Nesse instante a porta se abriu e Poncho entrou meio sem graça em silêncio. Foi direto pra sua cama, sendo acompanhado pelos atentos olhos de Letícia. Num sussurro falou ao ouvido do Ucker.
- Vai, eu te ajudo. Ucker sabendo que não tinha para onde correr, tomou ar numa respiração profunda e se virou para cama do Poncho.
- Aí Ponchão, esqueci de te avisar, no último sábado anterior ao início das aulas temos um baile, estilo colegial sabe, acho que é para os universitários não se sentirem por completo em um mundo tão diferente - falou tentando ser convincente e coçou a sobrancelha - e como pode perceber, amanhã é o último sábado anterior ao início das aulas.
- Legal cara, se divirta lá - disse Poncho com certeza em suas palavras. Ucker olhou para Leeh numa expressão "eu te avisei" e ela retribuiu num lindo sorriso. Ele logo entendeu o recado e continuou.
- Bom cara é um baile praticamente obrigatório, então você vai ter que ir - disse deu de ombros.
- O que eu preciso fazer pra não ser preciso ir? - perguntou bem direto. Leeh interferiu dessa vez.
- Olha Ponchito querido - numa intimidade que assustou o Poncho mas manteve sua calma exterior - você não vai perder nada indo ao baile.
- Olha eu não sou muito ligado nesse lance de dança, baile, ponche batizado... - foi interrompido por Leeh.
- Okay, presta atenção, se você for ao baile nós, como monitores de 2 alas na FB podemos te deixar imune ao trote dos calouros... Isso é uma cortesia que poucos tem viu. La veio ela com aquele sorriso. Se as sereias tivessem aquele sorriso não precisariam cantar para encantar seus alvos. Então ela olhou para o Ucker o intimando a continuar a convencer o Poncho.
- Isso aí cara, se livrar do trote é uma ótima maneira de começar com o direito na faculdade - sentou do lado do Poncho dando uns tapinhas nas suas costas.
- Okay, isso é uma proposta tentadora, mas digamos que eu vá, não conheço ninguém pra ser meu par.
- Chegamos ao ponto que não é problema algum - disse Leeh - eu já tenho um par perfeito para você.
- Sério? Mas acabei de chegar aqui, poucas pessoas me conhecem - disse Poncho confuso.
- É parceiro, você está um pouco enganado, as gatinhas já estão de olho - disse Ucker.
- Quem é? - perguntou Poncho.
- É a... - uma almofada acertou em cheio o rosto de Ucker que ficou sem entender nada. - Isso é segredo Ponchito, você só vai saber amanhã na hora do baile, mas fique tranquilo, ela é tão linda quanto eu - disse Leeh se levantando.
Poncho olhou para Ucker querendo uma explicação plausível de toda aquela história, mas Ucker era tão leigo naquilo tudo quanto ele. Leeh olhando para o pequeno espelho a sua frente, arrumando o cabelo, o decote e a saia disse:
- Bom meninos, agora eu preciso ir, não chorem sentindo minha falta, mas existem outros calouros que ainda sofrerão o trote amanhã pela manhã e eu preciso organizar tudo - foi até Ucker lhe dando um selinho - bye bebê, até amanhã e espero vocês dois mais lindos que são - deu as costas e foi desfilando ao sair do quarto como uma modelo prestes a receber uma coroa de Miss com "tchaulzinho" e tudo.
- Essa mulher ainda me mata - disse Ucker que estava como Poncho, de boca aberta olhando ela se afastar.
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