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História A Nova Peaky Blinders - Reunião


Escrita por: majuzika35_

Notas do Autor


Pessoas se a escrita não tiver boa só falar! Tô vendo que tem ate shipp uai.

Capítulo 4 - Reunião


Fanfic / Fanfiction A Nova Peaky Blinders - Reunião

Narrador

Thomas e Katherine ficaram até tarde da noite bebendo e conversando, isso possibilitou que Tommy a conhecesse melhor. Ele percebeu também que ela é uma pessoa na qual poderia confiar, por mais que fosse irmã de Alfie estaria a postos pela Shelby Co. Katherine não era o tipo de mulher que se deve desperdiçar em um escritório, ela tinha vários atributos que a possibilitava trabalhar com os rapazes fazendo o trabalho sujo e é disso que ela gosta. Para Tommy se ela fosse homem fecharia com chave de ouro, não por não gostar de mulheres trabalhando nas ruas, mas por homens serem mais fácil de controlar do que mulheres.

Depois de saírem do pub cambaleando pelo efeito da bebida os dois foram para a casa de apostas onde Katherine ficaria hospedada. Thomas resolveu acompanhá-la até lá, mas depois fora embora para seus aposentos.


Na casa Katherine vasculha a construção a procura da cozinha, ela percebe que é uma casa bem grande, porém com o negócio embutido no andar de baixo. Na cozinha ela prepara um copo de água com mel e se senta na mesa ascendendo um cigarro, de novo se pega em um devaneio, o que lhe espera amanhã. Ela sempre gosta de pensar sobre o que faria em seu dia, mas aqui tudo é uma surpresa.

Depois de acabar sua água com mel ela subiu para o quarto e nem se lembra de deitar na cama, apenas apagou de roupa e tudo.

Katherine

Abro os olhos após perceber a claridade invadir o quarto, nossa parece que levei uma paulada na cabeça. A luz está cortando meus olhos, coloco a mão no rosto para o proteger. Depois de fazer um pouco de esforço para me levantar já abri o zíper do vestido o deixando no chão e indo na direção do banheiro preparar um banho gelado para curar a ressaca.

Escuto vozes vindas do andar de baixo e me apresso no banho. Depois de escolher minha roupa (uma camisa preta de botões e uma saia azul marinho até os joelhos), visto meu coldre por cima da camisa e coloco um sobretudo cinza escuro, essa cidade é muito fria. Estava pronta prestes a sair do quarto quando escuto alguém bate na porta.

–Pode entrar.

Ao ouvir a resposta um rapaz mais novo abre a porta, ele usava o típico corte dos Peaky Blinders, logo havia percebido esse detalhe. Sorri com a presença do garoto que me contemplava encantado.

–Thomas disse que q-uer- que você participe da reunião.- ele gaguejou.- Todos estão lá embaixo esperando.

–Tudo bem.- assenti e fui até o garoto.- Vou descer.- passei por ele.

Descendo a escada com o garoto me acompanhando, apareço entre o arco da porta que separava o escritório de apostas e o hall de entrada. Todos os olhares ali se voltaram para mim, das pessoas que estavam presentes, umas oito, eu conhecia apenas Arthur e Thomas. Vou até eles e Thomas balança a cabeça em forma de cumprimento, o garoto fecha a porta atrás de nós, deixando o ambiente mais privado.

Me encostei na parede e encaro todos, não sei como funcionam essas reuniões.

De repente John abre a porta e Polly entra logo em seguida um pouco nervosa e apressada passando por todos.

–Espero que tenha um bom motivo para atrapalhar minhas férias.- ela disse indo até a mesa que estava ali colocando sua bolsa sobre ela.

–Cadê o garoto?- Arthur pergunta.

–Na sala dos fundos. Só trouxe ele aqui por que depois vamos ao museu.

Jonh estava vindo atrás de Polly e logo se pronuncia.

–Ele queria entrar e falar com a gente...

–Cala a boca Jonh.- Polly ordena o encarando.- Nada nessa sala é do interesse do Michael.

Ah... então a Polly é mãe do Michael... Interessante, ela não gosta que ele participe dos negócios da família. Observo toda a cena então Polly me encara, agora que ela percebeu minha presença. Ela não diz nada só da um leve sorriso e fita Thomas.

–Tommy, começa logo.

Ele apaga o cigarro que estava fumando no cinzeiro, coloca as mãos no bolso da calça e começa a falar.

–Ontem à noite, um dos nossos homens foi morto na prisão de Winson Creem. Hoje de manhã recebi um telegrama dizendo que foi ordem do Sabini.

Típico do Sabini...

–E o telegrama dizia que Tommy Shelby é o próximo.- Arthur diz rasgando um papel (que provavelmente era o tal telegrama) encarando Polly que estava com um olhar preocupado.

–Se nossos homens pensarem que não cuidamos deles na prisão, não vão trabalhar pra gente. O Sabini sabe disso.- Thomas falava sem alterar o timbre da voz que se mantinha sempre calmo.- Precisamos resolver esse assunto.

Ele certamente passava confiança para todos, não se deixava abalar por nada ocorrido, mesmo sendo ameaçado de morte não ficou nervoso.

–Scudboat, vá até la com alguém e quebrem algumas janelas pra serem presos. Vão te colocar na prisão, descubra quem matou nosso menino.- Thomas se dirigiu a um homem que estava atrás de Polly.

–Em vez de quebrar uma janela, podemos roubar um carro?- o tal de Scudboat pergunta e algumas risadas abafadas (inclusive a minha) saem com seu comentário.- O que foi? Todo mundo andando de carro. Eu ainda ando de burrico.- ele continua um pouco indignado se explicando e todos riram de novo.

Polly tensiona a mandíbula rolando os olhos, ela estava nervosa com a enrolação do assunto.

–Tanto faz... Só precisam ser presos não importa como. E parem de ficar rindo, um rapaz morreu.- Thomas ordenou e todos pararam .- Era só um garoto. Vamos fazer um fundo para a família dele, Polly.

–Combinado.- ela responde paciente e encara todos.- Então.- ela levantou os braços indo até a mesa para pegar sua bolsa.- Era só isso? Já posso ir?

–Como nossa tesoureira.- seu sobrinho a interrompe.- Preciso da sua permissão pra gastar mil guinéus.

Ela para soltando a bolsa e novamente encarando Thomas.

–Com o que?

–Com um cavalo.

Os dois ficam em silêncio por alguns segundos.

–Mil guinéus em um cavalo?- Polly pergunta e Thomas pisca os olhos lentamente concordando com a cabeça.

–Isso mesmo.

Ele respondeu e Polly cruzou os braços se virando para nós.

–Quando vocês decidiram isso?- ela passou os olhos em todos.

Thomas de trás da mesa responde como sempre indiferente.

–Enquanto você estava ocupada com o Michael.

–Aí meu Deus.- ela revira os olhos.- Na ausência de alguém com juízo, vocês ficam inventando moda.

–Polly, tem uma égua puro sangue, um quarto árabe que vai ser leiloada no Doncaster Booldstock.- ele continua.

–O que faremos com uma égua de mil guinéus?- Thomas suspira e explica à sua tia.

–Quando dermos o golpe nas pistas de corrida do Sabini, todos os homens que colocarmos no time de agentes de apostas serão presos pela polícia do Sabini. Um bom cavalo de corrida é um passaporte para o time dos proprietários. Não é Katherine?- Thomas me pergunta, já que a ideia foi minha.

Respiro fundo antes de me pronunciar, molho os lábios e encaro Polly.

–Vamos estar com os ricos...- suspirei.- Os policiais não saberão o que fazer.

–Na corrida da Epsom Derby, Polly.- Jonh se pronuncia.- Vamos beber com o maldito rei!- ele exclama em um sorriso com a voz calorosa.

–A Derby!- Polly gritou.- Ele disse derby?- todos desviaram os olhares dela, eles parecem ter medo e respeito por ela. Thomas suspira e a confronta.

–Isso mesmo.- ele pigarreou.- Nos últimos dez anos o Sabini controlou as corridas. Se quisermos derrubar esse homem a Derby vai ser um símbolo.

Thomas e eu havíamos discutido sobre isso na noite anterior no pub, o ajudei com algumas ideias e ele criou o plano na sua cabeça... Deve ter contado para os irmãos hoje de manhã.

–Você por acaso teve essa ideia em um pub Tommy?!- ela pergunta negando com a cabeça.

Realmente a ideia surgiu em um pub... encaro Polly e me arrisco dirigir a palavra para ela.

–Polly?- a chamei e ela assentiu com a cabeça para que continuasse o que eu tinha a dizer.- Um bom cavalo de corrida é um investimento, como uma propriedade.- ela me encara começando a entender o que havia sido proposto.

–Katherine tem razão.- Thomas continua minha fala.- Precisamos diversificar nosso portfólio...

Arthur serve uma bebida para ele enquanto escutava tudo.

–Quando é o leilão?- ela pergunta.

–Amanhã.

Enquanto falavam sobre Thomas ser jurado de morte e do por que ele precisa ir acompanhado ao leilão a porta atrás de nós se abre lentamente, era Michael escutando tudo.

–Então vão fechar a casa de apostas, viajar, gastar mil guinéus em uma égua quem nem é totalmente árabe.

Michael entra na sala ainda sem Polly o perceber, mas quando ele vai para o lado de John a feição dela cai na hora. Os homens observam o garoto que havia entrado curiosos.

–Eu disse para você trancar aquela porta.- ela se dirigi a Jonh então Michael o encara.

–Ele trancou, usei a chave que estava pendurada. Olha...- ele começa a gesticular com a mão.- Eu estava ouvindo e quero ir com eles.

–Está vendo?- Polly diz brava batendo as mãos na coxa encarando Thomas.

–Posso até ajudar, amo cavalos.

–Só por cima do meu cadáver!

A discussão de mãe e filho não acabou bem para Michael, claro. Os rapazes até tentaram negociar com a tia, mas ela se manteve firme na ordem. Depois da reunião Thomas pediu para que eu Arthur e John ficássemos, ele estava ainda atrás da mesa e nós três em pé de frente para ele.

–Vocês dois levem a Katherine para conhecer a cidade e mostrar os negócios.- ele apontou para os irmãos.

–Vamos lá princesinha!- Arthur coloca a mão no meu ombro me guiando até a porta.

–Podem ir.- Thomas diz.

Saímos nos três juntos para fora da casa de apostas, como está de dia pude ver a cidade com mais clareza. Não que tenha muito sol aqui, o céu está sempre nublado e cinza por causa da fumaça das indústrias; as paredes das casas são escuras por conta da fuligem. As fábricas estão em montes, funcionando a todo vapor.

–Então o que vocês fazem o dia inteiro?- olhei para os dois tirando um cigarro da carteira parando no meio fio.

–Bebemos e mantemos a cidade em ordem.- Arthur disse andando pelas ruas.

Jonh para ao meu lado colocando o palito na boca.

–Não tão em ordem assim...-coloquei o cigarro entre os dentes e dou um sorriso o encarando, também não sou boa em deixar as coisas em ordem.-.Vamos levar ela para os canais Arthur!- ele grita com irmão que está um pouco a frente.

–Vão indo na frente! Preciso falar uma coisa com o Finn.- respondeu e continuou caminhando.- Me encontrem no pub depois!

Jonh e eu seguimos no lado oposto, ele estava me levando para conhecer as docas e o armazém, diz também que havia alguns estábulos lá.

–Então você entende de corridas?- ele me pergunta enquanto andamos, aliás Jonh anda de uma maneira despojada, jogando os braços parecendo ser o dono do pedaço.

–É... Eu entendo um pouco, tive um potro campeão do tríplice coroa.- contei me gabando um pouco.

Ele arqueou as sobrancelhas e fez um biquinho mostrando que estava impressionado, sorri com sua careta.

–Tommy contou que você tinha dado a ideia de comprar um cavalo... Você pensa como um homem de negócios.

–Vou levar isso como um elogio.- franzi o senho o encarando.

Depois de caminhar mais um pouco chegamos a um armazém que fica na beira de um canal, está a todo vapor com homens trabalhando pra cá e pra lá.

–É aqui que fazemos as exportações.- Jonh me explica enquanto analiso o lugar.- Legais e ilegais.- diz tragando o charuto.

Dois homens vieram em nossa direção, um velho com um cigarro e boina e um mais gordinho todo engraçado, são rostos familiares... Eles estavam na reunião hoje mais cedo.

–Ei Jonh!- o mais velho disse chegando até nós.- Trouxe a moça para conhecer os negócios.- previu me encarando.- Ah.. Não fomos apresentados hoje, meu nome é Charlie.- estendeu a mão para mim então a pego e ele deposita um beijo.

–Eu sou Curly!- o gordinho diz acenando sorridente.

–É um prazer, meu nome é Katherine...

–Disseram que você espancou um homem até a morte ontem no Garrison.- Charlie diz soltando a fumaça do cigarro.

–Ela briga melhor que homens.- Jonh diz arqueando as sobrancelhas um pouco impressionado.

–Bom... É verdade, mas então.- disse observando os homens carregarem os barcos com caixas.- Essas caixas são de whisky?- Charlie encara as caixas e logo responde.

–Sim... Vão ser mandadas até Londres e depois para a América.


Depois de darmos uma volta pelas docas e os armazéns consegui captar a essência do negócio deles; roubos, contrabandos e apostas. Estávamos agora eu e Curly
nos estábulos vendo os cavalos, paramos na baia de um cavalo que me chamou atenção. Um puro sangue castanho escuro.


–Como esse se chama?- disse acariciando o pescoço do cavalo.


–Troyanos.- Curly respondeu animado.- Esse é o favorito do Arthur

.
–Ele tem bom gosto.- dei de ombros analisando a morfologia do cavalo.


– Katherine.- Jonh me chamou na entrada do estábulo.- Vamos para o Garrison, vamos discutir sobre o leilão de amanhã.



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