História A misteriosa garota da montanha - Lembranças!

- Pensou que quem fossem os assassinos, Dulce? - Victor perguntou, fitando-a. - Por acaso pensou que os assassinos fossem eu e a Alexandra?

- Victor, não quero que me leve à mal, mas as evidências apontavam pra vocês. Primeiro, os freios do carro foram claramente sabotados, a nossa casa pertencia à empresa, a ligação foi feita dentro da Vonucker Glamour, dizendo que você e a Alê tinham uma surpresa para mim. O que queria que eu pensasse? O que você pensaria se tivesse no meu lugar? - Dulce perguntou. 

- Ligação? Que ligação é esta? - ele perguntou. - Meu Deus... 

Flash back Victor

- Não, não pode ser! - Victor gritou. - Meu amigo, você não pode me deixar. Levanta, Fernando. Por favor, levanta! Acorda, Fernando. - disse ele, passando a mão pela cabeça, desesperado.

- Meu amor, não... não precisa ficar assim! Sabemos o quão importante o Fernando era para nós, só temos que nos conformar. - disse Alê, o abraçando. - Eu também estou muito triste, pois acabamos de perder um grande amigo. Só temos que ser fortes. 

- Alê, a Blanca está reagindo! Está desacordada. - Natália afirmou. 

- Obrigada, Natália! - Alê agradeceu, sendo consolada pela menina. - Por favor, não deixe a Blanca morrer. Isso vai ajudar o Victor a se recuperar um pouco. 

- Pode deixar, Alexandra! Vou fazer o possível e o impossível. Você precisa descansar. - disse ela.

- Natália, nós não temos palavras suficientes para te agradecer. Muito obrigada pelo apoio. Agora, preciso arrumar um jeito de contar para a Dulce Maria. Como vamos contar pra ela que seu pai morreu e sua mãe corre risco de vida? - Victor perguntou. 

- Eu posso ajudar, Victor! A Dulce é minha amiga. Eu posso usar o telefone da empresa? Vou conversar com ela um pouco. - Natália pediu. 

- Claro que pode! Te agradeço pela ajuda. - ele agradeceu. A menina não perdeu tempo e entrou na Vonucker Glamour. Em alguns minutos, Dulce chegou no local, encontrando seus pais machucados. Blanca ainda estava entre as ferragens, completamente imóvel. Dulce não se conteve. Suas lágrimas caíam rapidamente, molhando a blusa que usava em poucos segundos. 

- Nãaaaao! - Dulce gritou eufórica, caindo de joelhos no chão e desmaiando em seguida.

- Quem trouxe... a Dulce até aqui? - Victor perguntou, revoltado. - Quem? - ele gritava. - Sabe quem trouxe ela até aqui, Natália? 

- Victor, se acalme, por favor! Você precisa ser forte. - disse ela. 

- Eu só quero saber quem trouxe ela. Eu vou levá-la até o hospital, enquanto a ambulância não chega. 

- Eu liguei pra casa da Dulce, mas ninguém atendeu. Ela já estava à caminho daqui. Alguém ligou para ela antes de mim. - ela respondeu. Victor não disse nada, apenas mandou que alguém levasse Dulce para o hospital.

- Aconteceu alguma coisa, Victor? - Dulce perguntou, confusa. - Lembrou de alguma informação importante? 

- A Natália! Aquela imprestável surgiu do nada, dizendo ser sua amiga, que estava triste pelo acidente e ofereceu ajuda. - ele lembrou. - Ela te ligou, não foi?

- Não! Não foi ela quem ligou. Foi sua secretária, dizendo que foi um pedido seu. - Dulce respondeu.

- Não, não foi minha secretária! - negou. - A minha secretária era a Alê, mas ela esteve ao meu lado o tempo todo. 

- Bom... não sei quem me ligou então. Só o que sei é que anunciou em seu nome e da Alexandra. Disse que tinha uma surpresa que mudaria a vida dos meus pais para sempre. - disse ela.

- A Natália deve ter feito alguma mudança na voz. A única pessoa que pediu para usar o telefone da empresa foi ela.

- Pode ter sido ela! - disse Dulce, duvidando. - Eu não sei... não me lembro... não consigo me lembrar... se bem que... que a voz parecia a...

- O que foi, Dulce? Lembrou de alguma coisa? - Victor perguntou, preocupado.

- Victor, Dulce! Vocês estão aí? - uma voz feminina perguntou, batendo na porta do escritório. - Vamos! O almoço está servido. 

- Estamos sim, Alê! - ele respondeu. - Já estamos saindo.

- Tudo bem, não demorem. - ela respondeu.

- Vamos, Dulce? - Victor chamou, se levantando e abrindo a porta.

- Vamos! - Dulce respondeu, seguindo-o.

- O que tanto conversavam no escritório? - Ucker perguntou, sussurrando para Dulce, assim que ela se sentou ao seu lado, na mesa.

- Deixa de ser curioso, Chris! - Dulce sussurrou em resposta, dando um leve tapinha no ombro dele.

- Está uma delícia sua comida, vó! - Helena elogiou.

- Obrigada, princesinha! - disse Alê. - E você? O que achou, Helô? 

- Humm! Acho que nem preciso responder. Ficou muito gostosa, vó. - Depois de longas conversas, Dulce resolveu voltar para casa.

- Meninas, se despedem da vovó e do vovô! Nós já temos que ir. - disse ela. 

- Dulce, será que... que pode deixar as meninas aqui? Queremos conhecê-las melhor. - Victor pediu. 

- Claro, Victor! - Ucker arregalou os olhos, surpreso com o que ouviu Dulce dizer. - Mas nós não trouxemos roupas. 

- Não se preocupe, vou levá-las ao shopping, se não se importar. Posso comprar algumas roupas para elas. - Victor afirmou.

- Deixa, mamãe! - Helô pediu. 

- Tudo bem! Vocês podem ficar, filhas. - ela permitiu. - Agora eu tenho que ir. - Dulce e Christopher se despediram e saíram. 

- Estou surpreso com sua atitude, meu amor! - Christopher afirmou, abrindo a porta do carro para ela entrar.  - Pensei que... sei lá... pensei que não fosse deixar... isso tem a ver com a conversa entre você e meu pai? 

- Tem sim! Hoje eu sei que o Victor e a Alê jamais fariam algo para prejudicar meus pais. - Dulce afirmou.