História A mensageira - Golden Gate

Menina dos olhos castanhos
ora calmaria, ora tempestade
Por que estás triste, querida?
O mundo te espera
de braços feridos
na esperança de serem sarados
por você, menina
Porque você transforma
tua tempestade
em um imenso céu azul
As marcas ficam, não há como negar
mas a tristeza vai embora
a tristeza em suas mãos, menina
pode facilmente 
se transformar em uma infinidade de esperanças
é necessário apenas escolher atentamente
o nome das cúmplices mudanças
que serão usadas
por você 
porque você, menina
você vai mudar o mundo.
(a mensageira)

Acordara disposta aquele dia. Disposta a depositar toda a sua energia no gesto de movimentar suas mãos, revirando o papel em tinta preta esferográfica. Seis da matina. Acordou uma hora antes do previsto, só para escrever mais e mais poesias. De acordo com ela, as que já havia dado ao vento  da cidade de São Francisco não eram suficientes. Lana precisava de mais. Precisava mostrar para todos o quanto havia evoluído em relação ao seu humor e sua auto estima. Com a ajuda de seus leitores, a artista "anônima" fizera uma promessa consigo mesma, sempre escrever pelo menos um poema por semana que a valorizasse de certa forma. Um poema para mostrar o quão incrível e forte ela era, quantas barreiras ela havia conseguido ultrapassar, quantas palavras havia conseguido soprar para que o papel as agarrase, e não soltasse mais. Poemas para mostrar como nunca o verdadeiro significado da "mensageira" para o mundo inteiro.
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(Sean)
O barulho estridente do despertador fez o homem se contorcer  na cama, até tomar coragem para abrir os olhos e encarar mais um dia de segunda feira. A dor de cabeça forte refletia o seu humor naquela manhã. Alcançou seu par de chinelos com os pés e foi caminhando até o banheiro para fazer sua higiene matinal. Terminado, foi em passos rápidos até a cozinha, já que havia se atrasado um pouco e a faculdade ficava um pouco distante se sua casa. Pegou seu café e partiu rapidamente para o metrô. Durante o caminho, apreciava a beleza interminável da Golden Gate, pensando o quão linda a pequena São Francisco era. Aquele momento, apesar de rotineiro, fez com que a sua dor de cabeça não lhe causasse mais tantos danos. Agradeceu mentalmente por isso.
O aviso da chegada do metrô a estação clearwater fez com que o homem saísse de seus devaneios e se encaminhasse para fora do trem. Depois de esbarrar com muitas pessoas que seguiam seus caminhos, Sean subiu as escadas da estação em direção a universidade de São Francisco.
 Mas, antes de continuarmos a história, vamos conhecer um pouco mais de Sean Maguire e sua ocupação.
Sean é um professor de história da universidade de São Francisco há mais de 7 anos. Britânico, migrou para a cidade com apenas 4 anos, em virtude de uma oferta de trabalho que seu pai recebera lá. Desde então, nao voltou para sua terra natal, não fez questão de abandonar uma realidade que se tornou muito especial pra ele durante todos esses anos. Em relação ao amor, Sean fora um homem de sorte. Após muitos relacionamentos que não deram certo, achou o que, popularmente, chamam de "alma gêmea". A mulher que conquistara seu coração se chamava addison. Ruiva, alta, rosto emoldurado com lábios carnudos e grandes espelhos d'agua encobertos por uma infinidade de cílios. (se vcs quiserem realmente saber quem é, pesquisem addison montgomery no google ksksksks) Porém, a partir do dia 17 de julho de 2005,  a felicidade não se mostrou mais presente em sua vida. Uma bala perdida veio ao encontro do rosto da ruiva, durante um tiroteio no aeroporto de londres. A partir daquele momento, Sean achava que não haveria mais razões para seguir em frente. A mulher que ele amava caíra em seus pés diante de sua visão. Porém, seu amor pela história ajudou o homem a se reerguer, assim como seus alunos. Segundo eles (e o próprio comitê de história mundial, Sean Maguire fora eleito um dos dez profissionais  mais influentes no mundo inteiro). Alguns anos foram precisos para que Sean superasse pelo menos de uma forma rasa a partida de sua esposa. De acordo com ele, a tristeza se vai, mas nenhum outro sentimento que não seja a saudade será capaz de preencher o vazio dentro se seu coração. 
LANA
Observando as gotículas que caíam de forma rígida sobre a golden gate, lana aproveitava sua tarde para navegar um pouco no computador, acompanhada de sua bebida preferida e inseparável, o chocolate quente. Dentro de algumas horas, a mulher foi capaz de escrever dois textos, três poesias e assistir algumas séries no netflix. Durante um episódio de greys anatomy, uma notificação se pronunciou no telefone de lana, que estava no criado-mudo próximo a cama. Foi até o dispositivo e desbloqueou a tela. Haviam enviado um email com o remetente de [email protected]. Não sabia quem era, portanto hesitou em abrir, já que nunca dera seu email para ninguém, exeto para sua melhor amiga, ginny. Ficou encarando aquele aplicativo durante algum tempo, até que recebeu um email da mesma pessoa, que dizia "Universidade de São Francisco." Agora, tudo parecia estar se mostrando correto. Novamente, teremos que parar um pouco a narração para que eu possa explicar essa relação de Lana com a Universidade.
Antes do anonimato da mensageira e de toda a tragédia que Lana havia vivenciado, fora, por aproximadamente 2 anos e três meses, professora de geografia da Universidade De São Francisco. É formada em literatura e em geografia pela Yale. Recebeu uma proposta de trabalho na Califórnia algum tempo depois. Em uma viagem de férias para Nova Iorque, conheceu seu ex marido, fred di blasio. Ele incentivou Lana a abrir mão de todo seu patrimônio profissional para viver uma vida com ele lá. Depois do ocorrido que fez com que Lana se distanciasse completamente dele, (não por opção, a lei determinada tal feito.) voltou para São Francisco, porém os danos da separação fizeram com que ela não conseguisse mais trabalhar. A partir dessa época, a mensageira surgiu na vida dela, e representa uma figura muito importante em seu caráter até hoje. 
Diante desse segundo email, a morena decidiu abri-lo. Lia atentamente cada palavra, até que uma certa frase lhe chamou a atenção.

Cara Senhora Lana Maria Parrilla,
                Me chamo Robert Camillo, diretor-chefe da Universidade de São Francisco. A senhora não deve me conhecer, já que seu expediente nesse estabelecimento foi direcionado por outro profissional que já não trabalha mais conosco. 
              Lhe escrevo esta carta primeiramente, para parabenizá-la pelos seus serviços em nossa Universidade. Durante os dois anos e três meses que exexutou seu trabalho, houve um aumento relativamente consíderavel no rendimento dos alunos de forma geral. De acordo com seu currículo, seu expediente foi enterrompido por problemas pessoais. Atualmente, nossa Universidade vem se mostrando com uma certa carência de profissionais por conta da tragédia mais recente na Golden Gate. Muitos professores que não residiam aqui resolveram ir embora, temendo outros ataques. Já que a senhora, como já disse acima, foi uma profissional excelente ao trabalhar conosco, gostaríamos de propor uma oferta. Diante de todo o comitê da Universidade, gostáriamos e apreciaríamos sua volta ao estabelecimento. Gostáriamos que pensasse muito no assunto, mas se recusar, entenderemos perfeitamente.
Grato, Robert Camillo.

Uma mistura de felicidade, insegurança, nostalgia e ódio preencheram o pensamento de Lana. Os anos que trabalhou na Universidade podem ser considerados os anos de maior auge em sua carreira. Assim como a carta dissera, o rendimento dos alunos aumentou, muito dinheiro foi arrecadado por ela, assim como foi reconhecida por muitos outros profissionais. Porém, o medo do "conhecido" se alastrava nela todos os dias. Não teve forças para voltar há alguns anos atrás e, de acordo com ela, provavelmente será complicado voltar depois de todos esses anos.