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História A Melodia do Coração - Um novo dia


Escrita por: Princess-Roses

Notas do Autor


Olá meus queridos leitores.
Estou aproveitando essa semana de folga pra adiantar algumas coisas e escrever um pouco mais.
Bem, espero que gostem do capítulo e tenham uma boa leitura.

Capítulo 17 - Um novo dia


Mais uma vez o dia amanhecia no santuário de Atena, vários cavaleiros amazonas e aspirantes já iniciavam seus treinos enquanto outros ainda estavam em suas moradias. No templo principal, Saori passou quase a noite inteira rezando por seus amados cavaleiros de bronze que estavam na enfermaria. Só foi dormir poucas horas antes do amanhecer e agora estava exausta.

Enquanto isso na enfermaria, o médico que estava cuidando do caso dos três garotos, sorria satisfeito e aliviado ao ver que os três saíram do estado critico e estavam se recuperando rapidamente.

— Isso é incrível doutor, eu não esperava que eles fossem reagir e se recuperar tão rápido.
— Eu também, mesmo sendo cavaleiros achei que eles demorariam mais tempo para reagir. Mas vejo que me enganei. Os mestres deles ficarão muito felizes e aliviados quando souberem.
— Eu posso mandar alguém ir avisá-los?
— Sim, uma boa noticia como essa não deve esperar para ser dada.

Em seguida a enfermeira procura por alguma serva ou mensageiro para dar o recado aos mestres dos garotos e também a Atena e ao grande mestre. Mas como não encontrou ninguém, decidiu mandar a mensagem por algum cavaleiro de ouro que estivesse acordado.
Mu estava indo para a arena com Kiki quando encontrou a jovem enfermeira no caminho.

— Bom dia senhor Mu. Indo treinar com seu discípulo?
— Bom dia Ângela. Sim, estou indo para a arena agora. Eu sei que ainda é cedo, mas como estão os garotos?
— Eles estão fora de perigo, estou indo agora mesmo achar alguém para dar essa noticia aos mestres deles e ao grande mestre e Atena.
— Mas isso é uma ótima noticia! Não se preocupe, eu mesmo darei essa noticia a todos.
— Muito obrigada senhor Mu, tenha um bom dia.
— Mestre Mu, eu posso ir na frente e fazer o aquecimento enquanto você avisa os outros.
— Está bem, não vou demorar muito.

O garoto apenas acena com a cabeça e vai em direção a arena enquanto seu mestre voltava para as doze casas. Enquanto isso na casa de peixes, Miélle tomava seu café da manhã enquanto pensava em Shun, não consegui entender o motivo de alguém tentar matar um garoto tão doce e gentil como ele. Foi então que viu Afrodite entrando na cozinha, seu semblante estava um pouco melhor que na noite anterior.

— Bom dia querido, dormiu bem?
— Sim, não sei o que você fez comigo, mas acabei dormindo como uma pedra.
— Que bom que conseguisse descansar. Eu só fiquei ao seu lado até você se acalmar e dormir.
— Eu sei, me lembro que você ficou me abraçando e acariciando minha cabeça até que acabei dormindo. Muito obrigado meu amor. Se não fosse por você, provavelmente eu estaria péssimo e exausto agora.
— Não precisa agradecer, fiz tudo com muito carinho. Você sabe que eu me preocupo muito com você e só quero o seu bem. Agora venha tomar um bom café comigo, você precisa se alimentar.
— Me desculpe, mas estou sem fome.
— Tente comer um pouco, não presta ficar de estômago vazio por muito tempo.

Afrodite apenas acena com a cabeça e se senta ao lado dela, optou por um suco de laranja e um sanduíche frio. Miélle não pode deixar de sorrir ao ver seu amado repetindo o sanduíche e depois pegando um pão de mel como sobremesa.

— Só espero que ele esteja reagindo, não vou sossegar até que esteja fora de perigo.
— O Shun é forte, ele vai se recuperar rápido. Também estou muito preocupada com ele, mas só nos resta esperar.
— Eu irei vê-lo agora. Sei que você odeia esses lugares, mas poderia vir comigo?
— É claro que eu te acompanho. Também quero vê-lo.

Foi então que Afrodite sentiu o cosmo de Mu se aproximando de sua casa. Ficou apreensivo ao sentir a agitação no cosmo do amigo.

— Afrodite, você está acordado?!
— Sim, estou aqui na cozinha!

Não demorou muito e o ariano apareceu na porta da cozinha, Mu estava bastante agitado e isso preocupou o casal que o via se aproximar.

— Me desculpem por chegar dessa forma.
— O que aconteceu Mu, por que está tão agitado?
— Não é pra menos, eu trago boas noticias Afrodite. O Shun e os outros estão fora de perigo.
— Serio?!
— Sim meu amigo, parece que eles reagiram durante a noite e agora estão se recuperando.
— Graças a Atena, finalmente acabou aquele pesadelo.
— Bem, eu vou indo. Ainda tenho que avisar o Shion e a Atena.
— Obrigado pelo aviso meu amigo, até parece que estamos sonhando.

Mu apenas sorri e desaparece no ar diante do casal que agora sorria aliviado por aquele pesadelo ter acabado.

— Graças aos céus, agora posso ficar tranqüilo.
— Viu, eu disse que ele ia se recuperar. O Shun é bem mais forte do que parece.
— Bem, vamos nos arrumar para fazer uma visita ao nosso futuro cavaleiro de prata.
— É incrível como nós nos apegamos nesse garoto, ao contrario de certa pessoa que parece não se importar muito com ele.
— O Ikki acabou se tornando uma negação como irmão. Vive desaparecendo por ai enquanto estamos todos aqui.
— Eu sei que o Shun sabe se cuidar sozinho, mas é um absurdo essa negligência dele.
— Eu digo o mesmo. Quando ele aparecer, vai ouvir poucas e boas de mim. Está na hora de alguém dar um basta nessa liberdade dele.
— Concordo.

No templo principal, Shion fica muito feliz e aliviado ao saber que eles estavam fora de perigo. Agora poderia se concentrar na investigação para pegar o culpado.

— Finalmente esse pesadelo acabou. Agora vou começar a investigar isso a fundo. Não posso deixar que o culpado fique impune.
— Tem alguma suspeita de quem possa ser?
— Sim, tenho alguns nomes em mente, mas preciso investigar antes de acusar alguém.
— Seja quem for, essa pessoa terá sérios problemas. Os mestres deles vão querer matar o responsável.
— Acho que apesar de tudo, eles deixariam o destino do culpado em minhas mãos. Todos sabem que eu posso ser bastante severo e cruel.

Foi então que Hélyn entrou no salão com uma cara de sono e preocupação. Tinha ouvido Shion falando alto, mas como não entendera o que ele tinha dito, achou melhor ver o que tinha acontecido.

— Me desculpem por interrompê-los. Mas por que estavam falando tão alto?
— Você não nos interrompeu minha querida. O Mu veio me trazer uma noticia tão boa que acabei me deixando levar pela emoção.
— Eu poderia saber do que se trata?
— Hélyn, eles estão fora de perigo. E o medico disse que já estão se recuperando.
— Graças aos céus. Que excelente noticia para se começar o dia. Aposto que os mestres deles devem estar muito felizes e aliviados.
— Sim, e pode ter certeza que eles já devem estar na enfermaria com os discípulos.
— Já avisaram a Atena? Ela vai ficar muito feliz quando souber.
— Eu irei avisá-la imediatamente.
— Não precisa Shion, eu ouvi e pude sentir que eles estão fora de perigo.

Ao ouvirem aquela voz, eles olham na direção de uma das portas e vêem Saori de aproximando deles. Apesar de estar cansada ela sorria alegremente.

— Suas orações foram ouvidas minha deusa. Agora vá descansar, você não dormiu nada essa noite.
— Não se preocupe Shion, agora eu posso descansar em paz. Vou só comer alguma coisa e depois voltarei a dormir até a hora do almoço. Antes que eu esqueça, diga ao Tatsumi que hoje eu não irei mais sair do santuário.
— Minha deusa, eles estão bem, não há necessidade de você abdicar seus assuntos pessoais.
— Não, eu não vou sair daqui. Se eu estivesse aqui ontem, aquilo não teria...
— Não se sinta culpada minha deusa, aquilo teria acontecido com ou sem a sua presença. Mas não se preocupe, eu não irei descansar até que o culpado seja achado e castigado.
— Eu vou pensar. Mais tarde irei vê-los.
— Eu posso ir junto?
— É melhor não minha querida. Você é muito sensível e aquele lugar não é nada agradável.
— Shion está certo, deixe para ir visitá-los quando eles já estiverem nas casas de seus mestres.
— Está bem.

Enquanto isso na enfermaria, Shun cochilava enquanto seus amigos estavam conversando com seus mestres. Queria que seu irmão estivesse ali, mas infelizmente Ikki vivia sumindo e parecia não se importar mais consigo como antes.

Quando estava quase em um sono profundo, sentiu alguém segurar sua mão direita e acariciar a sua cabeça.
Ao abrir os olhos Shun vê que Afrodite lhe olhava docemente, mas dessa vez estava acompanhado por sua bela noiva.

— Mestre.
— Quando soubemos que você estava melhor, nós viemos o mais rápido possível. Mas como você está se sentindo?
— Apesar de fraqueza, me sinto muito melhor.
— Não sabe o quanto me alegra ouvir isso.
— Estávamos muito preocupados com você, mas graças a Atena o pior já passou.
— Mas o que aconteceu com a gente? Nunca havia me sentido tão ruim como me senti ontem.
— Shun, alguém colocou um remédio na comida ou na bebida de vocês.
— O que?!
— Por favor não faça nenhum esforço, sei que isso é chocante mas é a verdade.
— Shun, escute o seu mestre, você precisa ficar calmo. Felizmente você e os outros estão se recuperando e é isso que importa agora.
— Você está certa. E obrigado por virem, não esperava vê-los tão cedo.
— Prometi que viria te visitar e aqui estou.
— Você sabe que nós gostamos muito de você, estaremos sempre ao seu lado querido Shun.
— Obrigado, não sei o que seria de mim sem vocês. Mas alguma noticia do Ikki?
— Infelizmente não, há meses que ele não dá nenhum sinal de vida. Mas não fique triste, você sabe que tem a mim e a Miélle, nunca te deixaremos sozinho.
— Sim eu sei.

Não demorou muito e a boa notícia logo se espalhou pelo santuário, na arena muitos cavaleiros e aspirantes ficaram felizes com a notícia, exceto um certo sagitariano que resmungava em japonês enquanto treinava.

— Não acredito nisso, eles deviam ter morrido. Pelo menos eu tive o prazer de ver aqueles três babacas no chão enquanto eles estavam em estado grave. Até o cubo de gelo do Camus desabou em lagrimas, sem falar no idiota do Afrodite que só faltou desmaiar.
— Pare de resmungar e se concentre nos exercícios!
— Eu estou concentrado mestre!
— Não é o que parece. Eu posso não entender japonês, mas sei que você está resmungando e xingando.

Seiya não deu a mínima atenção e continuou seu treino. Ao menos pode se deleitar um pouco com o sofrimento daqueles três.
Na casa de virgem, Shaka se preparava para ir ver seu ex-discípulo, sabia que a presença de Afrodite seria um problema, mas não desistiria de ver o garoto.

— Tem certeza disso Shaka? Ele vai te dar uma surra.
— Sim Mu, eu preciso falar com o Shun.
— Mas você vivia dizendo que só desperdiçava seu tempo com ele.
— Eu falei aquilo na hora da raiva! Só depois dessa quase tragédia é que eu percebi o quanto esse garoto é alguém muito especial, e eu o desprezei por causa do meu grande orgulho e das minhas manias.
— Agora entendo por que você quer tanto vê-lo. Finalmente você acordou e viu a verdade.
— Não precisa piorar a minha situação, não está sendo nada fácil lidar com a minha consciência e com a voz de Buda me cobrando e recriminando.
— Você vai precisar de muita sorte e paciência, provavelmente o Afrodite não vai te deixar chegar perto dele.
— Antes eu não o via a minha altura, mas depois daquele dia, tenho até medo dele.
— Você e essa sua estúpida mania de subestimar a todos. Foi um erro fatal subestimar o Afrodite, ele é muito mais forte do que parece ser.
— Nem me fale. Não é a toa que ele é o mais temido de todos os dourados. Nunca devia tê-lo menosprezado.
— Eu te avisei, mas você não me deu ouvidos.  Mas quando você pretende ir à enfermaria?
— No horário do almoço. Agora ele deve estar com visitas.
— Eu irei com você, apenas por precaução.

O virginiano apenas acena com a cabeça, era melhor ir acompanhado pois sabia que o pisciano podia ser bem difícil quando queria. Mas seria sincero com Afrodite, precisava de um bom argumento para convencê-lo e nada melhor que ser honesto em seus argumentos.

Algumas horas mais tarde no templo principal, Saori já estava melhor depois de dormir por algumas horas, naquele momento contava parte do seu plano ao seu querido grande mestre.

— Eu não sei se é uma boa ideia. Ela pode ter uma recaída feia.
— Isso não irá acontecer, ela pode não demonstrar, mas sente saudades dele.
— Mas por que isso agora?
— Eu já disse, sinto um pouco de tristeza no coração dela e sei que é por causa dele.
— Está bem, mas por que têm que ser justamente hoje?
— Por que o Julian não está por perto para ficar se metendo onde não deve. Em alguns dias eles irão viajar a negócios e só voltarão uma semana antes do nosso casamento. Nós combinamos em deixar o Sorento vir visitá-la alguns dias antes de viajarem quando ela já estivesse mais acostumada.
— Entendo, vocês fizeram bem em deixar ela se acostumar primeiro. Mas qual é o problema com o seu noivo? Por que ele não pode saber?
— O problema é que aquele idiota egoísta decidiu sozinho que é melhor eles só se verem novamente quando eles voltarem. Já que ele agiu sozinho, eu também farei o que eu bem quiser. Tenho certeza que ela vai ficar muito feliz com a visita dele.
— Está bem, você pode chamá-lo. O que acha de convidarmos ele para um jantar?
— É uma ótima ideia. Agora eu vou ver como eles estão.

Mas antes de ir a enfermaria, Saori decide ver sua amiga e falar com ela. Encontrou Hélyn praticando com o violino na sala de música.

— Eu posso falar com você?
— É claro.
— Acho que não preciso dizer que vamos ter que adiar a nossa pequena surpresa.
— Não tem nenhum problema, podemos fazer a apresentação quando eles estiverem recuperados. Eu só estava praticando um pouco com o violino.
— Eu posso te ajudar se precisar, tenho uma boa experiência com o violino.
— Agradeço muito, é sempre bom uma ajuda ou uma dica, mas já estou pegando a manha dele.
— Eu percebi e você tem muito talento. Ah, mais tarde eu venho te buscar para sairmos.
— Mas você não disse que...
— Acabei mudando de ideia, eles estão em boas mãos e a minha presença não fará muita diferença. E se eu não for hoje, vou acabar tendo que fazer tudo na última hora. E sinceramente, eu quero fazer as minhas compras com calma.
— Está bem, mas que horas nós iremos?
— Mais ou menos no meio da tarde. Tenho que resolver alguns assuntos e depois terei o resto do dia livre. Às vezes acho que vou surtar.
— Está bem. Não deve ser nada fácil gerenciar uma empresa e um santuário ao mesmo tempo.
— Se não fosse pelo Shion, eu acho que já teria ficado louca. Agora vou indo, quero ver como estão aqueles três.

Quando ficou novamente sozinha na sala, Hélyn toca novamente a música que estava praticando. Seus pensamentos iam longe em um certo general marina, por mais que se esforçasse a saudade de vez em quando vinha lhe atormentar.

Já não era mais tão ruim, mas queria muito vê-lo e saber como ele estava. Se lembrou de vários momentos ao lado dele enquanto executava a melodia, os passeios com ele, o regate das garras daqueles covardes, o primeiro beijo e até o banho juntos vieram em sua mente.

Momentos depois, deixou algumas lágrimas escorrerem pelo seu rosto, sentia muito a falta dele, mas sabia que precisava ser forte e se acostumar a vê-lo poucas vezes.

Já na enfermaria, June se despedia do seu namorado enquanto Afrodite estava do lado de fora para dar mais privacidade ao casal. Tinha ido apenas fazer uma visita, mas o pisciano pediu que ficasse um pouco mais com ele enquanto foi até Rodório comprar algumas coisas que estavam faltando.

Quando June saiu do quarto, encontrou o pisciano conversando com Dohko, já que Shunrei estava com Shiryu e parecia que não sairia do lado dele por um bom tempo.

— Eu já estou indo, ele é todo seu.
— Pode ficar mais um pouco se quiser.
— Acho melhor não, ele precisa descansar.
— Obrigado por ficar com ele enquanto eu estive fora.
— Foi um prazer e...
— June o que foi?

Afrodite e Dohko ficam preocupados com aquela atitude da amazona, em um momento ela estava sorrindo e de repente sua expressão mudou para surpresa e furiosa.

— Vejam só quem apareceu. É muita falta de vergonha na cara ele ter vindo aqui.

Ao ouvirem aquelas palavras da loira, os dois se viram pra trás e vêem o virginiano se aproximando ao lado de Mu. Afrodite fechou a cara e ficou de pé enquanto Dohko fica apreensivo devido ao clima pesado entre eles.

— O que você quer aqui?
— Eu vim ver o Shun e os outros.
— De jeito nenhum, você não tem nada pra fazer aqui. Vá embora!
— Eu só vou embora depois de ver o Shun e os outros.
— Você é muito cara de pau, acha que eu vou deixar você chegar perto dele depois de todo aquele mal que fizesse a ele?! Vá embora antes que eu perca a paciência e use as minhas rosas em você.
— Eu já disse que vou ver ele você querendo ou não.
— Ora seu insolente, agora você vai ver!

Em seguida Afrodite materializa uma rosa negra, mas antes que pudesse ir pra cima do virginiano, Dohko o segura pelos braços impedindo que o pisciano atacasse.

— Me solte Dohko! Eu não vou permitir que ele machuque ainda mais o Shun!
— Afrodite Acalme-se, pelo menos deixe o Shaka se explicar.
— Explicar o que Mu? Que ele veio dar mais um daqueles sermões nele?!
— Mas o que está acontecendo aqui, por que estão brigando?!

Ao ouvirem aquela voz, eles olham para a entrada da sala e vêem Saori se aproximando com uma expressão preocupada.

— Atena, esse intrometido veio incomodar o meu discípulo.
— Shaka, você poderia nos dizer o motivo da sua visita? Sei que vocês tiverem sérios problemas, mas não acredito que tenha vindo aqui com más intenções.
— O que?! Mas Atena, ele...
— Já chega Afrodite, pelo menos deixe ele falar.

Ao ser repreendido pela deusa, o pisciano finalmente se acalma um pouco. Já Shaka suspira aliviado, agora era a hora de usar seus melhores argumentos.

— Eu sei que errei, por isso estou aqui. Eu quero falar com ele e pedir desculpas pelos meus atos. Só depois dessa quase tragédia é que eu percebi o quanto estava errando e desprezando alguém que não merecia. Por favor Afrodite, me deixe vê-lo.

Ao ouvir as explicações do virginiano, o pisciano relaxa um pouco e respira profundamente. Sentia que Shaka estava sendo honesto com todos e até mesmo June já estava mais tranquila com a presença dele. Talvez aquela fosse a hora de colocar um ponto final naquele assunto.

— Está bem, eu te darei essa chance.  Mas ai de você se o machucar novamente.
— Obrigado.
— Agora vá Shaka, sei que você tem muito a dizer a ele.
— Obrigado pela sua ajuda minha deusa.

Em seguida o virginiano vai até o quarto enquanto Saori ainda estava surpresa com a atitude do pisciano.

— Afrodite, eu não esperava isso de você.
— Me desculpe minha deusa, mas vê-lo aqui depois do que fez foi muito revoltante.
— Eu entendo os seus sentimentos, mas não acha que já está na hora de deixar isso pra trás? O Shaka errou, mas agora está tentando se desculpar por tudo que fez.
— Você está certa, já está na hora de colocarmos um fim nisso.
— Sei que é difícil perdoar, mas ao menos não guarde rancor dele. Shaka já está pagando pelos seus erros.
— Eu percebi, nada vai apagar o que ele fez, mas da minha parte não haverá mais atritos.
— Fico feliz em ouvir isso. Espero que um dia vocês possam se entender.
— Afrodite, vá almoçar e descansar um pouco. Eu fico aqui com eles.
— Obrigado Mu, com licença minha deusa.

Em seguida Afrodite faz uma breve reverência e sai da enfermaria, aproveitaria para arrumar o quarto de hóspedes de sua casa onde Shun iria ficar. Depois iria falar com Shion sobre a mudança de Shun para a sua casa.

Já no quarto da enfermaria, Shun fica surpreso ao ver Shaka se aproximando.

— Mestre Shaka?
— Olá Shun, como está?
— Eu estou melhor, mas o que o senhor veio fazer aqui?
— Acho que isso está meio óbvio, eu vim te ver. Fiquei preocupado com você.
— Sério?!
— Shun, só agora eu vi o quanto eu errei com você. Eu te menosprezei e te disse coisas horríveis, coisas que você não merecia. Só agora eu percebi o quanto você foi um discípulo maravilhoso e especial. Shun, eu sei que não mereço, mas eu vim aqui te pedir desculpas pelo que eu fiz.

Shun fica tão surpreso com aquelas palavras do seu ex-mestre, que acaba ficando sem reação. Sentia em seu coração que ele dizia a verdade e que estava sofrendo ao carregar aquela culpa em seus ombros.

— Apesar de tudo que você me fez, eu não consigo guardar nenhum rancor. Fiquei triste e muito magoado, mas não sinto raiva. Sei que você está sendo sincero e posso sentir que está sofrendo com o peso de seus erros.
— Shun, quando eu soube que você estava mal, fiquei me sentindo pior ainda. Foi ai que eu percebi o quanto eu errei com você. Eu sei que nada vai apagar o que fiz, mas eu precisava pedir desculpas, não aguento mais esse peso em minha consciência.
— Shaka, vamos deixar isso pra trás. Você tem o meu perdão. Agora deixe o que aconteceu no passado, vamos viver o presente.
— Obrigado Shun. Te desejo boa sorte em seu treinamento, sei que Afrodite será um mestre muito melhor que eu.
— Apesar de tudo, você também foi um bom mestre.

Com muito cuidado, Shaka abraça o seu ex-discípulo, agora podia seguir adiante sem aquele peso em sua consciência. Estava feliz por Shun não o odiar, ao menos eles podiam ser amigos. Sabia que ele seria muito bem cuidado pelo pisciano.

Já Shiryu e Hyoga estavam espantados ao verem aquela cena, Shun era realmente um garoto muito puro e bom de coração, muitos jamais o perdoariam, mas ele era diferente de todos.

Algum tempo depois, Shaka se despede dos garotos e vai para as doze casas, quando já estava em leão, encontra o pisciano que estava descendo as escadarias.

— Então, conseguiu o que queria?
— Sim, mas não esperava que ele fosse tão calmo.
— O Shun é muito diferente dos outros, espero que agora tenha aprendido a lição.
— Sim, e da pior forma. Mas agora eu posso seguir em frente.
— Shaka.
— Sim?
— Vamos deixar os nossos atritos no passado, vai ser inútil continuarmos dessa forma.
— Sim, e eu te desejo boa sorte com o treinamento dele. Sei que ele vai conseguir a armadura de pavão. Você o treinou muito bem.
— Apesar de tudo, você também ajudou muito.
— Obrigado, mas foi você quem fez a maior parte do trabalho. Ao contrario de mim, você soube trabalhar todos os pontos dele.
— Apesar de tudo, espero que possamos nos entender. Já não guardo mais nenhum rancor, o que aconteceu está no passado.
— Eu digo o mesmo, sinto muito por ter te subestimado. Mas é como diz aquela frase. Vivendo e aprendendo.
— Está tudo bem, sei que aprendesse a lição. Agora eu tenho que ir.

Shaka apenas acena com a cabeça e Afrodite começa a descer as escadarias.
Agora poderia continuar sua vida sem aquele peso em sua consciência, havia sido perdoado pelos dois e aquela briga com o pisciano finalmente tinha terminado.

Quando chegou em sua casa, colocou uma roupa simples para ir a vila de Rodório. Ainda estava em detenção, mas não faria mais aquilo com má vontade.

Mais tarde naquele dia...

Enquanto Hélyn terminava de se arrumar, Saori foi até sua sala fazer uma ligação. Estava decidida a colocar seu plano em prática. Depois teria uma séria conversa com Julian, não aguentava mais ele achando que só as idéias dele eram as melhores.

— Olá Sorento, sou eu.
— Senhorita Saori, que devo a honra de sua ligação?
— Eu estou ligando pra te convidar para jantar aqui com a gente.
— Obrigado pelo convite, eu irei. Mas como ela está?
— A Hélyn está muito bem, se adaptou rápido aqui no santuário. De vez em quando ela pergunta por você.
— Fico feliz em ouvir isso, sabia que ela ia conseguir. Também pergunto por ela, mas Julian sempre foge do assunto.
— Sinceramente, essa mania dele já está me tirando do sério.
— Eu digo o mesmo. 
— Ah, e eu gostaria de conversar com você, mas precisa ser pessoalmente. O assunto é muito delicado.
— Você está me preocupando, aconteceu alguma coisa com a Hélyn?
— Ela está bem, não se preocupe. É sobre outra coisa, mas envolve ela.
— Entendo, depois do jantar nós conversaremos sobre isso.
— Ótimo, agora eu tenho que desligar, o jantar será as nove.
— Está bem, e obrigado por me contar sobre a minha querida Hélyn. Nos veremos mais tarde.
— Foi um prazer Sorento, até a noite.

Depois de desligar seu celular, ela escuta alguém batendo na porta.

— Pode entrar.
— Senhorita Atena, Tatsumi mandou te avisar que já está esperando por você na entrada do santuário.
— Obrigada pelo aviso. E a Hélyn?
— Ela está esperando por você na entrada do templo.
— Ótimo, mais uma vez obrigada por vir me avisar.

Em seguida a jovem deusa vai ao encontro de sua amiga.
Na enfermaria os mestres dos garotos tiverem uma noticia boa e inesperada.

— Podem comemorar, se os exames deles estiverem com bons resultados, eles terão alta no final da tarde.
— Mas que ótima notícia.
— Sim, a recuperação deles foi surpreendentemente rápida. Mas eles ainda terão que ficar de repouso por mais alguns dias. Então seria mais adequado que vocês os levassem para suas casas.
— Não há nenhum problema, já falei com o grande mestre e ele deixou o Shun ficar em minha casa.
— Ótimo, é mais adequado que eles comam apenas alimentos leves nos primeiros dias. A senhorita Miélle é a pessoa mais indicada para ajudá-los nesta questão.
— Está bem doutor, falarei com ela para orientar os outros.

Quando os mestres informaram seus discípulos que se tudo desse certo eles teriam alta naquele dia, os garotos ficaram muito felizes e ansiosos pelo fim da tarde.


Notas Finais


Agora que aquele enorme susto passou, vamos ter um belo reencontro.
E Saori ainda nem casou e já está tendo fortes atritos com Julian.
No próximo capítulo, o foco da fanfic finalmente voltará para a Hélyn.

Bem, espero que tenham gostado desse capítulo mais tranquilo.
Muito obrigada a todos que estão lendo, comentando e acompanhando.
Um grande abraço e até o próximo capítulo.


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