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História A Oração - Jeito de amar...


Escrita por: SofiaQuem

Capítulo 26 - Jeito de amar...


Fanfic / Fanfiction A Oração - Jeito de amar...

Eu fiquei sem reação. Ver Adam parado ao nosso lado com os olhos grandes e curiosos me fez quase ter um mini infarto. Adam era o tipo de cara fofoqueiro e se ele quisesse já poderia espalhar uma maldade na BBO. A sorte era que Thomas já conhecia o jeito dele e contornou a situação.

-Estamos comemorando uma campanha recente! Foi um sucesso! – Thomas disse empolgado
-Ah, wow! Parabéns! Todo mundo fala que vocês são mesmo uma dupla dinâmica! – Adam respondeu

Ele ainda estava desconfiado. Dava para ver na cara dele.

-Estávamos esperando um dos sócios, mas ele não veio, então eu e Anna comemoramos sozinhos, não é Anna? – Thomas disse
-Pois é! – foi o que consegui responder

Adam olhava para mim e para o meu decote, o que já estava incomodando. Thomas percebeu e jogou bem sujo.

-Anna, a que horas o Brian vem pegar você?

Quando Thomas fez a pergunta eu não entendí. Fiquei confusa.

-Brian? – Adam perguntou sem entender também
-Brian e Anna estão namorando… - respondeu Thomas

Naquele exato momento eu entendí a jogada dele.

-É, estamos… - completei
-Wow! Poxa! Foi por isso que ele saiu da BBO?
-Mais ou menos… - respondi sem graça

Adam ficou incomodado com a “novidade” e logo saiu de cena. Eu e Thomas jantamos em silêncio. A única coisa que ele disse foi.

-Te mandei uma mensagem agora…

Olhei meu celular rápidamente.

Mackenzie, Thomas: Depois daqui encontro você na sua casa, pode ser?

Baker, Anna: Ok.

Eu sabia que Thomas não queria falar nada comprometedor durante o jantar já que Adam estava por perto. Nós jantamos e saímos em seguida, cada um no seu carro. Cheguei em casa e Thomas chegou cinco minutos depois.

-Aquele imbecil! – resmungou
-Como ele é inconveniente! – reclamei
-Ele faz isso para pegar todos os detalhes e depois sair espalhando! – falou
-Fiquei impressionada com a sua capacidade de enganar, Thomas… - brinquei
-Se não fosse essa minha capacidade estaríamos sem emprego nas próximas semanas… - respondeu

Thomas ficou comigo naquela noite, mas muitas coisas ainda me incomodavam.

-Thomas, quero falar com você sobre nós…

Estávamos embaixo dos lençois, tinhamos acabado de transar deliciosamente, não era o momento, mas eu estava mesmo incomodada. Ele me olhava curioso.

-Eu não quero ser sua namorada. Não agora. Eu estou na melhor fase da minha vida profissionalmente e pessoalmente também. Não quero ir com muita sede ao pote, entende?

Ele abaixou o olhar. Ficou visivelmente triste.

-Tudo bem… eu entendo… - respondeu
-Mesmo? – perguntei
-Mesmo! – ele tentou sorrir
-Vamos com calma, até porque o nosso caso é escondido. Temos grandes coisas ainda para fazer na BBO… - expliquei
-Temos apenas um caso então? – ele perguntou sério

Olhei para ele e me aproximei ainda mais para beijar o seu pescoço. Com Thomas eu queria muito mais, mas eu não estava segura.

-Thomas, você não está gostando disso? Desse nosso relacionamento sem compromisso? Ficamos oito anos juntos, moramos juntos, então porque não viver isso agora? – perguntei
-Eu gosto Anna, claro que gosto! Porque com você eu gosto de qualquer coisa, mas eu não gosto dessa idéia sem compromisso total… - respondeu
-Porque não?
-Porque isso dá o direito de você sair com outros caras…

Comecei a rir.

-Se eu sair com outros caras você nem vai ficar sabendo…

Ele me olhou sério.

-Se for para você fazer isso, prefiro ficar solteiro de verdade! – ele disse
-Ah, ok então… fique a vontade! – falei bem séria

Ele se incomodou, se ajeitou mais nos lençois e disse:

-Não quero falar sobre isso. Vamos ficar do jeito que você quer ficar e pronto… - falou
-Eu não me sinto segura ok? Não me sinto! Não confio totalmente em você e não sei quanto tempo isso vai durar… - confessei
-Eu sei Anna…

Ele estava com os olhos marejados. Como eu não queria deixar um clima chato entre nós eu o abracei forte e ele retribuiu. O abraço no qual eu me sentia mais segura, hoje tras todas as incertezas do mundo.

**

Thomas foi para a casa dele e eu dormi sozinha naquela noite. Eu lutava uma briga interna comigo mesmo. Eu queria ele, ali, na minha cama e na minha vida todos os dias, mas ao mesmo tempo eu queria ele longe, para simplesmente não sofrer de novo.

Eu não sei onde esse nosso caso vai nos levar. Não sei o que ele teria que fazer para me fazer acreditar nesse amor. Ele passou oito anos da vida dele dizendo que me amava, todos os dias. Até mesmo um dia antes de descobrir o que eu descobri ele dizia que me amava. Ele só não me disse naquele maldito dia. Naquele dia, em particular, ele estava ocupado demais para lembrar disso… para lembrar de mim e de tudo o que vivemos.

Hoje, eu seria egoísta de querer que ele se dê mal na BBO. Seria injusto com ele e comigo. Eu nunca fui uma pessoa má, com pensamentos maus e nem pretendo ser. Eu nunca desejei mal a ele, mesmo depois de tudo. A vida se encarrega de dar o castigo que merecemos para qualquer deslize e eu acho que há dois anos Thomas vive esse castigo. Se ele realmente me ama, deve estar sofrendo.

Eu, Anna, só quero ser feliz. Hoje, nas minhas orações é a única coisa que peço, além de pedir que Deus me mostre se Thomas é mesmo o caminho certo. Eu quero saber se ele é o homem pelo qual eu me apaixonei e faria tudo por mim.

Talvez, se ele me amasse mesmo, teria dito a verdade ao Adam no restaurante. Teria jogado tudo no ventilador e assumido o seu amor por mim, aguentando todas as consequencias. Mas Thomas não é esse tipo de cara. Ele não se arrisca, ele não é corajoso. O jeito dele de amar é tímido. Ele não é o tipo de cara que me pediría em casamento de uma forma diferente. Ele é o tipo de cara que faria um jantar e me mostraría a aliança, sem mais delongas. Mas isso é o de menos, desde que fizesse. Eu respeito o jeito dele e o admiro por ser tão centrado, esforçado e trabalhador, mas dispenso a covardia nele no que diz respeito ao amor.

Eu esperei aquela aliança que ele nunca me deu por tanto tempo. Esperei ser dele por completo. Esperei ser uma Mackenzie… e isso nunca aconteceu. Hoje eu não sei se quero o sobrenome dele. Não sei se quero alguém que pense mais em trabalho do que em familia. Eu quero alguém por completo, não quero só alguém bom de cama. Eu quero mais. E definitivamente não sei se esse “mais” é com ele.


Notas Finais


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