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História A Nova Mãe - Lucy Clifford - A Misteriosa Caixa Musical


Escrita por: VanillaTales

Notas do Autor


Esse conto é bem antigo, e possui os modelos de contos para crianças da época. Precisamente, a Era Vitoriana, que aconteceu no século XIX. Leia atentamente, cada palavra. Prontos para ler essa história? Então, vamos lá.

Capítulo 1 - A Misteriosa Caixa Musical


Fanfic / Fanfiction A Nova Mãe - Lucy Clifford - A Misteriosa Caixa Musical

As meninas eram sempre chamadas Olhos Azuis e Glu-glu, e ganharam esses nomes da seguinte maneira. A mais velha parecia o pai, que estava muito longe no mar, e quando a mãe olhava para ela, sempre dizia: — Filha, você puxou os olhos de seu pai —, pois ele tinha os mais azuis dos olhos azuis, e pouco a pouco sua menininha veio a ser chamada desse jeito. A mais nova, certa vez, quando ainda era pouco mais que um bebê, chorou amargamente porque um peru que vivia perto da cabana e às vezes deambulava pela floresta desapareceu repentinamente no meio do inverno; e, para seu consolo, recebeu esse nome.

 

A mãe, Olhos Azuis, Glu-glu e o bebê viviam numa cabana isolada na orla da floresta. O bosque era tão próximo que o jardim dos fundos parecia fazer parte dele, e os altos abetos ficavam tão perto que seus grandes braços escuros se estendiam sobre o pequeno telhado de palha e, quando o luar incidia sobre eles, suas sombras retorcidas recobriam as paredes caiadas.

 

Era uma boa distância até a vila, quase dois quilômetros e meio. A mãe trabalhava duro e nem sempre tinha tempo para ir pessoalmente conferir se havia carta do pai no correio, de modo que, frequentemente, à tarde, ela mandava as crianças. Elas se orgulhavam de ir sozinhas e muitas vezes corriam metade do caminho até a agência do correio. Quando voltavam, cansadas da longa caminhada, a mãe estava sempre esperando e olhando por elas, o chá estava pronto e o bebê, rindo e brincando; e se por acaso houvesse uma carta vinda do mar, a alegria era completa. A cabana era muito aconchegante: as paredes eram brancas como a neve tanto dentro quanto fora e penduradas nelas ficavam a forma de bolo e a assadeira, a tampa de uma grande caçarola que se desgastara há mais tempo do que as crianças podiam lembrar e a espátula, todas polidas e reluzentes como prata. Num dos lados da lareira, acima do fole, ficava o almanaque; no outro, o relógio, que sempre batia a hora errada e estava sempre pedindo corda, mas que era um bom relógio, tinha uma figurinha na face e às vezes funcionava quase uma semana sem parar. Num dos cantos ficava a cadeirinha do bebê e noutro havia um guarda-louça pendurado bem alto na parede no qual a mãe mantinha todo tipo de surpresinha. As crianças sempre se indagavam como as coisas que saíam do guarda-louça haviam ido parar lá, pois raramente viam-na colocá-las nele.

 

— Filhas queridas — disse a mãe certa tarde no final do outono —, está muito frio para irem à vila, então devem andar depressa; e quem sabe não trazem para casa uma carta dizendo que o papai já está a caminho da Inglaterra?

 

Então Olhos Azuis e Glu-glu se apressaram e logo estavam prontas para sair. — Não demorem — disse a mãe, como sempre fazia antes de partirem. — Peguem o caminho mais curto e não olhem nem falem com desconhecidos.

 

— Não, mamãe — respondiam; em seguida ela as beijava e dizia que eram boas meninas e elas partiam sorridentes.

 

A vila estava mais alegre que o normal, pois uma feira havia acontecido no dia anterior e as pessoas que se divertiram juntas permaneciam nas ruas, como que relutantes de admitir o término do feriado.

 

— Queria que tivéssemos vindo ontem — disse Olhos Azuis a Glu-glu —; aí teríamos visto alguma coisa.

 

— Olhe ali — disse Glu-glu, e apontou para uma barraca de pão de gengibre; mas as crianças não tinham dinheiro.

 

No fim da rua, perto do Blue Lion, onde paravam os coches, um velho estava sentado no chão com as costas apoiadas na parede de uma casa e, junto dele, ostentando belas coleiras, havia dois cachorros. Eram evidentemente cachorros dançarinos, pensaram as crianças, e desejaram vê-los se apresentar, mas pareciam tão cansados quanto seu dono e permaneciam muito quietos a seu lado, parecendo não lhes restar um único abano nas respectivas caudas.

 

— Oh, queria mesmo que tivéssemos vindo ontem — repetiu Olhos Azuis enquanto se dirigiam à mercearia, que era também a agência do correio.

 

A agente postal estava muito ocupada pesando meias-libras de café e quando pôde atender as crianças, disse apenas: — Não há nada para vocês hoje — e voltou ao que estava fazendo. Então Olhos Azuis e Glu-glu deram meia-volta e foram para casa. Desceram lentamente a rua principal, passando novamente pelo homem com os cães. Um dos cachorros se levantara e estava sentado meio torto, com a cabeça muito inclinada para um lado, parecendo bastante melancólico e um tantinho ridículo; mas as crianças prosseguiram rumo à ponte e aos campos que conduziam à floresta.

 

Haviam deixado a vila e caminhado um pouco quando, logo antes de alcançar a ponte, perceberam, encostado numa pilha de pedras à beira da estrada, um vulto estranho. De início pensaram tratar-se de alguém dormindo, depois acharam que era uma pobre mulher doente e faminta, em seguida viram que era uma estranha menina de aparência desvairada e muito infeliz e tiveram certeza de que havia algo errado. Então foram e olharam para ela, e pensaram em perguntar se podiam ajudar de alguma maneira, pois eram meninas gentis e que se preocupavam com os problemas dos outros.

 

A garota tinha cerca de quinze anos e aparentava ser alta. Vestia roupas muito esfarrapadas. Cobria-lhe os ombros um velho xale marrom rasgado na ponta que lhe pendia do meio das costas. Não usava chapéu, e um velho lenço amarelo que amarrara na cabeça havia caído para trás e estava todo embolado no pescoço. Seu cabelo era preto como carvão e estava despenteado e solto, de qualquer maneira. Não era muito longo, mas era muito lustroso, e parecia combinar com os olhos negros e reluzentes e a pele cheia de sardas. Usava grosseiras meias cinza e botas grossas e gastas que evidentemente esquecera de amarrar. Tinha alguma coisa escondida sob o xale, mas as crianças não sabiam o quê. Pensaram de início ser um bebê, mas quando ela, ao vê-las chegando, colocou-a cuidadosamente embaixo de si e sentou em cima, acharam estar enganadas. Permaneceu sentada, vendo as crianças se aproximarem, e não se moveu nem piscou até estarem a um metro de distância; daí secou o rosto, como se antes chorasse amargamente, e ergueu os olhos.

 

As crianças ficaram imóveis um instante, encarando-a e pensando no que fazer.

 

— Está chorando? — perguntaram, tímidas.

 

Para sua surpresa, ela, num tom de voz muito animado, respondeu: — Minha nossa, não! Muito pelo contrário. E vocês?

 

Acharam um tanto rude essa resposta, pois seria óbvio para qualquer um que não estavam chorando. Sentiram-se meio decididas a ir embora; mas a garota as olhava tão intensamente com seus grandes olhos negros que não quiseram partir sem dizer alguma coisa mais.

 

— Está perdida, talvez? — disseram gentilmente.

 

Mas de pronto a garota respondeu: — Certamente não. Ora, vocês acabam de me encontrar. Além disso — acrescentou —, eu moro na vila.

 

Nisso as crianças se surpreenderam, pois nunca antes a haviam visto e pensavam conhecer todo mundo na vila.

 

— Vamos sempre à vila — disseram, pensando que isso poderia interessá-la.

 

— Pois é — ela respondeu. Foi só; e novamente ficaram pensando no que fazer.

 

Então Glu-glu, dona de uma mente inquisitiva, fez uma boa e direta pergunta: — No que você está sentada?

 

— Em um peribaque — respondeu a garota, ainda num tom de voz muito animado, o que deixou cismadas as crianças, pois ela parecia um tanto fria e desconfortável.

 

— O que é um peribaque? — perguntaram.

 

— Fico surpresa que não saibam — respondeu a garota. — A maioria das pessoas de bom nível tem um. — Em seguida o puxou e mostrou a elas. Era um instrumento curioso, de formato bem parecido ao de um violão; tinha três cordas, mas apenas duas cavilhas com que afiná-las. A terceira corda nunca era afinada, o que aumentava o efeito singular produzido pela música da garota da vila. Ainda assim, curiosamente, não se tocava o peribaque tangendo-lhe as cordas, mas girando uma pequena manivela habilmente disfarçada num dos lados.

 

Mas o estranho no peribaque não era a música que produzia, nem as cordas, tampouco a manivela, mas uma pequena caixa de formato quadrado presa a um dos lados. A caixa tinha uma tampinha chata do tipo que é acionada por mola. Foi tudo que as crianças conseguiram distinguir a princípio. Estavam muito ansiosas para ver dentro da caixa ou saber o que continha, mas acharam que pareceria curiosidade se o dissessem.

 

— É realmente uma beleza, é um peribaque — disse a garota, olhando para o instrumento e falando de forma quase carinhosa.

 

— Onde você o conseguiu? — perguntaram as crianças.

 

— Eu comprei — respondeu a garota.

 

— E não é caro? — perguntaram.

 

— Sim — respondeu lentamente a garota, balançando a cabeça —, é um bocado caro. Eu sou muito rica — acrescentou.

 

E essa afirmação as crianças acharam particularmente notável, pois não supunham que gente rica vestisse roupas velhas ou andasse por aí sem chapéu. Ela podia ao menos ter feito o cabelo, pensaram; mas acharam melhor não falar.

 

— Você não parece rica — disseram lentamente e no tom de voz mais educado possível.

 

— Talvez não — respondeu alegremente a garota.

 

Nisso as crianças reuniram coragem e se atreveram a comentar: — Você parece um tanto desalinhada — preferiram não dizer maltrapilha.

 

— É mesmo? — disse a garota, como quem ouve uma afirmação ao mesmo tempo agradável e surpreendente. — Um pouco de desalinho é muito respeitável — acrescentou, satisfeita. — Preciso contar isso a eles — prosseguiu. E as crianças se indagaram o que quereria dizer. Ela abriu a caixa ao lado do peribaque e disse, como se falasse com alguém que pudesse ouvi-la: — Elas dizem que eu pareço um tanto desalinhada; que sorte, não é?

 

— Ora, você não está falando com ninguém! — disseram, mais surpresas que nunca.

 

— Minha nossa, sim! Estou falando com eles dois.

 

— Eles dois? — disseram, desconfiadas.

 

— Sim. Tenho aqui um homenzinho vestido de camponês que usa um chapéu de aba larga enfeitado com uma grande pluma e uma mulher igualmente pequenina vestindo uma anágua vermelha e com um lenço branco cobrindo-lhe o busto. Eu os coloco na tampa da caixa e, quando toco, eles dançam lindamente. O homenzinho acena com o chapéu e a mulherzinha ergue um pouquinho a anágua de um lado enquanto manda um beijo com a outra mão.

 

— Oh! Mostre-nos; deixe-nos ver! — clamaram as crianças ao mesmo tempo.

 

Mas a garota da vila se limitou a fitá-las, duvidosa.

 

— Deixá-las ver! — falou lentamente. — Bem, não sei se posso. Digam-me, vocês são boazinhas?

 

— Sim, sim — responderam, ansiosas —, somos muito boazinhas.

 

— Então, não será possível — respondeu ela, fechando resolutamente a tampa da caixa.

 

Olharam-na, perplexas.

 

— Mas nós somos boas — clamaram, pensando que ela tivesse entendido errado. — Somos muito boazinhas. Mamãe sempre diz que somos.

 

— Foi o que disseram — falou a garota num tom decidido.

 

Mas as crianças ainda não entendiam.

 

— Então não vai nos mostrar o homenzinho e a mulherzinha? — perguntaram.

 

— Minha nossa, não! — respondeu a garota. — Apenas crianças malcomportadas podem vê-los.

 

— Apenas crianças malcomportadas! — exclamaram.

 

— Sim, crianças malcomportadas — respondeu ela —; e quanto pior a criança, melhor dançam o homem e a mulher.

 

Colocou o peribaque cuidadosamente sob a capa esfarrapada e se preparou para ir embora.

 

— Francamente, não teria acreditado que fossem boazinhas — disse ela em tom de reprimenda, como se tivessem confessado um crime grave. — Bem, tenham um bom dia.

 

— Oh, mostre-nos o homenzinho e a mulherzinha — gemeram.

 

— Claro que não. Bom dia — falou novamente.

 

— Oh, mas seremos malcomportadas — disseram, desesperadas.

 

— Receio que não consigam — respondeu, sacudindo a cabeça. — É preciso um bocado de talento, especialmente para ser malcomportado. Bem, bom dia — disse pela terceira vez. — Talvez nos vejamos amanhã na vila.

 

E partiu rapidamente, deixando as crianças com os olhos cheios de lágrimas e o coração dolorido de decepção.

 

— Se ao menos tivéssemos sido malcomportadas — disseram —, teríamos visto eles dançarem; teríamos visto a mulherzinha erguendo a anágua vermelha e o homenzinho acenando com o chapéu. Oh, como faremos para que ela nos deixe vê-los?

 

— E se — disse Glu-glu — tentássemos ser malcomportadas hoje? Talvez ela nos deixasse vê-los amanhã.

 

— Mas, oh! — disse Olhos Azuis. — Eu não sei ser malcomportada; ninguém nunca me ensinou.

 

Glu-glu ficou alguns minutos pensando em silêncio.

 

— Acho que posso ser malcomportada se tentar — falou. — Tentarei logo mais.

 

Olhos Azuis explodiu em lágrimas.

 

— Oh, não seja malcomportada sem mim! — exclamou. — Seria tão rude de sua parte. Sabe que eu quero ver o homenzinho e a mulherzinha tanto quanto você. Você é muito, muito rude — e soluçou amargamente.

 

E dessa forma, brigando e chorando, chegaram em casa.

 

Agora, quando a mãe as viu, ficou muito surpresa e, temendo terem se machucado, correu a seu encontro.

 

— Oh, minhas crianças, minhas queridas, queridas crianças — falou —; o que aconteceu?

 

Mas não ousavam contar à mãe a respeito da garota da vila e do pequenino casal, então responderam: — Nada aconteceu; nada, nadinha aconteceu — e choraram ainda mais.

 

— Mas por que estão chorando? — perguntou a mãe, surpresa.

 

— Nada nos proíbe de chorar se quisermos — soluçaram. — Gostamos muito de chorar.

 

— Pobres crianças! — disse a mãe a si mesma. — Estão cansadas, e talvez estejam com fome; vão se sentir melhor depois do chá. — Voltou para a cabana e atiçou o fogo até seu reflexo dançar nos utensílios nas paredes; colocou a chaleira para ferver, pôs a mesa do chá, abriu a janela para deixar entrar o doce ar fresco e fez tudo parecer alegre. Em seguida, foi ao pequeno guarda-louça pendurado bem alto na parede, pegou um pouco de pão e colocou na mesa; depois, carinhosamente, falou: — Queridas meninas, venham tomar seu chá; está tudo prontinho para vocês. E vejam, o bebê está despertando de seu sono; vamos colocá-la na cadeirinha e ela vai fazer festinha enquanto comemos.

 

Mas as crianças não responderam à mãe; permaneceram junto à janela e não disseram nada.

 

— Venham, crianças — disse a mãe novamente. — Venha, Olhos Azuis; venha, minha Glu-glu; tem pão doce para acompanhar o chá.

 

Então Olhos Azuis e Glu-glu se voltaram e quando viram o pão fofo, crocante e moreninho, e as xícaras lado a lado e a jarra de leite, tudo esperando por elas, foram sentar à mesa e se sentiram um pouco mais felizes; e a mãe acabou não sentando o bebê na cadeirinha, colocou-a nos joelhos e brincou com ela, cantou trechinhos de canção, riu e pareceu contente, e pensou no pai, distante no mar, imaginando o que diria a todas elas quando voltasse para casa. Mas quando ergueu de repente a vista, percebeu que os olhos de Glu-glu estavam cheios de lágrimas.

 

— Glu-glu! — exclamou. — Minha querida Glu-gluzinha! Qual o problema? Venha com a mamãe, meu amor; venha com sua mãe — e, colocando o bebê no tapete, estendeu os braços abertos; Glu-glu levantou e correu até ela.

 

— Oh, mamãe — soluçou ela —, oh, mamãezinha! Eu quero tanto ser malcomportada.

 

— Filha querida! — exclamou a mãe.

 

— Sim, mamãe — soluçou a criança mais e mais amargamente. — Eu quero tanto ser muito, muito malcomportada.

 

Então Olhos Azuis também levantou da cadeira e, esfregando o rosto no ombro da mãe, fungou, triste:

 

— Eu também, mamãe. Oh, eu daria tudo para ser muito, muito malcomportada.

 

— Mas, filhas queridas — disse a mãe, perplexa —, por que vocês querem tanto ser malcomportadas?

 

— Porque sim; oh, o que vamos fazer? — clamaram ao mesmo tempo.

 

— Eu ficaria muito zangada se vocês fossem malcomportadas. Mas não farão isso, porque vocês me amam — respondeu a mãe.

 

— Por que não seríamos malcomportadas por amar você? — perguntaram.

 

— Porque me deixaria triste; e se vocês me amam, não vão querer me deixar triste.

 

— Por que não? — perguntaram.

 

A mãe pensou um pouco antes de responder; e quando respondeu, elas quase não entenderam, talvez porque ela falasse mais para si do que para elas.

 

— Porque quando se ama a sério — disse ela gentilmente —, esse amor é mais forte que todos os sentimentos ruins na pessoa e capaz de derrotá-los. E é isso que comprova se o amor é verdadeiro ou falso: crueldade e malícia não têm poder sobre ele.

 

— Não entendemos o que disse — clamaram —; nós a amamos; mas queremos ser malcomportadas.

 

— Então eu saberia que vocês não me amam — disse a mãe.

 

— E o que você faria? — perguntou Olhos Azuis.

 

— Não sei dizer. Eu tentaria corrigi-las.

 

— E se não conseguisse? Se fôssemos muito, muito, muito malcomportadas e não nos corrigíssemos, o que você faria?

 

— Então — disse a mãe, triste; e enquanto falava, seus olhos se encheram de lágrimas e ela quase engasgou — , então eu teria que deixar vocês, e teria de mandar para casa uma nova mãe, com olhos de vidro e rabo de madeira.

 

— Você não faria isso — clamaram.

 

— Sim, eu faria — respondeu ela em voz baixa —; mas me deixaria muito triste, e eu só o faria se vocês se comportassem muito, muito mal e eu fosse obrigada.

 

— Não seremos malcomportadas — clamaram —; seremos boazinhas. Detestaríamos uma nova mãe; não queremos ela aqui — e abraçaram a mãe e a beijaram carinhosamente.

 

Mas quando foram para a cama, soluçaram amargamente, pois lembraram do homenzinho e da mulherzinha e almejaram mais do que nunca vê-los; mas como poderiam deixar sua mãe ir embora e uma nova mãe tomar seu lugar?


Notas Finais


A tradução não é feita por parte minha, apenas estou repostando pelo bom trabalho de um usuário do Tumblr. Creditos:
https://librinsomnium.tumblr.com/post/188689465368/a-nova-m%C3%A3e


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