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História A Moça do Táxi - Boa noite, Swan!


Escrita por: sqfanfic

Notas do Autor


Boa semana, meus amores.

Quero deixar claro a vocês que, eu não acredito no amor á primeira vista. Pode ser que aconteça, mas, para mim, não funciona. Eu acredito no amor, no carinho, que nasce aos poucos - por mais que demore, apenas, dois ou três dias. Acredito no amor que você aprende a admirar, a apreciar e a, enfim, perceber, que é impossível não estar perto. Acredito no encanto á primeira vista, no suspiro de dúvida. Portanto, não pensem que as coisas estão acontecendo rápido demais... Elas estão acontecendo como devem acontecer.

Espero que gostem!

Boa leitura!!!

Capítulo 4 - Boa noite, Swan!


Domingo... Tão fácil como uma manhã de domingo, como já dizia Lionel Richie em uma de suas canções. Manhã de domingo, esta, que Emma não viu passar. Acordou por volta de uma da tarde, com uma tremenda dor de cabeça. Apertou os olhos bruscamente, tateando a cama em busca do aparelho de celular. Ava soltou um latido, assustando-a.

— Shhhh, filha... — Sussurrou para a cachorra, que agora segurava uma bolinha em sua boca, querendo brincar. Emma pegou o objeto, jogando-o longe, logo ouvindo o barulhinho das patinhas dela pelo piso laminado. — Nunca mais tomo tequila... Regina filha da mãe, não deve estar sentindo nada. — Olhou as horas do telefone, colocando-o ao seu lado na cama e embrulhando-se no cobertor, virando para o lado. — Ah, se eu pudesse, passava o dia aqui...

— Mas, você precisa comer alguma coisa.

— AAAAAAAAH!

— Nossa, Swan. O que é isso?

— Ruby, que susto... — Jogou um travesseiro na prima, que desviou. — Você dormiu aqui?

— Não, não, não... Eu vim te chamar para almoçar, mas, pelo visto...

— Por que não pedimos algo aqui, mesmo?! — Sugeriu.

— Por mim... — Levantou os ombros, sentando-se aos pés da cama, encarando Emma. — Ok, aonde você esteve essa noite?

— Saí com umas amigas... Tomei uns shots de tequila e, bom, eis o resultado. — Apontou para si mesma, bocejando em seguida. — Pode pegar uma aspirina, pra mim?

— Uhum... Eu pego uma aspirina para você, se me prometer que vai contar quem é ele, de onde é e se o sexo é bom...

— Ai, Rubs, que horror. Vai me negar um remédio em troco de informação?

— Já que você não conta as coisas, ultimamente, tenho que usar minhas armas. — Deu de ombros, arrancando um sorrisinho de Swan. — Anda, Emma!

— Pegue o meu remédio e volte aqui. Vou ao banheiro... — Disse, levantando e indo até a suíte, onde fez sua higiene matinal, antes de retornar ao quarto e sentar-se na beira da cama. Ruby voltou no minuto seguinte, trazendo um copo com água e alguns remédios.

— Então...

— Então... Eu juro que ia lhe contar, mas as coisas estão tão incertas, depois que terminei com Killian, que parece que nada vai dar certo.

— Você ainda o ama?

— De forma alguma. Eu falo no sentido de parecer que ele jogou uma praga em mim, para que nunca mais desse certo com ninguém.

— Credo, Swan. Bate na boca três vezes, está ficando louca? Não acredita em Deus, não? Fez catequese pra quê?

— Ô, exagerada... Deixa eu terminar? — Tomou um pouco da água do copo, depois de ingerir os remédios. — Eu a conheci quinta-feira, depois que saí do serviço...

— Você A conheceu? Tipo, uma mulher? — Perguntou, um pouco mais alto que o normal, fazendo Emma tapar os ouvidos com as mãos.

— Sim, Ruby... Uma mulher. Uma linda, atraente e gostosa mulher...

— E como vocês se conheceram? Que babado! Swan, eu sempre te falei que...

— Larga de ser enjoada, Ruby Luccas. Pelo amor de Deus, me deixe contar. — Revirou os olhos. — Ela se chama Regina, mora no Brooklyn, tem 35 anos e, por incrível que pareça, é irmã da cliente do caso que você perdeu. — Apontou para a prima. Contou toda a história com Regina, recebendo o olhar atento de Ruby, antes de dizer:  — Ela é taxista!

— Ah, duvido! Está falando sério? — Começou a gargalhar, mas logo parou, percebendo que Emma falava sim, bem sério.

— Qual é o problema? — Arqueou uma sobrancelha. — Ela não deixa de ser linda, atraente e incrível, por ser uma taxista. E, bom, ontem saímos para beber alguma coisa.

— Foram aonde? Motel?

— Eu não frequento motéis, você sabe muito bem. Fomos a um pub, lá no Brooklyn, mesmo. Dançamos, conversamos bastante sobre nossas vidas e...

— E...

— Nós ficamos! — Exclamou, com o rosto avermelhado de vergonha. — E foi maravilhoso.

— Ficaram, ficaram? Tipo, beijos quentes e essas coisas?

— O que é ficar, para você? — Fez aspas com as mãos. — Sim, nos beijamos... E que beijo. — Passou o indicador sobre o lábio. — Só me provou o que eu já sabia. Ela é maravilhosa, cheirosa, carinhosa e delicada, assim como imaginei que fosse.

— Você a conheceu na quinta-feira e já imaginou tudo isso? — Emma fez que sim com a cabeça.

— Me encantei no instante em que vi os olhos castanhos dela, que se assemelham a um café, bem fresquinho.

— Misericórdia, Emma! Está se ouvindo?

— Com toda certeza. Por quê? — Olhou diretamente para a prima, que revirou os olhos. — Eu não vou mergulhar em algo raso, Ruby. Fique tranquila e despreocupada. E, na verdade, eu nem sei se vamos nos encontrar novamente.

— Ué, mas você não disse que vai encontrar com a irmã dela essa semana?

— Sim, e disse que levaria a jaqueta dela.

— Ela te emprestou a jaqueta?

— Sim, eu estava com muito frio.

— Ela está muito na sua... Tipo, muito mesmo!

— Ai, será?

— Quem tomou a atitude do beijo? — Questionou Ruby, levantando-se para abrir a janela do quarto. — Porque isso define algumas coisas.

— Eu. — Luccas a olhou, com a boca entreaberta, fingindo um espanto.

— Mentira! — Exageradamente, exclamou. — Nossa, Swan... Você é muito, mas muito, sapatão.

— Por que diz isso? Só porque a beijei, me torno “muito, mas muito, sapatão”? Qual é, Ruby, você não está sabendo o conceito disso, aqui.

— Eu estou brincando com você, sua idiota.

— Sei... — Meneou a cabeça, enquanto falava. — Ai, que preguiça! — Jogou-se na cama, novamente. — Vai pedir a nossa comida agora, ou não? Estou faminta!

— Irei pedir japonês. Estou com uma vontade...

— Que seja, então. Peça para que mandem bastante daquele fritinho, porque é meu favorito. Vou tomar um banho, te encontro lá embaixo.

— Essa é sua maneira, carinhosa, de me expulsar de seu próprio quarto?

— Sim. Vaza!

 

 

Quarta-feira – 15 de março.

 

 

— Quer dizer, então, que você virá me buscar todos os dias? — Emma dizia, enquanto adentrava o táxi.

— Digo ao contrário. Agora que sabe que essa é minha rota, faz questão de me esperar por aqui. — Piscou um olho pelo retrovisor. As duas trocaram um sorriso. — Como você está?

— Bem. E você?

— Estou ótima. — Deu ênfase no “ótima”. — Como foi o dia de trabalho?

— Ah, foi bem tranquilo, comparado a ontem. Eu finalizei alguns processos, revisei outros e mandei para o arquivo. Peguei um caso difícil, daqueles que passo a noite estudando.

— Acho sua profissão muito sexy.

— Visualmente. Porque, na prática, não há nada de sexy em ser xingada por um cliente ou testemunha.

— Deve ser complicado... — Emma a olhava pelo retrovisor, e meneou a cabeça, confirmando. — Acredito que não consiga ir até minha casa essa semana, então?!

— Oh, Regina, é verdade... Me perdoe, acabei esquecendo de marcar com sua irmã. — Pega uma agenda na bolsa, uma caneta e anota algo. — Podemos fazer isso na sexta-feira.

— Sim, falarei com ela. — Virou, entrando na rua de Emma. — Não se preocupe tanto, Emma. Está tudo sob controle.

— Não, eu quero ajudar. Irei em sua casa na sexta-feira, é só me passar o endereço.

— Não precisa, eu te pego aqui.

— Ah, jura?

— Sim... Só me espere no lugar de sempre... — Estacionou em frente ao prédio de Swan, que pagou pela corrida e saiu, parando perto da janela.

— Estou te achando meio quieta. O que foi? — Tirou uma mecha de cabelo de frente do olho de Regina. — Você não é assim... — Apertou o nariz dela.

— Realmente. Eu acho que estou meio cansada, não sei. As coisas com o meu pai estão meio estranhas...

— Em qual sentido? — Pergunta, acariciando a lateral do rosto de Regina, em um gesto super involuntário. — Ah, sua jaqueta! Eu vou buscá-la.

— Não precisa, Emma!

— Precisa sim...

— Eu vou estacionar, mais a frente, então. Hoje trabalhei no período da manhã, estou parando agora.

— Sério? Então, suba. Vamos beber um vinho.

— Gosto da forma como você é bem direta com seus convites, Swan. — Emma sorriu, observando Regina estacionar mais a frente e sair do táxi, caminhando até ela.

— Vamos. Quero saber o que deixou a minha taxista favorita, assim. — Regina a encara, sorrindo, enquanto passam pela portaria do prédio. Entram no elevador, e Mills passa um braço pela cintura de Emma, que não recua de sua ação. A morena solta um suspiro, deitando a cabeça no ombro da loira, que leva a destra em seus cabelos, colocando alguns fios atrás da orelha. — Está cansada, né?!

— Uhum... — Levantou, ao perceber que haviam chegado. — Mas, nada com que eu não aguente. Acho que já acostumei com essa rotina.

— Eu não sei se me acostumaria tão bem, quanto você. — Tirou a chave da bolsa, destrancou a porta e entrou, chamando Regina, que fez menção de tirar as botas.

— Com licença. — Disse, ao passar pelo arco da porta.

— Não precisa disso. Não tenho esse costume.

— Ah, mas eu tenho. Mamãe diz que é falta de respeito, entrar com sapatos na casa das pessoas.

— Hum... Tudo bem, então. — Dá de ombros, observando-a retirar as botas, permanecendo as meias. — Você está confortável assim? Quer que eu ligue o ar, ou que aumente o aquecedor?

— Está perfeito, Emma. Não se preocupe comigo. — Levantou as duas mãos, em rendição. — Eu gostaria de um copo d’água. Você poderia me dar?

— Claro que sim. Venha, vamos à cozinha. — Emma se desfez do sobretudo que vestia, largando-o sobre o sofá, indo até a cozinha.

— Bela arquitetura. — Se referia ao apartamento. — Você quem escolheu tudo?

— Sim... — Servia água no copo para Regina, que sorriu para ela, em agradecimento. — Eu gosto bastante do conceito preto e branco. Sou 8 ou 80, entende?

— Entendo... — Passou a língua para desfazer o bigodinho que a água havia feito.

— Filhaaa... — Assobiou, chamando por Ava. — Avaaaa! Mamãe chegou, cadê você? Temos uma visita! — Assobiava, ouvindo as patinhas de Ava descendo as escadas. — Oi, minha menina. — Pegou-a no colo, recebendo algumas lambidas na lateral do rosto. Regina observava agraciada. Como disse a Emma, seu sonho sempre fora ter um cachorro, mas nunca teve a oportunidade, por causa da mãe, que era alérgica aos pelos.

— Ela é linda, mesmo... — Aproximou-se de Emma, fazendo um carinho em Ava, que lambia a mão da morena. — Olá, Ava! — Emma observava, achando a coisa mais fofa do mundo.

— Você quer tomar um banho, Gina? — A chamou sem se dar conta.  — Eu tenho uns vestidos mais soltinhos, acho que dão em você.

— Está me chamando de gorda ou algo assim?

— Não... Eu, na verdade... Ah, Regina, você sabe que tem uma bunda grande, enquanto eu não tenho nada. — Apalpou as próprias nádegas, arrancando uma risada de Mills. — Anda, suba até o banheiro e fique a vontade. Vou preparar algo para comermos, e aí você me conta tudo... — Saiu em direção a cozinha. — O banheiro fica na segunda, à direita. Vou deixar o vestido pendurado na maçaneta. — Regina assentiu, subindo as escadas, reparando alguns quadros que haviam pendurados ao longo do corredor.

Entrou no banheiro e sorriu, ao ver que o mesmo era inteiramente branco, com alguns mínimos detalhes em verde. Achou aquilo a cara de Emma. Despiu-se, fez xixi e adentrou o box, reparando a variedade de produtos que a loira tinha. Por descuido, acabou molhando o cabelo, sendo obrigada a lavá-lo.

Cheirou um dos vidros de xampu, sentindo o cheiro de canela invadir suas narinas. Despejou um pouco nas mãos e levou até os cabelos, massageando o coro cabeludo, sentindo a água bater em suas costas e relaxar seus músculos.

Logo terminou o banho, pegando uma toalha limpa no armário e enxugando-se. Abriu a porta, e lá estava o vestido pendurado, juntamente com uma roupa íntima, que estava dentro de um pacotinho, indicando que seria a primeira vez a ser usada.

Emma preparou um macarrão com queijo para elas, pegando um dos vinhos que mais gostava e colocando sobre a mesa, também. Aproveitou que Regina estava demorando no banho, e resolveu tomar um em seu quarto. Colocou um short jeans e uma regata branca, de manga. Prendeu os cabelos em um coque, bem alto, e tirou a maquiagem.

Ouviu os passos de Regina descendo as escadas, mas permaneceu ajeitando as coisas.

— Que cheiro delicioso, Swan... O que está aprontando? — Emma se virou, vendo-a em seu vestido, que destacava ainda mais seu corpo cheio de curvas.

— Mac and cheese. Você gosta?

— Todo americano ama Mac and cheese... — Riram. — Aonde coloco essa toalha molhada?

— Pode jogar na máquina... — Apontou para o canto da cozinha, onde havia a porta que dava acesso a lavanderia. — Está se sentindo mais confortável? — Regina fez que sim, sentando-se à mesa, sendo seguida de Swan.

— Eu adoro massa acompanhada de vinho. Emma, você está se saindo muito bem, assim eu vou me apaixonar por você.

— Ah, é? Eu não acharia nada ruim! — Servia o macarrão para as duas.  Regina não comentou nada, mas não deixou passar por despercebido.

— Vamos ver se você está valendo a pena, mesmo. — Riu, antes de levar um pouco do macarrão até a boca. — Hum... — Mastigou com os olhos fechados, logo dando espaço a uma careta. Emma observava atentamente, fazendo careta junto com ela.

— O que foi?

— Não sei... — Reforçava a careta, deixando Emma sem saber o que fazer. — Está muito delicioso!

— Ai, Regina. Como você é escrota! — Deu um golpe de pano de prato no braço da outra, que desviou. Estavam sentadas frente a frente. — Me conte o que houve com você...

— Ah, então... Digamos que meu pai não é muito coligado com a ideia de eu ser taxista. Apesar de fazer alguns anos que sigo nesta profissão, ele sempre encrenca com alguma coisa.

— Ele se preocupa, porque você passa a noite trabalhando...

— Sim. Mas, é o melhor turno, Emma. Não dá para largar, simplesmente. Essa semana fiz durante o dia, mas nem se comparava com o lucro que tive na semana passada. — Gesticulava.

— Mas, assim... Você não pensa em largar? Sei lá, se arrumar alguma oportunidade de emprego, ou algo assim...

— Não... Eu já me acostumei com a rotina, com as coisas. Eu não sei, mas acho que nasci para isso.

— Uhum... — Mastigava.

— Você também pensa como ele, não é?! De que isso não me dará nenhum futuro, de que não poderei expandir para lado algum.

— Não... Quer dizer, realmente, mas se é o que você gosta, Regina, não deve largar por uma opinião alheia. Apesar de ser o seu pai, você precisa se impor contra isso.

— Eu pensei em ser passeadora de animais.

— Jura?

— Não. Estou brincando... — Riram juntas, vendo Ava correr e colocar a bolinha perto dos pés de Regina.

— Anw, ela quer brincar com você. Já se sente segura, filha... Muito bem! — Emma se abaixou para fazer um breve carinho na cachorra. Regina pegou a bolinha e jogou no meio da sala.

— Ela é adorável! — Bebericou um pouco do vinho. Terminaram de comer e conversar, e Regina lavou a louça, após uma breve discussão entre as duas sobre quem faria isso.

— Eu achei isso ridículo, Regina Mills. Onde já se viu, a visita lavar a louça? — Resmungava Emma, zapeando os canais na TV, sentada no sofá, com as pernas para cima. — Senta aqui, vamos ver alguma coisa...

— Acho que incomodei demais, Swan. Melhor ir... Já está tarde, você trabalha amanhã cedo.

— Negativo! Amanhã é dia de tribunal, só saio de casa depois do almoço. — Justificou, batendo ao lado de seu corpo. — Anda, senta aqui!

— Que chata...

— Uma chata que você gosta bastante, né?! — Regina riu, negando com a cabeça, antes de receber um beijo no rosto.

— Eu vi algumas fotos no corredor... Quem são aquelas pessoas?

— Lá em cima?

— Sim...

— Meus pais e minha prima Ruby, que te falei. Ela mora no apartamento de cima e é um milagre ainda não ter aparecido por aqui para encher minha paciência. — Passou o controle para a mão de Regina, que não entendeu nada. — Escolha algo que goste. Eu já vi de tudo!

— Eu quase não assisto TV, Swan. Não faço a mínima ideia do que seja... Bake Off Brazil. — Emma a olhou espantada.

— Regina, não é possível. Tudo bem que não assisto tanto, também, mas Bake Off é algo comentado em todas as redes sociais...

— Oops, desculpe se também não uso essas coisas. — Swan deu língua para ela, que fez com que ia pegá-la com a mão. — Vou cortá-la, caso me mostre novamente.

— Está falando igual a minha mãe Granny.

— Papai que sempre falou isso... — As duas riram. — Dizia também que a barata ia andar em minha boca, caso eu não escovasse os dentes antes de dormir.

— Eca! — A loira fez uma cara de nojo. — Eu tenho uma vaga lembrança de papai falando algo como: “Ah, se você ficar olhando muito para esse espelho, ele irá falar com você.” e eu sempre saia correndo, com medo do espelho falar comigo. — As duas gargalharam.

— Você deve ter sido uma criança um tanto que falante, não?

— Muito. E bem curiosa... Queria saber tudo, explicação para tudo. — Gesticulou. — Porém, sempre respeitava quando não me respondiam alguma coisa.

— ‘De onde vem os bebês?’ — Regina fez uma voz fininha, imitando uma criança. Emma gargalhou, meneando a cabeça.

— Nunca vi Granny tão desconcertada como naquele dia... — Ria, sendo acompanhada por Regina.

As duas ficaram conversando por longos e longos minutos, até que escolheram um filme “Elena Undone”, mas Regina dormiu antes mesmo da metade. Emma a admirava ressonar ao seu lado, percebendo que poderia se acostumar facilmente com aquela imagem. Ela estava de lado, virada para Swan, com as duas mãos sob a cabeça, dando uma sustentação ao pescoço. Emma tirou com cuidado, colocando uma almofada no lugar. Tirou alguns fios da franja de seus olhos e depositou um beijo terno em sua testa, indo até a cozinha levar as taças de vinho que elas haviam tomado na sala.

Subiu, arrumou a cama para Regina dormir e voltou para a sala, levando um travesseiro e uma manta. Chamou Mills, calmamente, assoprando seu ouvido.

— Acorda, sua dorminhoca! — Regina quis sorrir, mas apenas abriu os olhos, dando de cara com aquelas íris esverdeadas e reluzentes. — Eu preparei a cama para você, venha...

— Não, Emma. Eu preciso ir embora... — Sentou-se na beirada do sofá, bocejando e passando as mãos pelos cabelos.

— Você está sonolenta, e é um pedaço bom daqui ao Brooklyn. Fique essa noite, amanhã você levanta cedo e vai.

— Ok, tudo bem... Jura que não estarei incomodando você?

— De jeito nenhum... — A loira negou com a cabeça. — Coloquei uma escova de dentes em cima do seu  travesseiro. — Ajeitou o travesseiro no sofá, quando Regina se levantou.

— Ué.

— Eu vou dormir aqui e você no meu quarto. Não tenho quarto de hóspedes, ainda. — Fez uma caretinha.

— Swan, aí já é demais... Eu é quem devo dormir aqui, não você.

— Não se preocupe. Já dormi em lugares piores. — Disse, ajeitando-se embaixo da coberta.

— Por que não dorme comigo lá em cima? Eu não irei me sentir bem, sabendo que está aqui.

— Ainda está aqui, Regina? — Fingia não dar ouvidos para o que a morena dizia. — Vá logo, antes que Ava encontre aquela escova e resolva escovar os dentes antes de você.

— Tudo bem! — Subiu as escadas.

— Não vai me desejar boa noite? — Gritou Emma, sendo totalmente ignorada. — Grossa! — Disse a si mesma. Colocou o celular para despertar às seis da manhã e, quando olhou para a escada, viu Regina com dois travesseiros e uma coberta que, provavelmente, tirara da cama de Emma. — Ah...

— Shh... Eu já escovei os dentes. — Disse, estendendo o cobertor sobre o tapete e deitando-se, virada para Emma.

— Não quer deitar aqui?

— Não, está bom assim... Obrigada! — Piscou um olho para Swan, que desligou o abajur. — Boa noite, Emma!

— Boa noite, Gina... — Buscou a mão da morena, entrelaçando seus dedos, fazendo um carinho entre eles. — Obrigada por ter entrado em minha vida...

— Eu é que agradeço. — Beijou a mão de Emma, que se levantou, deitando-se ao lado de Regina, que virou para ficarem frente a frente. Mills traçou o formato do rosto de Emma com o indicador, passando por entre as sobrancelhas, nariz e boca, sentindo um beijo sendo depositado na pontinha de seu dedo. Emma chegou mais perto, estendendo sua coberta sobre as duas. A única luz que havia no ambiente, era a luz dos postes da cidade, que adentravam sorrateiramente pelas frestas da janela de vidro.

— Amanhã quero lhe mostrar minhas margaridas. Se acordar antes, poderia me acordar?

— Claro! — Sussurrou, beijando a testa de Emma, que beijou-lhe o queixo, carinhosamente. Swan acariciava a lateral da cintura de Regina, apertando vez ou outra. Entrelaçaram as pernas, fazendo com que a esquerda de Emma ficasse por entre as de Regina, que levou a destra até suas coxas, iniciando um afago protetor, nada malicioso. — Quando eu era pequena, mamãe sempre me dava um beijo de boa noite.

— Desde então, você não dorme sem um...

— Com você por perto, não irei conseguir. — Swan riu, aproximando-se um pouco, visto que estava bem próximas, e depositando um selinho nos lábios de Mills, que correspondeu imediatamente. — Boa noite, Swan!

— Boa noite, moça do táxi!

 

 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado!!! Deixem aqui nos comentários a opinião de vocês.
Beijos!!!


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