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História A Menina De Vidro - Capítulo 06


Escrita por: Peixinhoo

Notas do Autor


Oie :3
Como vocês estão? Espero que estejam pelo menos melhor que eu, huh? -q

Genteee, não matem o Jongin okay? Ele só estava bêbado e... Chega! Não posso dar mais spoilers huehue

Boa leitura, xoxo <3

Capítulo 7 - Capítulo 06


Jongin



Seu Omma realmente pensava que eu estava dormindo, mas a verdade, era que eu fiquei o ouvindo chorar até o momento em que finalmente adormeceu.

Eu me sentia mal por o ter feito chorar, talvez eu tivesse sido duro com ele, mas eu não aguentava mais aquela situação.


Você sabe do que eu estou falando. Ou pelo menos, fingia não saber. Você sempre foi inteligente, então é claro que percebia as coisas que acontecia a sua volta, e isso, aposto que não passou despercebido por você.


Sua irmã estava magoada. Eu não entendia completamente o que ela sentia, mas podia imaginar, afinal, ter uma irmã  doente e que 24 horas por dia tem a atenção do KyungSoo enquanto ela não tem quase tempo com ele, deveria causar ciúmes em qualquer pessoa, e com ela, você sabia que não foi diferente. 


Nem percebi quando eu adormeci na noite passada. Apenas me levantei quando ouvi o despertador de meu celular tocar e o desliguei para não acordar seu Omma que dormia tranquilo.

Fui ao banheiro onde fiz minha higiene matinal de costume e tomei um banho para retirar a preguiça e a vontade de permanecer mais tempo na cama por ter ido dormir tarde.


Ao terminar, enrolei a toalha envolta de minha cintura e voltei ao quarto onde fui até o guarda roupa. Vesti uma boxe após me secar e a farda que eu tinha orgulho em usar, e você mais que ninguém sabia disso.

Deixei um selar na testa do KyungSoo e saí do quarto indo até o de vocês duas e fiz o mesmo, selando suas testas.


Desci pra cozinha e fiz um café - como de costume - e preparei uma simples torrada apenas para não ir trabalhar de estômago vazio.

Comi com calma e quando terminei, deixei a xícara na pia e saí de casa após pegar meu casaco e caminhei até o carro.




                  ♡☆♡




Ao chegar no departamento, retirei o cinto e saí do carro não demorando muito a adentrar o local e caminhar até a minha pequena sala para ver o que tinha que fazer hoje.

Meu trabalho era bom e eu gostava do que fazia, mas o que ganhava não ajudava muito nas despesas de nossa casa e você sabia disso, não é? 


-Bom dia, Jongin. Que cara é essa logo pela manhã? Até parece que dormiu com o satanás. 


-Me polpe, Sehun. Não estou a fim para suas brincadeirinhas logo pela manhã.


Oh Sehun. Ele é um dos meus amigos de trabalho. O conhecia uns 3 anos quando ele começou a trabalhar em nosso departamento. Era um bom colega de trabalho, e demonstrou ser um bom amigo - tirando suas brincadeirinhas, claro -. 


-Calma cara. Sabia que sorrir faz bem a saúde? Além de deixar as coisas mais agradáveis. - Falou dando aquele seu pequeno sorriso de lado e sentando na cadeira em frente a minha. Aquele folgado.


-Sinto muito informar, mas isso não serve para mim. Enfim... Posso saber o que está fazendo aqui? 


Deixei os papéis que estava olhando de lado e o olhei arqueando uma de minhas sobrancelhas. 


-Nossa. Um amigo agora não pode mais fazer visita? Me magoou, senhor Kim. - Dizia aquelas palavras colocando a mão no peito. Realmente um dramático.

Revirei meus olhos e voltei minha atenção para os papéis novamente.


-Na verdade, eu vim te chamar pra nós ir naquele barzinho quando o espediente acabar. 


-Você sabe que não posso ir. Tenho que chegar cedo em casa e- 


Fui cortado quando o mesmo começou a rir e voltei a olhar praticamente o fuzilando. Afinal, o que eu tinha falado de tão engraçado? 


-Jongin, você parece aqueles filhinhos certinhos que tem medo de chegar tarde em casa e levar uma bronca da mãe.


-Haha engraçadinho. Você sabe muito bem que eu tenho duas filhas e um marido.


-E o que isso tem a ver? Você merece se divertir um pouco, e pela sua feição, você não parece ter tido uma boa noite em casa junto de sua família.


Sabe, eu odeio admitir. Mais ele tinha toda razão. Eu merecia de um descanso pra mim, para poder me divertir nem que seja por umas horinhas. Talvez eu estivesse sendo egoísta e pensando apenas em mim, mas... Eu não queria voltar pra casa e ver que tudo estava exatamente do mesmo jeito. 


-Tudo bem. Nos encontramos lá no bar.


Sorri leve o dispensando de minha sala para que eu pudesse voltar a olhar os papéis e trabalhar em paz.




                   ♡☆♡




Quando terminei todos os meus afazeres daquele dia, olhei a hora vendo que era 16:00 e que finalmente poderia sair. Peguei meu celular e as chaves de meu carro e me despedi de alguns colegas indo logo para o estacionamento a onde estava meu carro.


Sabia que deveria ir para casa e que provavelmente KyungSoo brigaria comigo novamente quando chegasse, mas eu apenas queria ter um momento normal nem que fosse por apenas uns minutos ou horas.


Saí do carro ao chegar ao barzinho que não ficava tão longe de meu trabalho e que muitos de meus colegas paravam lá para beber e comer ou apenas para conversar com algum amigo ou conhecido.


Sorri para o Sehun quando o avistei em uma das mesas e fui até a mesma sentando em uma das cadeiras ficando de frente para ele.


-E ae cara, pensei que não viria. Mas bem, o que quer beber? 


-Eu... Hum... Uma cerveja. 


Ele assentiu levemente e chamou um garçom pedindo duas cervejas e logo voltando sua atenção para mim, dando um pequeno sorriso.


-O que aconteceu dessa vez? Porque eu vi pela sua cara de mais cedo, que algo te incomodava.


Suspirei baixinho olhando para minhas próprias mãos que estava sobre a mesa. Todos do meu trabalho sabia de você e de sua doença, porém, eu nunca falava de nossa vida dentro de casa. Não me sentia a vontade com isso, mas realmente não aguentava guardar tudo para mim, e Sehun estava ali, pronto para me ouvir.


-Eu só estou cansado, sabe? Minha vida não é um mar de rosas como um dia cheguei a pensar quando conheci o KyungSoo. - Dei um pequeno sorriso lembrando do dia.


-Como assim? Quer dizer... Eu sei um pouco de sua filha, mas pensei que o problema era apenas com ela.


-A Willow não é o problema e nunca será. 


Sorri leve o olhando e fiquei um tempo em silêncio pensando se realmente deveria contar minha vida para Sehun. O cara que sempre brincava com todos, que parecia mais uma criança que um policial, mas que naquele momento parecia disposto a me ouvir o tempo que fosse. Suspirei baixinho me rendendo e voltei a olhar minhas mãos.


-Eu conheci o Soo através de sua amiga MinHee. Eu parei seu carro por ela está andando em alta velocidade e ela em vez de ficar com raiva ou qualquer outra coisa parecida, ela simplesmente me perguntou se eu era casado. Eu fiquei realmente confuso e um pouco sem jeito pois pensei que ela estava dando em cima de mim.


RI baixinho, parando minha narrativa para beber um pouco da cerveja que o garçom tinha nos trazido.


-Mas quando disse que era solteiro, ela perguntou na maior cara dura se eu era gay. E bem... Eu nunca escondi minha sexualidade então disse a verdade e isso pareceu ter deixado ela feliz, porque ela sorriu tão largo que pensei em como sua bochecha deveria está doendo. E então... Ela me convidou para jantar com ela, seu marido e um amigo no final de semana. E mesmo que isso parecesse loucura, eu aceitei.


Olhei o Sehun e sorri leve. Ele realmente estava prestando atenção e parecendo curioso sobre minha história. 


-Foi nesse jantar que conheci o KyungSoo. Ele tinha uma filha de 4 anos, a SooMin. E eu devo admitir, que me encantei por ele a primeira vez que o vi. Ele era tímido, e tinha a mania de morder o lábio inferior quando ficava nervoso, mas também mostrou o quanto era um bom pai... Depois do jantar, eu comecei a sair algumas vez com ele e em uma dessas nossas saídas, ele me disse sua história. Sabe, o Kyung não merecia ter passado por isso. Mas ele sempre foi forte, talvez não por ele, mas por sua filha. O Soo se apaixonou pelo pai da SooMin e se entregou de corpo e alma para ele, mas o cara... Aquele ordinário... 


Respirei fundo tentando não me incomodar com isso - o que era difícil -. Nunca conheci o pai da SooMin, e devo admitir que ele tinha sorte, porque eu quebraria sua cara por tudo que fez o KyungSoo e _minha filha_ passar.


-Aquele cara era um cretino. Quando descobriu que seria pai, apenas abandonou o Soo e sua filha. Isso me irrita bastante, porque eu imagino o quão foi difícil para ele cuidar sozinho de uma criança. Então, eu o abracei quando ele me contou sua história e prometi a mim mesmo que iria cuidar dele e de sua filha.


Voltei a sorrir, tomando mais um pouco de minha bebida e olhei o Sehun.


-Não foi difícil se apaixonar por ele. Mas foi complicado o conquistar, pois ele tinha perdido a confiança nos homens e não queria mais acreditar no amor. E quando depois de quase um ano, ele admitiu que me amava, eu o pedi em casamento.


-Casamento? Cara, você só pode ser louco! Mal conhecia ele.


-Eu sei, eu sei. Mas... Eu sentia. Sentia que ele era a pessoa certa, a que iria me fazer feliz. E o Soo realmente mostrou ser essa pessoa. Só que... Nós queríamos ter um filho _nosso._ Tentamos por quase 4 anos ter um, e foi quando o KyungSoo resolveu pedir ajudar a sua amiga MinHee que é uma obstetra e entendia sobre o caso. Ela disse que seria difícil, que o Soo já tinha 37 anos e que era complicado engravidar. Mas... Um ano depois, ele engravidou. E isso nos deixou muito feliz. 


-Imagino. Afinal, era o que mais vocês queria, certo? 


-Certo. Ele fez todos os exames pois a MinHee disse que poderia correr o risco do bebê nascer com síndrome de down, mas _nunca_ falou da possibilidade de ela nascer com OI.


-Então... Vocês só descobriram da doença da Willow quando ela nasceu? 


-Não. Nós descobrimos quando o Soo estava no sétimo mês da gestação. Nós queríamos que o sexo do bebê fosse surpresa, mas a MinHee convenceu ele a fazer uma ultrassom antes e como o Soo sempre foi alguém curioso, aceitou. E foi nessa ultrassom que a MinHee viu. Viu os ossinhos de minha filha quebrados.


Suspirei baixinho dando um pequeno sorriso e tentando não chorar. Sempre me sentia mal quando me lembrava daquele dia, em que o KyungSoo chegou em casa chorando e a MinHee me mostrou a sua primeira ultrassom com os _ossos quebrados._


-Nossa... Isso... Isso deve ter sido muito difícil para vocês. 


-Sim, realmente foi. Então, o KyungSoo não aceitou abortar quando perguntaram a ele e eu concordei, pois independente de tudo, era a vida de nossa filha que estava em jogo.


-Vocês são fortes, Jongin. Têm uma vida cheia de problemas e mesmo assim se mantem forte e sorrindo.


-Forte... Isso é uma coisa que não sou. Ontem a Min disse que odiava a Willow e a nós. Eu conversei com ela e ela disse que se sentia mal por não ter o mesmo carinho que o Kyung tem pela Willow. E... Eu acabei brigando com o Soo e falando coisas que não deveria. Eu sou um péssimo pai e um péssimo marido.


Ri baixo sem nenhum humor, levando mais um pouco da cerveja até minha boca.

Voltei minha atenção ao Sehun quando senti a sua mão sobre a minha.


-Não diga isso. Você é um grande homem. Seu marido e filhas têm sorte em ter você. Mas vamos parar com isso que viemos aqui para nos divertir e não ficar chorando pelos cantos como um cachorrinho.


E lá estava o verdadeiro Oh Sehun. O cara que fazia de tudo para nos animar e arrancar alguns sorrisos de nossos rostos.




                  ♡☆♡




-Sehuuuun! Voxxe é tão legal, sabia? 


Falei rindo, bebendo mais de minha cerveja. Já tinha bebido quatro garrafas e estava na quinta e como não era muito bom para álcool, acabava me embebedando rápido.


-Jongin, você está bêbado cara. Vamos parar agora, huh? Não quero levar uma bronca do seu marido.


-O Soo não briga com ninguém. Ele é muuuuito bonzinho. - falei rindo novamente e batendo no braço dele levemente.


Quando terminei de tomar o líquido da quinta garrafa, fiz um pequeno bico ao ver Sehun não me deixando pedir mais nenhuma. 

Suspirei baixinho deitando a cabeça sobre a mesa e fechei os olhos dando um pequeno sorriso ao sentir carícias em meus fios.


-Soo? O que voxxe faz aqui? 


Perguntei baixinho sem nem ao menos abrir meus olhos. Estava com saudades de suas carícias, de seu carinho direcionado a mim.

Levantei o rosto e quando estava pronto para o olhar, senti seus lábios colando aos meus.


Lábios. Lábios estes que estavam um pouco diferentes. Não tinham a maciez de sempre, nem o mesmo gosto. Talvez por causa de minha bebida, ou por apenas fazer tempo que não nos beijavámos. E foi com esses pensamentos, que retribui ao seu beijo.


O puxei um pouquinho para mais perto e o beijei com desejo, como a muito não fazíamos. Explorava sua boca com minha língua, o ouvindo arfar entre o ósculo. E foi quando o ouvi, que percebi que tinha algo de errado. Rompi o beijo e abri meus olhos, os arregalando em seguida ao o ver ali a minha frente com seus fios bagunçados e seus lábios vermelhos. Muito vermelhos, denunciando o que tínhamos acabado de fazer.


Notas Finais


Então... O Jongin deu muuuita mancada hein? Huehue

Espero que vocês tenham gostado e não me matem por ter parado o cap logo nessa parte -q
Até a próxima ~


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