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História A moça do bar - Uma saída


Escrita por: SceptileXY

Notas do Autor


Olá!

Bom, pra quem me conhece sabe que estou fugindo completamente do comodismo. Essa é minha primeira história baseada em SNK, então não sei bem como me auto avaliar, deixarei isso para vocês!

Essa história surgiu do nada, durante uma noite eu pensei em todo cenário e personagens, daí hoje eu a escrevi. Sinceramente não sei se a fic será grande ou não, veremos ao decorrer dos capítulos.

Por enquanto é isso, boa leitura!

Capítulo 1 - Uma saída


Fanfic / Fanfiction A moça do bar - Uma saída

Em uma noite gélida de outono na cidade de Munique, dois colegas tentam – de suas maneiras – consolar um amigo que enfrentava um dilema pessoal.

- Vai por mim, Eren. Você não arruma mulher melhor que ela. – O rapaz de cabelos castanhos sempre fora conhecido por ser bem direto. – Até acho que ela já é muito pra você.

- Não enche, Jean. – O loiro o repreende. Sabia que aquilo era mais uma de suas jogadas para irritar o outro. – Eren você tem que seguir seu coração, se sente que não dá mais; bom, então é melhor cada um seguir sua vida.

O rapaz ouvia tudo e não sabia o que fazer, sua única saída era a bebida, virando garrafa a dentro cada vez que se sentia impotente em relação ao problema. Aquilo acabara acontecendo bastante durante a noite.

- Eu vou pegar mais bebida, alguém aceita? – Se pôs de pé com certa dificuldade, apoiando-se na cadeira. Os amigos recusam, visto que já haviam bebido além do habitual.

- Eren você não acha que já tá exagerando? – O loiro questiona olhando para as garrafas na mesa, sendo mais da metade do homem de pé. Jean não se pronunciou, mas concordava que aquilo já era demais.

- Eu tô bem, Armin. Fica tranquilo.

Ele não mentiu. Mesmo um pouco grogue ele ainda estava são e consciente de suas ações. Vendo que os amigos não respondiam, ele dá as costas e caminha até o balcão, sentando-se – com certa dificuldade – na típica banqueta de bar.

- Oi, boa noite. – Faz sinal para o barman que logo se dispõe em atendê-lo. - Me serve dois chopes, por gentileza.

Enquanto aguarda seu pedido ele repousa sua cabeça na madeira fria, fechando os olhos e puxando bastante ar para dentro. Uma fragrância doce é fisgada por suas narinas, o fazendo se sentir mais leve por alguns segundos. Sendo guiado pelo aroma, seu olhar cai diretamente na dona do perfume, a qual ele sequer notara até o momento.

- Boa noite. – Como resposta a sua saudação a moça ergue brevemente sua bebida. Ele se incomodou com o fato dela sequer olhá-lo. – Estou incomodando?

- Sim.

O homem semi-abre a boca, um pouco incrédulo com a resposta direta da mulher. Realmente não estava em plenas condições, mas também não havia feito nada para ela agir assim. 

- Aqui está seu pedido, senhor.

Virou-se para o barman e pediu para ele adicionar a conta. Após pegar os chopes ele encara a mulher de relance, notando que ela continuava com uma expressão neutra. Ignorou ela e retornou a sua mesa. 

- Algum problema, Eren? – Armin, observador com era, percebeu que o amigo voltou diferente.

- Aquela mulher... – Sentou-se a mesa e olhou em direção a ela. Os amigos seguiram seu olhar. – Ela foi meio grossa comigo.

- Dá um tempo. – Jean o contradiz. – Você tá muito sentimental, cara.

Talvez fosse verdade; mas sabia que não dormiria aquela noite senão tirasse a limpo aquele desentendimento.

- Podem beber. – Afastou os copos em direção aos amigos, que o olharam sem entender. – Vou falar com ela.

- Eren, espera...

Antes do loiro levantar e impedir o rapaz ele já havia se afastado. Suspira e volta a se sentar, rezando internamente para o colega não fazer nenhuma burrice.

Já próximo, Eren para um pouco atrás dela, criando coragem para prosseguir.

- Com licença. – Sentou-se novamente na banqueta ao lado, mas dessa vez se virou diretamente para ela. – Eu fiz alguma coisa de errado?

- Sim. – E novamente sua frieza faz o moreno se incomodar. Ela ainda não o olhava.

- Posso saber o quê? – Insistiu e ela bebericou sua cerveja antes de enfim olhá-lo diretamente.

- Olha, vou ser bem direta... Eu não vou pra cama com você. Então se pensa que insistindo nesse joguinho você conseguirá alguma coisa; eu lamento. Não vai rolar.

Eren ficara boquiaberto; sem ação. Além da situação constrangedora, ainda por cima ouviu a risada contida do barman, que escutava tudo enquanto preparava um drink. A morena voltou a encarar sua bebida após deixá-lo sem jeito. 

- E quem disse... – Negou com a cabeça, ainda incrédulo com o que ouviu. – Quem disse que eu quero levar você pra cama?

A morena o olhou de soslaio, analisando se ele falava a verdade ou só tentava contornar a vergonha. Mesmo um pouco cética, sentiu sinceridade da parte dele. 

- Desculpa. – Tornou a beber sem dar atenção para o homem, que não se contentou com o simples pedido.

- Só isso? Você me humilha desse jeito e só pede desculpas? Simples assim? – Questionou a olhando com expectativa, aguardando por um pedido mais sincero de sua parte. 

- Sim. É isso. 

Eren deslizou suas mãos pelo rosto, segurando-se para não surtar com aquela mulher. Acabou não vendo a mesma sorrir minimamente enquanto bebia novamente. Ela estava começando a se divertir com aquela situação.

- Okay. – Desiste, planejando uma nova abordagem. – Posso te pagar uma rodada?

A mulher o encara pela segunda vez, surpreendendo-o. Ele sorri com sua reação a pergunta. A morena de cabelos curtos assenti e ele rapidamente faz o pedido. Assim que a bebida chega a mulher expele sua tampa com uma rápida batida na beirada do balcão. Eren não conteve o fascínio com sua destreza. 

- Obrigada. – A morena abre sua carteira, retirando seu dinheiro e fazendo sinal para o bartender, que logo aparece. – Fecha minha conta. – Diz passando o dinheiro. – Essa aqui é por conta dele. – Apontou para o moreno, que voltou a ficar sem palavras. – Obrigada, novamente.

A mulher se retira, deixando o rapaz sem entender nada. Sua intenção em pagar uma rodada era iniciar uma conversa, e não ser deixado para trás. Novamente ele suspira fundo, olhando em direção a morena que já cruzava a porta.

- Só pode ser brincadeira. – Sorriu de si mesmo e da situação.

Ele não era de se surpreender fácil com as pessoas, mas aquela mulher o deixara muito intrigado. Pegou seu cartão e fechou sua conta, assim como a dos amigos e a bebida da mulher. Caminhou até sua mesa, sendo recepcionado por olhares curiosos.

- O que aconteceu? Aquela mulher saiu do nada e você ficou parado com cara de idiota. – Jean comenta.

- Esquece ela. - Desconversa olhando para seu relógio. – Já vou indo. Vou pedir um Uber.

Armin percebeu que seu amigo estava pensativo, certamente aquela conversa com a tal mulher não foi motivo para “esquecer”. Os rapazes se levantaram de seus lugares e saíram do estabelecimento. Jean é o primeiro a se despedir e seguir caminho. Enquanto Eren confirmava sua localização com o motorista, Armin se aproxima dele.

- Ei, tá tudo bem mesmo? – Eren tira seus olhos do celular e direciona ao amigo. O conhecia desde pequeno, então não se surpreendia com o fato dele sempre notar o que passava despercebido pelos demais.

- Tá sim, é só que aquela mulher... – Ficou pensativo por um segundo, lembrando-se dos trejeitos da morena. – Bom, tanto faz. Agora vou pra casa enfrentar “aquela mulher”. – Armin sorri da fala do amigo, mas sentiu um certo desconforto por saber que o mesmo estava com problemas em casa.

- Boa sorte. Nos vemos amanhã na agência.

- Valeu. Até amanhã. – Após um comprimento com a cabeça Armin se afasta, entrando em seu carro. Normalmente daria uma carona ao amigo, mas sua casa era de um lado da cidade, e a dele para o outro. Jean morava ali perto do estabelecimento, então estava a pé.

Analisando a vista enquanto espera seu transporte, ele se depara com a pessoa que tornou sua noite um tanto quanto atípica. Do outro lado da rua a morena fazia sinal para um táxi que passava, mas é ignorada. O homem não conteve um riso com a cena. Um novo veículo aparece e ela repete o gesto, dessa vez sendo correspondida. Assim que ela entra no táxi o seu Uber chega. Eren informa a localização da sua casa ao motorista, e assim que ele da partida o rapaz deixa sua cabeça cair para trás, respirando fundo. Podia ter esquecido do seus problemas por alguns minutos, mas logo eles estariam de volta para atormenta-lo.

Assim que percebe o carro estacionar, Eren acorda do seu breve cochilo e paga por sua corrida. Ao sair do carro ele caminha até seu prédio, parando próximo a entrada para pegar seu celular. Antes que adentrasse de vez ele percebe um táxi estacionando um pouco a frente. Por curiosidade, esperou a pessoa sair do veículo. Ao ver os cabelos negros saírem pela porta e se rebelarem contra o vento ele fica incrédulo. 

Mais uma vez aquela noite o reserva uma surpresa. 

- Só pode ser brincadeira. – Repetiu o que havia dito ao ser deixado naquele bar. Enquanto a mulher se despedia do motorista, ele a encarava ainda sem acreditar.

Ao se direcionar ao seu prédio a mulher percebe um homem a fitando, e após forçar a visão para identificá-lo sua reação é a mesma que ele tivera.

- Você tá me seguindo? – Sua pergunta soou mais como uma intimidação do que uma dúvida na percepção dele.

- Claro que não, eu moro aqui. – Afirmou apontando para o imóvel.

Ela olhou para ele, depois para o prédio. Sabia que o edifício vizinho era de classe média alta; diferente do seu, com menos andares e um pouco mais antiquado. Procurou pela sua chave na bolsa e caminhou até a entrada de seu prédio, ignorando o homem novamente.

- Eren. – Ele fala um pouco alto e atravessado, fazendo a morena parar e o olhar interrogativa. – M-meu nome é Eren Yeager.

Aguardou que ela se apresentasse também, mas a morena apenas virou o rosto e adentrou seu prédio.

E pela segunda vez na noite ele estava naquela situação: largado e com cara idiota. Novamente não conteve o riso. Por mais revoltante que fosse ele não podia negar que isto era hilário. Passado o momento, ele adentra seu prédio, cumprimentando todos no hall de entrada. Ao entrar no elevador ele vê as horas no celular, calculando mentalmente o quanto estava atrasado, já imaginando a desculpa que daria a sua mulher. Ao chegar no seu AP ele respira fundo, abrindo a porta. De início não vê sinais da esposa, então caminha até a sala, onde também não encontra ninguém.

- Onde você estava, Eren?

O rapaz se trancou ao ouvir a voz autoritária vindo da cozinha. Ele olha em direção a ela, e pela carranca da mesma ele já sabia o que lhe aguardava.

- Saí depois do trabalho pra beber com o Armin e o Jean. – Confessou, sabendo que aquela resposta não serviria com ela.

- E quer que eu acredite nisso? – Questionou caminhando até ele. – Aposto que estavam numa casa noturna fudendo todo tipo de puta.

Sua presunção equivocada não o surpreendia, sempre era dali para pior, mesmo que ele nunca tenha dado motivos para ela suspeitar de tal.

- Ache o que quiser, Historia. Não tô com cabeça pra isso.

Tomou a frente fazendo a loira bufar de ódio. Ela queria xinga-lo, mas não valeria a pena se ele a ignorasse. Caminhou atrás dele, até parar no seu quarto, onde ele se encontrava sentado à beira da cama, retirando seu sapato.

- Pelo visto a puta te chupou muito bem. – Provocou novamente, não tendo nenhuma reação por parte dele. – Por que não passou a noite por lá?

- É, talvez eu fique da próxima vez. – Ironizou, já cansado daquilo. Ele ficou pouco mais de uma hora bebendo com seus amigos após seu expediente, não tinha necessidade de tudo aquilo.

- Escuta aqui eu não sai da casa dos meus pais pra ser desrespeitada dessa forma. – Apontava para si enquanto falava, intensificando suas palavras. Eren tira suas roupas, ficando só de boxer e seguindo para o banheiro. – Você tá me ouvindo seu idiota?

Ignorando-a novamente ele adentra e fecha a porta, se trancando. Ainda ouvia suas ofensas, mas não ligou. Tirou sua última peça e entrou no chuveiro, deixando que a água quente evapore todo o stress do seu corpo. Por um instante o rosto daquela mulher, ou melhor; da sua vizinha surge em sua mente, tirando novamente um sorriso de seus lábios. Mesmo sem querer - e muito menos fazendo por onde - ela proporcionou os melhores momentos do seu dia.

No prédio ao lado uma morena se deleitava em sua banheira. Seu dia havia sido puxado e aquela banheira era seu luxo, então aproveitava cada segundo dentro dela.

- Eren... Yeager. – Encolhendo-se ela abraça seus joelhos e deixa sua mente construir a imagem do moreno. – Interessante. – Deixou escapar um riso ao lembrar-se da sua cara de cachorro sem dono. Ela gostou de provocá-lo, e gostaria de fazer aquilo mais vezes. 

Tão próximos, e tão distantes ao mesmo tempo. Suas vidas já estavam conectadas, agora é só questão do acaso.


Notas Finais


Esqueçam a Historia fofinha do anime, aqui ela será o pesadelo do Eren kkkkkkk

Bom, espero que tenham gostado. Como eu disse: não sei o tamanho da história, tenho bastante ideias em mente que pretendo utilizar aqui, mas por enquanto é isso. Até a próximo!


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