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História A Mestiça! - Traidores.


Escrita por: SrtaLupin

Capítulo 34 - Traidores.


  Sirius estava dormindo profundamente.

Da janela, Sophi admirava há alguns minutos o homem de bruços, coberto até a cintura com um lençol.

  Ela foi até a gaveta da penteadeira e tirou o livro que Ted havia lhe dado, o diário de Sirius e o caderno de Fred e Jorge, os pousou sobre o criado-mudo e sentou na beira da cama.

  — Sirius? — ela sussurrou em seu ouvido.

  Aos poucos e tranquilamente o homem começou a despertar, deixando finalmente que Sophi admirasse seus olhos azuis.

  — Meu amor, o que foi?

  — Nada... Só queria ouvir sua voz... — ela se deitou ao seu lado.

  — Espere um momento. — Sirius olhava em seus olhos.

  — O que?

  — Ou eu tive um sonho muito bom, ou foi real e não foi tão bom, pois você esta triste.

  Os dois riram.

  — ... Ah, não foi um sonho. — ele olhava debaixo do lençol. — ou talvez eu seja Sonâmbulo com Ascendente em Nudismo.

  Sophi deu uma alta gargalhada.

  — Fique quieto, seu bobo.

  — Mas, então, não vai me dizer porque esta triste?

  — Porque eu estou com medo da sua reação.

  Ela sentou, ajeitou as costas na cabeceira da cama e abraçou os joelhos junto ao corpo. Sirius também se sentou, frente a ela.

  — Você esta se referindo ao que queria me dizer ontem, meu amor... Espere! Onde estava isso? Meu Deus, procurei tanto esse velho diário.

  Ele esticou o braço e o apanhou.

  — ... que incrível, como o achou?

  — Então, era sobre isso que iria contar.

  — Mas, não tem nenhum problema, meu amor, são apenas anotações de um adolescente.

  — Pegue isso. Você vai entender...

  Ela lhe entregou o livro de Ted e o caderno de Fred e Jorge. Sirius olhou por um momento aparentemente sem entender, mas logo a compreensão tomou conta de seus olhos.

  — Sophi? — ele a olhava.

  — Sim, isso mesmo. — ela se negava a olha-lo.

  — Como pode fazer isso, Sophi. É irreversível e até perigoso. Eu já não havia dito que não era pra você se meter com isso...

  — Por favor, você prometeu que não iria ficar assim.

  — Ah, certo. Me perdoe, meu amor. Afinal de contas isso leva muito tempo, ainda da para parar. Vou me livrar disso. — ele fez menção de levantar.

  — Sirius... — ela respirou fundo. — Me devolva isso.

  — Mas, Sophi, não tem porque fazer isso, eu já lhe disse...

  — Por favor.

  Ele os devolveu a ela e procurou suas roupas pelo quarto, as achou e vestiu.

  — Esta bem, Sophi. Se é isso que quer, esta bem.

  — Ta vendo, já está bravo.

  — Não estou, mas você só faz o que quer, já notei isso.

  — Você ainda vai me agradecer pelo que estou fazendo.

  — Espero que sim.

  Um momento de silêncio.

  — ... me desculpe, meu amor. — ele tornou a sentar ao seu lado. — Não farei mais isso.

  — Ah, tudo bem, meu amor. Só quero que você tente me compreeder... O QUE É AQUILO?

  Uma Doninha Patrono vinha voando até a janela do quarto de Sophi.

  — É O PATRONO DE ARTHUR, ABRA A JANELA, SOPHI.

  A garota foi apressada até a janela e abriu, o lindo animal prateado pousou no chão.

Membros da Ordem foram atacados e gravemente feridos. A missão foi cancelada temporariamente. Todos os Membros chegarão ao Largo em no máximo 5 horas.

  Ao final da mensagem, a voz de Arthur Weasley cessou e o Patrono desapareceu.

  — Meu Deus, Sirius. O que será que aconteceu?

  Sirius fitava a janela por onde o Patrono havia passado. Em sua testa havia uma grande ruga de preocupação.

  — Eu não sei, Sophi, mas creio que a batalha final esta mais próxima do que poderíamos ter imaginado.

  Ele foi até ela e a abraçou forte.

  O CLIMA NA SALA DO LARGO ERA DOS PIORES, ah todo momento chegavam mais Membros feridos. Hermione, Molly, Sophi, Tonks, Luna e Gina corriam de um lado para o outro tratando dos que precisavam de atendimento urgente.

  — Rony?

  Rony estava sentado em uma poltrona totalmente verde.

  — Han? Alguém me chamou? — ele disse, meio tonto.

  — Eu o chamei, Rony — disse Hermione com as mangas da blusa arregaçadas até o cotovelo colocando uma compressa de água quente na testa de um dos Membros. — Va buscar água para essas pessoas, ajude em alguma coisa.

  — Deixe ele, Hermione. Ele não pode ver sangue, daqui a pouco será mais um para nós tratarmos. — disse Gina.

  A lareira agora estava fumegante, Sophi terminou de enfaixar o braço de Jorge e seguiu até lá.

  Neville saiu la de dentro coberto de cinzas escuras.

  — Vim o mais rápido que pude.

  — Ótimo, Neville, só faltava você. — disse o Sr. Weasley com o braço em volta de Neville o trazendo para o centro da sala.

  — Estamos todos aqui? — ele olhou por todos os lados. — Bem, estamos.

  — ... como podem ver, alguns dos Membros que estavam nas florestas da Inglaterra foram atacados por Comensais que já pareciam saber que iríamos tentar usar a mesma tática de Voldemort, recrutar Animais e Criaturas mágicas para a batalha.
O que é estranho, pois sabemos que Comensais não arriscariam perder soldados a essa altura, quando derrubamos vários deles quando fomos resgatar Sophi.

  Sophi notou que um homem mais próximo da lareira parecia inquieto, fixou os olhos nele.

  — ... chegamos a conclusão de que a um traidor safado entre nós, e quando eu o encontrar vou tratar de cuidar dele pessoalmente.

  Sophi, agora notava que mais três homens estavam inquietos, poderia ser apenas impressão, mas eles pareciam lentamente se aproximar cada vez mais da lareira.

  — ... não sei o que Voldemort prometeu a você, traidor, em troca de nossas cabeças. Mas, saiba que a única coisa que ele lhe dará sera uma passagem sem volta para o inferno, oh se vai.

  — EI, PARADO AI.

  Um homem se jogou dentro da lareira e em menos de um segundo havia sumido, outros três corriam para fazer o mesmo enquanto Sophi pegava sua varinha do bolso da capa.

  ESTUPEFAÇA

  IMPEDIMENTA

  Sophi correu para a frente da lareira.

  CONFRINGO

  A garota explodiu a lareira e se abaixou em tempo de se livrar de uma Avada Kedavra.

  Cada membro da Ordem estava prostrado diante de algum outro Membro ferido, para protege-los dos três homens que conjuravam feitiços as cegas.

  — SOPHI, A SUA DIREITA. — gritou Rony.

  Um homem pulou em sua direção sem varinha, agora estava sobre ela no chão tentando estrangula-la.

  Ninguém além de Rony, preso a um duelo com um traidor pareceu perceber que Sophi estava sendo atacada. Ela estava sem ar e não tinha forças para conjurar um feitiço, teria que tentar um não-verbal.

  Ela soltou suas mãos do homem e encostou a varinha no peito dele.

  Estupore, ela pensou.

  O homem voou de cima dela, se chocando contra a prataria da estante que caiu sobre ele.

  A garota se arrastou para trás de um dos sofás enquanto tentava pegar fôlego, quando ouviu Fred e Percy provocarem um homem com quem duelavam.

  — Ei, velhote, não consegue fazer nada melhor que isso? — dizia Fred.

Meu Deus, não deixe que isso aconteça.

  O coração de Sophi parecia querer saltar para fora do peito, sua boca estava seca e seu pescoço doia como se o homem o tivesse quebrado. Ela agora estava lembrando da parte do livro em que Fred morre exatamente quando estava ao lado de Percy.

  — ... vá Percy, agora é sua vez. Acabe com esse velhote.

  Sophi se levantou com dificuldade de trás do sofá, em tempo de ver o traidor apontar sua varinha para o teto de concreto.

  DEFODIO

  Uma alta explosão. Todos se abaixando com as mãos sobre a cabeça para se proteger. Um grande bloco de concreto se desprendeu do teto, ficou por um momento se balançando e agora caia como um flash sobre Fred e Percy.

  Sophi ergueu o braço e tentou mirar o grande bloco, mas viu que teria de tentar a sorte porque ele caia muito rápido.

  Tudo aconteceu por um milésimo de segundo.

  BOMBARDA MAXIM-A-A-A-A-A-A-A.

  Uma nuvem de poeira cobriu toda a sala, de repente parecia que todas as luzes haviam se apagado. Sophi tentava lutar contra a poeira em seus olhos e contra os escombros que faziam seus pés escorregarem enquanto ela tentava o mais rápido possível ir até onde Fred e Percy estavam.

  — FRED, PERCY. — Ela gritava, cavando com as mãos entre os pedaços de concretos.

  — MEUS FILHOS, ONDE ESTÃO MEUS FILHOS, SOPHI. — a Sra. Weasley gritava à um canto da sala.

  Sophi enxugava as lágrimas com as palmas das mãos, deixando seu rosto todo sujo. Ela continuava a cavar desesperada, nada achava e nenhum dos garotos respondia aos seus chamados

  — ME AJUDEM. O QUE VOCÊS FAZEM AI PARADOS.

  Os traidores já haviam fugido pela porta do largo, um último corria exitante procurando seu colega traidor que deveria estar embaixo dos escombros.

  Ao grito de Sophi, todos correram para ajuda-la menos a Sra. Weasley que gritava seu choro agonizante amparada por Hermione.

  5 minutos haviam se passado, nada de gemidos ou pedidos de socorro se ouvia debaixo da grande montanha de concretos e madeiras. Sophi se senta à um canto exausta e chorando, quando Sirius chega próximo dela e lhe entrega o caderno de Fred e Jorge que ele achou sobre os entulhos do que sobrou do quarto de Sophi. Ela fitou o objeto, depois o apertou contra o peito.

  — EU OS MATEI. OS MATEI. EU MATEI DE NOVO.

  — Não foi sua culpa, Sophi, não foi...

  Sirius tentou abraça-la, mas a garota se desvencilhou de seus braços.

  — QUERO VER MEUS FILHOS, ARTHUR, QUERO VE-LOS. — gritava a Sra. Weasley sendo segurada por um Sr. Weasley em prantos e um Jorge sem vida.

  Sophi olhou para os lados e encontrou o olhar de Rony que também chorava tentando inutilmente achar algo embaixo dos blocos.

  Ela tornou a se jogar de joelhos, quando viu algo. Foi até o objeto e o puxou.

  — É o sapato de Fred. NÃO. MEU IRMÃO NÃO.

  Jorge se jogou no chão e batia as mãos na cabeça. A Sra. Weasley correu na direção de Sophi, pegou o sapato de Fred, abraçou a garota e chorou toda a sua dor.

Ali, Sophi imaginou que tudo estava perdido.



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