História A Música Une Corações - Capítulo 04

Depois de uns 15 minutos tudo já estava resolvido. Anahi olhou no relógio da parede perto da recepção e marcava 15h45 o que significava que o horário do seu vôo se aproximava. Não demorou muito para a chamada de embarque avisar que já estava na hora. 

Annie se levantou e olhou para seu pai, logo abriu os braços para o abraço e assim ela se aproximou dele. Era um abraço quente, porém silencioso. Dona Marichelo vivia falando o quanto os 2 eram parecidos no quesito "palavras". Não foi preciso nenhum falar nada para outro, primeiro porque não eram muito bons nisso e segundo, o abraço já falava tudo. 

Uma segunda chamada de embarque fez Anahi se afastar. 

- Já tenho que ir pai. 

- Vai com Deus minha filha, não esquece de avisar quando chegar ok? Se cuida e boa sorte. 

- Pode deixar que aviso sim e me cuido muito bem. Sempre estarei mandando notícias. Deu um beijo na bochecha do seu pai e começou ir em direção a porta de embarque. 

- Eu te amo filha - essas palavras saíram um pouco engasgadas da garganta de Sr Henrique. Afinal não era só um aperto no coração pela despedida, mas também um certo medo em ver outra filha indo em direção a um avião. 

Anahi se virou e apenas balbuciou com a boca um "eu te amo" junto com um xauzinho com as mãos. 

A cada passo que dava em direção ao avião era um suspiro. Falava pra si mesma "Agora é com você Anahi, você consegue, você fez sua decisão e agora é só seguir em frente". 

Poucos minutos depois já estava sentada na sua poltrona, tirando um dos livros que havia separado para a viagem "A culpa é das estrelas". Já havia lido trocentas vezes, mas nunca se cansava e além do mais era um livro que lhe acalmava. 

Quando a aeromoça já estava se preparando para fechar a porta, um passageiro atrasado entrou correndo. Estava com a respiração ofegante e foi inevitável todos não perceber sua presença. 

Anahi sempre odiou atrasos e pessoas que se atrasam. Só balançou a cabeça negativamente voltando sua atenção ao livro. 

Não havia percebido que apenas a poltrona que estava ao seu lado era a única livre do avião. Se assustou quando alguém se jogou ao seu lado e nem precisou se virar para saber que era o atrasadinho.