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História A Mansão Malfoy. - Ciúmes.


Escrita por: firefox1

Capítulo 35 - Ciúmes.


Fanfic / Fanfiction A Mansão Malfoy. - Ciúmes.

      Mais ou menos uma semana depois do casamento, Narcisa convidou o vigário, sua esposa e o médico local para um jantar. Em Londres, lady Malfoy teria achado tais companhias,como a de um médico e de um vigário, escolhas bastante pobres, mas no campo tinha de se contentar com o que havia disponível. Draco já estava de mau humor, e assistir a Harry passando a maior parte da tarde em uma conversa empolgada com o Dr. Snape não ajudava a deixá-lo mais feliz.

      O Dr. Snape era o filho do médico que trabalhava na vila quando Draco era jovem. O velho doutor  tinha repassado ao filho sua clientela há alguns anos e agora dedicava a maior parte do tempo cuidando de seu jardim de rosas. O Dr.Snape, filho,tinha uns trinta e poucos anos e era bonito de um jeito limitado. Trajava-se sem muita preocupação com a moda; Draco sabia que seu mordomo teria empalidecido diante do modo como a gravata do médico estava arrumada. Ele era um homem grande, e Draco deduziu que algumas mulheres achavam suas características físicas — os cabelos negros como graúna, os olhos parecendo duas opalas  e o maxilar definido — atraentes.  Harry, certamente, não parecia ver nada nele que o desagradasse.

     O Dr. Snape estava sentado ao lado dele na mesa de jantar, quando começaram a conversar ali. No final do jantar, estavam tão envolvidos na conversa que a continuaram na sala de estar, para onde se dirigiram todos após a refeição.

     Draco ficava tentando imaginar sobre o quê estariam conversando que poderia interessar tanto a Harry. Ocorreu-lhe que talvez esse médico fosse exatamente o tipo de homem que Harry acharia atraente, um homem que dedicara sua vida a algo, que era inteligente e culto, e que fizera algo de útil com sua vida. O Dr. Snape, obviamente,tinha idéias, idéias novas, que ele achava fascinantes. E sua aparência ficava acima da média. Nem mesmo o fato de ele ser apenas um médico, embora ele agora fosse um conde, deteria Harry se gostasse dele. Como muitos canadenses, ele não parecia entender de verdade a diferença de classes.

   No fim das contas, o médico poderia ser exatamente o tipo de homem que Harry escolheria para um dos casos que parecia tão determinado a ter. Draco perguntou-se se ele estaria pensando o mesmo àquela altura. Parecia-lhe bastante injusto o fato de um médico ser tão jovem e tão bonito. Os médicos deveriam, pela ordem natural das coisas, ser velhos — bem, pelo menos de meia-idade.Ele olhara com raiva para eles durante a maior parte da noite. Num dado momento, levantou-se abruptamente e saiu da sala.

    Harry viu Draco sair, e ficou se perguntando por que ele tinha partido tão de repente sem sequer despedir-se. Estava ficando cansado da conversa com o Dr. Snape—ou, melhor, de ouvi-lo, já que era do tipo verborrágico — e tinha esperanças de que Draco pudesse animar o ambiente sugerindo um jogo de cartas ou algo que fosse mais interessante do que a descrição do Dr. Snape de suas consultas na vila. Ele cometera o erro de se engajar em uma conversa educada com ele durante o jantar,perguntando sobre sua carreira, o que o animou a se aprofundar no assunto. Contou-lhe tudo sobre ter crescido admirando o pai, depois sobre seus estudos e agora sobre as muitas doenças com as quais tinha contato na vila.
               Foi um grande alívio quando a esposa do vigário disse que eles tinham de deixá-los, já que o religioso tinha de preparar um sermão, e o médico, felizmente, percebeu que também já permanecera por lá tempo demais. Neville, que partiria na manhã seguinte, decidiu que deveria se recolher cedo, e quase todos os outros concordaram que deveriam fazer o mesmo — entediados, deduziu Harry, a ponto de ficarem sonolentos.
                   Ele subiu para o quarto e deixou que o criado o ajudasse a trocar de roupa e a vestir o pijama. Começou a se preparar para deitar-se, mas sabia que não conseguiria dormir assim tão cedo. Então colocou o robe, os chinelos e, pegando um lampião, desceu até a biblioteca.

     Ao andar em direção ao cômodo, reparou que a porta do escritório de Draco estava aberta, um feixe de luz iluminando o tapete do corredor. Curioso,encaminhou-se para lá em vez de para a biblioteca.
               Draco estava sentado à escrivaninha, uma garrafa de uísque e um copo à sua frente. Havia tirado a casaca e a gravata; a camisa estava desabotoada no pescoço, as mangas enroladas. Estava jogando dados displicentemente, primeiro com uma das mãos,depois com a outra. Tomou um grande gole do copo enquanto Harry o observava.Então transferiu os dados para a outra mão e os lançou.
                 — Droga — murmurou suavemente, olhando para a mão esquerda. — Você é um caso perdido. Já está 150 pontos atrás.
                  — Falando sozinho? — perguntou Harry, entrando no cômodo.

       Draco olhou para ele, assustado.— Harry! O que está fazendo aqui?A visão dele parada ali arrebatou-o com uma luxúria violenta e renovada. Ele estava vestindo um robe vinho, a gola do pijama aparecendo por cima da lape.  Ele o queria com tamanha intensidade que não se lembrava de ter tido tanto desejo por outro Homem ou mulher.
               — Eu só desci para pegar um livro — respondeu  Harry. — Vi a luz acesa, e pensei em ver o que estava fazendo.
               —Jogando dados, uma das mãos contra a outra. A esquerda tem uma sorte assombrosa. — O modo como os olhos dele percorreram seu corpo fizeram com que Harry  se desse conta de que estava usando apenas um robe sobre pijama que   a estilista em Londres fizera para usar na lua-de-mel. — Você está acordado até tão tarde.

      — Nem tão tarde assim. Todos se retiraram cedo, depois que o vigário e a esposa foram embora. O médico também, é claro.

     — Estou certo de que você ficou relutante em ver o médico ir embora — disse Draco, sarcasticamente, esvaziando o copo e pegando a garrafa para servir-se de outra dose.
                 Harry observou-o enquanto o fazia. Sua mão estava ligeiramente trêmula.— Você esteve aqui, bebendo, durante todo esse tempo? — perguntou ele.

      Draco deu de ombros.— Mais ou menos.

       — Por quê? Por que saiu da festa?

     — Da festa? É assim que você chama aquilo? Parecia-me tão animado quanto um funeral. Obviamente, eu não fui convidado à conversa fascinante do bom doutor.

      Harry olhou para ele, surpreso.— O que foi que disse?

      — O médico. Não tive o prazer de conversar com ele a noite inteira, como você teve.

       — Não se pode dizer que foi um prazer — Harry começou, pronto para compartilhar com ele o que realmente sentia, mas Draco o interrompeu.

  — Com certeza, parecia muito prazeroso. — Ele olhou para Harry, um brilho raivoso ardendo em seus olhos.—Você estava interessado em cada palavra que ele dizia.
              As sobrancelhas de Harry arquearam, mas não falou nada que o contradissesse. Draco parecia estar com ciúme. Ele não achou a idéia nada desagradável.
                 — Ele estava me contando sobre seus pacientes — disse ele, dizendo a verdade com cuidado.
                 — Então era isso? Achei que talvez você estivesse combinando um encontro.

     — O quê? Vamos, Dray, isso está indo longe demais.
                 — Não acho que tenha ido longe o suficiente — disse Draco com uma voz sedosa e, por algum motivo, assustadora. Ele levantou-se devagar e inclinou-se para a frente por cima da escrivaninha, apoiando-se nos punhos. — Diga-me, ele será sua primeira aventura? Devo dizer que acharia o médico local uma opção próxima demais de casa.Você não acha?
                  — Na verdade, não cheguei a pensar nisso — respondeu Harry, sendo sincero.
               — É desse tipo que você gosta? — continuou ele, com a mesma voz calma,implacável. Ele empurrou a cadeira para trás e saiu de trás da escrivaninha. — Um cidadão sóbrio, diligente? Alguém capaz de fasciná-lo com as histórias de suas boas ações?
              — Ele realmente passa os dias em tarefas mais frutíferas do que bebendo e jogando dados — retorquiu Harry, com um toque de aspereza na voz. A proximidade dele o deixou ligeiramente sem fôlego, mas não permitiria que ele percebesse isso.

     Draco riu, sem humor.— Ah, meu caro esposo. Então você o escolheu como primeira incursão fora do casamento. Bem, boa sorte. Aposto que é tão enfadonho na cama como o é fora dela.

      — Você acha? Bem, suponho que terei de descobrir, certo?

      A mão de Draco voou e segurou o braço dele, cravando-se dolorosamente nele.— Não, você não vai, Harry!

      — O que foi que disse? Está me dizendo quem eu posso ou não posso ver?

    — Estou dizendo que você não vai para a cama com aquele homem estúpido bem debaixo do meu nariz. — Os olhos dele flamejaram, em um cinza tempestuoso por sua fúria.— Não vai me fazer de bobo, milord. Você pode achar que está no comando por causa de sua bolsa cheia de dinheiro, mas não vai fazer isso.
                Harry não pôde evitar a excitação com o calor do sentimento nos olhos dele,ainda que pudesse se indignar com o tom autoritário. Não tinha qualquer intenção, é claro, de fazer nada com o Dr. Snape, exceto fugir de sua conversa da próxima vez em que o visse, mas não ia deixar que Draco soubesse disso.

        — Você está mandando em mim?
                  — Estou, sim — respondeu Draco, chegando mais perto e passando a mão no pescoço dele. Sentiu a pele macia  na palma da mão, e a intensidade de seu desejo o abalou. — Não deixarei que ele o toque. Você entendeu?
                     A respiração de Harry estava irregular, os pensamentos dispersos. Toda sua percepção estava focada naquela parte do corpo na qual jazia a mão dele, queimando-o com sua intensidade.

     — Entendo que você está quebrando nosso acordo.
                — Pro inferno com nosso acordo! Você acha, realmente, que eu permitiria que você dormisse com outro homem? Você acha que eu seria assim tão baixo? Tão fraco?

       — O que devo fazer: então? — perguntou Harry, calmamente.

       — Isso — respondeu ele, enquanto introduzia a mão furtivamente por baixo da gola do robe e sua boca tocava a dele.

    Ele o beijava com voracidade. Sua mão causava um ardor na pele dele ao roçar em seu pescoço. A gola do robe impedia seus progressos. Então fechou a mão, segurando-o, puxou-o bruscamente, arrebentando  o tecido  do pijama cedeu com o som de rasgado. Draco percorreu a mão no seu mamilo exposto pelo rasgo, gesto que arrancou um murmúrio dos lábios dele. Ele trocou a inclinação de sua boca na dele, pressionando os lábios ainda mais, a língua explorando a boca de Harry. Com uma suavidade contrária à maneira violenta com que seus lábios o consumiam, acariciou-lhe o mamilo com os dedos, pressionando-o e alisando-o e provocando-o com a ponta dos dedos, até que endureceu.
                    — Harry... — Ele sussurrou seu nome quando seus lábios se separaram e percorreu com a boca o caminho da face até a orelha. — Deixe-me... por favor, posso mostrar-lhe como pode ser bom. — Ele pegou o lóbulo da orelha entre os dentes e o mordiscou, enviando pontadas de calor por todo o corpo de Harry.  Sua boca moveu-se para baixo. Todo lugar em que tocava parecia incendiar-se.Harry tremeu, soltando-se no braço dele, duro como o ferro, em suas costas.

         — Dray...
                   Ao ouvir seu apelido da boca de Harry, Draco sentiu um tremor de desejo pelo corpo. Havia um tom de intimidade ali, uma afeição, que nunca acreditou que Harry sentia por ele. Desatou-lhe a faixa do robe e abriu-o, deslizando as mãos por dentro dele, puxando Harry para cima e de encontro a seu corpo. Ele estava entregue, os mamilos tesos de desejo. Draco percorreu as costas e os quadris dele com as mãos, apertando as nádegas com os dedos e pressionando-o de encontro a seu membro intumescido, sentido que Harry estava tão duro quanto ele.
                O fogo lambeu em suas veias, fazendo com que o calor se irradiasse por eles. Harry chegou os quadris para a frente, consciente apenas de uma necessidade profunda e primitiva de fazê-lo. A respiração dele tremeu. Ele mordiscou suavemente a junção entre o pescoço e o ombro de Harry, provocando-o com a mordida e depois lambendo-o.
              Draco envolveu-o com o braço, levantando-o e virando-se para carregá-lo de volta para a escrivaninha. Instintivamente, Harry enlaçou as pernas na cintura dele. Sentou-o na mesa, jogando no chão tudo o que havia ali em cima e apoiando as costas de Harry nela.                                    O corpo de Draco estava deliciosamente duro e pesado sobre o seu, a marca de sua paixão queimando em seu abdômen. Ele pôs uma das sob o mamilo esquerdo dele, o polegar o acariciando enquanto que  a outra mão ia para a parte inferior de seu pijama, insinuando-se no cós da calça.

    Draco olhou-o por um instante, apreendendo o modo como seus olhos obscureciam com paixão e seu rosto tornava-se suave e doce quando suas mãos o acariciavam.
             Draco inclinou-se e beijou um dos mamilos, em seguida passou a língua em torno dele, fazendo um círculo vagaroso, provocante. Harry arqueou o corpo, gemendo.Aquilo abalou seu controle quase a ponto de perdê-lo. Ele parou por um instante, lutando contra a onda de desejo.

   Olhando diretamente nos olhos dele, perguntou:— Não é isso o que você quer? Isso não é o suficiente para você?Naquele momento, era, Harry sabia, mas ele conseguiu reunir o resto de seu autocontrole e disse:

         — É o suficiente para você?

         Ele ficou tenso, os olhos ainda presos em Harry.

          — O quê?

         — Você está dizendo que quer ser meu marido de fato?

           — Sim.

          — Nós dois inteiramente fiéis um ao outro?

      Ele quase disse sim, mas pensou em Astoria. A expressão de seu rosto mudou subitamente.

       Harry deixou escapar um suspiro.— Ah. Entendo. Eu serei fiel. Você não.

      Ele sentou-se, ele deu um passo atrás, sem impedi-lo, ainda que sentisse uma  vontade quase incontrolável de empurrá-lo de volta à mesa e possuí-lo ali mesmo.

       Harry puxou as laterais do robe e amarrou a faixa com firmeza.
                 — Acho que devemos nos ater a nosso acordo atual — disse ele, e saiu do cômodo.



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