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História A nova vida de uma pequena shinigami - Quem brinca com fogo sempre sai queimado


Escrita por: AyaHinami

Capítulo 155 - Quem brinca com fogo sempre sai queimado


Fanfic / Fanfiction A nova vida de uma pequena shinigami - Quem brinca com fogo sempre sai queimado


Harumi nunca havia sentido uma raiva tão grande em toda a sua vida, nem mesmo no dia que fora vítima do sequestro. Suportaria tudo que fosse feito contra ela, como veio suportando por toda a sua vida, mas quando o assunto se tratava da sua única filha, a situação mudava drasticamente de figura.


Harumi: Foi ela... eu sabia! Eu senti que ela estava diferente quando apareceu na minha casa essa semana... Até hoje essa droga de intuição nunca falha! - Ela havia cerrado fortemente os punhos, e nisso os três olharam pra ela sem entender direito o que estava acontecendo. 

Quer dizer... nem todos. Ukitake até o momento não havia suspeitado que tal imprevisto havia sido causado por culpa da empregada, mas agora que a verdade estava exposta pra quem quisesse ver, tudo parecia "óbvio" demais.

Como ele não percebeu antes? 

Talvez o coração bondoso do platinado capitão o impedisse de ver a real intenção de algumas pessoas. Talvez também não tivesse sido um exagero ele ter ficado de "olho" em Yoko depois daquele fatídico dia em sua casa.

Será que ela havia feito tal coisa pra se vingar por ter sido dispensada por ele? Ou por simplesmente ter raiva da família que ele havia construído?

Ele ainda não tinha a resposta pra tal incógnita, mas pra uma coisa ele tinha absoluta certeza: Aquela parte dos seus "segredos" que ele ainda escondia de Harumi, teria que ser revelada o quanto antes. Antes que a geniosa capitã descobrisse que ele ainda tinha "algo a esconder".

Juushirou no entanto saiu dos seus intensos devaneios quando a conversa naquele consultório voltou a acontecer.

Unohana: O quê? Essa pessoa que você se refere não é a babá da Hinami? Está dizendo que foi ela que a envenenou?... Isso é algo muito grave Harumi san... - Ela fitava a pequena capitã com a expressão misteriosa de sempre, mas percebeu que naquela hora Harumi não estava "acusando em vão."

Hisagi: ...A Yoko? - O tenente também não entendia. Não era "íntimo" da empregada nem coisa parecida, mas se fosse julgar pelas aparências, diria que ela não tinha o jeito de "uma pessoa má". Se o que a sua capitã estava dizendo fosse mesmo verdade, aquilo seria um grande "tapa na cara" de todo mundo que a conhecia.

Harumi: Só pode ter sido ela! Eu não fiz aquele suco, e ela insistiu pra fazer o lanche da Hinami mesmo depois de eu ter recusado! Ela até mesmo entrou na minha casa depois que eu disse que não precisava dela lá! - Ela fitou Unohana. - Ela deve ter posto alguma coisa no suco quando eu estava com a Hinami no quarto! Só pode ter sido nessa hora! Se isso parece um absurdo pra vocês, imaginem pra mim que convivi com essa mulher desde o dia do meu casamento! - Ela havia perdido a calma.

Unohana: O que tem a dizer sobre isso Ukitake san? Também acha que foi ela? - Disse agora direcionando o olhar pra onde ele estava.

O grisalho por sua vez se mantinha pensativo, mas ao ver a expressão furiosa na face da esposa, ele sabia que não podia esperar mais. Tinha que falar, e teria que ser naquele momento.

Ukitake: Será que vocês poderiam nos deixar a sós? Eu preciso conversar com a Kosuri em particular. - Ele olhou pra esposa com um olhar sério, e tanto ela como o tenente e a 4° capitã, ficaram com uma pulga ainda maior atrás da orelha.

Unohana: Claro, parece que tem algo grande envolvido. Vamos tenente Hisagi? 

Hisagi: Hai...

Os dois saíram do consultório, e assim que Harumi ouviu o som da porta sendo fechada logo o questionou:




Harumi: O que está acontecendo? Você sabe de algo que eu ainda não sei? - Ela o encarou. - O calo que essa mulher pisou agora foi ainda maior do que o que eu achei que você tinha pisado. - Alertou.

O grisalho encarou os próprios pés, e em seguida tomou coragem pra finalmente encará-la de volta.

Ukitake: Kosuri... a verdade é que eu ainda tenho uma coisa pra te contar.

Ela olhou no fundo dos olhos dele, e logo uma enorme insegurança novamente a invadiu.

Harumi: O quê?

Ukitake: Lembra quando você me disse ontem que achava que eu tinha mandado uma indireta pra você através da Yoko? Então... tem uma coisa séria por trás disso que eu ainda não te disse...

Harumi: Que coisa Juushirou? Quer dizer que essa mulher estava mesmo agindo por trás dos panos e eu era a única que não sabia?

Ukitake: Não é bem assim. É claro que eu também não fazia ideia de que todo esse transtorno com a Hinami tinha sido por culpa da Yoko, e não pense que eu não estou bravo com isso assim como você, é claro que estou. Talvez até mais, considerando que fui eu que a contratei e que a dei um voto de confiança. Mas o que eu quero dizer é que agora que isso foi esclarecido eu liguei alguns fatos e acho que entendi o porquê dela ter feito isso. - Ela apenas continuava o encarando séria. - A verdade é que... durante esses dias que nós estivemos separados... - Ele respirou fundo. - A Yoko deu em cima de mim. - Falou de uma vez.

Se até agora Harumi havia perdido a calma por conta do que havia acontecido a filha, agora ela nem sabia mais o que pensar. 


Aquela mulher estava querendo testar até onde ia sua paciência? Ou simplesmente gostava de brincar com fogo? Será que não tinha medo das consequências? Ou simplesmente as estava procurando?

A questão é que naquele momento a capitã estava tão alterada que bastou ouvir mais aquela bomba pra sentir uma tontura a invadir. Não era possível que mais aquilo tinha acontecido sem ela saber... E como assim ele não tinha lhe contado antes?

Harumi sentiu a cabeça girar, e por via das dúvidas se sentou em uma cadeira.

O capitão, assim que viu o que estava acontecendo se aproximou dela e pôs a mão em seu ombro, onde continuou a falar.

Ukitake: Acho que está na hora de abrir o jogo totalmente com você, ou melhor, já passei da hora de fazer isso. Agora eu quero que você apenas me ouça, está bem?

Ela permanecia com a cabeça baixa, tentando fazer com que aquele mal estar passasse. Respondeu apenas assentindo com a cabeça, mas permaneceu fitando o chão.

Ukitake: No domingo que você não estava em casa, a Yoko estava comigo na cozinha quando eu ouvi o som de um prato sendo quebrado. Por instinto me virei e vi que ela havia cortado a mão, logo também improvisei um papel pra conter o sangue, e em seguida ela perguntou se eu tinha aprendido isso com você, e eu respondi que não, que era uma das minhas obrigações saber aquilo. Nisso eu já comecei a estranhar porque ela não parava de colocar você no meio da conversa, e isso começou a me incomodar. Logo após isso eu a mandei ir embora, e ela veio com uma conversa de que precisava "me agradecer" por eu ter estancado o ferimento. De cara eu disse que não precisava e nem nada do tipo, e foi aí que de repente ela pulou no meu pescoço e tentou roubar um beijo meu... Acredite Kosuri, eu não perdi tempo em afastá-la, logo também indaguei que exigia respeito por ser casado com você, mas antes que eu pudesse colocá-la de casa pra fora ela disse umas coisas aleatórias de que sempre gostou de mim e que... - Ele fez uma pausa. - ...Se teria uma chance comigo caso nós dois nos separássemos um dia. Eu a cortei em todas as insinuações, dizendo que eu respeitava você, a mulher que estava ao meu lado. Nisso ela veio com umas ironias baixas, perguntando se o que eu estava dizendo era mesmo verdade, por quê então você não estava comigo naquela hora? Eu não respondi, mas acho que com isso ela se deu conta que algo entre nós dois havia acontecido. Eu fiz uma pequena ameaça pra que ela não abrisse a boca sobre o que havia tentado fazer, e pelo que estou vendo ao menos isso ela cumpriu. Ela saiu de lá frustrada comigo, acho que por isso ela fez o que fez com a Hinami... pra se vingar de mim por ter lhe dado um fora, e também de você, por... bem, você sabe...

A pequena capitã sentia a cabeça girar. Era muita informação pra absorver de uma vez...

Primeiro a suspeita de estar sendo traída, depois a desconfiança com a empregada, e quando ela enfim pensava ter resolvido seus problemas, a filha adoece seriamente do nada e logo em seguida ela descobre que a mesma havia sido envenenada e que a responsável por tal coisa era a mesma pessoa que ela estava desconfiada e que ainda por cima deu em cima do seu marido? E que ainda estava fazendo tudo isso pra se vingar dos dois por algo que eles nem tinham culpa?

Mas que diabos era isso? Um castigo? Um complô? Uma maldição?

Era hora de pôr um freio em tudo isso... Ou melhor: Um basta. Era hora de se recompôr e mostrar quem era "a mulher" da história. 

Harumi: É um pesadelo... só pode ser um pesadelo... Parece que todas as peças se encaixaram... Eu nunca me senti tão enganada em toda a minha vida...

O capitão ao ouvir aquilo se abaixou na altura dela, a forçando a olhá-lo nos olhos.

Ukitake: Eu não sei de onde ela tirou isso, mas você sabe que não precisa se preocupar, eu nunca te trocaria por ninguém, por favor não coloque mais paranóias na sua cabeça. Eu só estou te falando isso pra que depois não aconteça o mesmo e você fique sabendo por outra pessoa que não seja por mim... Eu te amo, muito, e sempre vou amar... Agora nós temos que resolver essa situação juntos, porquê ela mexeu com a pessoa mais inocente nessa história... - Ele sentiu que ela havia respirado fundo. - Você confia em mim?

Ela levantou o olhar, mas ao contrário da primeira vez, o ódio que neles estavam estampados não era mais direcionado a ele. 

Harumi: Eu não vou mais discutir com você sobre isso, nós já resolvemos nossas desavenças, eu vou manter o meu voto de confiança de novo, porquê dessa vez a situação é diferente, o meu assunto agora é com ela. Mas ainda assim... eu só queria saber... O que ela tem contra mim? O que eu fiz pra ela ter descontado logo na minha filha?...

Ukitake: É uma pessoa frustrada, isso que ela é. Não sei como ela foi se iludir comigo, já que eu nunca dei aberturas pra isso, mas ainda assim me incomoda muito o modo como ela planejou isso sem que nós dois pudéssemos fazer nada pra impedir... - Ele desviou o olhar pro lado.

Harumi: Pois é... antes tivesse sido eu que tivesse tomado aquela droga, mas teve que ser logo a Hinami... Você sabe o que eu seria capaz de fazer se tivesse acontecido o pior, não sabe?

Ukitake: Hai, eu sei bem, e eu ainda te ajudaria. - Respondeu sério.

Harumi: Felizmente eu conhecia os meios e consegui socorrê-la, mas isso não significa que ela vai ficar impune. Ela mexeu com a pessoa errada. 

Ela havia ficado em pé e já seguia em direção a porta, e o grisalho por sua vez já sentiu um mal pressentimento.

Ukitake: Ei! Pra onde você vai?!

Mas já era tarde, antes que ele pudesse fazer algo, Harumi já havia saído corredor à fora.

                                                 Continua


Notas Finais


Parece que alguém vai se dar mal...

Agradeço por todos os comentários e favoritos! 😙


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