipulador???

Não se esqueçam de deixar seus comentários.
E eu gostaria de pedir ajuda de vocês para divulgação da fic, recomendem para quem gosta de histórias assim.

Grupinho para nós conversarmos!!! (me disseram que estão soltando spoilers por lá viu?! > https://chat.whatsapp.com/D8apK4pkMCi3aFZkiNmFFa

playlista da fanfic https://open.spotify.com/playlist/2HkFvvXHf9jfhDCI3e7LN0

até sábado.


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