História A Ordem do Prazer - Que tipo de coisa é você?

Mais ou menos um mês se passou e meus pais tiveram que ir embora. Meu pai parecia cansado e meio abatido, o que era estranho pois ele sempre foi muito ativo e animado, mas resolvi não me importaria com isso e aproveitei nosso último dia em família antes que eles viajassem. A despedida foi dolorosa, porém, necessária. Minha mãe chorou bastante, assim como minha irmã e eu. Meu pai sempre mostrando-se durão não chorou, mas víamos em seus olhos o quanto ele se abalou com a despedida.

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Estávamos Emma,  Zelena, Robin e eu em meu apartamento. Jogávamos poker sobre o tapete da sala em um clima até agradável. É claro que não dava pra deixar de notar muitas vezes o olhar fuzilante de Emma no Robin e vice-versa, mas fora isso tudo corria bem.

– Vamos sair? – disse minha irmã de repente.

– ‘Pra onde, Zel? – perguntei.

– Qualquer lugar. Ficar aqui só jogando não tem graça, Gina!

– The Roxy então? – sugeriu o Robin.

– Não, quero um lugar diferente. – disse minha irmã.

– Vamos no AuBar, é uma boate alternativa que a Lily vai sempre. – minha namorada se pronunciou.

– Perfeito.  Gina, chama o pessoal. E chama sua amiga lá do hospital também, a Ruby. – disse já se levantando. – Eu vou em casa me arrumar, vem Robin. – puxou meu amigo pelo braço, que se levantou sem jeito quase caindo, causando um riso disfarçado em Emma.

Assim que meu amigo e minha irmã saíram, Swan me pegou de surpresa, ficando sobre mim no tapete e segurando meus braços pelos meus pulsos acima da minha cabeça. Seu rosto bem próximo do meu permitia que eu sentisse sua respiração contra a minha pele.

–Amor, me solta! – pedi mas sem conseguir conter o riso.

– Só solto se me der um beijo. – disse sorrindo.

– Isso você não precisa nem pedir. – ergui meu rosto com um pouco de dificuldade e depositou um beijo delicado em seus lábios, que logo foi aprofundado por ela.

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Estávamos no carro de Emma, parados em frente a sua casa para que ela pudesse se trocar, já que as roupas que tinha em meu apartamento eram todas sociais demais.

Eu vestia uma saia colada azul escura um pouco acima do joelho junto com uma blusa de seda cinza de alcinha e calçava uma sandália preta de salto com detalhes em prata.

Zelena vestia um vestido tubinho verde escuro e calçava uma sandália de salto bege.

Robin não foi em casa então não trocou de roupa. Continuou com sua calça verde aspargo folgada, uma camisa pólo branca e calçava uma bota marrom de cano curto.

Emma voltou para o carro, sentando no banco do motorista, deixando todos ali um pouco surpresos com sua vestimenta um tanto quanto diferente do convencional. Ela vestia uma calça jeans azul, uma regata branca com uma jaqueta vermelha por cima e calçava uma bota marrom de cano longo.

– Sra. Swan, é você? – brincou minha irmã.

Minha namorada apenas deu de ombros sorrindo, deu-me um selinho rápido e deu a partida no carro.

Tenho que confessar que gostei bastante da forma como ela se vestiu.

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Quando chegamos no AuBar, meus amigos já nos esperavam na entrada.

Então entramos na boate juntos. O lugar estava bem cheio. A música eletrônica tocava alta e estava bastante animado.

– Área VIP. – Swan foi logo dizendo, e eu entendia seus motivos.

– Claro, porque todo mundo aqui é rico. – Robin ironizou.

– Tenho certeza que a Swan aqui paga 'pra gente. – disse Ruby, e a repreendi com o olhar no mesmo instante.

– Pago. – minha namorada disse seca.

– Não quero que você pague 'pra mim. – implicou meu amigo.

– Deixa disso, Robin. Você não vai querer ficar sozinho aqui em baixo, e aproveita que a Swan aí vai pagar 'pra gente. – Killian se pronunciou já subindo para a área VIP, então todos o acompanharam, inclusive o Robin, mesmo com a cara emburrada.

POV. Emma Swan.

Algum tempo depois Graham chegou e foi logo ficar junto com a Ruby. Zelena e o Sr. Hood dançavam juntos assim como Tinkerbell e seu namorado. O outro amigo da Regina, o Sr. Jones, já havia se perdido no meio da multidão, e eu e minha morena estávamos encostadas à grade da área VIP observando todo aquele pessoal animado agitando a pista de dança. Eu estava abraçando Regina por trás enquanto apenas balançávamos nossos corpos de um lado para o outro no ritmo da música.

Em dado momento, minha namorada junto com as outras garotas foram ao banheiro. Não me deixaram ir então com certeza iriam conversar.

Estava tudo muito bom até o tal do Hood vim até mim, ficando ao meu lado na grade. Fingi não me importar, mas sua presença era, com toda certeza, incômoda.

– Sabe, eu não entendo o que a Gina viu em você. – disse de repente, deixando-me com certa raiva.

Quem esse cara pensa que é?

– Não te interessa o que ela viu em mim, acho que você deveria ficar na sua. – resolvi não encará-lo.

– Não é querendo ser preconceituoso. –’mas já sendo.’ - Pensei. – Mas sei lá, você é mulher. Não acho que uma mulher consiga realmente satisfazer outra. – disse com uma voz extremamente irritante.

– Você me faz rir. – falei com um sorriso irônico.

– Tenho certeza que eu conseguiria satisfazer a Gina muito mais que você. – disse sínico.

– Por que você tem um pau entre as pernas? – arqueei a sobrancelha finalmente encarando-o e cruzei os braços.

– Com certeza. – respondeu com um ar superior que me fez rir. Além de preconceituoso é machista. Que tipo de melhor amigo minha morena foi arrumar?

– Dedos e língua fazem um excelente trabalho, talvez até melhor. – falei.

– Não mesmo! – pareceu ofendido.

– Não adianta ter um pau entre as pernas se não souber usá-lo. E eu sei usar o meu muito bem. – levei minha mão direita até entre minhas pernas e apertei o local de leve apenas para que ele percebesse sobre o que eu estava falando.

Seus olhos decaíram para onde minha mão estava e foi nítido o espanto em seu rosto.

– M-mas… é.. – se perdeu nas palavras fazendo-me rir. – Que tipo de coisa é você? – perguntou. Prendi a respiração no mesmo instante.

Ele tinha mesmo me chamado de “coisa”?

– É, eu não podia esperar outro tratamento vindo de você. – voltei meus olhos para a pista de dança. – Sou intersexual. Espero que eu não tenha que explicar o que é isso. – falei fria.

– Mas… mas isso é anormal, é… é antinatural. Isso é estranho, é uma aberração! – pronunciava as palavras com certo nojo e à medida que ele ia falando minha paciência ia se esgotando até não restar mais nada. Um ódio descomunal tomou conta de mim. As coisas que ele falava me remetia ao passado, aos meus traumas e tudo me fazia perder a cabeça. – Não entendo como a Gina tem coragem de ficar com você. – quando ele falou essa última frase foi a gota d’água para mim.

Quando dei por mim eu já estava com as duas mãos no pescoço daquele sujeito idiota, empurrando ele contra a grade da área VIP.

Eu não via mais nada, apenas a cara de desespero daquele desgraçado, suplicando que eu o soltasse, que eu o deixasse respirar. Mas aquilo era mais forte que eu, eu só queria machucá-lo, fazê-lo se arrepender do que tinha falado.

– Emma! – escutei a voz suave porém um tanto quanto desesperada da minha namorada. Mas sua voz parecia distante. – Amor, solta ele. – ela pedia, mas não surtia efeito em meu corpo.

Senti duas mãos me segurarem pelos braços, fazendo-me soltar o amiguinho da minha morena. Eu estava atordoada, não via nada além do Robin sentado no chão com as costas apoiadas na grade e minha Regi na minha frente, segurando meu rosto para que eu a encarasse.

– Amor, porque você fez isso? – me perguntou, mas eu não conseguia responder.

– Regina, o Sr. Hood.. Ele falou umas coisas bem ruins 'pra Emma. – ouvi a voz do meu irmão e só então percebi que era ele quem me segurava pelos braços.

– Emma, ei! Olha 'pra mim, já passou! – ela ainda segurava meu rosto. – O Robin não vai falar mais nada ruim 'pra você, seja lá o que ele tenha dito, eu prometo. – acariciou as maçãs do meu rosto sorrindo. – Pode soltar ela, Graham. – disse para o meu irmão e assim ele o fez. – Vem cá. – me puxou para um abraço que me reconfortou. Era o que eu mais precisava naquele momento, principalmente vindo da minha morena.

Ela me guiou para um dos sofás de couro branco que haviam alí, fazendo-me sentar nele e se sentando em meu colo, de frente para mim. Segurei em sua cintura e ela rodeou os braços em meu pescoço.

– Eu te amo, Regi. – falei com o rosto bem próximo ao seu.

– Eu também te amo, Emma. – falou e logo depois me beijou, um beijo lento e apaixonado, que me acalmou.

POV. Regina Mills.

Emma parecia ainda nervosa e inquieta, mas eu tentava acalmá-la. Ela segurava firme eu minha cintura enquanto me beijava e eu entendia sua atitude.

Eu não fazia ideia do que o Robin havia falado para a minha namorada, mas deveria ter sido algo bem pesado para que ela tenha ficado daquele jeito, e eu iria tirar satisfação depois.

Swan abraçou minha cintura, deixando nossos corpos mais colados e desceu os beijos por meu pescoço, arrepiando-me inteira. Eu sabia que meus amigos estavam ao nosso lado, inclusive o Robin, e podia imaginar que meu amigo não estava gostando nem um pouco daquela cena. E tinha certeza que Emma estava ciente que Robin nos olhava.

– Vamos 'pra casa, amor? –  dizia enquanto mordiscava meu maxilar. Suas mãos desciam para as minhas coxas, que estavam mais expostas já que a saia levantou um por conta da posição.

– M-mas você não quer se divertir um p-pouco mais aqui? – perguntei com a voz já falha por conta de suas carícias.

– Não. Eu quero você, Regi. – sussurrou no meu ouvido. – Vamos 'pra casa, amor. Eu sei que você me quer tanto quanto eu te quero. – como resistir a isso? E eu já sentia entre minhas pernas o quanto Emma estava excitada. – Deixa o pessoal aqui e vamos 'pra o seu apartamento, eu quero fazer amor com você pelo resto da noite. – as palavras da minha namorada causavam choques por todo meu corpo, se concentrando em meu ventre. Não tinha mais como resistir, então apenas me levantei e a puxei pelo braço, rapidamente ela me abraçou por trás, e eu sabia que era para esconder o volume em sua calça.

– Galera, a gente já vai embora. – falei alto para que meus amigos escutassem enquanto Emma me apertava contra sí, me provocando com sua boca em meu ombro.

Vi a cara de malícia da Ruby, pelo jeito ela entendeu exatamente o por quê de Emma e eu irmos embora.

– Mas já? Fiquem mais um pouco! – pediu minha irmã.

– A gente trabalhou bastante hoje, bom, ontem no caso. – ri. – Nós precisamos descansar um pouco. – menti.

– Aham, sei! – Ruby disse irônica fazendo todo mundo rir e entender a ironia.

– Bom, a gente já vai. – falou Emma. – Vocês se importam em ir para casa de táxi?

– Que nada, vai 'ta todo mundo bêbado mesmo. – minha irmã respondeu rindo.

Então fomos embora recebendo o olhar de reprovação do Robin, e aquilo já estava realmente me incomodando, por isso eu entendia a raiva de Emma.

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Assim que entramos no meu apartamento, Swan trancou a porta rapidamente e me colocou em seu colo. Rodeei sua cintura com as pernas e seu pescoço com os braços, puxando-a para um beijo cheio de desejo.

Emma me levou até a bancada da cozinha americana, sentando-me sobre o mármore gelado, derrubando algumas coisas que estavam em cima do mesmo. Não me importei nem um pouco com isso. Ela me beijava com vontade, um desejo sem igual.

Foi arrastando seus lábios pelo meu pescoço, fazendo-me gemer manhosa. Minhas mãos adentraram sua jaqueta e logo a tirei de seu corpo. Deixei meus dedos deslizarem por seus fortes braços enquanto sentia Swan beijar e morder do meu pescoço ao meu ombro enquanto suas mãos desensacavam minha blusa da saia e a tirava em um rápido movimento, deixando-me apenas com o sutiã tomara que caia de renda vermelho na parte superior do meu corpo.

Suas mãos desceram para a minha saia, abrindo o zíper lateral e tirando minha saia em um movimento rápido, posicionando-se entre minhas pernas novamente. Instintivamente puxei-a com minhas pernas para mais perto e Emma sorriu com o ato, tirando sua regata e ficando apenas com o top branco.

– Eu vou te mostrar como é realmente transar com uma mulher. – disse e depois me beijou, antes que eu pudesse ter qualquer reação ao que ela disse.

Fiquei sem entender o que ela quis dizer com aquilo, mas esqueci de tudo quando senti os lábios da minha namorada descerem novamente para o meu pescoço enquanto abria meu sutiã, o retirando em seguida. Então tirei seu top jogando-o em um lugar qualquer.

Emma desceu os beijos para os meus seios, se deliciando com ele como queria. Mordia e lambia os bicos, deixava chupões em minha pele e aquilo, com certeza, deixaria marcas.

Minhas mãos se emaranharam nos cabelos loiros da minha namorada enquanto eu gemia sem nenhum decoro.

Suas mãos desceram para a minha calcinha e a rasgou sem cerimônia deixado-a inutilizável, sorri com sua atitude. Seus dedos deslizaram por minha barriga, arrepiando-me, até chegar ao meu sexo que àquele momento já estava encharcado. Só então começou a movimentar seus dedos de forma vagarosa sobre meu clitóris inchado. Gemi alto e entregue com sua ação. Ela fazia movimento circulares naquela região já tão excitada e sensível ao seu toque.

– Sempre tão pronta 'pra mim. – sua voz rouca ressoou em meu ouvido deixando-me ainda mais excitada. – Peça. O que você quer, Regi? – mordeu o lóbulo da minha orelha ao falar.

– Quero você dentro de mim, amor. Agora! – implorei e no mesmo momento sentí-a me penetrar com dois dedos.

Arqueei meu corpo para trás ao sentir o prazer que aquilo me dava. Começou então um vaivém intenso e enlouquecedor.

Minhas mãos voaram para as suas costas, arranhando conforme o prazer ficava mais forte, com certeza faria um belo estrago em sua pele, mas ela parecia gostar a julgar pelos gemidos baixos que escapava dos seus lábios cada vez que eu gravava minhas unhas em suas costas.

Foi descendo com os lábios pelo o vão entre meus seios, depois por minha barriga até chegar finalmente em meu sexo, sem deixar de me penetrar com os dedos.

Com a mão livre apoiou minhas pernas sobres seus ombros, foi beijando a parte interna das minhas coxas até finalmente chegar onde queria. Gemi muito alto dessa vez ao sentir sua língua quente em minha intimidade, aumentando o meu prazer. Levou a outra mão ao meu seio, o apertando com desejo.

Ela me chupava com intensidade enquanto aumentava o ritmo de suas estocadas e eu já estava prestes a chegar em meu limite. Foi quando Emma começou a me penetrar com mais força e aumentar a velocidade de sua língua fazendo-me gozar no mesmo instante, explodindo em um milhão de sensações.

Voltou a me beijar, dessa vez com mais calma. Um beijo lento e apaixonado. Desci minhas mãos para o cós da sua calça para abrir os botões e rapidamente Emma me segurou pelos pulsos impedindo minha ação.

Olhei-a sem entender, ela apenas abaixou a cabeça e se afastou um pouco.

– Ei, o que foi? – perguntei prendendo-a entre minhas pernas para que ela não saísse dalí.

– Hoje não, Regi. – se limitou a dizer.

– Amor, porque não? – perguntei.

– Você não ta satisfeita? – não respondeu, fugindo da pergunta.

– Sim, mas eu quero te satisfazer também. – insisti.

– Já falei que hoje não. E já estou satisfeita por enquanto. – tentou sair mas não deixei.

– Emma, o que o Robin te falou de tão ruim? – associei uma coisa a outra.

Ela apenas ficou cabisbaixa por alguns segundos angustiantes, mas logo depois me encarou impassível.

– Nada, Regina. Ele não disse... nada demais. Vamos dormir, ta bom?

– Okay, amor. – resolvi respeitar seu silêncio. – Vem cá. – puxei-a para perto de mim novamente e a beijei demonstrando todo amor que eu sentia por ela. – Eu te amo. – falei entre o beijo.

– Eu também te amo. – disse com um esboço de sorriso.

Me pegou no colo novamente, mas dessa vez sem outras intensões, e me levou para o quarto.

Depois de tomarmos banho em silêncio, fomos dormir.

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Fui despertando aos poucos, sentindo os beijos da minha namorada em meu rosto, sorri para só então finalmente abrir os olhos. Acordar daquela forma não tinha preço.

– Bom dia, minha morena. – disse ficando sobre mim.

– Bom dia, amor. – selei seus lábios demoradamente.

– Eu estive pensando… nessas férias de fim de ano, eu queria ir com você e a minha família 'pra Inglaterra passar alguns dias lá. Quero que chame seus amigos e sua irmã também. – disse.

– Nossa, Emma. Seria perfeito! Mas chamar meus amigos inclue o Robin… – falei receosa.

– Pode chamar ele também. Contanto que aquele idiota não venha de papo comigo ou der em cima de você, não haverá problemas. – sorriu.

– Você é demais, amor! – então puxei-a para um beijo de agradecimento.

Eu iria aproveitar aquela tarde de final de semana para ter uma conversinha com o Robin, já que Emma teria uma reunião naquele horário. Meu amigo teria que me explicar exatamente o que havia acontecido na noite passada.