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História A Marquesa 👑 - A morte do Lorde


Escrita por: Shays

Capítulo 20 - A morte do Lorde


Fanfic / Fanfiction A Marquesa 👑 - A morte do Lorde

Sakura arrepiou-se. Lorde Orochimaru continuava tão horrível quanto antes. Macilento, mas com mãos enormes e fortes. Pálido e com olheiras quase pretas. E cheirava muito mal.

— Samui não está aqui — Sakura adiantou-se, antes que, Karin, estourando de raiva, piorasse a situação.

— Não? A senhora está conspirando com a prostituta de seu marido? Não me admira que ele a tenha escolhido para esposa, é Muito compreensiva! Por acaso lhe agrada uma orgia à três ? — Orochimaru voltou-se para Karin, com ar desgostoso. — Srta. Karin, permitiria espectadores? Eu adoraria ver um espetáculo desses.

— Seu verme desprezível! — Karin falou com os dentes cerrados. — Se não sair daqui...

A explosão da pistola atingiu o lustre de cristal, que se espatifou em cima do tapete. Shion desmaiou, e o homem que a segurava largou-a. Lorde Orochimaru entregou a arma fumegante para o sujeito de ataduras no rosto Dosu e tirou outra do bolso do paletó.

— A próxima bala será para a senhora, Pomba Suja. O que é uma meretriz a mais ou a menos?

— Não acredito que ouse matar-me, Lorde Orochimaru— Sakura forçou-se a falar.

Chiyo entrou correndo e foi contida por um dos homens de Lorde Orochimaru .

— Leve as duas criadas para a cozinha — o Lorde ordenou. — Amarre-as e amordace-as. Se forem cordatas, não será necessário matá-las. A senhora tem outras servas, srta. Karin?

— Uma cozinheira — Karin respondeu, tensa. — Mas hoje é seu dia de folga.

— Vamos logo com isso! — ele comandou os homens. — Procurem a srta. Samui lá em cima.

Sakura refletiu que, se Konohamaru  não viera atrás de Chiyo, na certa saíra à procura de ajuda.

— Lady Uchiha? — Orochimaru deu um sorriso que deixou à mostra os dentes pobres. — Vim buscar minha noiva, amparado nas forças da lei. Se para isso tiver de matar todas, eu o farei. Tenho certeza de que a orgulhosa família Uchiha pagará qualquer coisa para esconder que a senhora terminou seus dias em um lugar como este.

Sakura não duvidou das palavras do crápula, mas estava preocupada com Konohamaru. Se tivesse juízo para sair correndo, aonde teria ido? O marquês estava na residência dos Uzumaki. O duque prestaria auxílio em tais circunstâncias?

De qualquer modo, seria necessário ganhar tempo. Assim, Sakura sentou-se e puxou Karin para fazer o mesmo. Percebeu que a atriz estava enrijecida de tanta ira, e Orochimaru nem ao menos dava confiança ao ódio com que ela o fitava.

— A senhora é muito esperta, Lady Uchiha — Orochimaru esnobou e fitou Karin. — Já recusou minha proteção uma vez, srta. Karin. Jamais esquecerei uma afronta como essa.

— Sua oferta foi um grande insulto.

Sakura teve esperança de que a feroz beldade contivesse a língua até a situação reverter-se a favor delas, mas com certeza cautela não fazia parte da natureza de Karin. Tentou apanhar uma escultura de porcelana, mas o olhar funesto de Orochimaru fez com que desistisse do intento.

Os capangas do Lorde deixaram a cozinha, subiram e voltaram com Samui, branca e trémula. Ao ver Orochimaru, ela soltou um grito.

— Nada tema, doçura. — As palavras foram uma paródia de ternura. — Vim para salvá-la e reconduzi-la ao seio de sua família. ;

Samui foi empurrada por Kimimaro até o futuro marido, que tentou acariciar-lhe o rosto. A moça virou a cabeça.

— Pare com isso, Lorde Orochimaru! — Sakura não se conteve e ficou em pe. — Como pode pensar em casar-se com alguém que o odeia?

Sakura ignorou a arma, aproximou-se e afastou Samui do Lorde.

Orochimaru estreitou os olhos, mas nada fez.

— O ódio, Lady Uchiha, é o melhor tempero para a cama. —, Mostrou de novo os dentes podres. — Adoro isso. Se necessário, faria com que me odiassem.

— Garanto que não terá de fazer nenhum esforço para isso — Karin também se ergueu. — Não tenha dúvida de que é odiado em toda Aldeia, seu canalha sifilítico! Mesmo que consiga levar Samui, acha mesmo que a deixaríamos em sua mãos?

— Acredito que poderei persuadi-la a ser uma esposa submissa.

— Se o senhor estiver vivo para casar-se com ela.

Sakura segurava Samui e desejava amordaçar Karin. Elas acabariam morrendo por causa de sua impetuosidade. Orochimaru aparentava divertir-se com a situação.

— Sobrevivi até hoje, apesar de tantos inimigos, srta. Karin. Estou sempre bem protegido, até mesmo de uma prostituta irada.

— Mas milorde nunca teve uma inimiga como eu. — Karin arrumou a saia branca estampada em branco e deu de ombros, com desprezo evidente.

Aterrorizada com a atitude intempestiva de Karin, Sakura sentou Samui no sofá. Se o Lorde levasse a noiva, elas poderiam agir. Se Karin continuasse a provocá-lo, Orochimaru acabaria por matá-las.

Tarde demais. Lorde Orochimaru trocou de arma com o Albino. Sem pressa, pegou a caixa de pólvora e carregou a segunda pistola. Sakura considerou que ele não mataria Samui, mas a manteria tão aterrorizada que a moça jamais diria nada do que acontecera ali.

— Lorde Sasuke trouxe Samui até aqui, Lorde Orochimaru. Se algo acontecer conosco, ele saberá os motivos.

— Nesse caso, terei de matá-lo também. Simples, não é?

— Acha que poderá desafiá-lo e vencer?

— Sou um exímio atirador, mas não tolo. Algumas moedas e algum patife fará isso por mim.

Sakura ficou ainda mais amedrontada. Temia muito mais pela vida de Sasuke que pela sua. E ocorreu-lhe a certeza que Lorde Orochimaru deveria morrer. Ela, que sempre desprezara a violência, teria coragem de atirar nele a sangue-frio.

Lorde Orochimaru  entregou a pistola carregada ao capanga.

— Tome conta dessas duas. — Ele apontou Sakura e Samui. — Se causarem problemas, mate Lady Uchiha e atire na perna de minha querida Samui. Srta. Karin, venha comigo.

— O que vai fazer? — Sakura perguntou.

— Como a Pomba Branca já disse, nunca tive uma inimiga igual a ela. Por isso, irá entreter-me com o tempero de seu ódio, para incrementar o prazer. Se ela cumprir a tarefa a contento, todas sobreviverão. Caso contrário, milady morrerá e a doce Samui terá de esforçar-se ainda mais para agradar-me.

Samui gemeu, e Sakura abraçou-a. Karin continuou impassível. Lorde Orochimaru apontou a escada, e Karin caminhou naquela direção.

— Eu os deixaria apreciar, se sua presença aqui embaixo não fosse imprescindível. Não se preocupem, acharei uma recompensa favorável.

Lorde Orochimaru  seguiu Karin até o quarto.

Sakura não se conformava com a inércia forçada. Nem queria imaginar o que aconteceria no andar superior. Mesmo que Lorde Orochimaru as deixasse vivas e levasse Samui, mandaria matar Sasuke à traição. Nada disso.

E também a mataria, para que nada chegasse ao conhecimento do duque. O mesmo fim teriam as criadas. A única testemunha seria Samui, mas com toda certeza incapaz de dizer uma só palavra contra aquele monstro, que seria seu marido.

Se Konohamaru tivesse fugido, voltaria com a ajuda de quem? Até mesmo os representantes da lei seriam bem-vindos àquela altura.

Sakura fitou os capangas, que pareciam aborrecidos.

— Eu poderia servir um cálice de conhaque para mim e para a srta. Samui?

Os dois se entreolharam, e  Kimimaro  deu de ombros.

— Se quiser... Mas nada de truques, senão...

Sakura foi até o aparador e despejou a bebida em duas taças, com as mãos trémulas. Pensou em atingir a cabeça de um dos sujeitos com a garrafa.

E o outro? Poderia embebedá-lo?

— Os senhores gostariam de uma dose?

— Nossa recompensa virá mais tarde. — Dosu sorriu com maldade.

Sakura estremeceu. Talvez houvesse algo a temer mais do que a morte.

Quando voltou ao sofá, ouviu-se um grito agudo vindo de cima. Sakura enrijeceu. O som não se repetiu.

— Essa eu gostaria de ver — Kimimaro murmurou.

— Tão branca e orgulhosa... — Dosu filosofou. — Depois de estar com ele, ela ficará azul, preta e sangrenta.

Ambos riram.

Sakura afundou no sofá e pôs uma das taças na mão de Samui.

— Beba. É horrível, mas ajuda.

Ela mesma tomou um gole e fez uma careta. O líquido queimou-lhe a garganta. De esguelha, notou um movimento pela janela, mas não se mexeu. Deixou o recipiente de cristal sobre a mesa e percebeu que se tratava de Konohomaru. Desviou depressa o olhar.

Com o coração disparado, procurou demonstrar indiferença. Ouviu-se outro grito, mais desespero. Gutural.

Aquele homem tresloucado teria coragem de matar Karin para seu prazer? E por que não? Afinal, todas morreriam de qualquer jeito.

Em seguida, foi o som de uma batida e de uma queda. Samui engasgou e espalhou conhaque que ainda não bebera.

— Se ele pretende matar a moça, acha que nos deixará possuí-la primeiro? — Kimimaro passou a língua sebosa nos lábios. — Preciso muito de uma mulher.

— Bem, ainda temos as criadas.

— É mesmo! Tinha me esquecido delas. Acho que vou lá agora. Estou passando mal.

— Ficará ainda pior, se ele descobrir que abandonou seu posto.

Sakura fez um esforço imenso para permanecer impassível. Sentia os movimentos no hall atrás dos dois brutamontes. Fosse quem fosse, era a esperança de socorro. Ao ver de quem se tratava, deixou cair a taça, que se partiu em centenas de pedaços no chão.

— O que é... — o barbado interrompeu-se.

— Tenho uma arma apontada para sua cabeça—o marquês anunciou. — O mesmo acontece com seu amigo, entreguem as pistolas.

Dosu hesitou. Evidente que conhecia a ferocidade do empregador. Mas acabou por entregar a arma para Sasuke, praguejando. Konohamaru apanhou a outra, pois quem apontava para a cabeça de Kimimaro era o sr. Suigetsu.

Sakura aproximou-se devagar, entre feliz e receosa.

— Segure a pistola, doçura — o marido ordenou-lhe — encostada firme na espinha dele. Ao menor movimento, aperte o gatilho.

Sasuke beijou-a rápido e correu até a escada. Parou.

Karin apareceu no alto, com uma faca nas mãos. O vestido estava rasgado, e ela, manchada de sangue. Uma cena macabra em branco e vermelho.

— "O adormecido e o morto não passam de imagens" — a atriz recitou as palavras . — "Esse é o olhar da infância que teme a figura do demônio... Quem haveria de imaginar que o velho tivesse tanto sangue dentro dele?"

— Karin! — Sasuke estava paralisado ao pé da escada. Sui sacudiu-o e entregou-lhe a arma.

— Cuide dos homens. Eles precisam de dois braços. Suigetsu subiu depressa os degraus, tirou a faca das mãos inertes de Karin e segurou-a com firmeza com o único braço.

— Ainda bem que o matou — Suigetsu disse, com calma.

Sui fora soldado profissional, e seu tom firme, porém tranquilo, foi o suficiente para Karin voltar à realidade e romper em soluços;

— Ela não pode tê-lo matado — Dosu não se conformava. — Não pode...

— Seja como for, sua participação terminou — Sasuke avisou-o.

Konohamaru  veio do subsolo com uma corda, e os homens foram amarrados pelos pés e pelas mãos. O garoto explicou que conseguira o cabo de fios vegetais por ter desamarrado uma das criadas, que caíra em uma crise histérica. Ele foi mandado de volta com instruções de libertar a outra e conter as duas embaixo até novas ordens.

Sasuke tirou a pistola das mãos de Sakura e desengatilhou-a, antes de estreitar a esposa junto a si.

— Está tudo bem, minha querida.

— Foi horrível, Sasuke! — Ela tremia e lutava para não chorar. — O homem era totalmente louco!

— Eu já desconfiava disso.

Abraçado com Sakura, Sasuke virou-se. Karin se mantinha apoiada pelo único braço forte de Suigetsu. O vestido fora puxado para cobri-la, e estava preso com um alfinete de gravata.

Karin já não chorava ao descer com Suigetsu, mas via-se que se encontrava em estado de choque.

— Ele está morto, Karin?

— Deve estar, Lorde Sasuke. Eu o estripei.

— Eu gostaria de tê-lo matado.

— Precisaria ter entrado na fila, Sasuke. — Sui meneou a cabeça.

— Orochimaru tinha de ser meu... — Karin respirou fundo. — Eu sempre quis atuar em MacBeth. Acho que o farei na próxima temporada.

— Está bem, Karin... — Sasuke serviu quatro cálices de conhaque.

Todos beberam para acalmar-se, e Sakura ofereceu para Samui o que ela não tomara.

— Karin o matou mesmo, Sakura?

— É o que parece, meu bem.

— Estou contente, mas...

— Não se incomode com isso agora. Não precisamos de mais problemas.

Samui, enfim, tomou um gole e estremeceu.

— Sempre tenho uma faca debaixo da cama — Karin explicou, um pouco mais descontraída após beber um pouco. — Adquiri esse hábito muito cedo em minha vida. — Fitou a roupa manchada de sangue. — Preciso me lavar. A Pomba Branca nunca usa nada colorido. Acho que vou para a cozinha.

— Não faça isso — Sui pediu-lhe. — As criadas vão desmaiar. Vá até um dos quartos vagos, e eu lhe levarei água. Primeiro, deixe-me confirmar se Orochimaru está morto mesmo. Sui retornou dali a pouco, muito pálido, indagando:

— A raiva era muita, não era?

— Ele queria usufruir de meu ódio, na cama... e eu fiz o que milorde queria.

Sui afastou-se com Karin, deixou-a no quarto de hóspedes e voltou para buscar água.

— Suponho que Karin conta com um novo protetor — Sasuke comentou.

— Ela não precisa de proteção. É uma mulher magnífica. De qualquer forma, vou me casar com ela. Claro que ainda não lhe fiz o pedido. O momento não é apropriado. Mas imagine o herdeiro que essa fera poderá gerar!

Sakura começou a rir e não parou mais até que a histeria dissolveu-se em lágrimas sentidas. Agarrou-se em Sasuke, que a fez sentar-a em seu colo, com ternura.

— Não chore, amor. Está tudo bem. Jamais deixarei que a machuquem.

— Ele... disse... que iria matá-lo.

— Eu? E por quê?

— Orochimaru sabia que você iria me vingar.

— Minha querida, quero saber como veio parar aqui.

— Vim ver Samui.

— Nada tinha a fazer nesta casa.

— Mas você me trouxe para cá ontem à noite!

— Por uma infeliz necessidade. Não voltará mais aqui, querida. Isso já ultrapassou os limites de...

Sakura deu um pulo e encarou-o.

— Sasuke Uchiha, não pense que irá mandar em mim! Marido ou não marido, marquês, duque ou rei!

Sasuke explodiu em gargalhada.

— Como é que pude viver antes de conhecê-la? Sua rebeldia e a de Karin são idênticas.

— Isso mesmo. Sasuke ficou pensativo.

— Sui é louco o suficiente para casar-se com Karin, se conseguir fazê-la aceitar. Acho que não poderia ser pior.


— Sakura! — Samui ficara esquecida no sofá. — Achei que a senhora fosse uma lady. Uma pessoa de sensibilidade. Essa gente é... maluca! Todas elas. Aquela mulher é uma... uma... prostituta! E acabou de matar um homem. Lá em cima. Viu o sangue que a cobria?

— Beba isto! — Sakura forçou-a a engolir.

Samui engasgou, e a marquesa bateu-lhe nas costas, até a menina começar a chorar.

— Samui, pare com isso e me escute. Tudo o aconteceu aqui foi por sua causa. Não digo que a culpa tenha sido sua, mas os problemas começaram porque as pessoas se propuseram a ajudá-la.

A jovem enxugou o pranto.

— A srta. Karin foi muito bondosa — Sakura falava com firmeza. — Ela fez tudo aquilo para nos salvar. A mim, da morte, e a você, das garras de Lorde Orochimaru. Não é a senhorita quem deve lhe julgar os princípios morais!

— Mas...

— Chega. Não sei o que faremos agora, mas eu a proíbo de dizer uma só palavra do que houve aqui. Entendeu?

A garota anuiu.

— O que acontecerá comigo?

— Bem, pelo menos não terá de se casar com Orochimaru. Contudo, é uma lástima. Neste momento, você poderia ser uma rica viúva.

Como não pensara naquilo antes? Sakura teve uma ideia, mas não quis dizer nada a Sasuke no momento.

Ouviram-se batidas nervosas na porta, e Sasuke correu a atender. Narutor Uzumaki entrou com Visconde Juugo. Relanceou um olhar ao redor e em segundos compreendeu a situação.

— Juugo, perdemos a parte mais emocionante. O Visconde guardou a pistola.

— Sasuke, todos estão bem? Acabamos de receber uma mensagem incoerente de Kiba.

— Todos, exceto Orochimaru. — Sasuke  indicou a faca caída na escada.

— Eu me alegro. — Naruto esboçou um sorriso largo. — Quem foi o autor da façanha?

— Karin.

— Sempre se deve confiar em uma boa mulher. Bem, agora temos de fazer nossa parte e limpar tudo. Livrar-nos do corpo e tudo o mais. Leve embora essas damas. Quem está com a heroína?

— Sui. Ele disse que vai se casar com ela.

Sakura percebeu que Sasuke se acalmara pelo reforço recebido. Naruto passava uma imagem de segurança.

Excelente! Ela domesticará nosso granadeiro. — Naruto evitou o cristal estilhaçado e levou Sakura e Samui até o hall. Abraçou a moça e apresentou-se. — Sou Naruto Uzumaki. Suponho que seja Samui. Não se preocupe, tudo dará certo.

Ninguém ainda a confortara, e ela se agarrou a Naruto, como se ele fosse uma tábua de salvação.

— Calma, minha filha. O pior já passou. Logo poderá voltar para sua família.

— Não! — Samui largou-o.

— Os pais foram muito cruéis com ela. — Sakura meneou a mão.

— Se a levar para casa e ela simular arrependimento e docilidade, não acredito que ficarão muito irados. Explique aos pais que Samui conta agora com a amizade e o apoio dos Uchiha, milady. Os pais não ousarão ofendê-la.

Naruto se virou para a mocinha.

— Não deve se mostrar desejosa de casar-se com Orochimaru. Mostre-se amedrontada como antes. Se soubermos agir, demorará um pouco até o corpo dele ser encontrado e identificado. Depois, a senhorita terá tempo para respirar, até que seus pais achem outro candidato. Enquanto isso, a situação poderá modificar-se.

O tom calmo de Naruto deixou-a mais confiante.

— Como acha que tudo poderá mudar?

— De várias maneiras. Por exemplo, em algum lugar do País do Trovão, a grande batalha terminou.

— Há notícias?—Sakura e Sasuke perguntaram ao mesmo tempo.

— Um pouco vagas. Estão usando pombos, enquanto o governo confia em cavaleiros. Segundo o comandante, a batalha se mantém em curso há vários dias, e feridos vêm chegando. Ele falou que o 429 foi atingido duramente.

— O regimento de Neji e Shikamaru  — Sasuke lembrou.

— E podemos falar em vitória?

— Alguém sempre sai vitorioso — Naruto filosofou, com amargura. — Bem, dizem que sim, mas a Bolsa de Valores está hesitante depois da pequena pilhagem. Contudo, notícias definitivas deverão estourar a qualquer instante, e o País do Som  se transformará em um turbilhão nos próximos dias. São condições excelentes para encobrir nossos planos. Leve Sakura e Samui daqui e nós nos encarregaremos do resto.

— Oh, Deus! — Sasuke lembrou-se. — Lá embaixo estão Konohamaru, um servo meu, a criada de Sakura e a de Karin !

— Eles guardarão segredo?

— Shion será um túmulo. Karin a tirou das ruas. Sakura, e quanto Chiyo?

— Acredito que manterá a boca fechada. Contudo, seria melhor que ela não conhecesse a extensão dos acontecimentos.

— Querida, saia com Samui pelos fundos. Levem Chiyo e Konohamaru. Eu as encontrarei no final da alameda, com o coche. — Sasuke abraçou e beijou Sakura, antes de ir.

Mais confiante, a marquesa levou Samui até a cozinha. As duas criadas levantaram-se depressa e começaram a falar ao mesmo tempo.

— Silêncio! — Sakura ordenou. — A srta. Karin não foi ferida, mas não deseja ser incomodada no momento. Não suba, Shion, enquanto não for chamada. Chiyo, Konohamaru, vamos embora.

— Sim, milady — duas vozes entoaram.

Saíram pela porta da cozinha e atravessaram o pequeno quintal dos fundos.

— Ninguém dirá uma palavra sequer a respeito do que se passou aqui hoje. Certo?

— Sim, milady! — Konohamaru concordou de imediato.

— Se me perguntarem, eu não saberei o que dizer, milady. Fui amarrada. E aquele homem tocou meus... Ah, não sei mesmo! Shion disse que havia três homens armados. Foi um assalto?

— Uma tentativa, mas nada foi roubado. Chiyo, seria muito desagradável se alguém soubesse que vim até aqui.

— Eu lhe avisei, milady.

— Ah, seu eu pudesse imaginar! — Sakura  fingiu-se arrependida. — Só quando o marquês chegou é que entendi o tamanho de meu erro. Ninguém deve suspeitar de nada.

— Meus lábios permanecerão selados, milady!

— Obrigada, Chiyo — Sakura respondeu, contrita. Chiyo e Konohamaru foram a pé para a mansão. Sakura  e Ssuke levaram Samui, muito nervosa, até a casa alugada pelos pais. Sakura assegurou à garota que não haveria mais surras e rezou para que fosse verdade.

Os pais de Samui ficaram aliviados por ter de volta a esperança da solvência e esqueceram a zanga. E se encantaram por ver a filha em tão ilustre compainha. Nem mesmo questionaram a história de que se refugiara na residência de uma amiga de escola, onde Sakura a encontrara.

A marquesa elogiou muito Samui nas despedidas, e Sasuke empregou toda a arrogância dos Uchiha para impressionar a família de Samui. Quando se retiraram, poderiam jurar que a garota receberia apenas uma reprimenda.

Sakura nada disse ao marido sobre seus planos a respeito de Samui.

Em Uchiha House, afirmou que preferia jantar no quarto.

— Estou de pleno acordo, minha querida. Descanse um pouco. Providenciarei tudo e irei em seguida.


CONTINUA...


Notas Finais


Hum. . . Prevejo um jantar delicioso e quente...
Deixe suas opiniões. 💋


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