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História A New Era - BC221 - Felizes pela eternidade


Escrita por: RakBlack

Notas do Autor


Olá ^^

Atrasada, eu sei... Culpem o Ling Chao e o YueYue, pq eles que me enrolaram toda com esse capítulo ¬¬'

Mas cá estamos. Uma parte de mim está triste por ser o final (terá o epílogo, mas não é a mesma coisa kkkkkk), mas a outra parte está feliz por finalmente ter conseguido reescrever e finalizar essa história.

Mas vamos parar de pieguice, né? kkkkkk

Boa leitura ^^

Capítulo 19 - Felizes pela eternidade


Fanfic / Fanfiction A New Era - BC221 - Felizes pela eternidade

Estafante.

Se tinha uma palavra que poderia descrever, com perfeição, o estado de ânimo da família Qin após todos os eventos malucos da noite em que quase foram mortos, era aquela.

Eles tinham sido obrigados a passar por depoimentos, participar das audiências sobre Liu Tao, ShengEn e todos os outros lobos que conseguiram descobrir ter ajudado o líder daquela alcateia, também prepararam um funeral decente para a empregada que fora assassinada no meio daquela confusão e ainda lidavam, dia e noite, com a imprensa e pressão dos outros líderes.

Agora todos sabiam das circunstâncias da morte de Zhouyi, então as dúvidas sobre o casamento de YueYue e Mu Ziyang eram enormes. Alguns até chegavam a cogitar o real motivo da união, mesmo que aquilo não passasse de especulações.

YueYue estava cansado.

Mu Ziyang estava enlouquecendo.

As coisas pareciam não entrar nos trilhos de nenhum jeito. Era tão frustrante.

Os dois nem tiveram tempo de realmente conversar sobre o que sentiam sem estarem com a vida por um fio. Seus dias começavam muito cedo, terminavam muito tarde e eles apenas se tocavam com carinho e se olhavam preocupados por ver no outro uma estafa maior do que qualquer habilidade vampiresca poderia esconder.

- Sério, vocês precisam de um tempo só pra vocês. – Ling Chao falava com o irmão, assim que saíram do prédio onde acabara de ser sentenciada a pena de morte para Liu Tao. Nenhum deles queria aquilo, já que parecia um fim muito rápido para um homem tão ruim, mas eram as regras. O conselho não poderia deixar passar um atentado, os assassinatos de Zhouyi e Mingjun, uma conspiração, sequestro e mais uma tentativa de assassinato. Se deixassem Liu Tao vivo, poderia abrir precedentes para outras tentativas daquela.

- Nós não temos tempo, Ling Chao. Tem tanta coisa que precisamos rever com essa loucura toda. – YueYue caminhava devagar, como se quisesse adiar o momento em que chegaria em casa. – Temos que fazer uma varredura em todas as entradas e saídas da casa, reforçar a segurança, arrumar mais gente para fazer a segurança do clã, contatar as alcateias de confiança para ir até a do Liu Tao e as demais que fazem os humanos terem uma vida medíocre. – ele ia listando tudo, tentando lembrar todas as tarefas que precisavam ter prontas até aquela semana terminar. – Ziyang vai pra uma alcateia que não tem humanos, para ver se eles podem receber os que tirarmos de situação de risco. E amanhã tenho que comparecer à execução do Liu Tao e também...

- Tá, tá, eu entendi que vocês estão atolados de coisas, mas vão acabar enlouquecendo se não distribuírem essas obrigações. – Ling Chao estava preocupado. Era como se o relacionamento do irmão, que tinha tudo para decolar depois daquela confusão toda, tivesse voltado à estaca zero. Ele fez um bico fofo, que foi totalmente ignorado pelo mais velho, então apenas deixou estar. Pensaria em alguma forma para ajudar aqueles dois teimosos, ou não se chamava Ling Chao.

 

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- O que? – Lunie observava o namorado andar de um lado para o outro na sala, e não conseguiu segurar o riso ao ver a expressão contrariada no rosto dele, o que gerou aquela pergunta dele.

- Nada. Só acho que você está pensando demais. Eles podem se acertar sozinhos, não precisam de você tentando ajudar o tempo todo, sabia?

- Meu amor, - Ling Chao parou sua caminhada e olhou para Lunie com exasperação. – se não fosse por mim, o meu irmão teria ido dormir com o BuFan e estaria morto uma hora dessas. – ele lembrava de sua própria fuga como um ato de rebeldia antes, mas depois de tudo só conseguia agradecer ao seu pequeno surto. Se o irmão tivesse voltado naquela noite com uma marca de BuFan, ninguém o perdoaria pela traição e seria bem mais fácil matá-lo sem chamar a atenção para Liu Tao ou o próprio BuFan. Poderiam até colocar a culpa em Mu Ziyang. Ling Chao se arrepiava só de pensar naquela probabilidade. – Eles só conseguem pensar em trabalho. Quando conseguem estar em casa ao mesmo tempo, é porque estão em reunião ou trancados no escritório. – ele suspirou e se jogou sentado ao lado da fada, que o olhava com um sorriso bobo nos lábios. – O que foi?

- Você me chamou de amor. É a primeira vez que me chama assim. Eu gostei.  – Ling Chao, que não tinha percebido o que tinha dito, sentiu o rosto arder de vergonha. Ele costumava chamá-la assim em pensamento, mas nunca tinha coragem de usar aquele tipo de apelido carinhoso diretamente. Eles estavam juntos há pouco tempo, não queria parecer apressado. – Quer saber? Eu vou pensar em alguma coisa, mas você vai me prometer que, depois disso, vai deixar que eles sigam o relacionamento sem intromissões.

- Mesmo se eles precisarem de um conselho? – a pergunta manhosa fez Lunie revirar os olhos.

- Só se eles pedirem.

- E se eles não souberem que precisam?

- Ling Chao! – ela tentou soar brava, mas não conseguiu um resultado muito bom. Ele realmente conseguia o que queria de qualquer um, era inacreditável. Ela preferiu mudar o foco, pensando com calma na situação do cunhado e seu marido. Se eles fossem fadas, as coisas seriam mais fáceis, já que a presença de específicos tipos de flores no quarto poderia ajudar a acender a paixão, mas eles não eram. E ela não era especialista em vampiros. – Eles não poderiam deixar o clã por alguns dias? Quem sabe em uma viagem de Lua de Mel atrasada. – ela sugeriu, mas teve a ideia negada antes mesmo de concluir sua linha de raciocínio.

- Eles não têm com quem deixar o clã. Meu padrinho está em uma missão em uma vila humana, Xikan está ajudando em toda a papelada por causa da morte do Mingjun, e eu ainda sou uma criança. – ele encolheu os ombros, resignado. Ainda faltava quase um ano para que fosse considerado um adulto no meio dos vampiros, mesmo que para as fadas já o fosse. Ser híbrido era complicado. – O pai do Ziyang não pode vir porque o Xikan está com muita coisa pra resolver, e...

- Ok, ok, vamos pensar em outra coisa. – Lunie sabia o quanto não poder ajudar diretamente no clã deixava Ling Chao chateado, então tentou pensar em outra coisa. Se não podia pegar referências de seu povo e não conhecia muito as dos vampiros, poderia pensar no que outras espécies faziam. Ela tinha passado muito tempo entre os humanos e sorriu ao se lembrar de encontros românticos que aconteciam perto de seu bosque. – Por que não convence o Mu Ziyang a fazer algo fofo pro seu irmão? Luz de velas, flores, algo assim.

Ling Chao ficou boquiaberto com a ideia. Aquilo, com certeza, era algo que agradaria YueYue. E qualquer coisa que agradasse o irmão, deixaria Mu Ziyang feliz.

- Você é um gênio! – ele segurou o rosto de Lunie com as duas mãos e selou os lábios com os dela várias vezes, repetindo o quanto ela era incrível.

 

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Mu Ziyang chegou cansado, mas ao invés de ir até o quarto que dividia com o marido, se deixou deitar no sofá, colocando o braço sobre os olhos e suspirando de alívio por, finalmente estar em casa.

Era lógico que queria se enfiar em sua própria cama depois de ter passado alguns dias fora, tendo que lidar com lobos mais selvagens e não tão amigáveis, mas sabia que YueYue tinha sono leve e ele merecia descansar um pouco depois do tanto que vinha trabalhando aqueles últimos dias. Se entrasse no quarto, ele com certeza despertaria e, vendo o dia começar a amanhecer, deixaria seu descanso para segundo plano, como vinha fazendo com uma frequência assustadora.

Eram vampiros, mas não era por isso que poderiam se descuidar, ou acabariam virando presas fáceis para qualquer um.

- Ziyang, o que tá fazendo aqui? – Ling Chao se assustou ao ver que não estava sozinho na sala. Não tinha o hábito de acordar tão cedo, mas seu corpo pedia um chá, e ele aprendera a não discutir quando suas necessidades falavam mais alto. – Vai dormir na cama. – ele deu um tapinha nas pernas do cunhado, se sentando no espaço que ele deixou ao abaixá-las. – YueYue já está no banho, não vai acordar ele.

Mu Ziyang suspirou, sentando-se corretamente e coçando os olhos. Aquela rotina não o agradava de nenhuma forma. Queria poder dormir com YueYue, acordar com ele, beijá-lo e fazer daquele casamento o que sempre desejou, mas a vida não estava cooperando.

- Eu vou deitar, então. – teve seu braço tocado pelo mais novo, que o impediu de levantar. – Algum problema?

- Sim. Você e o YueYue se afogando em trabalho. – Ling Chao o encarou com a fúria de um filhote de gatinho, mas logo suavizou a expressão por ver que Mu Ziyang demonstrava chateação pelo motivo apresentado. – Olha, a Lunie teve uma ideia pra vocês terem, pelo menos, um tempinho juntos. Sabe, nem precisa acontecer a marca ou qualquer outra coisa que eu não vou querer detalhes. – ele frisou aquilo, o que fez Mu Ziyang rir. – Só, sabe... Vocês podendo se declarar de verdade, e terem um pouco de paz.

- E qual é essa ideia? – aceitaria qualquer que fosse a loucura que o mais novo e sua namorada tivessem inventado, porque realmente precisavam daquilo.

- O YueYue vai participar de uma votação agora cedo, do outro lado do clã. Depois disso vamos pra casa do Zhangjing e do Yanjun, porque eles adotaram um bebê. – ele sorriu, já imaginando o quão fofinha era a criança. A mãe era parente de Yanjun e, infelizmente, não tinha sobrevivido ao parto, mesmo sendo atendida pelos melhores profissionais.  Mas o importante era que a criança não ficou desamparada. – Fique aqui, descanse e depois prepare a sala de jantar com flores, velas, essas coisas românticas que o YueYue lê nos livros, sabe? Eu vou fazer ele voltar sozinho e o resto é por sua conta. Que tal?

Era uma ideia incrível. Mu Ziyang concordou e sorriu, Ling Chao merecia o melhor dos presentes por ser tão prestativo.

- Ontem eu fiz ele dormir cedo, pra poder não voltar pra casa cansado demais. Ah, e já pedi pra mandarem um jantar completo por volta das 18h. Então você só vai precisar arrumar o resto. Consegue? – Ling Chao provocou o cunhado e recebeu um soco leve no braço.

- É lógico que consigo! – Mu Ziyang soou indignado. – YueYue vai ter o melhor jantar da vida dele, e a melhor noite de sexo também. – ele riu muito quando o mais novo tampou os ouvidos.

- Eu disse que não quero detalhes. Some daqui, seu irritante!

E Mu Ziyang o deixou sozinho, indo em direção ao próprio quarto, mas com um sentimento de calma em seu coração que não tinha há alguns dias.

Finalmente poderia estar com YueYue. Só esperava que o marido quisesse aquilo tanto quanto ele.

 

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Finalmente toda aquela loucura parecia estar terminando. Quando YueYue entrou em casa naquele começo de noite de sábado, sentiu até o coração mais leve de todas as preocupações com as quais tivera que lidar até ali.

Era lógico que ainda tinha bastante a ser feito, mas suas horas intermináveis de trabalho tinham lhe garantido ao menos uma maior organização de sua rotina a partir da semana seguinte, e poderia até se dar ao luxo de realmente descansar no dia seguinte.

Pena que, ao que tudo indicava, Mu Ziyang não poderia lhe acompanhar naquela folga.

A casa estava silenciosa quando atravessou o corredor em direção ao seu quarto, então imaginou estar sozinho com os empregados – apesar de ter visto só os homens que protegiam a o local quando chegou. Decidiu que deveria tomar um banho relaxante e, depois, tentar contato com Mu Ziyang, para saber o que o tirara de casa naquela noite.

Estava preocupado com o marido, principalmente depois de ver o quão cansado ele chegara naquela manhã.

Quando estava dentro da banheira bonita que adornava o banheiro, YueYue se permitiu fechar os olhos e sentir que a água tirava dele toda a tensão, todas as dores e todo o cansaço daqueles dias infernais.

Não era fácil presenciar uma execução, não era fácil saber que tantos humanos viviam como ele um dia viveu (ou de um jeito ainda menos digno), não era fácil encarar a desconfiança dos outros a respeito de seu casamento. Mas ele conseguira passar por tudo e estava disposto a deixar todas as inquietações e pensamentos ruins irem embora com a água daquela banheira, quando terminasse.

Talvez dormisse aquela noite e o outro dia inteiro antes de voltar a se preocupar com qualquer outra coisa.

Mas seus planos mudaram quando finalmente deixou o banheiro, vestindo um roupão de Mu Ziyang e secando os cabelos com uma toalha. Sobre sua cama, mais precisamente em cima de um de seus travesseiros, estava um bilhete bonito e com uma letra caprichada, ladeado de uma flor que YueYue não lembrava o nome, mas que tinha certeza pertencer  ao jardim de Ling Chao. Além disso, um de seus trajes sociais estava sobre a cama, o que o fez franzir o cenho, sem entender o que estava acontecendo.

Decidiu que seria inteligente ler o bilhete para, quem sabe clarear a sua percepção.

“YueYue,

Pode parecer um tanto repentino, mas gostaria de te convidar para um encontro essa noite.

Estou te esperando na sala de jantar, mas não tenho pressa. Leve o tempo que precisar para se arrumar.

Mu Ziyang

P.S: Separei a roupa que estava usando quando me dei conta que estava apaixonado por você. Espero que não se incomode.”

YueYue sentiu o coração se aquecer com aquilo, e sorriu, não se demorando para colocar a roupa escolhida pelo outro e pentear os cabelos rapidamente antes de deixar o quarto e ir até onde encontraria o marido.

Só conseguia se sentir nas nuvens cada vez que as palavras do bilhete lhe voltavam à mente.

Mu Ziyang se lembrava do que vestia quando se apaixonara, enquanto YueYue, cego por um sentimento falso naquele tempo, nem conseguia precisar quando foi que se deu conta que o amava.

Às vezes se pegava duvidando se realmente merecia o marido, mas preferia esconder aquilo no fundo de sua mente.

- Oi... – Mu Ziyang o recebeu na entrada do cômodo, lhe oferecendo a mão, para que fosse conduzido até a mesa grande e com uma decoração romântica e harmônica. – Aceita jantar comigo? – o sussurro atingiu o ouvido de YueYue, quando era ajudado com o casaco pesado, que era parte de sua roupa.

A sala de jantar estava bem quente, não precisava dele, mas não duvidava que tê-lo colocado junto às demais peças de roupa fora uma desculpa para aquele momento.

Não que estivesse reclamando. Ter os lábios de Mu Ziyang tocando levemente sua pele, enquanto ele estava atrás de si fez YueYue suspirar.

- Aceito sim. – respondeu, um pouco afetado. – Você preparou tudo isso sozinho? – tentou trazer sua mente de volta ao que acontecia ali. Sentou-se na cadeira que foi puxada para ele e viu Mu Ziyang fazer o mesmo na que estava em sua frente.

- Eu tive ajuda. – assumiu, sem nenhum constrangimento. – Mas eu que fiz a decoração. – ele sorriu de um jeito tão contente por seu próprio trabalho, que YueYue não conseguiu se conter, a não ser sorrir também.

E Mu Ziyang tinha mesmo que ficar orgulhoso, já que cada pequeno detalhe da decoração fazia YueYue se sentir em um dos seus vários livros de romance.

As velas, as flores, a música suave que se espalhava pelo ambiente...

- Está perfeito.  – YueYue não pôde deixar de elogiar, vendo os olhos bonitos brilharem com suas palavras. – Está perfeito, como você e tudo o que você faz. – ele concluiu o elogio e abaixou a cabeça para esconder que ficara um tanto sem graça. Era a primeira vez que falava sobre seus sentimentos sem estar com medo de morrer.

Percebendo que YueYue não estava pronto para prolongar aquele assunto no momento, Mu Ziyang mudou o tópico e passou a servi-los e abordar uma conversa tranquila sobre o tempo de descanso que teriam no dia seguinte, sobre o bebê de Zhangjing e Yanjun, e qualquer outro contexto que não os englobasse diretamente.

Eles teriam a noite toda para falar sobre o que sentiam. Não precisavam de pressa.

 

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Se no começo do jantar os dois estavam um pouco travados, o mesmo não poderia ser dito sobre como as coisas se desenrolaram depois.

Quando a sobremesa foi servida, Mu Ziyang já não ocupava mais o lugar na frente de YueYue, preferindo passar para a cadeira ao seu lado, para que pudessem dividir feito de chocolate e sorvete. Eles estavam mais tranquilos, mais próximos, e ele se sentia a criatura mais sortuda do mundo por poder tocar os lábios alheios com os dedos, mesmo que fosse apenas com a desculpa de limpar um resquício imaginário de doce dali.

YueYue se sentia mais tranquilo também. Era como se aquela distância forçada nunca tivesse existido, ou seu constrangimento inicial. Mu Ziyang fazia tudo parecer tão natural.

- Eu amo você. – as palavras escaparam de YueYue antes que pudesse se conter. Não queria se conter, na verdade. Aquele era o momento certo e, finalmente, a pessoa certa. O sorriso que adornou os lábios grossos de Mu Ziyang já seria a resposta que precisava, mas ele não se fez de rogado, se aproximando de YueYue o tanto que podia, até que suas bocas se encostassem levemente.

- Eu também amo você. – a voz rouca e usada em um sussurro fez YueYue agradecer por estar sentado, pois não confiaria em suas pernas.

Aquilo foi o suficiente para que YueYue se inclinasse para beijar de verdade o marido. Primeiro em um encostar de lábios castos, mas que logo evoluiu para um beijo profundo e intenso. Uma boca explorava a outra, enquanto as mãos se agarravam nos tecidos das roupas e nos fios de cabelo, mas não com fúria ou furor, mas com uma força precisa.

YueYue não saberia dizer como acabou sentado no colo de Mu Ziyang, mas, mais uma vez, estava longe de reclamar.

Os dois estavam ofegantes e envoltos em uma bolha de sensações novas, principalmente para YueYue, que podia sentir o quanto aquele pequeno contato tinha afetado o marido. Era inexperiente, mas sabia que um beijo não tinha todo aquele poder, a não ser que o desejo já existisse há muito tempo.

Sentiu Mu Ziyang esconder o rosto em seu pescoço e tentar acalmar a respiração, e aquilo o confundiu.

- O que foi? – queria entender. Tinham ficado tempo demais sem diálogo e aprendeu, às duras penas, que aquilo era precioso em um relacionamento.

- Não quero que pense que eu fiz tudo isso só porque quero sexo com você. – a resposta veio soprada na pele de seu pescoço, depois de uns segundos de silêncio. – Eu sou louco por você, mas não me importo de esperar até que esteja pronto.

YueYue acariciou os cabelos alheios até  que Mu Ziyang levantasse a cabeça para olhá-lo.

- Na nossa primeira noite de casados você me prometeu que nada iria acontecer entre nós sem que eu estivesse de acordo, lembra? – ele recebeu um aceno de concordância como resposta. – Eu quero você. Quero que o nosso casamento seja real.

- Eu não quero que se sinta pressionado. – Mu Ziyang acariciou o rosto bonito com delicadeza, mas recebeu um riso como resposta.

- Parece que eu tô me sentindo pressionado? – perguntou, em tom de pilheria, enquanto apontava para si mesmo, sentado em uma posição bem comprometedora no colo do outro. Sem esperar uma resposta, ele se inclinou até estar com os lábios rentes à orelha alheia e sussurrou. – Eu quero isso, de verdade. Por favor...

Aquele pedido acabou com todo o autocontrole de Mu Ziyang, que jogou para o alto todas as desculpas que poderia dar para esperarem, enquanto puxava YueYue para outro beijo, dessa vez bem mais voluptuoso que o anterior.

 

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YueYue sentiu suas costas tocando o colchão com cuidado, enquanto ainda era beijado de forma afoita e desejosa por Mu Ziyang. Não saberia dizer como tinham chegado ao quarto, já que os amassos que deram pelo caminho nublaram sua mente, mas também não se importava muito. Estava se sentindo tão bem.

As mãos que passeavam por seu corpo o faziam suspirar, e se sentia bem em poder fazer o mesmo com o marido, que não escondia o quanto estava excitado com toda a situação. Porém, mesmo envolto na aura de prazer, não conseguiu se sentir menos envergonhado quando as roupas começaram a ser tiradas de ambos os corpos.

Não sentia vergonha pela nudez em si, seu problema estava no fato de Mu Ziyang ser bonito e sexy, enquanto ele era apenas... ele. Contudo, não teve muito tempo para fazer alguma comparação boba que o tirasse a vontade de continuar, já que o marido fez questão de tirá-lo de órbita mais uma vez, descendo os lábios por sua pele com anseio, mordendo, lambendo e beijando cada parte de seu corpo, como se fosse a iguaria mais deliciosa que já provara.

Queria fazer o mesmo, mas se sentia tão embriagado por todas aquelas sensações, que apenas conseguia gemer alto e se segurar nos cabelos e ombros do outro, ou apertar os travesseiros e lençóis com força. Quando foi tomado pela boca experiente, pensou que se entregaria totalmente ao prazer, e afundou a cabeça no colchão, gemendo o nome de Mu Ziyang alto o bastante para que a casa inteira pudesse ouvir.

Sentiria vergonha daquilo mais tarde.

Mesmo achando que não duraria, YueYue conseguiu segurar seu prazer e até suspirou um pouco aliviado quando teve sua boca tomada pela do marido novamente. Não sabia de onde conseguira tanto auto controle, mas ele parecia se esgotar a cada segundo, ainda mais com a voz grossa e deliciosamente sedutora lhe fazendo elogios despudorados e o incentivando a tocá-lo também.

E YueYue o fez.

Estava ansioso e um pouco nervoso por sua falta de experiência, mas foi guiado por um Mu Ziyang paciente e que o fazia se sentir cada vez mais quente ao responder às suas carícias com gemidos deliciados. Queria dar a ele o mesmo prazer que estava sentindo, e perceber que estava conseguindo o deixava extasiado.

Assim como as preliminares, tudo o que veio em seguida também os levou até a borda. YueYue sentiu dor no começo, não podia negar, mas Mu Ziyang estava tão malditamente gostoso, suando e gemendo sobre si, que nem conseguiu se focar no desconforto. Um pequeno incômodo não era nada comparado a se sentir preenchido e estimulado com tanta perícia e vontade.

Os primeiros movimentos foram erráticos, testando o limite dos dois, mas logo pareciam entender como o outro gostava. Forte, lento, com toques intensos que marcavam as peles, com os dentes arranhando o pescoço e os ombros alheios.

Em pouco tempo o quarto era tomado pelos sons dos gemidos, sussurros, conversas indecente e um cheiro característico, que parecia deixá-los ainda mais excitados. Queriam estender aquele momento para sempre, mas seus corpos pediam mais.

Mais forte.

Mais rápido.

Quando estavam quase se entregando totalmente, seus olhos se cruzaram e nem precisaram falar nada para entender o que deveriam fazer.

A marca foi feita no momento em que os dois permitiram que o orgasmo os levassem à outro nível de prazer.

 

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- Isso é muito vergonhoso. – YueYue reclamava pela centésima vez. Não que Mu Ziyang estivesse contando. Estava mais interessado em abraçar o marido pelas costas enquanto caminhavam para comer alguma coisa.

Tinham passado boa parte da noite e da madrugada fazendo o melhor sexo de sua vida, e não ligava para o quão mal humorado YueYue estava desde que tinham decidido sair da cama.

- Eu não sei o porquê. Foi incrível. – ele respondeu, doce, beijando a marca que suas presas tinham deixado no pescoço alheio e vendo-o estremecer de leve em seus braços.

- Porque sim. Olha que coisa feia.

YueYue estava revoltado porque, ao contrário da marca em seu pescoço, uniforme, bonita e com dois pontinhos, a que fez no outro era esquisita. Em meio à toda a aura de prazer da noite anterior, esquecera completamente que ele não tinha duas presas, então Mu Ziyang só ostentava um único ponto avermelhado na região mordida.

Ele queria se esconder em um buraco e não deixar ninguém ver aquilo, mas a marca não parecia incomodar Mu Ziyang. Pelo contrário.

- Eu acho que ficou perfeita. – cantarolou, sentando-se à mesa, posta por uma das empregadas. Ele pegou a mão de YueYue e deixou um beijo casto ali. – Nossa noite toda foi perfeita.

E ele não estava mentindo. Sua experiência antes de se casar era bem vasta, se poderia chamar assim, mas nunca tinha sentido com nenhum outro (ou outra) tudo o que sentira com YueYue. Estava se sentindo o vampiro mais sortudo do mundo todo.

YueYue teve que concordar com a última afirmação também. Apesar de realmente achar aquela marca esquisita, sabia que não mudaria em nada os acontecimentos que levaram a ela. Nem acreditava que sua primeira vez tinha sido tão maravilhosa e com uma pessoa por quem antes poderia jurar que nunca teria nenhum sentimento.

Ele suspirou, feliz e completo, como nunca.

- Agora estamos ligados para sempre... – YueYue comentou, sorrindo de leve.

- Sim. Isso te assusta? – a pergunta o fez ponderar por alguns segundos.

- De verdade? Não. – respondeu, sincero. – A marca é só uma formalidade. Eu já estou ligado a você pra sempre pelo que eu sinto. – se inclinou e deixou um selinho demorado nos lábios de Mu Ziyang. – Eu te amo e não vou me arrepender nunca desse passo que demos em nossas vidas. – com um sorriso, parafraseou suas próprias palavras ditas no dia do casamento dos dois.

Mu Ziyang não resistiu e o puxou para um beijo mais profundo, se sentindo no céu por ter aceitado toda aquela loucura desde o início.

Aquele era o novo começo para eles. Sem mentiras, sem traições, sem trapaças.

E eles teriam toda a eternidade para recomeçar sempre que precisassem.

Mas sempre juntos. Porque o destino os tinha feito um para o outro, e para aquilo não existia discussão.

 

FIM


Notas Finais


Gostaram? Não? Me deixem saber ^^
O lemon finalmente rolou! Não como eu queria, porque o YueYue não deixou kkkkkkkkkk Mas o importante é que está aí ^^

Vejo vocês no epílogo *-*


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