História A nova vida de uma pequena shinigami - Bebida e amigos sempre rendem boas risadas

Em pouco tempo a pequena capitã já havia se "acalmado" em meio a situação em que se encontrava. Era uma situação hilária afinal de contas, o que ela poderia fazer naquela hora se não dar risada?

O fato era que quando Kyouraku Shunsui e Ukitake Juushirou se juntavam sempre boas memórias ficavam registradas. Se não fosse por conta dos dois sempre contarem boas histórias da época em que eram jovens, era algo daquele tipo, onde boas risadas eram sempre garantidas.

 Mas ainda assim, sem dúvidas o episódio daquela noite era algo a ser colocado em um nível diferente. Poderia até dizer que aquela cena só acreditaria que era verdadeira quem a visse com os próprios olhos.

Após Harumi ter pedido pro garçom retirar as bebidas da mesa os três aguardaram até que algum tempo se passasse. Nesse período, ambos os "amigos" ainda persistiam em falar "insultos" sem sentido um pro outro, obviamente por conta do álcool. 

Harumi duvidava muito que eles se lembrariam de tal pérola quando recobrassem a sanidade.

Ainda assim, quando ela viu que ambos já estavam em "condições" de saírem de forma civilizada, ela os tirou do interior do restaurante após pagar a conta, que aliás não tinha sido nada barata, mas isso não tinha importância pra ela. Harumi não era uma pessoa presa a dinheiro.

Ela pensou por alguns segundos o que faria a partir dali. Poderia facilmente levar Kyouraku pro 8° esquadrão e depois seguir com o marido pra casa, mas pensou consigo mesma se aquilo seria uma boa ideia. Não considerava o que tinha acontecido sua culpa, mas ainda assim conhecia bem a personalidade e opinião da astuta Nanao Ise a respeito daquelas situações.

O que fazer então?

Após alguns segundos em que a capitã os acompanhava em uma caminhada, ela teve que se render. Apesar de não querer incomodar a tenente também não seria uma boa ideia levar Shunsui pra própria casa. 

Já que o marido não estava em condições de buscar a filha no dia seguinte ela mesma teria que fazer aquilo, e trazer a menina pra casa e ainda assim correr o risco dela notar vestígios de bebida era algo que ela como mãe não faria.

Nanao teria que entender.

Após tomar sua decisão, a pequena capitã seguiu com os veteranos de Sereitei em direção ao 8° esquadrão. Durante o percurso ela já notava vestígios de que ambos já voltavam ao normal, já que tanto Juushirou quanto Shunsui reclamavam de uma forte dor de cabeça.

(Êê, ressaca!)

Como era de se esperar, a tenente da 8° divisão se encontrava imersa em uma pilha de documentos. Certamente seu capitão havia dado uma escapulida das próprias obrigações, por isso ela se encontrava ali naquele dia e naquela hora da noite.

*Toc Toc Toc*

Harumi havia batido na porta enquanto segurava um braço de cada capitão. Era cômico como ela parecia minúscula perto dos dois. Se ela que já era baixinha, parecia ainda menor perto de Ukitake que tinha 1,87, quem diria agora que além do marido, também estava segurando outro com quase 2 metros de altura?  Ela tinha que rir mesmo. 

~

Nanao deixou o que estava fazendo pra ir atender a porta. Se perguntou quem seria aquela hora da noite, mas logo sentiu as reiatsus que estavam do outro lado.

Assim que abriu a porta, ela ficou um pouco sem acreditar na cena que estava a sua frente. Já era de se esperar que seu capitão voltasse cambaleando pro bantai, mas o que aquelas outras duas pessoas estavam fazendo ali? E mais, por quê aquele capitão que era conhecido justamente por ser controlado estava do mesmo jeito que o seu superior?

Harumi: Nanao san... - Falou ela sem graça, enquanto permanecia amparando os dois.

Nanao: Harumi taichou! O que foi que aconteceu?! - Disse ela já indo amparar Kyouraku.

A pequena capitã não sabia nem por onde começar.

Harumi: Então... - Ela alternava o olhar entre o marido, Shunsui e a própria Nanao. - Eu meio que presenciei algo raro essa noite...

Nanao: É impressão minha ou o Ukitake taichou também está... - Ela achava até indelicadeza falar aquela palavra a respeito dele.

Harumi: Ele estava pior, acredite em mim. - Ela riu enquanto olhava pro semblante do grisalho. - Mas agora eu não tenho muito tempo, tenho que levar ele pra casa... Você pode ficar com o Kyouraku san?

Ela olhou pro semblante do capitão que já havia desabado sobre uma cadeira.

Nanao: Acho que não me resta outra opção não é?...

Harumi: Gomen... eu nunca pensei que eles fossem chegar a isso..  - Ela suspirou. -  O Kyouraku san chegou de surpresa onde o Shiro e eu estávamos, e quando eu dei por mim eles já estavam assim...

Nanao: A-ah Harumi taichou eu sei que não foi sua culpa! Não se culpe por favor! Eu que peço desculpas pelo Kyouraku taichou ter lhe dado tanto trabalho!

Harumi: Não não, não foi nada... Mas cuide dele hoje, sim? Eu tenho que levar esse aqui pra casa e amanhã cedo ainda vou ter que ir buscar a minha pestinha...

Nanao: E com quem ficou a Aya chan? 

Harumi: Com os meus bons samaritanos, Hisagi e a Matsumoto san.

A tenente suprimiu uma risada.

Nanao: Sem dúvidas outra boa dupla... Bem, não vou mais tomar o seu tempo, não se preocupe que nesse aqui eu dou um jeito.

Harumi: Arigatou... Até breve, Nanao san.

E após aquilo ela guiou o grisalho até em casa.

(...)

Assim que chegou, a primeira coisa que Harumi se prontificou a fazer foi dar um remédio pra evitar a ressaca do marido. Ukitake nem teve tempo de reclamar, quando deu por si já estava de banho tomado, roupa trocada e deitado na cama.

Ukitake: "Mas quando foi que ela...?" - Mas antes que ele pensasse em ir procurá-la, sentiu novamente uma dor intensa invadir sua cabeça. - "Ah... ela nunca vai me perdoar..."

Já eram 4 da manhã.

O dia seguinte prometia.

                                          Continua