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História A Oitava Sombra - O Despertar - Capitulo Dois - Ilusões?


Escrita por: Do7_Colorida

Notas do Autor


Durante esses dias que se decorreram desde minha ultima postagem acabei escrevendo bastante e estou com vários capitulos prontos, mas também decidi que terei dias para postar, sendo assim, tentarei postar novos capitulos as quartas e sextas, ou terças e quintas. Ainda estou com duvidas.
Boa leitura!
Xoxo. :*

Capítulo 3 - Capitulo Dois - Ilusões?


━ Vai ser incrível acampar! ━ Uma das garotas pronunciou mais agitada do que nunca. Passava da meia noite, o toque de recolher ecoara já havia algumas horas, porém a animação estava impregnada em cada uma das alunas, que encontravam-se demasiadamente ansiosas para o dia seguinte, onde finalmente iriam deixar o território do convento para se aventurarem em um acampamento.

 

━ Vamos caçar! Isso vai ser incrível!━ Outra sessão de gritinhos histéricos, Vyolet rolou os olhos. Estava cansada, o dia não havia sido nada produtivo, passara cada hora presa no grande salão sendo obrigada a polir cada um dos imensos bancos da igreja. “Passa a cera, passa o pano seco. Passa a cera, passa o pano seco…” As instruções repetiam-se incansavelmente no subconsciente da morena, chegando a ponto de deixa-la mais irritada. A conversa não parecia que teria fim tão cedo, o sono começava a se aproximar cada vez mais da jovem, deixando-a cada vez mais mal humorada.

 

━ Se querem mesmo acampar e ter energia para fazerem esse bando de merda que estão dizendo, deveriam ir dormir para recuperar as que perderam se chupando, bando vacas idiotas! ━ Apesar da menina ter mantido seu tom de voz baixo a raiva que o embebia o fez espalhar-se com rapidez por todo o dormitório, assustando todas as tagarelas e fazendo com que corressem para suas respectivas camas. E mesmo que não fossem dormir naquele momento, elas se aquietariam.



 

Amanheceu, o outono dava seus sinais. A brisa fria adentrou brutalmente assim que as grandes portas do dormitório foram abertas da mesma forma. Ouviu-se o som dos passos da madre, que olhava atentamente para cada uma das garotas que dormiam calmamente em suas camas, algumas cobertas outras não. ━ Acordem! As selecionadas para o acampamento devem estar prontas em trinta minutos e irem para o portão principal.

 

Um gemido baixo rompeu os lábios pálidos da jovem Fox, o rosto amassado moveu-se no travesseiro. Ela virou-se uma, duas, três vezes ao todo, até perceber que realmente precisava levantar-se. Os olhos abriram-se lentamente, as íris esverdeadas tranquilas, claras, transmitindo até mesmo uma certa paz. A expressão do rosto da jovem transformou-se completamente, quando ela deparou com a enorme mulher a sua frente. ━ Quanto a você, srta. Fox, passe em minha sala antes de se juntar as outras. ━ A garota rolou os olhos, ordens aquela hora da manhã? Só podia ser um pesadelo, ou estava prestes a se tornar um.

 

Ignorando propositalmente a presença da superior, a menina jogou os lençóis ao chão quando deixou sua cama. Os dedos entrelaçaram-se nas alças da pequena bolsa que repousava na comoda ao lado, jogando esta sobre o ombro ela deixou o dormitório arrastando os pés.

 

Apesar de terem sido apenas doze meninas selecionadas para o dito acampamento, dentre elas Vyolet, o banheiro já assemelhava-se a uma sauna. É compreensível que a temperatura quente da água possa ser relaxante, mas exagerar de forma a causar uma pequena neblina que estendia-se pelo vestiário era ridículo. Parada em frente ao armário a morena tentava limpar o pequeno espelho, os lábios moviam-se em um ritmo leve, ouvia-se o baixo murmurar de uma canção pouco conhecida. Finalmente conseguindo livrar-se do embaçado da superfície ela recuou apenas um passo, o suficiente para envolver as mãos na barra da longa camiseta do pijama e retira-la.

 

O tecido correu suavemente pela pele da jovem, até ser jogado sobre o banco. Os fios negros rebeldes foram apanhados, as mãos mexiam-se com habilidade para poder prende-los em um coque desajeitado. ━ Vyolet… Vyolet… ━ A voz ecoou pelo vestiário, baixa, rouca, assustadora. A palida menina levantou a cabeça, assim que seu olhar cruzou com seu reflexo ela pode ver ao longe em meio a toda nevoa causada pelos banhos quentes algo. Alguém. Um ser esguio trajando um longo capuz negro capaz de esconder toda sua face, exceto o brilho vermelho dos olhos.

 

━ Vyolet… Vyolet… ━ Ela girou em seu próprio calcanhar, a respiração perdendo o compasso e acelerando conforme seu coração batia mais depressa. ━ Olivia, se for você, vou te encher de porrada o suficiente para que tenham que te mandar direto para o IML! ━ Ela berrou na tentativa de espantar quem quer que fosse, mas acima disso, na tentativa de parecer mais durona do que sua expressão assustada apresentava.

 

Então ele começou a se aproximar, a nevoa o seguia lentamente. O olhar preso no rosto e tronco desnudo da jovem. Cada vez mais perto. O coração parecia querer explodir, a tensão no lugar tornava-se palpável, e se alguém ali fosse capaz de sentir o cheiro de medo, ele poderia nomea-lo facilmente como Vyolet Fox. Ainda mais próximo. As mãos da jovem fecharam-se em punhos, os dentes superiores trataram de prender o lábio inferior. Tremedeiras suaves começaram a se espalhar pelo corpo belo da menina que recuou até que sua cabeça se chocasse contra a porta de metal do armário. Ele a alcançara.

 

O braço esquerdo elevou-se, o tecido da capa negra recolheu-se revelando longos e esqueléticos dedos. As unhas grandes e sujas assustavam, tudo assustava. Ela engoliu em seco, fechou os olhos acreditando que quando os abrisse estaria de volta a sua cama longe daquele pesadelo, mas não aconteceu. As pálpebras elevaram-se e ela ainda estava no vestiário, o monstro oculto ainda estava tentando toca-la, e ele o fez.

 

Frio, áspero, medonho. Não havia outra descrição. Uma lagrima escorreu pelo rosto da garota, ela tremia cada vez mais intensamente até que o ardor atingiu sua bochecha, estavam cortando-a. ━ Fique calma, minha criança, só vou impedir que pegue o que é meu. E claro, leva-la para onde nunca devia ter saído… O inferno.━ A voz era suave, mas ameaçadora. Ela gritou, e no mesmo instante sentiu o ar a sua volta mudar, algo moveu-se ao seu lado e afastou o que quer que fosse que a estava ferindo.


A garota piscou diversas vezes seguidas, mas já não havia nada ali. Ela jurava que alguns segundos atrás, antes de piscar, ela pudera ver um outro misterioso ser encapuzado. Seria um sonho? Não poderia ser. Havia sido real, tudo real demais. Os dedos elevaram-se até tocarem o local onde o corte fora feito, sangrava. Ela gemeu, também doía. Confusa e frustada demais para entender qualquer coisa, Vyolet terminou de se despir e caminhou atordoada até o box pronta para receber um jato gelado de água.


Notas Finais


Palpites de quem seja o tal ser misterioso? xP


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