Emma
— Regina... Ah, vamos logo! — Falo, observando a lentidão que minha esposa estava usando, para calçar seu par de tênis. — Daqui a pouco escurece, vamos ter que voltar para dar a janta de Victória...
— Eu embolei tudo aqui, você não percebeu? — Diz, querendo rir. — Me ajude aqui! — Começo a rir e abaixo para ajuda-la com o cadarço. Nossa filha estava no carrinho, nos observando, e ria com nossa interação. Regina deveria estar fazendo alguma careta, é óbvio. — Esquece isso, Emma. Vou de chinelo! — Afastou o pé de minha mão e tirou o sapato.
— Agora que eu estava conseguindo... — Digo, e ela revira os olhos. Pego alguns frutas e coloco na bolsinha térmica de nossa filha, que batia seu mordedor na bandeja que o carrinho tinha na parte da frente, e balbuciava alguma musiquinha.
Era quinta-feira, ainda, o dia que tirei para passar com as minhas meninas e, de quebra, receber a notícia de que Ruby está grávida. Muitas vezes achamos que é apenas um bebê, uma benção e tudo mais. Positivo! Mas, em contrapartida, é uma vida profissional em sua melhor fase, planos de um futuro a dois e entre outras coisas. Não é querendo ser hipócrita, mas eu sei o que está passando na mente de Ruby. Aliás, faz um pouco mais de um ano que passei pela mesma situação.
Victória foi a melhor coisa que me aconteceu, e acredito que na vida de minha esposa, também. Ela nos alegra de forma ímpar, e nos faz ser seres humanos completamente diferentes do que éramos antes de ela chegar. Na verdade, nem lembro como e o porque, de minha vida fazer sentido antes de seu nascimento. Claro, eu tinha Regina, mas não se compara a vida que minha filha me deu. E me pergunto, até hoje, como pode um pingo de gente tão indefeso, silencioso e sem dentes, mudar tanto uma pessoa?
— Eu vou querer um sorvete beeeeeeem grandão... — Diz minha esposa, chamando a atenção de nosso bebê, que na hora larga seu brinquedinho e nos olha.
— Vêti? — Pergunta, e afirmamos. — A quéio! — Exclama, procurando com o olhar, o tal sorvete.
— Hum... Nós vamos comprar daqui a pouquinho, ok? Primeiro vamos brincar aqui, treinar esses pezinhos gostosos para andarem por aí...
— Isso mesmo... — Minha mulher concorda comigo, depositando um beijo em meu ombro. Saímos do prédio e fomos andando até uma pracinha que havia ali perto, onde várias crianças ficavam correndo e brincando, ao fim da tarde. Regina assumiu a direção do carrinho de Vi, dizendo ser melhor em guiá-lo, do que eu. — Você passou por cima de pedras duas vezes, amor.
— Você é insuportável, Regina. Isso sim... — Digo, fingindo uma falsa chateação, e ela tenta me abraçar de lado, mas eu me afasto.
— Está negando um abraço meu? É isso, mesmo? — Meneio a cabeça, querendo rir. — Ok, depois não reclame!
— Vingativa! — Ela me mostra a língua, e eu faço com que vou pegá-la. — Olha pra frente, ô Ayrton Senna. Daqui a pouco bate na árvore com a garota... — Rio, ficando ao lado do carrinho, segurando uma das mãozinhas de minha filha.
— Chegamos!!! — Regina e eu caminhamos pela grama, até alcançarmos uma árvore com uma bela sombra. NYC é de fases. Vira e mexe, as quatro estações dão as caras em, apenas, um dia. Durante a manhã, chuva e frio. Após o almoço, um belo Sol se fez presente no azul do Céu, obrigando-nos a sair de casa. Não que esteja calor, pelo contrário, está muito agradável para esse tipo de programa.
— Decê, mamain!
— Tira ela, mamãe... Ela quer descer! — Falo, e Regina sorri, pegando nosso bebê, enquanto estendo um lençol pelo gramado, jogando alguns dos brinquedos de Victória, vendo minha esposa colocá-la sentadinha ali. Mills afasta o carrinho, deixando-o atrás de nós, e se senta ao meu lado. — Eu trouxe umas frutas...
— Huuuum... Só se me der na boca.
— Ei, minha filha está bem ali, viu?! — Brinco, e ela faz uma expressão de tristeza. — Estou brincando, querida. — Selo nossos lábios, brevemente. Algumas crianças corriam pra lá e pra cá e gritavam. Regina observava-os correndo para lá e para cá, escondendo-se por trás das árvores e pedindo para que ficássemos caladas, para que não fosse achado. — Que gracinha! — Comento, recebendo a atenção de minha mulher, que sorri e meneia a cabeça, concordando.
— Cadê o Lucca, Pierre??? — Outro menino grita, ainda buscando o garotinho que estava escondido atrás da árvore. — Lucca, não tem graça!
— Ele foi correndo pra lá, porque você implicou com ele...
— Eu não impliquei, Pierre. Eu juro, eu só disse que ele estava parecendo uma menininha, falando daquele jeito. — Explica-se, e minha esposa e eu nos atentamos ao diálogo. O outro menininho, provavelmente, Lucca, ainda estava atrás da árvore, agora sentado, com as duas mãos no rosto.
— Eu vou falar com ele. — Diz minha esposa, ameaçando se levantar. — Está chorando, Emma. Veja! — Levanta-se e vai até o menino. Observo Regina conversar com ele, enquanto alisa seus cabelos negros. O garoto aparenta ter uns 4 aninhos de idade, mas já é bem crescido. Vejo Regina segurar a mãozinha dele e trazer até nosso espaço. — Essa é a minha esposa, e aquela ali é a nossa filha...
— Ela é linda, tia. — Diz ele, sentando-se conosco. — Mamãe disse que tenho que voltar quando o sol for embora. Ele já está indo?
— Hum... Quase! — Respondo, admirando-o. — Seus amigos estavam implicando com você?
— Sim. Me chamaram de bichinha... — Fala com desdém. — Isso é ameixa? — Aponta para a fruta que minha esposa comia.
— É sim. Você gosta? — Pergunta Mills.
— É minha fruta favorita... — Sorri, brincando com as mãozinhas de Victória, que ri para ele.
— Coma uma, então. Toma! — Falo, pegando uma frutinha dentro de nossa bolsa. Sorrimos, observando-o negar. — Pode comer, querido, eu estou lhe dando...
— Mamãe não gosta que eu coma nada na rua.
— Ah, mas a minha mamãe também não gosta... Só que somos pessoas legais, não precisa ficar com receio de comer. — Regina diz, terminando sua ameixa. — Vamos fazer assim, então... Eu te achei um cara bacana, e quero te pagar um sorvete.
— Mas... — Ele começa a falar, mas interrompo-o.
— Nós vamos até sua casa e pedir para sua mãe, pode ser? — Questiono, e ele meneia a cabeça, em um talvez. — Agora coma a sua ameixa, nós falamos com ela, também.
— ‘Tá bom! — Pega a fruta e morde, prestando atenção em nossos olhares voltados a ele. — Uma delícia...
— Ouviu, Swan? — Sinto o ombro de Regina se chocar contra o meu, e faço uma cara feia para ela. — Você é muito linda, sabia? — Eu faço que sim, e ela me rouba um selinho estalado. Ouvimos a risadinha de Lucca, e logo nos afastamos.
— Vocês são fofinhas... — Diz ele. — E pode mulher beijar mulher, né? A mamãe diz que pode!
— Claro que pode, a partir do momento em que você ame essa mulher, pode tudo. — Digo, dando um beijo na bochecha de minha esposa, que sorri. — Qual sua idade, rapaz?
— Tenho... — Ajeita os dedinhos, mostrando-nos seis deles. — E você?
— Iiiih... Não cabe nas mãos, garoto! — Regina ri, e eu dou um tapa em seu braço.
— Tenho muitos anos...
— Muitos? — Pergunta, e faço que sim. — E ela?
— Ela é a mais nova entre nós... Tem 1 aninho, não é, filha? — Victória mostra seu dedinho único, levando-o a boca, logo em seguida. Ela se levanta, equilibrando-se nas mãos e fica em pé, segurando no ombrinho de Lucca. — Vem mamãe... — Estendo a mão para ela, que estende um dos bracinhos, vindo até mim. — Isso!
— Muito bem, sapinha!!! — Regina beija o rostinho dela várias vezes, arrancando novas risadas do menino.
— Ela é sapinha, é? — Ele pergunta, rindo.
— Sim... E todos sabem que ela é uma sapinha, man! — Rio com a fala de Regina; sempre muito fora de sua casinha. — Anda de novo, minha filha. Mostre ao Lucca que você é uma sapo girl.
— Ai, amor... — Reviro os olhos, soltando Victória, que volta anda até o nosso novo amigo, voltando para nós e repetindo tal ação por várias vezes. — Você está andando, meu amor. Parabéns! Mamãe está orgulhosa... — Beijo-a no rosto, mordiscando o seu pequeno pescoço.
— Amor, vamos? — Pergunta Regina, levantando-se. — Já está ficando escuro e ainda temos um sorvete para tomar, não é? — Estende a mão para Lucca, que bate. — Você mora muito longe?
— Pertinho, tia. É bem ao lado da barraquinha de cachorro-quente. — Explica, apontando para a barraca, do outro lado da rua. Regina recolheu nossos pertences, enquanto eu ajeitava nossa filha no carrinho. Nosso amigo olhava para nossos passos, e parecia se encantar com alguma coisa, visto que não tirava o sorriso do rosto.
— Posso empurrar? — Pergunta, referindo-se ao carrinho de Victória. — Eu acho muito legal, sempre quis.
— Claro que pode, querido. Bom que aproveito para ficar abraçadinha com a mamãe dela. — Sinto Regina abraçar minha cintura com seus dois braços e eu passo o meu esquerdo por seus ombros, de lado.
— Amor! Para! — Digo, contorcendo-me, ao sentir seus dedos apertarem um ponto específico de minha cintura, justamente, onde eu sentia cócegas. — Eu vou me soltar de você...
— Eu não estou fazendo nada... — Ri, beijando minha bochecha. — Agora pare um minuto, pois vamos atravessar a rua, ok, Lucca?
— Ok.
— Deixa que eu levo... — Seguro e empurro o carrinho, assim que o sinal se abre para os pedestres. — Onde é sua casa?
— É bem ali. — Aponta, e vamos até lá. — Mamãe?
— Oi?
— Temos uma visita muito legal. Uma não... três.
— Três? — A mulher questiona, aparecendo na janela para nós. Sorrimos ao vê-la. Ela usava um lenço na cabeça, aparentava ter um pouco mais de cinquenta anos de idade, sendo bem sincera. — O-olá... Ér...
— Essa é tia Regina, tia Emma e a Vivi, filha delas. — O garoto nos apresenta, e a senhora sai de casa e vem nos cumprimentar.
— É um prazer, queridas. Só me desculpem estar vestida assim, mas é que Francisco chega daqui a pouco para jantar e...
— Tudo bem, dona...
— Mary. — Ela diz, e eu estremeço dos pés a cabeça. Um silêncio toma conta de minha mente, e busco a mão de Regina como apoio.
— Meu bem? Está se sentindo mal? — Ouço a voz de minha esposa.
— Não, é que... Eu só lembrei muito de mamãe e...
— Sua mãe tinha o mesmo nome que eu, minha filha? — Dona Mary questiona, e eu assinto. — É uma pena que a tenha perdido... — Passa a mão em meu ombro, como forma de consolo.
— Tia Gina, pede ela...
— Uow, é verdade! — Regina fala, olhando para Mary. Victória começa a chorar e eu me abaixo para pegá-la do carrinho.
— Shhh, meu amor. Está tudo bem! — Beijo sua têmpora, e ela deita a cabecinha em meu ombro. — Mamãe está aqui, ok? — Beijo seu ombrinho e sua mãozinha, prestando a atenção na conversa que Regina estava tendo com a mãe de Lucca.
— E demos uma fruta a ele, espero que não se incomode... — A senhora nega com a cabeça, sorrindo e agradecendo. — E gostaria de saber se podemos leva-lo para tomar um sorvete, ali do outro lado, mesmo...
— Ah, claro que podem! — Ela olha para Lucca e sorri. — Vá vestir a camisa nova, garoto.
— Obrigada pela confiança... — Minha mulher diz, antes de abraçar a senhora. — Se quiser ir conosco, fique a vontade.
— Não, não... Agradeço muito o convite, mas estou sem dinheiro e preciso arrumar as coisas para amanhã cedo. — Explica, passando a mão pela extensão de sua saia de algodão, um pouco amarrotada.
— Tudo bem, então... — Digo, olhando-a. — Não iremos demorar... Creio que Lucca tenha de ir à escola amanhã, então...
— Ah, sim... Ele é bom em acordar cedo, nem reclama. — Rimos de sua ironia.
— Prontinho, mamãe! — O menino ressurge com os cabelos penteados para o lado direito e exalando um forte perfume masculino.
— Ué, tomou banho? — Regina implica, fazendo cócegas em sua axila. Ele se encolhe e nega com a cabeça. — Deu sorte que não fedeu, garoto... — Ela alisa o cabelo dele, jogando uns fios para o lado que lhe pertencia. — Vamos então, senão ficaremos sem sorvete.
— Não tem fundo não, moleque? — Brinco, apertando de leve a sua barriga. —Se passar mal, não coloque a culpa na gente. — Levo uma colherada de sorvete de morango na boquinha de Victória, que já estava bem enjoada, querendo sua janta.
— Se fosse eu... — Diz Regina, chupando sua casquinha de chocolate. Arqueio uma sobrancelha para ela, que continua: — Dando sorvete a ela, antes do jantar. Se fosse eu, a confusão estava armada. — Abro a boca, fingindo indignação, e ela ri.
— Só que ela comeu bastante fruta no parque e aposto que nem jantaria direito... Isso aqui é sono. — Dou uma desculpa, levando outra colherada de sorvete na boquinha de minha pequena, que estende a mão, pedindo para segurar minha casquinha.
— Acabei! — Lucca se manifesta, ao terminar sua terceira, e última, casquinha. — Muito gostoso!
— Vá lá no freezer e escolha um para levarmos para os seus pais... — Digo, observando-o levantar sorridente e ir até o freezer de sorvetes. — Meu amor, isso é papel... — Tiro o guardanapo que envolvia a casquinha, evitando que Victória comesse o mesmo.
— Eu topo uma pizza no sofá, quando chegarmos. — Regina diz, dando um beijo gelado em minha bochecha.
— Só pizza?
— E alguns beijos...
— Só alguns beijos? — Falo, olhando em seus olhos.
— O que você quiser, amor. — Sussurra em meu ouvido. — E eu acabei de ter uma ótima ideia, agora. — Mordisca a ponta de minha orelha, antes de levantar-se. Vejo-a pedir a conta, pegar dois potes de sorvete. Ela paga e volta a mim, juntamente com Lucca, que carrega um dos potes. Saímos da sorveteria e deixamos o garoto em casa, na promessa de que nos encontraríamos na pracinha no sábado, e levaríamos ele ao cinema, caso algum filme infantil estivesse passando.
Mary agradeceu pelo carinho que tivemos com seu filho e, principalmente, pelo sorvete. Ela pediu para pegar Victória no colo, e nossa filha foi de bom grado, e até depositou um beijo na bochecha dela, após pedirmos.
Voltamos para casa, cansadas, andando mais devagar que o normal. Adentramos nosso apartamento, e logo coloquei Victória sobre o tapete, observando Regina guardar o sorvete no congelador. Minha esposa volta, sorrindo, e beija minha testa, ao me ver deitada no sofá. Pega nossa filha e sobe com ela, pedindo para que eu preparasse uma mamadeira e levasse, pois ela daria o banho e a colocaria para dormir.
Sem que tivéssemos noção, o relógio já marcava a chegada das oito da noite, e esse era o horário em que colocávamos nosso pinguinho de gente para dormir. Fiz a mamadeira de meu bebê e subi, verificando se a porta estava trancada. Regina queria pedir pizza, mas irei sugerir que façamos uma lasanha de queijo e pronto. Estou com saudades de seu tempero.
— “Banho é bom demais...” — Ouço-a cantar em nosso banheiro, assim que passo para deixar a mamadeira sobre a cômoda de nossa filha. Vou até meu quarto e ajudo-a com o bebê. Trocamos ela, juntas, e eu sequei o cabelinho dela com secador, vendo sua boquinha aberta por conta do reflexo do vento. Regina ria, enquanto tentava calçar as meias nos pezinhos. — Cheirosa da mamãe... — Beija o pescoço dela, antes de beijar seu rostinho. — Hum... Você... — Faz uma careta, ao fazer o mesmo comigo.
— Ninguém está mandando você me cheirar... — Rio, e ela me cheira de novo. — Você é um xarope, amor. Um verdadeiro xarope. — Trocamos um selinho rápido, antes de ela pegar nosso bebê e começar a dar a mamadeira. Dou um beijo na testinha de Victória e saio do quarto, dizendo que ia tomar o meu banho.
Vou ao quarto, recolho as roupinhas de Victória, esvazio a banheira e coloco os brinquedinhos na beira, para que escorram a água. Tomo um banho gostoso, demorado, pensando no fato de Regina ter se esquecido do ocorrido com o Táxi, visto que passou o dia tão sorridente e, aparentemente, feliz. Faço uma nota mental, para que vejamos isso amanhã, sobre seu instrumento de trabalho.
Ela adentra o banheiro e se livra de suas roupas, juntando-se a mim.
— Ela demorou tanto... — Fala baixinho, beijando-me os lábios. — Pensei que não fosse aproveitar desse corpinho, aqui... — Passa a mão pela lateral de meu corpo, fazendo-me rir. Ela ri, intensificando nosso beijo, incluindo a língua molhada e escorregadia dentro de minha boca. Meu amor me encosta na parede e coloca uma perna por entre as minhas, fazendo com que eu gema em seu pescoço. Regina desce seus beijos e lambe meu pescoço, mordiscando vez ou outra.
— Anda logo, amor... — Digo, sentindo-a escorregar sua destra no meio de minhas pernas. Ela massageia meu clitóris, vagarosamente, chupando meu pescoço e voltando para minha boca. Ela faz menção de introduzir dois dedos em mim, e eu gemo em antecipação, mas logo sou surpreendida por seu afastamento, juntamente ao som do choro de nosso bebê, pela babá eletrônica. — Ai, filha... Porra! — Praguejo, e Regina ri, lavando-se rapidamente e saindo do box.
— Deixa que eu vou, meu amor. Se ela sentir o cheiro de seu leite, não poderemos terminar isso hoje. — Ela sai, eu acabo rindo e finalizo o meu banho.
— Ela dormiu, agora é pra valer! — Regina exclama, ao adentrar o quarto. — Ainda está afim? — Me lança um olhar malicioso.
— Eu sempre estou afim de você, meu amor. Vem aqui, vem! — Chamo-a com o indicador, mas ela nega com a cabeça. — O que foi?
— Hoje vamos fazer amor em outro lugar... — Sussurra, antes de se aproximar da cama e puxar-me para fora do quarto.
— Amor... — Tento não soar apreensiva, enquanto descemos as escadas.
— Quero te amar ali hoje... — Aponta para a bancada da cozinha.
— O QUÊ?
— Shh... Não negue isso a mim, por favor. — Me abraça por trás e beija o meu pescoço. — Relaxa... Eu tenho algo muito diferente para fazer com você. Confia em mim, amor?
— C-Confio, sim. Mas, amor, voc...
— Shhh, Swan! — Suga o lóbulo de minha orelha, gemendo em satisfação, enquanto acaricia minhas duas coxas. — Só sinta! Hoje você só irá receber...
— Ah, é? Por quê? — Pergunto.
— Porque você foi uma ótima garota, e merece uma recompensa por ter cuidado tão bem de mim... — Diz baixinho, e eu me arrepio da cabeça aos pés. — Aiiin, amor... Você é tão gostosa... Tão transante... — Explodo em uma risada, e ela também. Ela me vira e me beija intensamente, segurando os fios de cabelos de minha nuca, empurrando-me até a parede mais próxima.
Continua...
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